segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O cuidado do PIG com os mensaleiros do DEMO

Perdi as contas de quantas vezes ouvi as palavras "suposto", "não confirmado", "possível" e outras do gênero, na cobertura que o PIG está, a muito custo e lágrimas, fazendo do Mensalão do DEMO.
O cuidado que não tiveram com o caso de 2005, no qual eram categóricos, taxativos e diretos ao afirmar a existência de esquemas e sub-equemas de corrupção envolvendo petistas e aliados, como mostra foto abaixo:
Esse mesmo jornal fez de tudo para esconder o "mensalão do DEMO". E diante das imagens, como a que é exibida logo abaixo, apressam-se em enunciar:"suposto", "não confirmado", "possível"...


O velho dois pesos, duas medidas do PIG.
Ah,será que alguém vai mencionar que Arruda seria vice do Serra, em provável chapa Demo-Tucana, para as eleições do ano que vem? Vou esperar sentado...

"No, we can`t".

Nada mudou. As relações entre os Latinos e nossos "ermanos" do norte, continuam sendo as mesmas: Tudo anda de acordo com a música que emana da orquestra da Quarta Frota e do interesse das corporações que governam os Estados Unidos, independente de quem seja o pseudo-governante.
O golpismo, em favor desses interesses, ainda é a palavra de ordem para seu quintal.
Obama não mostra a que veio, exceto para ganhar um Nobel, por sei lá o quê.
Deram outro golpe em Honduras.
O primeiro, expulsou, sob a mira de fuzis, um presidente de pijamas.
O segundo, estabeleceu um governico, que passou a ser chamado pelo PIG de "Interino".
O terceiro, praticamente aprisionou o presidente legítimo, após o seu retorno.
E o capítulo final do "Modern coup d'Etat", onde o golpe não é golpe. A eleição, em pleito ilegítimo, sob a pressão de cotrunos, por parte da elite que ainda não fugiu da ilha, de um aristocrata, latifundiário.
No Globão só faltou a afirmação: "Se até o Obama reconhece, quem é esse mecânico para não reconhecer..."
Entrevistaram apenas o Presidente Lula, contrário ao reconhecimento do títere das corporações estadunidenses.
Do outro lado, Uribe (que reconheceria o governo de Adolf Hittler em Honduras sem pensar duas vezes), e outro papagaio inexpressivo.
Parecia que só o Lula, por birra, não queria reconhecer o "governo democraticamente eleito".
O texto abaixo foi postado no blog do sociólogo Cristóvão Feil, o Diário Gauche:
Obama negociou com a cabeça de Zelaya


Venceu a política do fato consumado ou do golpe consumado da direita, com o carimbo da Casa Branca


Acho que esse é o recado que a situação de Honduras envia para toda a região. E isso não é visão de brasileiro, ou de sul-americano.
É um legítimo representante da diplomacia americana que expressou a decepção com a nova equipe da Casa Branca.
Robert White foi embaixador americano em vários postos. Entre março de 1980 e março de 1981, serviu em El Salvador. Tempos difíceis. Era o começo da sangrenta guerra civil que durou 12 anos.
Na época, criticou a ultra direita e denunciou militares e grupos paramilitares de estavam cometendo atrocidades. Claro, foi chamado de volta assim que Ronald Reagan assumiu a presidência.
O ex-embaixador é presidente do Centro de Política Internacional e escreveu um artigo sobre a situação de Honduras que começa com a seguinte frase:
“Agora é possível reconstruir, com um bom grau de precisão, como a administração Obama transformou um triunfo diplomático iminente em uma derrota negociada”.
Ele deixa claro que os Estados Unidos trocaram o apoio que vinham dando a volta da ordem democrática, em Honduras, pela aprovação de duas indicações para o corpo diplomático (uma delas o futuro embaixador no Brasil) que a direita radical estava bloqueando no Congresso.
E o que é pior, ele descreve, para quem ainda não tinha percebido, como o Departamento de Estado enganou Manuel Zelaya, fazendo o presidente crer que havia realmente um acordo com os golpistas liderados por Roberto Micheleti.
Zelaya acreditou que os Estados Unidos zelariam pelo cumprimento do acordo. Pura ficção. Os gringos, mais espertos, deixaram a linguagem do acordo vaga o suficiente para permitir que nunca fosse levado a cabo.
O ex-embaixador conclui: “O resultado desta diplomacia cínica e amadora não poderia ser pior”.Mas é o último parágrafo do artigo do diplomata americano que mostra para onde vai a relação dos Estados Unidos com o resto do hemisfério, que tanto acreditou nas promessas de mudança do candidato democrata:
“É triste contemplar como a administração Obama se atrapalhou com um desafio para o qual tinha o apoio de todo o hemisfério. Não é a toa que o Presidente Lula acusou o Presidente Obama de estar revertendo a promessa de uma nova relação com a América Latina”.
Eu só acrescentaria um dado a mais. Durante a campanha eleitoral, já havia sinais de que os novos ares nem sempre se traduziriam em novas práticas.
O candidato Obama publicou um documento traçando as linhas mestras da política para a América Latina que adotaria, caso fosse eleito.
E um dos parágrafos dava apoio à operação do exército da Colômbia em território equatoriano, em março de 2008. A plataforma de Obama não levou em conta o repúdio unânime da região à operação militar colombiana.
E agiu agora, mais uma vez, sem dar a menor pelota para a unidade diplomática contra o golpe de Estado que se formou na OEA. Ou seja, não foi uma grande surpresa.
Texto (menos os títulos) da jornalista Heloísa Vilella, do R7.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um dia a banca quebra...

Clique na imagem para ler o texto: Desanda mais uma fraude neoliberal, do Diário Gauche.

Panfletos apócrifos


É comum, especialmente em cidades interioranas, em anos eleitorais ou mesmo "em tempos de paz", a distribuição de panfletinhos anônimos, com palavreado de baixo calão e acusações, geralmente de conteúdo sexual a figuras de expressão política na "paróquia".
Lembro-me de alguns, que circulavam pela madrugada, postos por debaixo das portas, em caixas de correios, grudados em postes, jogados sobre os muros, onde pessoas destacadas, ou que tinham alguma intenção de disputar algum posto público, apareciam em fotomontagens grosseiras, entre diversos órgãos sexuais, acusados de promiscuidade, pedofilia e uma série de absurdos, obviamente, sem nenhum fundamento ou evidência.

Causavam um certo furor, no dia da distribuição, e pautava "conversas de buteco" por alguns dias, mas nunca surtiam o efeito esperado por seus "autores".

Lembrei-me desse panfletos, ao ler no blog o Escrevinhador, de Rodrigo Vianna, que mais um panfleto desse tipo foi elaborado, mas dessa vez assinado, exposto de forma meio discreta, no corpo de um texto, de três páginas, que atacava o filme "Lula, Filho do Brasil".

Uma acusação leve, pouca coisa, mais ou menos isso:

O Presidente da República teria "currado" um prisioneiro, durante o período em que esteve preso pela última ditadura.

Assim, de forma discreta, ouvindo, e em seguida publicando um relato que foi imediatamente desmentido, como relata o texto abaixo, que o Jornalão da família Frias, Folha de São Paulo, atingiu o nível de um daqueles panfletinhos, de papel A 4, jogado sobre os muros, ou enfiado debaixo das portas.

Pensando melhor, ao chamar o regime de seus parceiros de "Ditabranda", criar uma falsa ficha policial da Ministra Dilma Roussef, entre outras "manifestações criativas", já não havia chegado a esse nível?

Abaixo o texto do Escrevinhador:

Esgoto escorre nas páginas do jornal de "Otavinho"; outro que usa diminutivo, "Cesinha", ajudou a fazer o serviço

Por coincidência, o artigo em que "Cesinha" (agora compreendo o diminutivo que ele carrega há tanto tempo no nome) conta essa história sobre Lula foi publicado (advinhem?) justamente na "Folha".
Hum...
Há duas semanas, publiquei aqui um texto em que perguntava por que o filho de FHC apareceu só agora - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/teorias-por-que-fhc-reconheceu-o-filho-so-agora.
Levantei algumas hipóteses. A terceira era: 3) Fator denúncias contra o PT. Essa é a teoria já exposta no blog do Eduardo Guimarães - http://edu.guim.blog.uol.com.br/. A idéia é que a (ex) grande imprensa já teria na mão dossiês contra Dilma. Revelar, agora, o filho fora do casamento de FHC seria uma forma de mostrar "isenção". Na hora que aparecesse denúncia contra Dilma, ninguém poderia acusar a mídia de perseguir o PT. A diferença é que Dilma é candidata em 2010, e FHC só teve o filho revelado 8 anos depois de sair do poder.
Errei num detalhe: o foco não era Dilma, mas Lula mesmo.
A história sobre o filho de FHC foi uma espécie de antídoto preventivo. Ao chamar Lula de "molestador sexual", usando (corajosamente, característica dos Frias) um terceiro pra fazer o ataque, a "Folha" não pode ser acusada de "parcialidade", afinal publicou também a informação sobre o tucano.
Hum...
Detalhe: o filho de FHC existe. Mora no exterior. A revista "Caros Amigos" contou há dez anos a história completa.
Já a história do "Cesinha" é só uma história. Onde está o rapaz que teria sido molestado por Lula em 1980? Vocês acham que esse rapaz (ou um rapaz qualquer que cumpra o papel) vai aparecer nas páginas da "Folha" ou da "Veja"? Ah, a campanha de 2010 será linda.
Outro detalhe: a "Folha" ignorou a informação publicada semana passada, por Cláudio Humberto, de que FHC teria tido um outro filho fora do casamento, com uma empregada da família - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/claudio-humberto-fhc-teve-outro-filho-por-fora-com-a-empregada-esse-ele-reconheceu.
Mas a "Folha" abriu hoje três páginas para falar (mal) do filme sobre Lula: "O Filho do Brasil" (FHC, parece, também ele é um especialista em "filhos do Brasil").
Quem conhece um pouco como funciona o jornalismo sabe que o objetivo das três páginas era dar "peso" para a informação que apareceu ali pelo meio do artigo de "Cesinha". Nada mais interessava aos Frias, só a informação sobre o Lula "molestador".
Ora, uma informação dessas (se verdadeira) mereceria manchete, não acham? Por que foi publicada desse jeito, no meio de um artigo?
Porque uma manchete deixaria tudo muito explícito. O artigo na "Folha" é só parte do script, tenham certeza...
De outro lado, uma informação dessas, se falsa, deveria ir parar no lixo, no esgoto...
Bem, na verdade, foi o que aconteceu. Há algum tempo é esgoto jornalístico o que corre pelas páginas do jornal da família Frias. Nessa vala mal-cheirosa cabem: ficha falsa de ministra, editorial louvando a "ditabranda", ataques descabidos a professores respeitáveis (Benevides e Comparato) que criticaram a "ditabrabanda" da "Folha".
Último detalhe: na edição desta sexta-feira, a "Folha" simplesmente "escondeu" a notícia sobre denúncia do Ministério Público Federal. Os procuradores Weichert e Favero querem que Paulo Maluf, Romeu Tuma e outras autoridades da época da ditadura sejam responsabilizados pelo crime de ocultação de cadáver - http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=23189. A notícia (no jornal) apareceu "perdida" lá pela página 13, sem destaque nenhum, ao lado de um anúncio de turismo...
A "Folha" esquece os crimes da ditadura da qual foi parceira. Crimes concretos, abomináveis. Há mortos, desaparecidos. Há impunidade daqueles que foram sócios da "Folha" no apoio à ditadura.
A "Folha" não abre espaço para que Ivan Seixar publique as cartas contando o que aconteceu com o pai dele na OBAN (Operação Bandeirante) durante a ditadura - http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/por-que-a-folha-nao-publica-cartas-de-ivan-seixas.
Mas a "Folha" abre espaço para o "Cesinha" fazer o serviço sujo.
A "Folha" já abriu manchete para o sequestro (de Delfim) que não houve (o objetivo da matéria era atingir Dilma, lembram?). Agora, abre discretamente espaço para o "ataque sexual" que não houve.
Sobre os crimes de verdade, sobre os mortos e desaparecidos, sobre os torturadores, nenhum pio. Até porque a "Folha" teria que explicar porque os carros do jornal eram sempre vistos em frente à OBAN (centro de torturas em São Paulo).
Curiosamente, o "Cesinha" conta no tal artigo desta sexta-feira que escapou de ser abusado sexualmente por presos comuns quando esteve preso durante a ditadura. Ainda bem. O "Cesinha" foi vítima dos crimes abomináveis cometidos naquela época: ficou preso, incomunicável. Era um jovem de 16/17 anos...
Mas tantos anos depois, "Cesinha", você foi usado (e abusado) pela mesma elite que apoiou a ditadura. E, dessa vez, parece que você gostou.
===
P.S.:
PAULO DE TARSO DESMENTE "CESINHA"
Uma das pessoas que teriam "testemunhado", em 1994, a tal conversa (em que Lula teria narrado o episódio do "abuso") é Paulo de Tarso Venceslau. Ele foi militante do PT, rompeu com o partido, e tem críticas pesadíssimas ao setor que ainda hoje domina as principais instâncias partidárias. Veja aqui um exemplo das denúncias que Paulo de Tarso fez ao PT - http://www.terra.com.br/istoe/politica/144430.htm
Pois bem, a "Folha" não "lembrou" de ouvir o Paulo de Tarso sobre o caso do "abuso".
Ele, que teria todos os motivos para "bater" no PT e em Lula, acaba de divulgar uma nota, em que repudia e desmente o artiguinho do "Cesinha".
A nota está aqui, no site do Azenha - http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-nota-de-paulo-de-tarso/.
Depois dessa, alguém acha que há motivo pra seguir assinando um jornal como a "Folha"?
Acho que a "Folha" será "currada" pelos leitores.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Botaram o "gato" para cuidar do bife...

O Deputado Estadual Marco Antonio Lopes Peixoto foi sabatinado pela base do governo Yeda, hoje, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, para assumir a vaga no Tribunal de Contas do Estado, aberta pela "merecida aposentadoria" do presidente do conselho, João Luiz Vargas. Os dois deputados petistas presentes puseram o indivíduo em diversas "saias justas", das quais não soube se desvencilhar, como será mostrado abaixo.
O Deputado é conhecido por apoiar toda e qualquer medida impopular, a favor do governo direitoso da ocasião, como no caso do voto de minerva, em favor do tarifaço "Riggotiano". Além disso, foi alvo de diversas ações por mal uso do dinheiro público, como no famoso caso da verba assistencial (felizmente extinta), desviada da União das Associações de Bairros de Santiago, seu "curral eleitoral". Conduta ilibada, pelo visto, não é mais pré-requisito para uma vaga no TCE. Claro, ainda falta a apreciação dessa indicação Yedista no plenário, mas par auqem engavetou sem análise alguma, um processo de impedimento, aprovar uma indicação ao TCE, vai ser "moleza".
Abaixo, o apoio dado pelo Blog RS Urgente, à formação desse "futuro novo quadro" do TCE, dando algumas lições sobre conduta ética de um agente público, noções que fizeram falta ao Deputado hoje, e certamente vão fazer falta, durante seu provável mandato:

Versinhos para o novo conselheiro
Nov 26th, 2009 by Marco Aurélio Weissheimer.

Encontramos na internet um jeito bem bacana de ajudar o deputado Marco Peixoto. Como ele deve assumir a vaga de João Luiz Vargas no Tribunal de Contas do Estado e, hoje, quando foi sabatinado, não soube dizer quais são os princípios básicos que regem a administração pública, achamos que é dever de todo o cidadão gaúcho ajudar o nobre deputado a aprender. Aí estão, em forma de versinhos - que é para facilitar a fixação - , os tais princípios da administração pública. Tomamos o cuidado de não ficar só nos cinco principais, afinal, para um homem como Peixoto, que tem mais de 20 anos de experiência como deputado, certamente todo princípio é bem-vindo. E licenciosamente, oferecemos ainda comentários práticos sobre a aplicação destes princípios.
Acompanhe:

LEGALIDADE

Reforça a “regra de ouro”
da Administração.
A vontade está na lei.
Não cabe mais discussão.

Simples, quando a lei exige conduta ilibada para um cargo, o sujeito não pode ser ladrão.

SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

A finalidade pública
é a que será perseguida,
tendo em vista o bem comum
que se deve dar guarida.

Não pode contratar a empresa do Lair para fazer segurança na CEEE só porque é do Lair, o serviço tem que ser comprovadamente bom

IMPESSOALIDADE
Admite dois enfoques:
impede discriminar
a bem do interesse público
sem querer prejudicar.
Desvincula toda a ação
estatal do agente público,
sendo a realização
pura e institucional.

Se a governadora precisa melhorar a imagem e o partido dela contrata marketeiros, eles não podem influenciar na agenda do governo
ESPECIALIDADE

O dito interesse público
para que seja alcançado
urge a especialização
e a descentralização.

Se a Fundae não sabe fazer exames para a carteira de motorista, não pode subcontratar a Fatec para fazer o serviço
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU VERACIDADE

Há presunção de certeza
e de legitimidade.
Admite-se que prove
qualquer ilegalidade.
Mas se o cara confessa que violou o sistema integrado de consultas da secretaria de Segurança, não precisa outra prova para saber que ele agiu errado. Rua!
CONTROLE (OU TUTELA)

Controla a Administração
pessoa especializada,
garantindo objetivos
que para os quais foi criada.
Quem quer ser conselheiro do Tribunal de Contas, tem que conhecer os princípios da administração pública
HIERARQUIA

São organizados os órgãos
pela Administração
em obediência à lei
em plena coordenação.

Na Secretaria de Segurança, o chefe de gabinete, só por ser amigo do chefe de gabinete da governadora, não pode mandar mais do que o secretário.

PUBLICIDADE

Pela Administração,
Observado o sigilo,
ampla é a divulgação,
de todo ato praticado.
No Portal da Transparência, tem que aparecer as diárias da Walna, digo, de qualquer funcionário que viajou às custas do Estado
MORALIDADE ADMINISTRATIVA

Em consonância com a lei
mas ofensivo à moral,
aos bons costumes, eu sei.
É ofensa e isso é mal.

Comprar pufes para a casa da governadora pode até ser legal, mas é flagrantemente imoral

RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE

Princípios que se completa
me impõem limitações
à discricionalidade,
equilibrando as ações.
Não é razoável manter escolas de lata e, ao mesmo tempo, isentar impostos de grandes empresas.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO

Os fundamentos de fato
e de direito também,
devem ser os indicados,
isso é o que convém.

Ao empreiteiro amigo, não é dado o direito de fazer mal feita a estrada para depois ganhar mais dinheiro com o recapeamento

PRINCÍPIO DA EFICÁCIA

Da atuação do agente público
espera-se o de melhor,
visando bons resultado
se eficiência maior

Se não pagarmos nem luz, nem água e nem a escola das crianças, sobre mais dinheiro no fim do mês, mas a geladeira fica inútil, a casa suja e os filhos ignorantes. Mesmo assim, há quem se iluda com o déficit zero

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

A atividade estatal
deve à lei e ao direito
obediência total,
independente do pleito

Nem se o pedido vier do José Otávio ou da Yeda.

É um princípio: não me aproprio do que não é meu. Então, faça-se o registro: os versinhos estão no site Gosto de Ler e são de autoria de Marco Chagas. Na esperança de ter colaborado. (Maneco)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Serra cai e Dilma sobe ao lado do PMDB, diz pesquisa CNT-Sensus

Aposto um café como o Zé Pedágio não será candidato. Vai preferir "Sum Paulo" à nada.

Texto da Agência Reuters:
Por Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato mais cotado do PSDB para disputar as eleições do ano que vem, José Serra, vem caindo nas pesquisas de intenção de voto, mostrou nesta segunda-feira sondagem do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte.
Dois possíveis fatores explicariam esse movimento, de acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade: a recusa de Serra em lançar-se oficialmente à sucessão de 2010 e o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com altos índices de rejeição.
"Há uma tendência de queda", disse a jornalistas nesta segunda-feira Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.
Candidata do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, avança. Há duas razões apontadas para isso: o acordo de aliança com o PMDB de Michel Temer, que deu a ela exposição maciça na mídia e a colocou mais ao centro do espectro ideológico, e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo com Temer daria viés mais centrista à candidatura.
Na principal lista apresentada ao entrevistado na pesquisa de novembro, Serra ficou com 31,8 por cento e Dilma com 21,7 por cento. Ciro Gomes (PSB-CE) aparece com 17,5 por cento e Marina Silva (PV-AC) com 5,9 por cento. Não há lista comparável com essa em apurações anteriores.
"Serra perdeu 15 pontos percentuais nos últimos 12 meses", sustentou Guedes referindo-se ao patamar conquistado pelo pré-candidato em dezembro de 2008.
Naquele período, o tucano possuía 46,5 por cento, enquanto Dilma tinha 10,5 por cento. Neste cenário, constava, além de Serra e Dilma, a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL), que não deve se lançar à sucessão. Como o quadro de candidatos mudou, não há como fazer uma comparação entre os números das duas pesquisas.
Os outros cenários apurados na sondagem deste mês mostram que a presença de Ciro no páreo ajuda a provocar um segundo turno e, conforme analistas do levantamento, tiraria mais votos de Serra que da ministra.
Continua aqui.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Heil Yeda!

**Geheime Staatspolizei


*Adão Paiani

A Gestapo, ou Geheime Staatspolizei, foi criada em 1933, por Hermann Göering, e originalmente era apenas um departamento da polícia prussiana. Seus membros, inicialmente, eram recrutados dentro da própria estrutura policial, que se tornou sinônimo de polícia política e representou bem todo o arbítrio nazista.
Seus primeiros alvos eram todos que se contrapunham ao nascente governo de Hitler. Comunistas, socialistas, anarquistas, liberais; depois católicos, protestantes, maçons e judeus. Ao fim, tornou-se o grande instrumento de dominação e terror sobre a Europa ocupada pelos nazistas.
Note-se que o início das atividades dessa polícia política nada tinha de ilegal; ao contrário; era plenamente justificada e legitimada pelo ordenamento jurídico alemão. Atuava, então, dentro de um governo eleito democraticamente; muito embora já demonstrasse claramente suas intenções despóticas.
Governos autoritários, em quaisquer momentos históricos, ou onde se encontrem; sempre se parecem. Uma das principais características que os irmanam é a utilização tanto das estruturas jurídicas e legais quanto das forças de segurança para ameaçar, perseguir e silenciar seus adversários.
Mas não o fazem sozinhos. Contam, sempre, com o silêncio conivente de parcela da população, que não se preocupa com isso até que o problema, devidamente armado e violento, venha a bater em sua porta. E quando isso ocorre, é tarde demais para uma reação incruenta; porque aí a democracia já sucumbiu. E então anarquistas, liberais e comunistas, dentre outros, podem experimentar a traumática, e curiosa, experiência de se unir na cadeia.
A notícia de que oito integrantes da Federação Anarquista Gaúcha foram indiciados por crimes contra a honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando; e que outros tantos dirigentes de entidades sindicais e movimentos sociais o virão a ser nos próximos dias; em razão das denúncias que fazem das ilegalidades praticadas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sob o comando de Yeda Rorato Crusius; após inquérito policial concluído em tempo recorde, é o mais grave atentado já praticado contra uma associação política no Rio Grande e no Brasil, desde a redemocratização do país.
Nem o regime militar, em seu declínio, a partir de 1979, não tinha mais força e coragem para praticar atos de tamanha insanidade, a exemplo deste.
Sintomaticamente, o citado inquérito policial foi concluído justamente por uma Distrital, a 17ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, que se tornou conhecida por acumular em suas dependências milhares e milhares de inquéritos inconclusos, sob a alegação de falta de estrutura operacional. Dentre as características desta Distrital, está a de situar-se ao lado do prédio da Secretaria de Segurança Pública do Estado; hoje comandada por um General da Reserva do Exército Brasileiro; e ter-se especializado em instaurar inquéritos contra adversários políticos da Governadora do Estado e de agentes do seu Governo; dentre esses este articulista, que igualmente tem lá contra si ao menos dois inquéritos em andamento, por razões políticas.
Além de todas as acusações não respondidas que pesam sobre sua gestão, Yeda Rorato Crusius deve agora também ser responsabilizada por esse odioso, brutal, covarde e autoritário atentado à liberdade de expressão, manifestação e direito de associação, todos constitucionalmente previstos e base fundamental de qualquer democracia que como tal queira ser reconhecida.
Qualquer governante minimamente comprometido com o juramento que fez ao ser empossado no cargo; de defender e garantir a democracia que permitiu sua eleição; embora se julgando ofendido pessoalmente pelas manifestações de contrariedade do povo; deve ter a grandeza de não utilizar-se de instrumentos, mesmo que legais, para silenciar os que lhes são contrários.
A isso se chama postura de Estadista; ou seja, a capacidade de colocar-se acima de questões menores, incompatíveis com a posição que ocupa; e entender a crítica mais dura como um direito dos cidadãos que lhe delegaram o poder que exerce.
Como desconhece o que significa ser uma Estadista, e tal tem demonstrado desde o momento que colocou seus pés no Palácio Piratini; no maior erro político já cometido na história do Rio Grande; Yeda Rorato Crusius dá mais uma clara demonstração de desrespeito à democracia, à liberdade e à cidadania.
A partir desse momento, todos nós, que denunciamos os abusos praticados por um governo democraticamente eleito; tal qual o de Adolf Hitler, em 1933; e que se transformou, dia-a-dia, em agente de espoliação, apropriação indébita e aparelhamento do Estado em benefício de uma camarilha, e agora algoz de seus cidadãos; estamos sujeitos à ação de sua polícia política.
Ou denunciamos já esse estado de coisas, suplantando quaisquer diferenças de caráter partidário ou ideológico, unindo todas as forças que defendem a liberdade nesse Estado; apelando inclusive para organismos internacionais, para que nos ajudem na denúncia e resistência a esses descalabros; ou seremos cúmplices do assassínio da nossa democracia.
E nem poderemos alegar, então, que o tiro foi pelas costas. Porque todos nós temos absoluta clareza e visão do que está acontecendo no Rio Grande.
Só nos resta partir das palavras para a ação. Só nos falta, verdadeiramente, reagir.
*Advogado
**Do Blog O Partisan.

O PT acordou:

Claro que isso não estará na pauta do Jornal Nacional.

A participação mais intensa do Estado em setores estratégicos poderá chegar às comunicações. O assunto estará em pauta, entre 1º e 3 de dezembro, quando o governo vai promover a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) em Brasília. O PT já aprovou resolução, defendendo a "revisão do arcabouço legal" do setor que o partido define como "anacrônico e autoritário".

Organizado em torno de normas como o Código Brasileiro de Telecomunicações (1962) e a Lei Geral de Telecomunicações (1997), "o arcabouço legal brasileiro privilegia grupos comerciais, em detrimento dos interesses da população". Esse modelo, segundo o PT, permite a "uns poucos grupos empresariais - muitas vezes associados a fortes conglomerados estrangeiros - exercer controle quase absoluto sobre a produção e veiculação de conteúdos informativos e culturais".

O partido vê "monopólios" e "desvios do sistema atual", dizendo que é "preciso intervir". "O PT lutará para que as demais ações estatais nessa área promovam a pluralidade e a diversidade, o controle público e social dos meios e o fortalecimento da comunicação púbica, estatal, comunitária e sem finalidade lucrativa", diz o texto, aprovado em 17 de outubro. "Mais do que combater os monopólios e todos os desvios do sistema atual, é preciso intervir para que eles não se repitam ou se acentuem nesse novo cenário tecnológico - que em poucos anos superará completamente o antigo modelo."

Com as mudanças provocadas por tecnologias digitais, o PT vê risco de o modelo ficar "mais concentrado e excludente". "A definição de um marco regulatório democrático estará no centro de nossa estratégia, tratando a comunicação como área de interesse público, criando instrumentos de controle público e social", diz a resolução.

O PT quer estabelecer "atribuições e limites para cada elo da indústria de comunicação". Defende intervencionismo na produção de conteúdo, ao propor "políticas, normas e meios para assegurar pluralidade e diversidade de conteúdos". E pede revisão nas concessões de emissoras de rádio e TV. A informação é do Estadão.

Nota do blogueiro:

Uma das maiores vítimas, no espectro político, desses anacronismos autoritários foi o próprio PT, desde sua criação, quando era achincalhado por conta dos símbolos (a bandeira vermelha e a estrela de cinco pontas, equivocada e imbecilmente associada ao burocratismo do Leste Europeu, regimes que encontravam contraponto até mesmo no estatuto do Partido), passando pelas manobras midiáticas efetuadas para eleger o ARENISTA Collor de Melo, para impedir a vitória petista, com outra vítima desses anacronismos, Leonel Brizola nos anos seguintes, além dos escândalos fabricados e factóides elevados à categoria de "furacões políticos", durante o governo Lula.

Durante os últimos sete anos, o PT vinha deixando esse debate de lado, interessado em sobreviver aos anacronismos de seu próprio governo, à política de alianças e é claro, às manobras das famíglias midiáticas.

Temos eormes problemas nessa área, e a concentração de mídias em poucos grupos, como acertadamente elencou o partido é um deles. Resta saber o que fará depois da CONFECOM, quais as "respostas" que terão da mídia oligárquica, e se essa posição, sobrevive às novas investidas anacrônicas e autoritárias.
Para recordar: Um dos mais belos momentos da televisão brasileira: O direito de resposta de um eterno perseguido pela "imprensa livre":

Em "Sum Paulo"...

Charge do Bessinha.
O José serra, corta, perfura, afunda, derruba, quebra, e ainda cobra pedágios. Depois vai vender tudo mesmo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Do Blog Classe Média Way Of Life:

Dica nº 036:


Clique na imagem para ler o texto.

Denunciar formação de quadrilha, pode acarretar em acusação de...formação de quadrilha?


Não, eu definitivamente não bebi nada hoje, nem fumei coisas estragadas. O título retrata exatamente o que ocorre na província de São Pedro. A FAG (Federação Anarquista Gaúcha) teve sua sede invadida, materias apreendidos e militantes presos, por ordem de sua majestade, a Governador Ré Yeda Crussius.
Segundo o jornal tucano Folha de São Paulo, a polícia civil do Estado, indiciou oito membros da Federação por crime contra honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando.
A quadrilha que manda no Estado, tenta incriminar um dos diversos grupos que a denuncia.
Só vendo:

Polícia Civil indicia oito por campanha contra Yeda

A Polícia Civil concluiu na última sexta-feira o inquérito que investigava a veiculação de campanha publicitária caluniosa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

Oito integrantes da FAG (Federação Anarquista Gaúcha), que publicou cartazes publicitários com conteúdo considerado criminoso pela polícia, foram indiciados por crime contra honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando.

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Segundo o delegado André Mocciaro, titular da 17 ª Delegacia de Polícia, a liberdade de expressão e o direito de reunião, constitucionalmente assegurados, assim como a internet, espaço mundial para livres manifestações, não podem servir de escudos e meios para prática de crimes.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, sendo apreendidos diversos materiais, inclusive as matrizes do material investigado, computadores, bem como foram adotadas providências quanto ao conteúdo publicado na internet.

Segundo a polícia, também foram ouvidos cerca de 20 representantes de diversas entidades que deflagraram neste ano campanha publicitária ofensiva contra a governadora.

sábado, 14 de novembro de 2009

Rede Globo em franca campanha eleitoral

A incareditável "reporcagem" do Jornal Nacional do dia 13/11/09, em que o casal apresentador desse afirma que o Presidente Lula e a Ministra Dilma Roussef deram entrevistas contraditórias, foi destroçada por um símples vídeo do youtube:
Confira abaixo:

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobre muros e muros.

O Muro de Berlim – Mais um mito da Guerra
-Fria Dentro de poucas semanas é de esperar que muitos dos meios de comunicação ocidentais virem as suas máquinas de propaganda para comemorar o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, no dia 9 de Novembro de 1989. Serão exibidos todos os clichés da Guerra-Fria sobre O Mundo Livre vs a Tirania Comunista e será repetido o conto simples de como apareceu o muro: Em 1961, Berlim Leste, comunista, construiu um muro para impedir que os seus cidadãos oprimidos fugissem para Berlim Oeste e para a liberdade. Porquê? Porque os comunas não gostam que as pessoas sejam livres, conheçam a "verdade". Que outra razão poderia haver? Primeiro que tudo, antes de o muro ser construído havia milhares de alemães de Leste que passavam para ocidente para ir trabalhar todos os dias e depois regressavam a Leste ao fim da tarde. Portanto, não estavam obviamente a ser presos no leste contra a sua vontade. O muro foi construído principalmente por duas razões:
1- O ocidente estava a prejudicar o Leste com uma vigorosa campanha de recrutamento de profissionais e trabalhadores especializados da Alemanha de Leste, que tinham sido educados à custa do governo comunista. Isto acabou por levar a uma grave crise de mão-de-obra e de produção no Leste. Referindo-se claramente a isto, o New York Times noticiou em 1963: "Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste".
2- Durante os anos 50, os guerreiros-frios americanos na Alemanha Ocidental instituíram uma campanha feroz de sabotagem e subversão contra a Alemanha de Leste destinada a fazer descarrilar a maquinaria económica e administrativa deste país. A CIA e outros serviços americanos de informações e militares recrutaram, equiparam, treinaram e financiaram grupos e indivíduos activistas alemães, do ocidente e do leste, para efectuarem acções que percorressem o espectro desde o terrorismo até à delinquência juvenil, tudo o que tornasse difícil a vida do povo da Alemanha de Leste e enfraquecesse o seu apoio ao governo, tudo o que denegrisse os comunas.
Foi um empreendimento fantástico. Os Estados Unidos e os seus agentes utilizaram explosivos, incêndios, curto-circuitos, e outros métodos para danificar centrais eléctricas, estaleiros, canais, docas, edifícios públicos, bombas de gasolina, transportes públicos, pontes, etc, fizeram descarrilar comboios de carga, ferindo gravemente trabalhadores; queimaram 12 carruagens de um comboio de carga e destruíram tubagem de ar comprimido de outros; utilizaram ácidos para danificar maquinaria fabril vital; puseram areia na turbina duma fábrica, fazendo-a paralisar; deitaram fogo a uma fábrica de telhas; promoveram greves de zelo em fábricas; mataram 7 000 vacas duma fábrica cooperativa de lacticínios através de envenenamento; acrescentaram sabão ao leite em pó destinado às escolas da Alemanha de Leste; estavam na posse, quando foram presos, duma grande quantidade do veneno cantárida que se destinava à produção de cigarros envenenados para matar importantes alemães de Leste; lançaram bombas de mau cheiro para interromper reuniões políticas; tentaram interromper o Festival Mundial da Juventude em Berlim Leste enviando convites falsificados, promessas falsas de alojamento e pensão grátis, notícias falsas de cancelamento, etc; efectuaram ataques aos participantes com explosivos, bombas incendiárias e equipamento de furar pneus; forjaram e distribuíram grande quantidade de senhas alimentares falsas para provocar a confusão, a escassez e a revolta, enviaram falsos avisos de impostos e outras orientações do governo e documentos para provocar a desorganização e a ineficácia na indústria e nos sindicatos… tudo isto e muito mais.
Durante os anos 50, os alemães de Leste e a União Soviética apresentaram queixas, repetidas vezes, aos antigos aliados dos soviéticos no ocidente e às Nações Unidas sobre actividades específicas de sabotagem e de espionagem e exigiram o encerramento dos gabinetes na Alemanha Ocidental que acusavam de serem responsáveis, e de que forneceram nomes e moradas. As suas queixas caíram em saco roto. Inevitavelmente, os alemães de Leste começaram a dificultar a entrada no país aos que provinham do ocidente. Não nos esqueçamos que a Europa de Leste se tornou comunista por causa de Hitler que, com a aprovação do ocidente, utilizou-a como a via rápida para chegar à União Soviética e varrer o bolchevismo para sempre. Depois da guerra, os soviéticos decidiram fechar essa via rápida. Em 1999, o USA Today noticiava: "Quando caiu o Muro de Berlim, os alemães de Leste imaginaram uma vida de liberdade em que os bens de consumo fossem abundantes e terminassem as dificuldades. Dez anos depois, uns espantosos 51% dizem que eram mais felizes com o comunismo".
Mais ou menos na mesma época, nasceu um novo provérbio russo: "Tudo o que os comunistas disseram sobre o comunismo era mentira, mas tudo o que disseram sobre o capitalismo era verdade".



Nota do blogueiro: O texto, extraído do sítio resistir.info, é do Historiador americano William Blum e mostra algo diferente do que vimos pelas telas da mídia corporativa brasileira, que tenta desesperadamente reescrever a História de acordos com os interesses de seus anunciantes e correligionários (há muito tempo a mídia brasileira tornou-se partido político).
No Jornal Nacional de hoje, vimos a cobertura dos festejos pela queda do Muro de Berlin, na qual o pelêgo papista polonês Lech Walessa iniciou uma efadonha brincadeira com dominós gigantes, simbolizando a queda do muro. Entrevistas com professores de história que sinceramente desconheço, mesmo sendo do meio, nas quais mencionavam o "fim da possibilidade de ideias serem incutidos à força nos seres humanos", que surgiu com a queda do Muro (A Iugoslávia, o Afeganistão e o Iraque devem concordar com isso). Nenhuma posição em defesa dos "perversos comunistas", estabelecendo, talvez até mesmo sem querer, uma relação direta com a Era em que vivemos, no Pós-Muro: A era do consenso. Algo como o descrito por Francis Fukuyama, em artigo, que depois virou livro, no qual anunciava o fim da História, a vitória de uma ideologia sobre as demais, a submissão do homem ao produto, a "coisificação" definitiva. A era do "Deus Mercado" e sua máxima sagrada: Consumam.
Não havia um contraponto na matéria Global (tudo era festa), da mesma forma como querem ocultar o contraponto ao destrutivo modelo tenazmente defendido pelo conglomerado. Criticam com muita força, ásperas palavras e imagens cuidadosamente editadas o totalitarismo comunista, e nem se preocupam em enviar para a Sibéria alguém que pense de outra forma, pois midiaticamente, graças a esses meios, elas não existem.
Com a queda do Muro não temos mais uma referência, mesmo que desvirtuada, de contraponto ao sistema de consumo de massa que tornou-se "O Mundo Real", e do qual não há alternativas possíveis, visto que essas foram enterradas sob os destroços desse, pelo menos, não uma referência tão visível, que evitasse a instauração de uma tirania mundial disfarçada, por parte do "outro lado".
Abaixo, o "control c, control v" do texto publicado no excelente blog Abundacanalha, sobre outro tipo de hipocrisia, envolvendo muros, à qual aplica-se a charge acima:
Sobre muros
A guerra fria acabou? Contraditoriamente, talvez a festa que a grande mídia internacional fará hoje para comemorar seu fim, com a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1983, prove exatamente o contrário. Velhos clichês estarão de volta, embalados em belas imagens. Lembrarão que os maus comunas do lado de lá impediam seu povo de usufruir as maravilhas do mundo capitalista. Mas há vozes dissonantes, que não serão convidadas para os canapés, provando que o Fla x Flu resiste ao tempo. O historiador americano William Blum é uma delas, em artigo traduzido recentemente no Resistir cita um jornal vermelhíssimo de 1963 que aponta uma justa motivação:
"Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste"
O jornal é um tal de New York Times, que assim relatou o incômodo de um estado que investia pesadamente em educação e via surgir uma crise com a perda de seu investimento.
Mas claro, há sempre o “mas”. O muro também servia para impedir que os comunistas fossem ao outro lado comer criancinhas. Temos que lembrar.
Particularmente, continuo achando muita hipocrisia comemorar a queda de um muro quando o mundo, dito “livre”, construiu tantas muralhas nesses últimos anos:
Muro construído pelo Egito na fronteira com Gaza.

Muro construído pelos EUA na fronteira com o México. Mais ótimas fotos aqui.

Muro construído pela prefeitura do Rio de Janeiro na favela Dona Marta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sacco e Vanzetti.

Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, foram dois imigrantes italianos, anarquistas, executados em 23 de agosto de 1927, nos Estados Unidos da América, injustamente acusados de assalto e assassinato.
Mesmo com evidências contundentes de sua inocência, como o cartão ponto de Nicola Sacco, o testemunho de funcionários da representação diplomática italiana, que comprovou sua visita, na tarde do crime, a confissão do português Celestino Madeiros, que afirmou ter participado da ação pela qual foram condenados os anarquistas, Sacco e Vanzetti foram assassinados.
Durante um período de intensas manifestações xenófobas, praticadas pelo próprio governo (deportações em massa, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos), a caça às "bruxas vermelhas" tomou forma de execução política nesse famoso caso, que mobilizou a opinião pública internacional em prol dos acusados (protestos, muitos violentos em toda a Europa, Argentina, Brasil, países asiáticos e nos Estados Unidos). No ano de 1977, Sacco e Vanzetti foram reabilitados, por decisão do Governador de Massachussets Michael Dukakis, em decisão queos considerou inocentes, condenados por um julgamento parcial.
A execução política, praticada por um ente federado, da maior potência econômica do planeta, foi retratada no brilhante filme "Saco e Vanzetti", de 1971, dirigido por Giuliano Montaldo, com a brilhante trilha sonora do mestre Enio Morricone. A canção título é interpretada por Joan Baez. O filme esteve proibido no Brasil, por vários anos, pela censura da Ditadura Militar.
Abaixo, a bela obra de Morricone para o filme, baseada em um trecho de uma carta, de Nicola Sacco, na qual despede-se de seu filho. A carta pode ser lida aqui, em espanhol (11).


Lembrei-me desse caso, e do excelente filme produzido, ao ler a seguinte denúncia, publicada no blog RS URGENTE:

A Federação Anarquista Gaúcha envia a seguinte nota:
Neste exato momento a Polícia Civil do Rio Grande do Sul sob o comando da governadora Yeda Crusius promove diligência na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG). O mandado de segurança do governo busca apreender material de propaganda política contra o governo acusado de corrupção. Os cartazes abordam o empréstimo junto ao Banco Mundial e o assassinato do sem-terra Elton Brum. Este ato é pura provocação do Executivo gaúcho, atravessado por atos de corrupção e situações até hoje sem explicação, como a morte de Marcelo Cavalcante em fevereiro desse ano. Conclamamos as forças vivas da esquerda gaúcha para reagirmos de forma unificada contra mais esse desmando.
Segundo o mesmo relato, militantes da Federação Anarquista foram encaminhados, agora à tarde, para depor na 17 Delegacia de Polícia, localizada na rua Voluntários da Pátria, 1500, perto da Rodoviária de Porto Alegre. A Polícia apreendeu material impresso, chapas de cartazes e inclusive a CPU do computador da sede. Diante disso, a Federação Anarquista afirma:
“Era de se esperar uma reação como essa, em função da FAG sempre haver atuado com modéstia, mas tenacidade, sendo das mais aguerridas em todas as circunstâncias na defesa dos interesses e objetivos estratégicos do povo gaúcho. Vamos fazer uma denúncia pública e provar para as classes oprimidas do RS a natureza desse ataque vil sob ordem de um governo acusado dos mais graves crimes”.
Conversei por telefone com Cândida, militante da Federação Anarquista, e ela me deu o seguinte relato. A Polícia entrou na sede da Federação (na rua Lopo Gonçalves, Cidade Baixa), hoje à tarde, munida de um mandado de busca e apreensão para recolher material de propaganda contra a governadora Yeda Crusius, que decidiu mover uma ação por injúria, calúnia e difamação. A ação teria sido motivada por cartazes onde a governadora é responsabilizada pelo assassinato do sem terra Elton Brum da Silva. Além dos cartazes, segundo Cândida, foram apreendidos outros materiais e documentos que não tem relação com esse caso. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Gravataí, em um endereço que aparece no site da entidade. Há dois advogados acompanhando os integrantes da Federação.

Nota do blogueiro: A linha político-policialesca que culminou na prisão, no julgamanto temerário, e na execução sumária dos militantes Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, encontra eco no estado do Rio Grande do Sul, e no governo intolerante e corruto lá instalado.

Anarquistas presos, em 1929 por serem anarquistas, hoje, por serem anarquistas e protestar contra os desmandos e a roubalheira no Estado, em um atentado ao estado de direito.

O filme "Sacco e Vanzetti", está disponível para download nos links abaixo. no formato rmvb, em seis partes:

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Para a América Latina nada mudou

Política do "big stick" ganha nova base. Agora os golpes podem ser preparados na Colômbia.

Em pouco mais de um século (1846 a 1996), os Estados Unidos patrocinaram mas de 85 intervenções em diversos países da América Latina. Desde golpes de estado, passand por manipulações eleitorais, favorecimento financeiro a grupos de direita e extrema direita, até a invasão armada, propriamente dita.

Situações extremas como o do México, que perdeu um terço de seu território, da Nicarágua que sofreu 5 invasões em sete anos (1850-1857), Cuba, que teve uma emenda à sua constituição eleborada por um Senador estadunidense, permitindo a invasão "legal" do país, caso surgisse algum cenário desfavorável ao comércio entre os dois países, o massacre em El Salvador, e a imensa lista de países que tiveram governantes legítimos expurgados por vilentas ditaduras civil-militares apoiadas por esses apoiadas (Brasil, Nicarágua, Chile, México, Haiti, Uruguai, Argentina, Guatemala, Costa Rica, Bolívia, Equador, Republica Dominicana, Granada e recentemente o fracasso da tentativa na Venezuela). A lista de atrocidades, intervenções, guerras, invasões, golpes de estado, "derrames de dólares" é imensa, e ficou marcada com o sugestivo nome de política do Big Stick (grande porrete).

Muitos analistas deram como encerrada essa fase, mas a recente tentativa de golpe na Venezuela, a reativação da quarta frota, e a instalação de bases militares na Colômbia, reavivam a "sombra do porrete".

O pretexto é o mesmo de sempre, combate ao narcotráfico, mas os próprios protagonistas revelam o que querem com as bases, e, obviamente, com a Quarta Frota:

*Chávez é motivo para ter base na Colômbia, afirma Pentágono.

FLÁVIA MARREIRO da Folha de S.Paulo

Ao assinar o acordo militar com a Colômbia e garantir o uso da base área de Palanquero, no centro do país, o governo dos EUA considera ter aproveitado uma "oportunidade única" de obter "acesso e presença regional a custo mínimo" numa área sob ameaças constantes, entre elas as vindas de "governos antiamericanos" como o do venezuelano Hugo Chávez.

O argumento acima consta do documento do Pentágono submetido ao Congresso americano para justificar o Orçamento militar do país no ano fiscal de 2010. O texto, sancionado recentemente pelo presidente Barack Obama, inclui verba de US$ 46 milhões a ser aplicada em Palanquero.O documento solapa a retórica de Washington e Bogotá, que repetem o mantra de que o pacto militar assinado na sexta-feira --que permitirá aos EUA usar outras seis instalações além de Palanquero-- visa atacar só problemas domésticos colombianos, e dá combustível às reclamações de Chávez, que vê no trato uma ameaça a seu país. Tudo isso num momento em que a tensão entre Bogotá e Caracas volta a crescer por conta de incidentes na divisa cada vez mais violenta.

O teor do acordo militar não foi divulgado --a Colômbia promete fazê-lo nesta semana. Só Chávez e Evo Morales (Bolívia) reclamaram de sua consumação. O governo Lula, que cobra "garantias" de Washington e Bogotá, não se pronunciou.

Em entrevista ao jornal colombiano "El Tiempo", o embaixador americano em Bogotá, William Brownfield, disse que seu governo já deu garantias aos países da região de que o acordo não permite operações conjuntas fora da Colômbia. "Posso dizer que o acordo diz [isso] claramente no artigo 4º, parágrafo 3º.

"No entanto, na avaliação do Conselho de Estado, o órgão jurídico consultivo máximo colombiano, o texto é frouxo e deixa decisões importantes para acertos posteriores, além de ser "desequilibrado" a favor de Washington e potencialmente violador da soberania do país.

Resposta a crises

O documento do Pentágono submetido ao Congresso diz que Palanquero é "inquestionavelmente" o melhor lugar "para conduzir um completo espectro de operações pela América do Sul" --a importância da base já havia aparecido em documento da Força Aérea, que a inclui no esquema global de rotas para transporte estratégico global de carga e pessoal.

Afirma que o investimento na base vai "melhorar a capacidade dos EUA de responder rapidamente a crises, assegurando acesso e presença regional com custo mínimo". Contribuirá também para "expandir capacidade de guerra aérea", inteligência e monitoramento.

*Texto extraído do blog do Aposentado Invocado

Parece que nada vai mudar, para a América Latina, mesmo com a eleição de Obama. Continuaremos sujeitos a política externa deles (descrita acima), a menos que tenhamos "mais Venezuelas".