segunda-feira, 30 de novembro de 2009
O cuidado do PIG com os mensaleiros do DEMO
O cuidado que não tiveram com o caso de 2005, no qual eram categóricos, taxativos e diretos ao afirmar a existência de esquemas e sub-equemas de corrupção envolvendo petistas e aliados, como mostra foto abaixo:
Esse mesmo jornal fez de tudo para esconder o "mensalão do DEMO". E diante das imagens, como a que é exibida logo abaixo, apressam-se em enunciar:"suposto", "não confirmado", "possível"...
O velho dois pesos, duas medidas do PIG.
Ah,será que alguém vai mencionar que Arruda seria vice do Serra, em provável chapa Demo-Tucana, para as eleições do ano que vem? Vou esperar sentado...
"No, we can`t".
sábado, 28 de novembro de 2009
"O Serra foi quem mais lutou pela privatização da vale..."
Dá pra duvidar?
Será que ele vai manter o discurso estatista?
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Panfletos apócrifos
Hum...
Há duas semanas, publiquei aqui um texto em que perguntava por que o filho de FHC apareceu só agora - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/teorias-por-que-fhc-reconheceu-o-filho-so-agora.
Levantei algumas hipóteses. A terceira era: 3) Fator denúncias contra o PT. Essa é a teoria já exposta no blog do Eduardo Guimarães - http://edu.guim.blog.uol.com.br/. A idéia é que a (ex) grande imprensa já teria na mão dossiês contra Dilma. Revelar, agora, o filho fora do casamento de FHC seria uma forma de mostrar "isenção". Na hora que aparecesse denúncia contra Dilma, ninguém poderia acusar a mídia de perseguir o PT. A diferença é que Dilma é candidata em 2010, e FHC só teve o filho revelado 8 anos depois de sair do poder.
Errei num detalhe: o foco não era Dilma, mas Lula mesmo.
A história sobre o filho de FHC foi uma espécie de antídoto preventivo. Ao chamar Lula de "molestador sexual", usando (corajosamente, característica dos Frias) um terceiro pra fazer o ataque, a "Folha" não pode ser acusada de "parcialidade", afinal publicou também a informação sobre o tucano.
Hum...
Detalhe: o filho de FHC existe. Mora no exterior. A revista "Caros Amigos" contou há dez anos a história completa.
Já a história do "Cesinha" é só uma história. Onde está o rapaz que teria sido molestado por Lula em 1980? Vocês acham que esse rapaz (ou um rapaz qualquer que cumpra o papel) vai aparecer nas páginas da "Folha" ou da "Veja"? Ah, a campanha de 2010 será linda.
Outro detalhe: a "Folha" ignorou a informação publicada semana passada, por Cláudio Humberto, de que FHC teria tido um outro filho fora do casamento, com uma empregada da família - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/claudio-humberto-fhc-teve-outro-filho-por-fora-com-a-empregada-esse-ele-reconheceu.
Mas a "Folha" abriu hoje três páginas para falar (mal) do filme sobre Lula: "O Filho do Brasil" (FHC, parece, também ele é um especialista em "filhos do Brasil").
Quem conhece um pouco como funciona o jornalismo sabe que o objetivo das três páginas era dar "peso" para a informação que apareceu ali pelo meio do artigo de "Cesinha". Nada mais interessava aos Frias, só a informação sobre o Lula "molestador".
Ora, uma informação dessas (se verdadeira) mereceria manchete, não acham? Por que foi publicada desse jeito, no meio de um artigo?
Porque uma manchete deixaria tudo muito explícito. O artigo na "Folha" é só parte do script, tenham certeza...
De outro lado, uma informação dessas, se falsa, deveria ir parar no lixo, no esgoto...
Bem, na verdade, foi o que aconteceu. Há algum tempo é esgoto jornalístico o que corre pelas páginas do jornal da família Frias. Nessa vala mal-cheirosa cabem: ficha falsa de ministra, editorial louvando a "ditabranda", ataques descabidos a professores respeitáveis (Benevides e Comparato) que criticaram a "ditabrabanda" da "Folha".
Último detalhe: na edição desta sexta-feira, a "Folha" simplesmente "escondeu" a notícia sobre denúncia do Ministério Público Federal. Os procuradores Weichert e Favero querem que Paulo Maluf, Romeu Tuma e outras autoridades da época da ditadura sejam responsabilizados pelo crime de ocultação de cadáver - http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=23189. A notícia (no jornal) apareceu "perdida" lá pela página 13, sem destaque nenhum, ao lado de um anúncio de turismo...
A "Folha" esquece os crimes da ditadura da qual foi parceira. Crimes concretos, abomináveis. Há mortos, desaparecidos. Há impunidade daqueles que foram sócios da "Folha" no apoio à ditadura.
A "Folha" não abre espaço para que Ivan Seixar publique as cartas contando o que aconteceu com o pai dele na OBAN (Operação Bandeirante) durante a ditadura - http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/por-que-a-folha-nao-publica-cartas-de-ivan-seixas.
Mas a "Folha" abre espaço para o "Cesinha" fazer o serviço sujo.
A "Folha" já abriu manchete para o sequestro (de Delfim) que não houve (o objetivo da matéria era atingir Dilma, lembram?). Agora, abre discretamente espaço para o "ataque sexual" que não houve.
Sobre os crimes de verdade, sobre os mortos e desaparecidos, sobre os torturadores, nenhum pio. Até porque a "Folha" teria que explicar porque os carros do jornal eram sempre vistos em frente à OBAN (centro de torturas em São Paulo).
Curiosamente, o "Cesinha" conta no tal artigo desta sexta-feira que escapou de ser abusado sexualmente por presos comuns quando esteve preso durante a ditadura. Ainda bem. O "Cesinha" foi vítima dos crimes abomináveis cometidos naquela época: ficou preso, incomunicável. Era um jovem de 16/17 anos...
Mas tantos anos depois, "Cesinha", você foi usado (e abusado) pela mesma elite que apoiou a ditadura. E, dessa vez, parece que você gostou.
===
P.S.:
PAULO DE TARSO DESMENTE "CESINHA"
Uma das pessoas que teriam "testemunhado", em 1994, a tal conversa (em que Lula teria narrado o episódio do "abuso") é Paulo de Tarso Venceslau. Ele foi militante do PT, rompeu com o partido, e tem críticas pesadíssimas ao setor que ainda hoje domina as principais instâncias partidárias. Veja aqui um exemplo das denúncias que Paulo de Tarso fez ao PT - http://www.terra.com.br/istoe/politica/144430.htm
Pois bem, a "Folha" não "lembrou" de ouvir o Paulo de Tarso sobre o caso do "abuso".
Ele, que teria todos os motivos para "bater" no PT e em Lula, acaba de divulgar uma nota, em que repudia e desmente o artiguinho do "Cesinha".
A nota está aqui, no site do Azenha - http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-nota-de-paulo-de-tarso/.
Depois dessa, alguém acha que há motivo pra seguir assinando um jornal como a "Folha"?
Acho que a "Folha" será "currada" pelos leitores.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Botaram o "gato" para cuidar do bife...
Simples, quando a lei exige conduta ilibada para um cargo, o sujeito não pode ser ladrão.
Não pode contratar a empresa do Lair para fazer segurança na CEEE só porque é do Lair, o serviço tem que ser comprovadamente bom
Se a governadora precisa melhorar a imagem e o partido dela contrata marketeiros, eles não podem influenciar na agenda do governo
Nem se o pedido vier do José Otávio ou da Yeda.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Serra cai e Dilma sobe ao lado do PMDB, diz pesquisa CNT-Sensus
BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato mais cotado do PSDB para disputar as eleições do ano que vem, José Serra, vem caindo nas pesquisas de intenção de voto, mostrou nesta segunda-feira sondagem do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte.
Dois possíveis fatores explicariam esse movimento, de acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade: a recusa de Serra em lançar-se oficialmente à sucessão de 2010 e o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com altos índices de rejeição.
"Há uma tendência de queda", disse a jornalistas nesta segunda-feira Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.
Candidata do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, avança. Há duas razões apontadas para isso: o acordo de aliança com o PMDB de Michel Temer, que deu a ela exposição maciça na mídia e a colocou mais ao centro do espectro ideológico, e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo com Temer daria viés mais centrista à candidatura.
Na principal lista apresentada ao entrevistado na pesquisa de novembro, Serra ficou com 31,8 por cento e Dilma com 21,7 por cento. Ciro Gomes (PSB-CE) aparece com 17,5 por cento e Marina Silva (PV-AC) com 5,9 por cento. Não há lista comparável com essa em apurações anteriores.
"Serra perdeu 15 pontos percentuais nos últimos 12 meses", sustentou Guedes referindo-se ao patamar conquistado pelo pré-candidato em dezembro de 2008.
Naquele período, o tucano possuía 46,5 por cento, enquanto Dilma tinha 10,5 por cento. Neste cenário, constava, além de Serra e Dilma, a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL), que não deve se lançar à sucessão. Como o quadro de candidatos mudou, não há como fazer uma comparação entre os números das duas pesquisas.
Os outros cenários apurados na sondagem deste mês mostram que a presença de Ciro no páreo ajuda a provocar um segundo turno e, conforme analistas do levantamento, tiraria mais votos de Serra que da ministra.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Heil Yeda!
*Adão Paiani
A Gestapo, ou Geheime Staatspolizei, foi criada em 1933, por Hermann Göering, e originalmente era apenas um departamento da polícia prussiana. Seus membros, inicialmente, eram recrutados dentro da própria estrutura policial, que se tornou sinônimo de polícia política e representou bem todo o arbítrio nazista.
Seus primeiros alvos eram todos que se contrapunham ao nascente governo de Hitler. Comunistas, socialistas, anarquistas, liberais; depois católicos, protestantes, maçons e judeus. Ao fim, tornou-se o grande instrumento de dominação e terror sobre a Europa ocupada pelos nazistas.
Note-se que o início das atividades dessa polícia política nada tinha de ilegal; ao contrário; era plenamente justificada e legitimada pelo ordenamento jurídico alemão. Atuava, então, dentro de um governo eleito democraticamente; muito embora já demonstrasse claramente suas intenções despóticas.
Governos autoritários, em quaisquer momentos históricos, ou onde se encontrem; sempre se parecem. Uma das principais características que os irmanam é a utilização tanto das estruturas jurídicas e legais quanto das forças de segurança para ameaçar, perseguir e silenciar seus adversários.
Mas não o fazem sozinhos. Contam, sempre, com o silêncio conivente de parcela da população, que não se preocupa com isso até que o problema, devidamente armado e violento, venha a bater em sua porta. E quando isso ocorre, é tarde demais para uma reação incruenta; porque aí a democracia já sucumbiu. E então anarquistas, liberais e comunistas, dentre outros, podem experimentar a traumática, e curiosa, experiência de se unir na cadeia.
A notícia de que oito integrantes da Federação Anarquista Gaúcha foram indiciados por crimes contra a honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando; e que outros tantos dirigentes de entidades sindicais e movimentos sociais o virão a ser nos próximos dias; em razão das denúncias que fazem das ilegalidades praticadas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sob o comando de Yeda Rorato Crusius; após inquérito policial concluído em tempo recorde, é o mais grave atentado já praticado contra uma associação política no Rio Grande e no Brasil, desde a redemocratização do país.
Nem o regime militar, em seu declínio, a partir de 1979, não tinha mais força e coragem para praticar atos de tamanha insanidade, a exemplo deste.
Sintomaticamente, o citado inquérito policial foi concluído justamente por uma Distrital, a 17ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, que se tornou conhecida por acumular em suas dependências milhares e milhares de inquéritos inconclusos, sob a alegação de falta de estrutura operacional. Dentre as características desta Distrital, está a de situar-se ao lado do prédio da Secretaria de Segurança Pública do Estado; hoje comandada por um General da Reserva do Exército Brasileiro; e ter-se especializado em instaurar inquéritos contra adversários políticos da Governadora do Estado e de agentes do seu Governo; dentre esses este articulista, que igualmente tem lá contra si ao menos dois inquéritos em andamento, por razões políticas.
Além de todas as acusações não respondidas que pesam sobre sua gestão, Yeda Rorato Crusius deve agora também ser responsabilizada por esse odioso, brutal, covarde e autoritário atentado à liberdade de expressão, manifestação e direito de associação, todos constitucionalmente previstos e base fundamental de qualquer democracia que como tal queira ser reconhecida.
Qualquer governante minimamente comprometido com o juramento que fez ao ser empossado no cargo; de defender e garantir a democracia que permitiu sua eleição; embora se julgando ofendido pessoalmente pelas manifestações de contrariedade do povo; deve ter a grandeza de não utilizar-se de instrumentos, mesmo que legais, para silenciar os que lhes são contrários.
A isso se chama postura de Estadista; ou seja, a capacidade de colocar-se acima de questões menores, incompatíveis com a posição que ocupa; e entender a crítica mais dura como um direito dos cidadãos que lhe delegaram o poder que exerce.
Como desconhece o que significa ser uma Estadista, e tal tem demonstrado desde o momento que colocou seus pés no Palácio Piratini; no maior erro político já cometido na história do Rio Grande; Yeda Rorato Crusius dá mais uma clara demonstração de desrespeito à democracia, à liberdade e à cidadania.
A partir desse momento, todos nós, que denunciamos os abusos praticados por um governo democraticamente eleito; tal qual o de Adolf Hitler, em 1933; e que se transformou, dia-a-dia, em agente de espoliação, apropriação indébita e aparelhamento do Estado em benefício de uma camarilha, e agora algoz de seus cidadãos; estamos sujeitos à ação de sua polícia política.
Ou denunciamos já esse estado de coisas, suplantando quaisquer diferenças de caráter partidário ou ideológico, unindo todas as forças que defendem a liberdade nesse Estado; apelando inclusive para organismos internacionais, para que nos ajudem na denúncia e resistência a esses descalabros; ou seremos cúmplices do assassínio da nossa democracia.
E nem poderemos alegar, então, que o tiro foi pelas costas. Porque todos nós temos absoluta clareza e visão do que está acontecendo no Rio Grande.
Só nos resta partir das palavras para a ação. Só nos falta, verdadeiramente, reagir.
O PT acordou:
Em "Sum Paulo"...
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Denunciar formação de quadrilha, pode acarretar em acusação de...formação de quadrilha?
Segundo o jornal tucano Folha de São Paulo, a polícia civil do Estado, indiciou oito membros da Federação por crime contra honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando.
A quadrilha que manda no Estado, tenta incriminar um dos diversos grupos que a denuncia.
Só vendo:
Polícia Civil indicia oito por campanha contra Yeda
A Polícia Civil concluiu na última sexta-feira o inquérito que investigava a veiculação de campanha publicitária caluniosa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).
Oito integrantes da FAG (Federação Anarquista Gaúcha), que publicou cartazes publicitários com conteúdo considerado criminoso pela polícia, foram indiciados por crime contra honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando.
CPI no RS faz acareação entre ex-presidente do Detran e secretário da Administração
Gravações mostram aproximação de secretário gaúcho com investigado por fraude
Governistas rejeitam convocação de autoridades na CPI da Corrupção do RS
Yeda Crusius nomeia desembargador após lobby, diz PF
Segundo o delegado André Mocciaro, titular da 17 ª Delegacia de Polícia, a liberdade de expressão e o direito de reunião, constitucionalmente assegurados, assim como a internet, espaço mundial para livres manifestações, não podem servir de escudos e meios para prática de crimes.
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, sendo apreendidos diversos materiais, inclusive as matrizes do material investigado, computadores, bem como foram adotadas providências quanto ao conteúdo publicado na internet.
Segundo a polícia, também foram ouvidos cerca de 20 representantes de diversas entidades que deflagraram neste ano campanha publicitária ofensiva contra a governadora.
sábado, 14 de novembro de 2009
Rede Globo em franca campanha eleitoral
Confira abaixo:
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Sobre muros e muros.
1- O ocidente estava a prejudicar o Leste com uma vigorosa campanha de recrutamento de profissionais e trabalhadores especializados da Alemanha de Leste, que tinham sido educados à custa do governo comunista. Isto acabou por levar a uma grave crise de mão-de-obra e de produção no Leste. Referindo-se claramente a isto, o New York Times noticiou em 1963: "Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste".
Foi um empreendimento fantástico. Os Estados Unidos e os seus agentes utilizaram explosivos, incêndios, curto-circuitos, e outros métodos para danificar centrais eléctricas, estaleiros, canais, docas, edifícios públicos, bombas de gasolina, transportes públicos, pontes, etc, fizeram descarrilar comboios de carga, ferindo gravemente trabalhadores; queimaram 12 carruagens de um comboio de carga e destruíram tubagem de ar comprimido de outros; utilizaram ácidos para danificar maquinaria fabril vital; puseram areia na turbina duma fábrica, fazendo-a paralisar; deitaram fogo a uma fábrica de telhas; promoveram greves de zelo em fábricas; mataram 7 000 vacas duma fábrica cooperativa de lacticínios através de envenenamento; acrescentaram sabão ao leite em pó destinado às escolas da Alemanha de Leste; estavam na posse, quando foram presos, duma grande quantidade do veneno cantárida que se destinava à produção de cigarros envenenados para matar importantes alemães de Leste; lançaram bombas de mau cheiro para interromper reuniões políticas; tentaram interromper o Festival Mundial da Juventude em Berlim Leste enviando convites falsificados, promessas falsas de alojamento e pensão grátis, notícias falsas de cancelamento, etc; efectuaram ataques aos participantes com explosivos, bombas incendiárias e equipamento de furar pneus; forjaram e distribuíram grande quantidade de senhas alimentares falsas para provocar a confusão, a escassez e a revolta, enviaram falsos avisos de impostos e outras orientações do governo e documentos para provocar a desorganização e a ineficácia na indústria e nos sindicatos… tudo isto e muito mais.
Muro construído pelos EUA na fronteira com o México. Mais ótimas fotos aqui.
Muro construído pela prefeitura do Rio de Janeiro na favela Dona Marta.segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Sacco e Vanzetti.
Durante um período de intensas manifestações xenófobas, praticadas pelo próprio governo (deportações em massa, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos), a caça às "bruxas vermelhas" tomou forma de execução política nesse famoso caso, que mobilizou a opinião pública internacional em prol dos acusados (protestos, muitos violentos em toda a Europa, Argentina, Brasil, países asiáticos e nos Estados Unidos). No ano de 1977, Sacco e Vanzetti foram reabilitados, por decisão do Governador de Massachussets Michael Dukakis, em decisão queos considerou inocentes, condenados por um julgamento parcial.
Lembrei-me desse caso, e do excelente filme produzido, ao ler a seguinte denúncia, publicada no blog RS URGENTE:
A Federação Anarquista Gaúcha envia a seguinte nota:
Neste exato momento a Polícia Civil do Rio Grande do Sul sob o comando da governadora Yeda Crusius promove diligência na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG). O mandado de segurança do governo busca apreender material de propaganda política contra o governo acusado de corrupção. Os cartazes abordam o empréstimo junto ao Banco Mundial e o assassinato do sem-terra Elton Brum. Este ato é pura provocação do Executivo gaúcho, atravessado por atos de corrupção e situações até hoje sem explicação, como a morte de Marcelo Cavalcante em fevereiro desse ano. Conclamamos as forças vivas da esquerda gaúcha para reagirmos de forma unificada contra mais esse desmando.
Segundo o mesmo relato, militantes da Federação Anarquista foram encaminhados, agora à tarde, para depor na 17 Delegacia de Polícia, localizada na rua Voluntários da Pátria, 1500, perto da Rodoviária de Porto Alegre. A Polícia apreendeu material impresso, chapas de cartazes e inclusive a CPU do computador da sede. Diante disso, a Federação Anarquista afirma:
“Era de se esperar uma reação como essa, em função da FAG sempre haver atuado com modéstia, mas tenacidade, sendo das mais aguerridas em todas as circunstâncias na defesa dos interesses e objetivos estratégicos do povo gaúcho. Vamos fazer uma denúncia pública e provar para as classes oprimidas do RS a natureza desse ataque vil sob ordem de um governo acusado dos mais graves crimes”.
Conversei por telefone com Cândida, militante da Federação Anarquista, e ela me deu o seguinte relato. A Polícia entrou na sede da Federação (na rua Lopo Gonçalves, Cidade Baixa), hoje à tarde, munida de um mandado de busca e apreensão para recolher material de propaganda contra a governadora Yeda Crusius, que decidiu mover uma ação por injúria, calúnia e difamação. A ação teria sido motivada por cartazes onde a governadora é responsabilizada pelo assassinato do sem terra Elton Brum da Silva. Além dos cartazes, segundo Cândida, foram apreendidos outros materiais e documentos que não tem relação com esse caso. Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Gravataí, em um endereço que aparece no site da entidade. Há dois advogados acompanhando os integrantes da Federação.
Nota do blogueiro: A linha político-policialesca que culminou na prisão, no julgamanto temerário, e na execução sumária dos militantes Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti, encontra eco no estado do Rio Grande do Sul, e no governo intolerante e corruto lá instalado.
Anarquistas presos, em 1929 por serem anarquistas, hoje, por serem anarquistas e protestar contra os desmandos e a roubalheira no Estado, em um atentado ao estado de direito.
O filme "Sacco e Vanzetti", está disponível para download nos links abaixo. no formato rmvb, em seis partes:
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http://rapidshare.com/files/69852473/Sacco_e_Vanzetti__Stirner_DVDRip_.part2.rar
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http://rapidshare.com/files/69897817/Sacco_e_Vanzetti__Stirner_DVDRip_.part5.rar
http://rapidshare.com/files/69901054/Sacco_e_Vanzetti__Stirner_DVDRip_.part6.rar
Para a América Latina nada mudou
Em pouco mais de um século (1846 a 1996), os Estados Unidos patrocinaram mas de 85 intervenções em diversos países da América Latina. Desde golpes de estado, passand por manipulações eleitorais, favorecimento financeiro a grupos de direita e extrema direita, até a invasão armada, propriamente dita.
Situações extremas como o do México, que perdeu um terço de seu território, da Nicarágua que sofreu 5 invasões em sete anos (1850-1857), Cuba, que teve uma emenda à sua constituição eleborada por um Senador estadunidense, permitindo a invasão "legal" do país, caso surgisse algum cenário desfavorável ao comércio entre os dois países, o massacre em El Salvador, e a imensa lista de países que tiveram governantes legítimos expurgados por vilentas ditaduras civil-militares apoiadas por esses apoiadas (Brasil, Nicarágua, Chile, México, Haiti, Uruguai, Argentina, Guatemala, Costa Rica, Bolívia, Equador, Republica Dominicana, Granada e recentemente o fracasso da tentativa na Venezuela). A lista de atrocidades, intervenções, guerras, invasões, golpes de estado, "derrames de dólares" é imensa, e ficou marcada com o sugestivo nome de política do Big Stick (grande porrete).
Muitos analistas deram como encerrada essa fase, mas a recente tentativa de golpe na Venezuela, a reativação da quarta frota, e a instalação de bases militares na Colômbia, reavivam a "sombra do porrete".
O pretexto é o mesmo de sempre, combate ao narcotráfico, mas os próprios protagonistas revelam o que querem com as bases, e, obviamente, com a Quarta Frota:
*Chávez é motivo para ter base na Colômbia, afirma Pentágono.
FLÁVIA MARREIRO da Folha de S.Paulo
Ao assinar o acordo militar com a Colômbia e garantir o uso da base área de Palanquero, no centro do país, o governo dos EUA considera ter aproveitado uma "oportunidade única" de obter "acesso e presença regional a custo mínimo" numa área sob ameaças constantes, entre elas as vindas de "governos antiamericanos" como o do venezuelano Hugo Chávez.
O argumento acima consta do documento do Pentágono submetido ao Congresso americano para justificar o Orçamento militar do país no ano fiscal de 2010. O texto, sancionado recentemente pelo presidente Barack Obama, inclui verba de US$ 46 milhões a ser aplicada em Palanquero.O documento solapa a retórica de Washington e Bogotá, que repetem o mantra de que o pacto militar assinado na sexta-feira --que permitirá aos EUA usar outras seis instalações além de Palanquero-- visa atacar só problemas domésticos colombianos, e dá combustível às reclamações de Chávez, que vê no trato uma ameaça a seu país. Tudo isso num momento em que a tensão entre Bogotá e Caracas volta a crescer por conta de incidentes na divisa cada vez mais violenta.
O teor do acordo militar não foi divulgado --a Colômbia promete fazê-lo nesta semana. Só Chávez e Evo Morales (Bolívia) reclamaram de sua consumação. O governo Lula, que cobra "garantias" de Washington e Bogotá, não se pronunciou.
Em entrevista ao jornal colombiano "El Tiempo", o embaixador americano em Bogotá, William Brownfield, disse que seu governo já deu garantias aos países da região de que o acordo não permite operações conjuntas fora da Colômbia. "Posso dizer que o acordo diz [isso] claramente no artigo 4º, parágrafo 3º.
"No entanto, na avaliação do Conselho de Estado, o órgão jurídico consultivo máximo colombiano, o texto é frouxo e deixa decisões importantes para acertos posteriores, além de ser "desequilibrado" a favor de Washington e potencialmente violador da soberania do país.
Resposta a crises
O documento do Pentágono submetido ao Congresso diz que Palanquero é "inquestionavelmente" o melhor lugar "para conduzir um completo espectro de operações pela América do Sul" --a importância da base já havia aparecido em documento da Força Aérea, que a inclui no esquema global de rotas para transporte estratégico global de carga e pessoal.
Afirma que o investimento na base vai "melhorar a capacidade dos EUA de responder rapidamente a crises, assegurando acesso e presença regional com custo mínimo". Contribuirá também para "expandir capacidade de guerra aérea", inteligência e monitoramento.
*Texto extraído do blog do Aposentado Invocado
Parece que nada vai mudar, para a América Latina, mesmo com a eleição de Obama. Continuaremos sujeitos a política externa deles (descrita acima), a menos que tenhamos "mais Venezuelas".