sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos

O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.
Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.
A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.
Não por acaso o Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.
Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.
Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.
Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República diminuindo a jornada de trabalho!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ainda sobre os "jagunços".

Ontem, comentei aqui, sobre a tática de campanha eletrônica suja de José serra e seus correligionários. Hoje, o Deputado Federal Brizola Neto, em seu blog Tijolaço, deu nome aos bois, ou melhor, aos jagunços:


Graeff não só comanda os brucutus. É o brucutu
Por Brizola Neto






Segui uma dica postada aqui e está aí ao lado, para quem quiser ver. Além do site de ataques “gente que mente” (veja aqui a denúncia), assunto escandaloso e encoberto até agora, a direção do PSDB tem um “saco de maldades” preparado e reservado para a campanha suja que vai fazer na web nestas eleições. Reproduzo aí ao lado a página do registro.br que elenca os sites registrados em nome do Instituto Social Democrata, uma instituição criada pelo ex-presidente FHC, e dirigida pelo alto tucanato.

O ISD, que vive de doações privadas e contribuições de sócios, é, segundo seu estatuto, “uma sociedade civil sem fins lucrativos, destinada a promover o debate e a divulgação de idéias e teses da social democracia, buscando aprimorar o pensamento e as propostas de ação relativos aos relevantes problemas nacionais.”. Goza, por isso, de isenções fiscais.

A menos que nesta busca por “aprimorar o pensamento” se inclua o ataque vil e sujo, o que levaria esta intituição a registrar, no final de 2008, um site chamado “www.petralhas.com.br”? Não está no ar, foi ativado e desativado instantaneamente, para ficar guardado, no limbo, para utilização futura, talvez transferido para outro titular.
O responsável pelo registro é o senhor Eduardo Graeff, secretário-geral da Presidência do Governo FHC, tesoureiro nacional do PSDB e homem forte, junto com o ex-ministro (e secretário de Serra) Paulo Renato de Souza.A sede do ISD é em São Paulo, mas o registro está feito com um endereço residencial em Brasília, que esfumacei na imagem, mas está no original. Fiz o mesmo com o email pessoal do senhor Graeff, porque não faço jogo sujo, ao contrário dele, que não pode se escusar da responsabilidade por isso.

Vou hoje à tribuna da Câmara, desafiar o discurso de bom-moço de José Serra. Toda esta sujeira é feita por seus homens de confiança.

Posso e vou reagir em defesa da campanha de Dilma Rousseff, porque devo lutar contra os métodos sujos da direita – porque ações sórdidas assim não merecem jamais o nome de social-democratas – que quer devolver o Brasil à condição servil.

Mas não posso reagir em nome do PT, embora, sinceramente, não tenha muitas esperanças que este o faça.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Deputado DEMO publica texto falso contra Dilma

Assim é fácil posar de "gentleman", manda os "jagunços" fazerem o serviço sujo.
Texto extraído do site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim.
Saiu no portal imprensa:

Marília Gabriela nega ser autora de texto contra Dilma Rousseff
A jornalista e apresentadora Marília Gabriela negou ter sido a autora de texto contra a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. “Não tenho nada a ver com essa porra”, vociferou a jornalista à reportagem do portal Terra, ao ser indagada, por telefone, sobre a autoria de texto publicado no site do parlamentar José Carlos Aleluia (DEM-BA).
“Isso não é novo. Começaram há dois meses. Só se eu fosse maluca! Não sou ligada a nenhuma rede social”, afirmou a jornalista, aprsentadora do programa “Marília Gabriela Entrevista”, pelo canal pago GNT.
“A internet é terra de ninguém. O problema é você ser vítima dessa terra de ninguém, não ter como controlar. É uma sacanagem”, completou. Marília informou que tomará medidas judiciais pela associação indevida ao texto. “O próximo passo é procurar meus advogados”, anunciou.

Pedágio com Dilma: R$ 1,42. Com Serra: 13,10.

Tucanos fazem concessões com vistas à engorda dos cofres dos financiadores de suas campanhas, o PT, com vistas ao desenvolvimento do país e o bem estar da população.

O texto abaixo mostra, de forma muito objetiva, os dois oceanos que separam as duas candidaturas que polarizaram o debate eleitoral, nesse ano: A lógica dos lucros exorbitantes das concessionárias, promovido pelo Tucanato (na ordem dos 25% anuais, com tarifas em torno de R$ 13,10), e a do preço justo, com margens de lucro entre 9 e 13%, e tarifas em torno de R$ 1,42.
Recentemente fiz uma viagem de 4360 km, sendo 2180 ida, e a mesma distância de volta, entre os estados de Goiás e Rio Grande do Sul (detesto voar). Paguei tarifa de pedágio 22 vezes, infelizmente, em sua maioria, em rodovias cuja concessão foi feita à época do governo tucano de FHC. Custo médio de R$ 162.20.
Caso tivesse de pagar a "Tarifa Dilma", teria pago R$ 31,24, caso tivesse pago a "Tarifa Serra", teria pago módicos R$ 288,20. E foi apenas uma viagem de férias, agora imaginem morar em uma cidade e trabalhar na cidade vizinha, com uma praça de pedágio tucano, cobrando R$ 13,10 diários, de ida e de volta. O empregado teria de ter um excelente salário, para pagar R$ 524,00 mensais, aos inveterados doadores tucanos.
É uma diferença brutal, explicada em detalhes abaixo:

Dilma detonou a privataria dos pedágios
ELIO GASPARI – Folha de São Paulo - 14/10/2007

NA TARDE DE terça-feira concluiu-se no salão da Bolsa de São Paulo um bonito episódio de competência administrativa e de triunfo das regras do capitalismo sobre os interesses da privataria e contubérnios incestuosos de burocratas. Depois de dez anos de idas e vindas, o governo federal leiloou as concessões de sete estradas (2,6 mil km). Para se ter uma medida do tamanho do êxito, um percurso que custaria R$ 10 de acordo com as planilhas dos anos 90, saiu por R$ 2,70.
No ano que vem, quando a empresa espanhola OHL começar a cobrar pedágio na Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, cada 100 quilômetros rodados custarão R$ 1,42. Se o cidadão quiser viajar em direção ao passado, tomará a Dutra, pagando R$ 7,58 pelos mesmos 100 quilômetros. Caso vá para Santos, serão R$ 13,10. Não haverá no mundo disparidade semelhante.
Se essa não foi a maior demonstração de competência do governo de Nosso Guia, certamente será lembrada como uma das maiores. Sua história mostra que o Estado brasileiro tem meios para defender a patuléia, desde que esteja interessado nisso. Mostra também que se deve tomar enorme cuidado com o discurso da modernidade de um bom pedaço do empresariado. Nele, não se vende gato por lebre. É gato por gato mesmo.

O lote das sete rodovias entrou no programa de desestatização do tucanato em 1997. Desde então, desenhavam-se editais restringindo a disputa a empresas de engenharia nacionais. No final de 2002, após uma trombada com o Tribunal de Contas da União, o caso foi para a mesa de FFHH. O monarca desconfiou da pressa e deixou o assunto para o novo governo. Em 2003, o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, armou outra concorrência. Nova trombada com o TCU. Alguns preços baseavam-se em custos do mercado paulista, o mais caro do país. O tribunal determinou que o ministério largasse o osso, entregando-o à Agência Nacional de Transportes Terrestres. Ela achou R$ 300 milhões de gordura nas planilhas, y otras cositas más.

Em meados de 2005, o governo quebrou a cláusula da reserva de mercado para empresas nacionais. Anunciou um leilão, aberto a quaisquer interessados. Além disso, chegou a xerife. A ministra Dilma Rousseff, a ANTT e o Tribunal de Contas discutiram o projeto e conseguiu-se uma redução de 56% no preço estimado para os pedágios. A taxa de retorno dos concessionários, que inicialmente era de 18% anuais, caiu para 13%. Dilma queria, no máximo, um retorno de 9%. Argumentava que as empresas estavam lucrando algo em torno de 25% ao ano. Em janeiro passado, o leilão das concessões foi suspenso.

O "Financial Times" viu na iniciativa um viés de inépcia, talvez estatizante, a la Hugo Chávez. Confundiu-se deliberadamente adiamento com cancelamento. Vale relembrar a gritaria: "Retrocesso. Se isso (o fim do leilão) acontecer, os recursos internos e externos serão aplicados em outros países. (...) Se há distorções, elas têm de ser corrigidas, mas com base em avaliações técnicas, não ideológicas." (Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústria de Base, a Abdib. "O Brasil corre o risco de ficar na contramão dos Estados Unidos, Europa, Chile e México." (Renato Vale, presidente da CCR, concessionária de 1,4 mil quilômetros de estradas brasileiras.) "É um equívoco, porque o Brasil não tem capacidade de investimento." (Geraldo Alckmin).

Não havia equívoco, não se corria risco, nem havia ideologia no lance. O governo cansou de explicar que não estava cancelando coisa alguma. Disse aos empresários, e eles entenderam, que pretendia apenas discutir a relação. Diante de números que encolheram à metade a partir das avaliações técnicas, sentira-se o cheiro de queimado. Não adiantava, a sabedoria convencional ensina que, se o governo de Nosso Guia não cumpre as agendas das empreiteiras, isso reflete más intenções ou preconceitos esquerdistas que afugentam capitais e travam o progresso.

Durante oito meses, uma força-tarefa da Casa Civil e da ANTT trabalharam no caso. A ministra lembrava que os juros tinham baixado e a economia brasileira de 2007 não era a de 2002. Murmurava-se que o projeto era inviável, sonho de guerrilheira, pois não apareceriam candidatos.

Na terça feira, quando o leilão começou, havia 30 empresas na disputa. Três horas depois, os sete lotes de estradas estavam vendidos. Nenhum dos clientes tradicionais conseguira emplacar sua oferta e o grupo espanhol OHL ganhou os cinco trechos que disputou, tornando-se o maior concessionário de estradas do país, com 3.225 km. Quando ele arrematou a Fernão Dias, oferecendo um pedágio de R$ 1,42 para cada 100 quilômetros houve espanto no salão. A ANTT fixara um teto de R$ 4,00, a segunda colocada pedira R$ 2,21 e as demais, em torno de R$ 3,57. Os cavaleiros do Apocalipse micaram, triturados pela lógica da competição internacional.

Esse resultado só aconteceu porque o governo não se deixou encurralar pelo alarmismo. Trocou a mão invisível de Brasília pela de Adam Smith.Fica agora o tucanato paulista numa enrascada. Tem no colo um pacote de cinco leilões de rodovias estaduais num modelo que produziu os pedágios mais caros do país. Isso deriva de um conjunto de fatores. Um deles é o de se exigir dos concessionários um pagamento chamado de outorga. A empresa explora a rodovia, mas adianta um prêmio ao erário, em obras ou em dinheiro. Lula seguiu a escrita de FFHH, que não cobrou esse tipo de dote nas concessões da ponte Rio-Niterói e da Dutra. Será difícil provar que ambos fizeram besteira.

domingo, 25 de abril de 2010

Biruta, doidão, ou mal intencionado.


O termo "Biruta", utilizado pela presidenciável Dilma Roussef, para definir o caráter "volátil" das opiniões de José Serra, caiu-lhe como uma luva.

Verifica-se que as opiniões e projetos de governo do tucano, mudam de acordo com as reações da opinião pública a essas. Quando fala que o PAC não existe, e em seguida afirma que vai fiscalizar a execução de suas obras, duvida da inteligência de seus ouvintes/leitores, confia na sua falta de memória, ou os ignora.

Selecionei dois textos, que mostram outros contradições nos discursos do tucano, deixando evidente que esse tem algo a esconder, e que a julgar pela sua desastrosa passagem pelo Governo de São Paulo, ele esconde sua ânsia de desmonte, de acabar com o que foi preservado ou construído no Governo Lula. De por um termo na capacidade de intervenção do Estado, ressucitar a "Petrobráx" e a Alca, e devolver os pobres ao seu "devido lugar".

Textos:

Agora Serra ama o Mercosul, do blog Contexto Livre (http://contextolivre.blogspot.com/2010/04/serra-agora-ama-o-mercosul.html)

E "Serra reafirma seu 'amor' imorredouro pelo povo do nordeste", do Diário gauche: (http://diariogauche.blogspot.com/2010/04/serra-reafirma-o-seu-amor-imorredouro.html)

A fotomontagem acima foi extraída do Blog da Dilma.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como se faz um Estado.

“No leilão entrou quem quis e sai quem quer depois. Não tem nenhum cadeado fechando a porta. Tem várias portas. A única coisa que eu digo é o seguinte: nós, enquanto Estado brasileiro, enquanto empresa pública, faremos sozinho o que for necessário fazer”.
“Tivemos que derrotar tantas quantas liminares entraram na Justiça. Agora, o argumento dos contra é dizer que o preço foi barato. Eu achei fantástico. Nós fazemos leilão pra quê? Pra que a melhor oferta ganhe, e a melhor oferta é o preço de energia que vai chegar para o consumidor, ganhasse. De repente, a menor oferta ganha e as pessoas começam a dizer ‘mas foi oferecido por empresas pequenas, as grandes caíram fora’. Caíram fora porque quiseram. Disputa é disputa”, afirmou.

Luis Inácio Lula da Silva, em pé, não curvado.

Serra quer enterrar o Mercosul...


...abrindo espaço para o cadáver insepulto da Alca.

Do Site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim:

Serra declara guerra à Argentina.

Declaração de Serra sobre o mercosul provoca reação da imprensa argentina
Sugestão do amigo navegante Vitor:

deu no jornal argentino Clarin.

El candidato favorito en Brasil dice que el Mercosur “es una farsa”Es el opositor José Serra. Dijo que cargar con esta unión “no tiene sentido”.Por: Eleonora Gosman
El ex gobernador José Serra y ahora candidato presidencial por el Partido Socialdemócrata de Brasil no quiere la continuidad del Mercosur tal como es ahora porque, según definió en una reunión con una parte de la elite empresarial brasileña, el bloque “es un obstáculo para que Brasil haga sus propios acuerdos individuales en comercio”. El político opositor que lleva por ahora la delantera en las encuestas (34% frente a 30% de Dilma Rousseff) sostuvo que “cargar con el Mercosur no tiene sentido”. Subrayó que “la unión aduanera (o sea el Mercado Común) es una farsa excepto cuando sirve para poner barreras” a Brasil.
Serra confirmó de este modo que mantiene sus antiguas ideas, ya expresadas en la campaña presidencial de 2002 cuando compitió con el presidente Lula da Silva. La visión del candidato opositor, que va al frente de una coalición con el partido Demócrata (ex conservador PFL) y el socialista PPS (ex Partido Comunista en su momento pro soviético), supone que Brasil debe despegar de Argentina, Paraguay y Uruguay, porque es la única manera de que su país pueda consagrar áreas de libre comercio sea con Estados Unidos o con Europa sin necesidad de “arrastrar” a sus socios. Una resolución del Mercosur estableció que ninguno de los países del bloque puede realizar acuerdos comerciales por separado. Por el momento rige el criterio de “o todos juntos, o ninguno”.

Leia também Porque Serra é contra o mercosul

E clique aqui para ler o artigo de Miro Borges: ”Serra tira sapatinho para os Estados Unidos e diz que é contra o Mercosul”

segunda-feira, 19 de abril de 2010

E os blogs derrotaram a Globo...

Do portal Terra:

Claudio Leal

Para não "ser acusada de tendenciosa" e favorável a José Serra (PSDB), a Central Globo de Comunicação decidiu suspender a veiculação da campanha institucional dos seus 45 anos. Segundo a emissora, a propaganda havia sido elaborada em novembro de 2009.
O coordenador da campanha da pré-candidata Dilma Rousseff (PT) na internet, Marcelo Branco, criticou a "mensagem subliminar" da propaganda, acusando-a de inspirar-se no lema de Serra, "O Brasil pode mais". No texto lido por atores e jornalistas, há a repetição da palavra "mais": "Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais. É a sua escolha que nos satisfaz. É por você que a gente faz sempre mais". A idade da Globo, 45 anos, coincide com o número da legenda do PSDB, 45.
A Globo respondeu nesta tarde ao questionamento do Terra sobre a polêmica:
"O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo foi criado - comprovadamente - em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans. Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada."
"Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação do filme."
O comercial da Globo era protagonizado por estrelas da emissora: Lima Duarte, Luciano Huck, Angélica, Chico Anysio, Zeca Camargo, Fátima Bernardes, William Bonner, Miguel Falabella, Galvão Bueno, Cláudia Raia, Edson Celulari, Jô Soares e Ana Maria Braga, entre outros.
Às 17h47 desta segunda-feira, depois da suspensão do filme, Marcelo Branco postou em seu microblog: "Sobre o #jingledaglobo: meu RT e comentarios foram de carater pessoal. Eu nao falo em nome da Dilma e nem da coordenacao."
Nota do blogueiro: Vitória dos estilingues (bodoques lá na fronteira), contra os canhões tucano-globais. Parabéns à Marcelo Branco, já estava passando da hora do PT começar a se mexer.

Brizola Neto

Do Blog Tijolaço:

Acabo de fazer, no plenário da Câmara, o seguinte pronunciamento:
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) Concedo a palavra ao Deputado Brizola Neto.
O SR. BRIZOLA NETO (PDT-RJ. Pela ordem) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não sou muito de contestar números, mas — como não fui eu que iniciei esse debate, tivemos esse debate iniciado na semana passada, com a contestação que o PSDB fez da pesquisa feita pelo Instituto Sensus, justamente por ela ter sido feita por um sindicato de trabalhadores — eu quero trazer alguns questionamentos e cobrar aqui algumas explicações das penúltima e última pesquisas do mês de março do Instituto Datafolha, até porque eu nunca vi questionamentos serem feitos por pesquisas realizadas por instituições patronais, como é o caso da CNI, CNT, que diversas vezes apresentam e dão publicidade às pesquisas que realizam.
Agora, desta vez, fomos verificar — eu não gosto de brigar com os números, mas de estudá-los — justamente a amostra do Datafolha e vimos que existe uma inexplicável alteração da base dos entrevistados,que o Instituto tem obrigação de explicar para a sociedade brasileira.
O peso de determinadas regiões do País foi aumentado ou diminuído conforme a conveniência e a preferência desse Instituto de pesquisa. A pesquisa do Datafalha, digo, Datafolha tem que explicar por que, no mês de março, que é quando o candidato José Serra abre uma margem de mais de nove pontos em relação à candidata Dilma Rousseff, caiu, nessa pesquisa, o peso real da Região Nordeste para menos de 18%, quando o seu peso real é de 27% da população brasileira. E por que, nessa mesma pesquisa, o Datafolha aumenta em mais de 40% o peso da Região Sudeste, notadamente uma região onde o candidato José Serra — pela presença do Estado de São Paulo, em que há a máquina tucana — reforça a sua candidatura.
Eu acho, para concluir, Sr. Presidente, que são necessárias explicações, até porque a legislação brasileira é muito clara e a publicação e divulgação de pesquisas fraudulentas é crime, que deve ser apurado pelas instituições e pelos órgãos competentes.
Nota do blogueiro: Como disse antes, pesquisas refletem aquilo que o contratante quer. Números podem ser manipulados de formas muito simples, como mostra Luis Nassif aqui.

Rede Globo 45...

PSDB 45
Globo 45

Globo PSDB e você...
nada a ver.



"Com Serra, a Globo pode mais..."
Mas vejam rápido, já tiraram dois vídeos do ar...

sábado, 17 de abril de 2010

O sonho de José Serra.

La Pátria de Los Tucanos (una película de terror)

Do Blog Cloaca News:



Era isso o que FHC queria dizer com o "pós Vargas".
É isso o que Serra quer dizer com "pós-Lula"?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Aeroporto é lugar para os "Cheirosos da Cantanhede".

Do site Conversa Afiada, de paulo Henrique Amorim:

Jabor não quer pobre em avião. Lugar de pobre é em pau de arara

O Conversa Afiada aceita sugestão de amigo navegante que viaja muito de avião e reproduz discurso em que a Câmara dos Deputados presta singela homenagem a Arnaldo Jabor, cineasta que faz as vezes de cérebro das Organizações (?) Globo:

O SR. FERNANDO MARRONI (PT-RS. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos os que nos assistem, quero fazer um pronunciamento que leva o seguinte título: A triste opinião dos pensadores virtuais.Ontem tive o desprazer de assistir e ouvir no Jornal Nacional, da TV Globo, ao jornalista Arnaldo Jabor, que, em seu editorial, deixou nítida e clara a estratégia, já falida, da oposição capitaneada pelo príncipe Fernando Henrique Cardoso para atacar o Presidente Lula.

Em sua crônica, o jornalista ataca ferozmente a INFRAERO. Diz que a classe média está andando de avião e que os aeroportos estão insuportáveis. Mas, ele, na verdade, se referia à classe média formada por brasileiros que ascenderam das camadas mais baixas da população. E que, de pobres, passaram a ter poder aquisitivo para andar de avião através do nosso querido Brasil. Jabor, do alto de sua intelectualidade esnobe, faz piadas irônicas com os brasileiros que a custo do trabalho duro conseguiram mudar de vida graças à estabilidade econômica do Governo do Presidente Lula. O cronista, do alto de seu palanque eletrônico, tripudia sobre esta população e a critica, porque a população acha chique, bom e barato poder circular pelo Brasil de avião. Ele tripudia dizendo que os nossos aeroportos são insuportáveis.

Filho da alta classe média carioca, Jabor talvez nunca tenha passado horas em uma rodoviária dessas de interior, suja, malcuidada, à espera de um ônibus que demora a chegar ou sair. Então, espanta-se de como a classe média de hoje não vê os problemas que ele enxerga nos aeroportos brasileiros.

Mas, a série de besteiras ditas pelo jornalista não terminam por aí.

Segundo ele, o serviço da INFRAERO é o fim do mundo, pois se trata de uma estatal. E, por isso, estaria mergulhada em corrupção. O cronista da Rede Globo não esconde sua revolta com o fato de a Ministra Dilma dizer que não privatizará a INFRAERO. E ainda pergunta se a Ministra está inspirada em Lênin, Trotsky ou Fidel.

Bem se percebe que esse cidadão, ex-cineasta e hoje cronista eletrônico, parou no tempo, que gravita em um mundo irreal de políticas governantais ultrapassados.

Em suas críticas ásperas e confusas, o advogado que virou jornalista volta às suas origens e faz uma defesa apaixonada do neoliberalismo e seu estado mínimo, incapaz de atender às necessidades mais básicas da população.

Até que beira as raias do absurdo — ou seria do desespero pré-eleitoral,frente ao crescimento impressionante da Ministra Dilma — , e declara, categórico, que o Governo Lula não passa de uma continuidade do Governo Fernando Henrique Cardoso.

Como diria o gaúcho velho, que a esta hora mateia na sombra ou sob o sol na campanha:

Que barbaridade!Para atingir o seu objetivo a qualquer custo, dar força ao projeto neoliberal com o qual Fernando Henrique e Serra irão disputar as eleições deste ano, o cronista apela para tons dramáticos em sua encenação televisiva, tenta fechar os olhos da população para os grandes investimentos e para os esforços feitos pelo Governo para acelerar o crescimento do Brasil e levar este País a ser a quinta maior economia do mundo.

Ao final de tudo, quando cai o pano e se estalam as moedas que anunciam os blocos comerciais, creio acreditar que tamanhas sandices foram ditas no horário nobre para milhões e milhões de pessoas. Talvez o pensador virtual global tenha sido influenciado — e mal influenciado, diga-se de passagem — por seu colega norte-americano James Cameron, que, depois de faturar muitos milhões de dólares com seu Avatar, veio de bem longe ao Brasil para dar palpite sobre a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Metendo o bico onde não foi chamado!

Talvez, a convite de Cameron, Jabour tenha entrado em uma daquelas máquinas futuristas e mergulhado em um mundo de fantasia, distante da realidade nua e crua do Brasil. E, se fizeram isso, espero que fiquem por lá!
Muito obrigado, Sr. Presidente.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Do site Vi o Mundo


PT pede à Polícia Federal que investigue ataque ao site do partido

por Conceição Lemes

O portal do Partido dos Trabalhadores (PT) foi realmente invadido de domingo para segunda-feira. Mais precisamente às 3h05 do dia 12 de abril. Ele ficou indisponível por mais de 24h. Só voltou à normalidade no começo da noite dessa terça-feira.

“Nós descobrimos no decorrer da segunda-feira, quando usuários do portal começaram a receber a mensagem de que se tratava de um site perigoso e que poderia danificar o computador”, revela André Vargas, deputado federal (PR) e secretário nacional de Comunicação do PT. “Aí, para que não causasse danos aos computadores dos usuários, tiramos o portal do ar e uma equipe técnica começou a fazer uma varredura, para descobrir o que aconteceu.”

Análises realizadas pelo suporte técnico concluiu que o portal sofreu “uma inserção de iframes maliciosos em diversos arquivos com extensão .html e .php”. Um iframe é uma seção de uma página web que carrega o conteúdo de outra página página ou site.

Segundo os técnicos, os invasores “injetam iframes maliciosos em uma página web ou em outro arquivo do servidor HTTP. Na maioria dos casos, esses iframes são configurados para que não apareçam na página web quando alguém faz a visita, mas o conteúdo malicioso que está no iframe acaba sendo carregado.”

Leandro Guedes, desenvolvedor web da Café Azul Agência Digital, traduz:

1º Um código malicioso (um código do mal) é inserido em todas as páginas do site atacado, alterando os arquivos sem mudar o visual. O objetivo é prejudicar o acesso ao conteúdo.

2º Como visualmente não há alteração, quem acessa o site atacado pode ter o computador “infectado” sem perceber, caso a sua máquina não esteja suficientemente protegida.

3º Uma vez “infectado”, o computador passa a ter” sintomas”. Desde ficar lento, não conseguir acessar determinados endereços até ter dados roubados enquanto o usuário digita informações.

Todos os arquivos do site do PT já foram submetidos à “limpeza”. Não houve dano aos sistemas básicos dos servidores.

Leandro Guedes e os técnicos do PT recomendam a todos os usuários que acessaram portal do Partido dos Trabalhadores que façam uma varredura de suas máquinas com a utilização de softwares antivírus.

“O INCIDENTE PODE ESTAR LIGADO À GUERRA SUJA DEFLAGRADA NA INTERNET PELOS ALIADOS DE SERRA”
Não é a primeira vez que isso acontece. Há quatro anos, na eleição de 2006, o portal do PT sofreu ataque semelhante.

“Certamente é alguém que não gosta do PT. É possível que o ataque tenha sido desferido por algum desocupado. Mas não descartamos a hipótese de o incidente estar ligado à guerra suja que já começou na internet, deflagrada por aliados do tucano José Serra”, conjectura André Vargas. “É do conhecimento geral que eles estimulam o preconceito contra o PT, o governo, o presidente Lula, a Dilma e os movimentos sociais.”

– O senhor diria que esse ataque partiu do staff de campanha de Serra?

“Não dá para afirmar isso. Porém, o histórico de Serra se caracteriza pela desconstrução dos seus oponentes. Temos o caso da Roseana Sarney, do Geraldo Alckmin (as denúncias sobre as suas ligações com a Opus Dei) e do próprio Aécio Neves, que foi parar no noticiário por supostamente ter batido na namorada”, relembra André Vargas. “Mas sinceramente esperamos que a candidatura adversária não esteja estimulando esse tipo de comportamento. É péssimo para todos nós, principalmente para a democracia.”

A origem do ataque já está sendo apurada. Um relatório detalhado sobre o que ocorreu no site será apresentado nesta quarta-feira à Secretaria Nacional de Comunicação do PT. Já foi solicitada à Polícia Federal a investigação do caso.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Coragem para fazer.

Cristóvão Feil, sociólogo e editor do blog Diário Gauche, matou charada: Até agora, eu não tinha entendido, o porque de um governo que não fez nada, utilizava o slogan "Coragem para fazer":


Governadora tucana não inaugura maquetes, como José Serra, mas mente que obras federais são de sua administração
Leia o texto no Portal do Governo estadual e constate você mesmo que a notícia está incompleta, propositalmente não informa que 100% dos recursos do Pólo Naval de Rio Grande são bancados pelo Governo Federal e a Petrobras. Mas a governadora Yeda "esquece" deste detalhe tão insignificante. Como se chama uma pessoa que assim procede? Desonesta, ora. Desonesta e caradura.
O secretário estadual de Infraestrutura de Yeda chega ao cúmulo de creditar o feito (a suposta - fantasiosa e delirante - capacidade de investir 1,3 bilhão de dólares) "ao saneamento do déficit público que durava quase 40 anos".
Nota do blogueiro: Tem de ter muita coragem para fazer uma "cagalhada" dessas, e divulgar, mostrando para quem quiser ver, que esse "governo", sobrevive graças aos "tubos" fornecidos pela mídia amiga, como demonstra Feil em seu blog (texto pode ser lido aqui).
Coragem para fazer, dos feitos do PT, os "feitos dela"!
Imagina se pega cupim naquela "lata"?

Pesquisa Sensus

Contradizendo o "Data da Folha", mais um instituto de pesquisas aponta empate técnico entre Dilma Roussef e Zé Pedágio.
Mas só "eles estão certos".

Cenários da pesquisa Sensus, extraídos do Blog do jornalista Tucano Noblat:

Sensus dá empate entre Serra e Dilma

Serra 32,7% e Dilma 32,3%.
Ciro Gomes: 10,1%.
Marina Silva: 8,1%.
Brancos e nulos: 7,7%.
Não sabe: 9,1%.

Cenário sem Ciro:
Serra 36,8%;
Dilma 34,0%;
Marina, 10,6%.
Brancos e nulos: 9,1%.
Não sabe ou não respondeu: 9,5%.
Segundo turno:
Serra 41,7%;
Dilma, 39,7%.
Brancos e Nulos: 10,1%.
Não sabe e não respondeu: 8,5%.
Margem de erro da pesquisa: 2,2%

Foram 2 mil entrevistas feitas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.
Esses são os resultados da pesquisa de intenção de votos para presidente da República aplicada pelo Instituto Sensus por encomenda do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Nós, os fedorentos...

Em uma aula de Psicologia da Educação, no 3º semestre do curso de História, a professora, provocou a turma, dizendo que, se quiséssemos realmente conhecer uma pessoa, bastava acompanhá-la a um estádio de futebol. O ambiente de arena, onde o socialmente tolerável já foram combates mortais e execuções, e hoje é palco de disputas, menos violentas, mas as reações dos expectadores são as mesmas. A excitação, a ebulição dos velhos instintos bestiais, faria com que víssemos de perto, a natureza selvagem, oculta sob a máscara dos ternos e gravatas. Veríamos, o verdadeiro homem.
Lembrei-me desse comentário, ao ver o vídeo abaixo, no qual uma repórter da Folha de São Paulo, Eliane Cantanhede, quase tem um orgasmo, enquanto fazia a cobertura do lançamento da campanha de Zé Pedágio, à presidência da República. Suas máscaras caíram, evidenciando o caráter não aceitável socialmente, dos discriminadores.
Emocionada e muito empolgada com o evento, como fica evidente ao transcorrer do vídeo, Eliane rasgou-se em elogios a "militância", levada a Brasília por "ônibus novinhos", e que de tantos que eram, parecia que não era o mesmo PSDB, parecia um "PSDB de massa".
Em meio ao furor do lançamento da candidatura de seu predileto, e do predileto de seu patrão, empolgada, excitada, como um torcedor fanático em um estádio de futebol, como se fora um Boris Casoy durante o intervalo de um telejornal desabafa: "de massa, Mas é de uma massa cheirosa".
"Uma massa cheirosa".
Nada de trabalhadores braçais, subalternos, suarentos, nordestinos, pobres, favelados, mas a "massa" cheirosa da elite do sudeste, da "locomotiva do país", e os cheirosos demo-tucanos de Brasília (ah, antes que esqueça, libertaram o "cheiroso" Arruda, ex-candidato a vice de Serra).
Aos "fedorentos", aos que pertencem aos "escalões mais baixos da escala do trabalho", aos que tem vergonha na cara, fica evidente a quem esses celerados referem-se quando exprimem seus "Brasis que podem mais": Voltar-se do Bolsa Família pro PROER, do Minha Casa, Minha Vida, pras desocupações à tiros, do Pro-Uni (fedorentos na universidade?), ao "Bolsa Daslu", de um Estado Desenvolvimentista a um Estado "desenvolvedor de fortunas/de cheirosos" (vide Daniel Dantas).
Esquece, a excitada e incoerente repórter, seus patrões e candidatos, que andam cheirando à "Daslu", porque apropriam-se de forma privada, do que nós, os fedorentos, criamos de forma coletiva.
Esquece que o arroxo de nossos salários, os bolsões de miséria criados pela meritocracia, nossas demissões, tornam-se perfumes nos "Closets" dos cheirosos.
"Fedorentos do Brasil, uni-vos!"

Abaixo o vídeo "o Orgasmo de Cantanhede", e texto do site Conversa Afiada (de novo, versátil e excelente visual), de Paulo Henrique Amorim:



O Conversa Afiada reproduz e-mail do amigo navegante Stanley Burburinho (quem será Stanley Burburinho ?).

A colonista (*) Eliane Cantanhêde da Folha (**) foi uma enviada especial à convenção da Ana Hickman que consagrou José Será como o segundo colocado nas eleições de 2010 (já no primeiro turno).

Clique aqui para ler “Serra é o fim do paulistismo da política brasileira”.

Não é de estranhar.

Cantanhêde sempre considerou Serra o candidato “mais consistente”.

Agora, percebe-se, deve ser o mais cheiroso.

O Brigadeiro Eduardo Gomes, que, como Serra, nunca passou dos 30%, chamou os adeptos da Dilma de “marmiteiros”.

Agora, eles são fedorentos.

Revista Veja partidariza as enchentes

Do Blog do Altamiro Borges:

O atento André Lux, do blog “Tudo em cima”, juntou as duas capas da Veja sobre as enchentes que vitimaram paulistas e cariocas. Na capa sobre o desastre em São Paulo, de fevereiro, a revista demotucana culpa exclusivamente a natureza – “uma rara combinação de fatores atmosféricos é a causa do dilúvio” –, limpando a barra do presidenciável José Serra.

Já na sua última edição, a capa da Veja afirma que “culpar a natureza é demagogia”. Ela responsabiliza os políticos – no caso, dois aliados do presidente Lula – que dão “barracos em troca de votos”. Como afirma o blogueiro Rodrigo Vianna, a Veja deixou de ser um veículo jornalístico. “Hoje, é um panfleto. Que usa morte e tragédias para fazer política – com p minúsculo”.


Nota do Blogueiro: Alô TSE! Olha a campanha antecipada do P.I.G. Infelizmente não se identificam como partido, embora os tenham, sigam e militam, como pode ser visto pelas capas acima (clique na imagem para ampliar).

domingo, 11 de abril de 2010

Emir Sader: Serra é o candidato da direita

Do Blog Vi o Mundo, de Luiz Carlos Azenha:

Fracassado Collor – em cujo governo os tucanos se preparavam para entrar -, FHC assumiu a heranca do projeto neoliberal no Brasil. Norteou-se por seus mentores, Mitterrand e Felipe Gonzalez, e achou que se daria bem sendo seu continuador no Brasil, que era a a via que lhe restava para realizar seu sonho de ser presidente.
Assumiu com todo o ímpeto, achando que ia se consagrar. A ponto de ter proferido um conjunto de besteiras, como, entre outras, a de que ”A globalização é o novo Renascimento da humanidade”. E lá foi ser “droit” na vida.
Vestiu a carapuça que Roberto Marinho procurava. Se atribui a ele a frase, diante da queda tão chorada do Collor: “Foi o último presidente de direita que conseguimos eleger”. Se supunha que tinham de buscar em outras hostes o continuador de Collor. E acharam FHC.
Que teve a audácia de chamar o PFL, partido nascido da ditadura, com ACM, Marco Maciel, Jorge Bornhausen, como seus dirigentes pára- representativos, que tentavam se reciclar para a democracia, buscando apagar seu passado. Tucanos e pefelistas foram a base de sustentação firme do governo, que agregou o PMDB (governista, como sempre) e outros partidos menores.
Esse foi o eixo partidário do projeto neoliberal de FHC. Que pretendia ser para o Collor o que o Toni Blair foi para a Thatcher: deixar que Collor fizesse o trabalho mais sujo do neoliberalismo – privatizações, abertura da economia, enfraquecimento substancial do Estado, precarização das relações de trabalho -, para que ele aparecesse como a “terceira via”. Como Collor fracassou, FHC teve que vestir o tailler da Thatcher e implementar a ortodoxia neoliberal.
Serra nunca se deu bem com FHC – como, aliás, com ninguém, com seu gênio de turrão, de mal humorado, que nunca sorri, que atropela a tudo e a todos que vê como obstáculos. Serra sempre disputou com FHC dentro dos tucanos, era seu rival. Perdeu e teve que aceitar o Ministério do Planejamento do governo, sem poder algum, mas tendo que referendar o Plano Real. Depois foi para a Saúde, para tentar preparar sua candidatura à presidência. Tentou manter distância do governo de FHC, sabendo que quem se identificasse com o governo, perderia. Não consegui e foi derrotado fragorosamente no segundo turno.
Em 2006, temeu por uma nova e definitiva derrota, além do que, pessoa com péssimas relações com todo mundo, perdeu para Alckmin o foro interno dos tucanos e teve que se contentar com esperar. Volta agora como o candidato do bloco que passou a ocupar o espaço da direita no campo político brasileiro.
A oposição aceita Serra não de bom grado, em primeiro lugar porque ele tem relações ruins com todos. Em segundo, porque ele não quer assumir o figurino – vestido com desenvoltura por FHC, por Sergio Guerra, por todo o DEM – de bater duro no governo Lula, de assumir claramente o papel de oposição ao governo. Porque Serra sabe que o sucesso do governo Lula demonstra que esse é um caminho seguro de derrota.
É um casamento de conveniência, mas não havia outro lugar se Serra ainda tem alguma esperança de ser presidente. Às vezes, pela fisionomia e pelas palavras dá a impressão que ele sai candidato com resignação, consciente que é sua ultima oportunidade, mas que sabe que vai para o matadouro, para a derrota inevitável.
O campo político não é definido pela vontade das pessoas. Ele tem uma objetividade, resultado dos enfrentamentos e das construções de força e de aliança de cada bloco. A bipolaridade não é um desejo, é uma realidade. São dois grandes blocos que se enfrentam, com programas, forças sociais, quadros, objetivos e estratégias contrapostas.
Dilma representa o aprofundamento do projeto de 8 anos do governo Lula, ocupa o espaço da esquerda no campo político. Serra representa as mesmas forças que protagonizaram os 8 anos do governo FHC, que implementou o neoliberalismo no Brasil, governo de que o próprio Serra foi ministro todo o tempo. São dois projetos, dois países distintos, dois futuros diferenciados, para que o povo brasileiro os compare de decida.

Escondendo a sujeira?

No lançamento da candidatura de Zé pedágio a presidência da República, esse foi fotografado junto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Mas, como não faz bem pra ninguém, aparecer na mídia ao lado desse indivíduo, o Estadão deu um jeitinho...

O texto e fotos abaixo foram extraídos do blog Vi O Mundo:

Onde está FHC? Leitores acham o que o Estadão cortou

ATUALIZAÇÃO em 11 de abril às 2h14

Nesse sábado pela manhã, esta foto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com José Serra, o candidato do PSDB à presidência, estava na capa do Estadão Online. À tarde, FHC foi “cortado”. Ele virou a mãozinha (compare com a foto mais abaixo) que Serra segura com a mão direita. Curiosamente, até dos destaques de imagens do dia a foto inteira sumiu. Situação que se mantém neste momento. Por que hein?! A foto é de Wilson Pedrosa, da Agência Estado.



Bem, quanto ao nosso concurso, todos os leitores que descobriram onde estava o FHC ganharão um ano de acesso “de grátis” ao Viomundo. O prêmio começa a valer já.

Esse é o printscreen da foto da manchete do Estadão Online às 17h deste sábado.


À esquerda, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT), com trabalhadores. Ela se reuniu no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo com dirigentes das centrais sindicais brasileiras. Presidente Lula e dona Marisa compareceram, como mostram as fotos do próprio Estadão.
À direita, o ex-governador José Serra (PSDB), cuja candidatura foi lançada em Brasília. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve presente e discursou.
Ganha um ano de acesso “de grátis” ao Viomundo quem apontar o local exato onde o ex-presidente se encontra nessa foto do Estadão.

Nota do blogueiro: Porque os tucanos querem esconder seu último governo/governante?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Do blog Cloaca News

ZERO HORA DÁ FURO MAS ESCONDE O BURACO




Para proteger o candidato do PRBS ao governo estadual, tabloide transforma bomba em traque jornalístico
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A notícia explodiu, precisamente, às 13:26h de hoje, conforme a gabação do “Blog do Editor” , abrigado na edição digital da gazetinha. Tanto era tema relevante, que o simples fato de o veículo jactar-se por tal primazia já fornecia a verdadeira dimensão do fato novo.
Ao apresentar a denúncia contra oito pessoas suspeitas do assassinato do ex-secretário de Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, o Ministério Público gaúcho não usou meias-palavras: o crime foi encomendado, motivado por vingança, diferentemente do que concluiu a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos da polícia tucana de Yeda, que encerrou o caso concluindo que o crime foi latrocínio, descartando, peremptoriamente, a hipótese de execução.
Por ocasião da morte do Secretário, o “jornalismo” do Grupo RBS não poupou energias para que o episódio não fosse caracterizado como “queima de arquivo”. Por aqueles dias, a melíflua colunista política de ZH, em instante de raro açodamento, chegou a escrever em sua Página 10: “Já sei que os adeptos da teoria da conspiração vão acusar a polícia de estar abafando o caso, mas os elementos levantados pela polícia indicam que Eliseu Santos foi apenas mais uma vítima da violência que grassa em Porto Alegre”.
Como se sabe, a administração do agora ex-prefeito José Fogaça esteve mergulhada em um verdadeiro festival de falcatruas e escândalos de corrupção, e o Secretário assassinado era o pivô de vários casos – em um deles, envolvendo um desvio de R$ 9,6 milhões, o próprio Fogaça é apontado como conivente pelo MPE. Por isso mesmo, uma verdadeira força-tarefa empenhou-se, com afinco, em mandar o “Caso Eliseu” para o limbo. De lembrar que este mesmo Cloaca News já havia demonstrado, de maneira cabal e irrefutável, que a ordem de Zero Hora é “aliviar Fogaça”.
Pois, hoje, ao anunciar canglorosamente a denúncia do Ministério Público, que apresenta uma reviravolta no episódio, o tabloide surtou. Veja, na imagem acima (clique para ampliá-la), que o furo jornalístico de ZH – ufania de todo profissional de imprensa – não mereceu a manchete principal na capa de sua edição eletrônica. A frase que poderia ser, em letras garrafais, “Secretário de Fogaça foi executado por vingança, diz Ministério Público”, ou “Assassinato de Eliseu foi encomendado, diz MP”, ficou reduzida a uma legendinha anódina, sem-vergonha mesmo.
Já podemos até imaginar a capa da edição impressa, que circulará na Sexta-Feira Santa, mas vamos nos resguardar. Porque o “jornalismo” de Zero Hora é sempre uma caixinha de surpresas em que o buraco é, invariavelmente, mais embaixo.
Nota do blogeiro: Texto extraído do blog Cloaca News.
O título da reportagem, remete à versão da pollícia de Yeda, de latrocínio. "Polícia prende dois acusados de envolvimento na morte de secretário".
Zona sul, operação para a captura de foragido, só faltou a foto em algum morro, com um homem negro sendo jogado na parte de trás de uma viatura, enquanto o MP sugere ter sido crime encomendado por "olhos azuis", aqueles "olhos azuis".