segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"Sofrendo Férias"

O blogueiro estará em férias, meio que forçadas, por motivos de "força maior".

Esse termo é ridículo. Sempre que ouço, surge a idéia de mais um daqueles super-heróis capitalistas, defensores da bandeira e dos símbolos do poderio do império estadunidense: "É um pássaro? É um avião? Não é o Força Maior".

Volto ao Rio Grande do Sul, por uns dias, e aproveito para ver o que sobrou desse, depois de sofrer com "nuvens de tucanos" e "ventos negros".


Volto em janeiro.
Abraços a todos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Um pouquinho de "tucanalhices"

O texto abaixo foi extraído do blog Vi o Mundo:

LONGE DOS HOLOFOTES (E DAS ALGEMAS) – SERRA E ARRUDA EM COPENHAGUE
por LAERTE BRAGA

É visível o esforço que o governador de Minas Aécio Pirlimpimpim Neves está fazendo para dissimular o ódio (ódio sim) ao governador de São Paulo José Jânio Serra. As notícias de explosões de raiva em ambientes palacianos ultrapassaram esses ambientes. Aécio foi posto, literalmente, na parede por Serra. Ou desistia de disputar a indicação presidencial com Serra, ou notas “jornalísticas” dos muitos Juca Kfoury que existem por aí iriam mostrar a dependência do governador mineiro em relação à cocaína.

Minas inteira sabe disso e o Mineirão cantou isso em coro num jogo Brasil e Argentina em meados do ano que passado. O que menos importa neste momento é se Aécio como disse o Mineirão “cheira mais que Maradona”. O que mais importa, neste momento, é o caráter chantagista de um dos políticos mais perversos e perigosos de toda a história recente do País, José Jânio Serra.

Corrupto, autoritário, paga o preço que for preciso, qualquer preço, para ser o próximo presidente da República. Não tem um pingo de escrúpulos, ou respeito por qualquer coisa que seja, por quem quer seja, que não ele próprio.

Corrupto, autoritário, paga o preço que for preciso, qualquer preço, para ser o próximo presidente da República. Não tem um pingo de escrúpulos, ou respeito por qualquer coisa que seja, por quem quer seja, que não ele próprio.

Copenhague foi o centro das atenções do mundo nessa semana que termina. Serra não tinha, nem tem o que dizer a Copenhague, ao mundo ou ao Brasil e aos brasileiros. É um FHC que não dissimula raiva e atira pelas costas sem a menor preocupação de remorso, nem sabe o que é isso.

Foi lá para exibir-se e liquidar a fatura Arruda. Kátia Abreu, senadora que responde a processos por corrupção, é do DEM, partido de Arruda, foi como pistoleira para o acerto de contas, devida e antecipadamente paga.

Sem saída, pelo menos até que se descubra o que de fato aconteceu em Copenhague e deve ter acontecido um acerto, Arruda é ladrão de galinhas perto de Serra, o governador de São Paulo adicionou um “extra” ao JORNAL NACIONAL (já está comprado desde que começou, há quarenta anos) e acertou pequenos extras com outras empresas, pequenas empresas, para deixar o assunto Arruda morrer. Não interessa a ele nem que se fale tanto no caso e nem que o governador caia atirando.

O acerto com Arruda em Copenhague é para que ele caia e não atire. Leve uma compensação qualquer, para ficar quieto. Dinheiro não falta. Essa gente representa o que há de pior no País (a elites paulista FIESP/DASLU), o latifúndio, os banqueiros, os interesses dos Estados Unidos na Amazônia, no pré-sal e em instalar bases militares no nosso País. Não se trata de mala propriamente dita, mas de imensos baús repletos de dólares para comprar o que for preciso e eliminar obstáculos à chegada do mafioso tucano à presidência da República.

Se Arruda resolver ou resolveu dar uma de herói, azar dele. Vai ser jogado às feras, devorado em seu próprio partido e sair de mãos abanando, quer dizer, só com o que já levou.

O próximo passo de Serra é tentar mostrar a Aécio, através de terceiros, que é um bom negócio ser senador e pode até, quem sabe, virar vice do algoz e esperar um pouco mais. Vice e nada nesse caso é a mesma coisa. Se Aécio vai engolir isso ou não é outra história. Aécio é do tipo também que não tem nem princípios e muito menos condições de decidir assuntos dessa relevância já que vive em Alfa. Quem escolhe a gravata dele é a irmã, não há necessidade de perguntar no twitter como faz o venal William Bonner se alguém quer bom dia.

O risco de Serra é Aécio fazer corpo mole em Minas, deixar a coisa rolar livre e Minas é o segundo colégio eleitoral do Brasil, decisivo para as pretensões criminosas de José Jânio Serra. Mas como há muitos interesses cruzados, muito dinheiro em jogo e tucano vive disso, trapaça, corrupção, chantagem, Aécio é só um cadáver político insepulto.

Virou um Eduardo Azeredo da vida.

De quebra ainda carrega um mala sem alça, Itamar Franco. Pode vir a ser a saída do governador para enfrentar o ministro Hélio Costa, uma espécie de vingança contra Serra e contra a GLOBO, já que o Costa (que ganhou a convenção do PMDB em Minas) é ministro da GLOBO.

É o que chamam de jogo político, de manobras. É só um monte de fatos repugnantes que mostram o estado pútrido do chamado institucional. Gilmar Mendes presidindo o que chamam de Corte Suprema (há ministros dignos). Temer (doublé de tucano/PMDB com laivos petistas e o resultado disso é quero o meu) que já foi encurralado por Serra em pequenas denúncias que podem virar grandes manchetes escandalosas de jornais e redes de tevê compradas pelo tucano (GLOBO, BANDEIRANTES, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, etc).

Por pior que possa parecer e por mais ofensivo que isso possa soar, ou baixo, Serra, como FHC, ou qualquer tucano, repito qualquer tucano, privatiza mãe ou terceiriza, se por trás do negócio estiver uma gratificação de pelo menos 20%.

Não é um partido, o PSDB, é uma quadrilha que traz a reboque o que há de mais atrasado na política brasileira, o DEM, antigo PFL, antigo PDS, antiga ARENA dos tempos da ditadura militar.

O golpe em Aécio, o acerto de contas com Arruda em Copenhague, as manchetes obtidas em noticiários de tevê, JORNAL NACIONAL principalmente, foi como se tivéssemos com métodos diversos, mas efeitos semelhantes (você pode achar que está morto e está vivo, e pode estar vivo, mas estar morto, caso de Aécio), foi como se tivéssemos o episódio da Noite de São Valentin, onde numa garagem, Al Capone eliminou seus concorrentes de uma só feita.

Resta saber se os brasileiros vão cair no conto do governador “eficiente” de São Paulo alagada, de obras superfaturadas, de uma elite fantasmagórica e fétida que pretende numa simples assinatura de “escritura” mudar a grafia da palavra BRASIL para BRAZIL.

Foi o que FHC começou a fazer é o que Serra quer terminar

E foi fazer o acerto final longe dos holofotes (e das algemas), numa conferência onde se buscava uma solução, ou um caminho para salvar o planeta da devastação do “progresso” capitalista.

É o jeito deles, passam um filme bonitinho, mas são ordinários. Cínicos à perfeição.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PRBS lança seus candidatos.


O PRBS, partido político travestido de veículo de comunicação, como a maioria, lança seus quadros para a disputa de cargos eletivos. O isentíssimo comentarista Lazier Martins concorreria a uma vaga no Senado pelo PDT, Ana Amélia Lemos pelo PP (aquele que já foi ARENA, PDS, PPR, PPB...).

A lista de políticos projetada por esse veículo é grande: De Yeda Crussius a Paulo Borges, já teve e vai ter de tudo, menos um militante de esquerda, é claro:

Quem conta melhor essa história é Marco Aurélio Weissheimer, aqui e aqui.

Discurso do Presidente Lula na 1ª Confecom.

Arnold Schwarzenegger e José Serra são os "destaques da Globo" em Copenhague

Além disso, a "Ministra do desmatamento" e o Ministro do Meio Ambiente não se entendem.
Schwarzenegger discursa. Serra também.
Estamos falando em uma conferência entre as lideranças mundiais?
Quem são Schwarzenegger e Serra?
A Yeda tava lá também? O Arruda?
Palhaçadas direitosas do PIG.
O Texto e o vídeo abaixo foram extraídos do sítio Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim:

Viu a manipulação (mais uma) do Jornal Nacional ontem (15/12/09)?
A manipulação promete ser o mote da campanha eleitoral em 2010. Mais uma vez, o ardil visa tentar desacreditar Dilma – que, no vídeo em questão, Ali Kamel tenta imputar como “encrenqueira”, “autoritária” e “burra”. Vamos aos pontos:
1- Aos 43 seg. do vídeo a Globo, num contraponto ao “fracasso” e “confusão” da Conferência mostrado por Sonia Bridi, mostra o Schwarzenegger num tom firme falando do sucesso do evento;
2- Logo em seguida à fala do famoso e forte governador “do maior e mais rico Estado americano”, a Globo, dando carona ao lado positivo e féerico do evento, exibe a imagem aberta de governador do “mais rico” Estado brasileiro. Faltou a Globo esclarecer que as falas de ambos foram dadas na fase preliminar da Conferência, ou seja, na parte “menos nobre” do evento;. Note que a própria Globo diz que, ao final do dia, houve o início das negociações de “alto nível”;
3- A partir dos 2 min do vídeo, vem o show da manipulação: a Globo fala que os ministros Dilma e Minc “tem tido divergências de linguagem” (tempo verbal que sugere “divergências renitentes”). E manipula a reportagem para o telespectador ingênuo interpretar nas falas dos ministros uma “divergência” que não existe. Note que Minc fala que o Brasil “abre mão dos recursos de adapatação”; em seguida, ao peso da pesada expressão “a ministra desautorizou”, a Globo mostrou Dilma falando que o Brasil reinvidica “recursos de mitigação”. Uma coisa (recursos de adaptação) não tem nada a ver com outra (recursos para mitigação). Em suma: os ministros podem até ter tido algumas divergências, mas no vídeo em questão falaram a mesma língua. Embora a Globo omita a edição no JN, para mim está claro que os vídeos foram invertidos de forma leviana: a fala da Dilma (revelando que pedira a Minc para esclarecer a confusão) deveria estar antes da fala do Minc (que estava ali desfazendo a confusão a pedido da ministra).
4- Ao final, dão destaque à “gafe” da ministra que foi claramente um ato falho comum que vitima inclusive os próprios locutores da Globo.




Lembro do discurso do Presidente Lula, do post anterior: "A imprensa apura e deixa de apurar o que quer. publica e deixa de publicar o que deseja. Opina e deixa de opinar sobre o que bem entende."
Realmente, faz o que quer, sem critérios, sem compromisso social ou ético. Apenas comprometida com seus interesses, seus anúncios, e seus ganhos políticos.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Programa social de José Serra?

Ah. Tá explicado.
Extraído do Blog Cloaca News.

Fim do "Paz e Amor"?

Programa eleitoral do PT do dia 10/12/2009



Já não era sem tempo.

Serra: vamos rezar de galochas

No vídeo abaixo, José Serra afirma que a natureza é culpada pelo "Alagão" de São Paulo.
Afirma que um aglomerado urbano como São Paulo, é altamente suscetível a esse tipo de intempérie.
E, na qualidade de Governador do Estado propoe uma solução ao problema:
Sugere que os Paulistanos rezem.
Investimentos não são necessários.
Se não querem alagamentos, peçam para São Pedro.
Que não chova mais.
Aproveitem e peçam a Santo Expedito para que nenhuma obra tucana desabe mais.
Para que o metrô não faça o chão sumir.
Para que a secretaria da Educação não encomende livros pornográficos para as crianças.
Para que a polícia serrista pare de bater nos pobres.
Rezem mesmo.
O Governador disse que é a única ação possível.
Vejam com seus próprios olhos:



Mas não esqueçam:
Reze nos botes.
Rezem de "Sete Léguas".
Rezem em um local bem alto, longe das encostas dos morros e dos rios.
De preferência, rezem nos Jardins e nos demais bairros nobres.
Lá o Estado serrista faz alguma coisa.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Ainda sobre os gatos e os bifes...





Marco Aurélio Weissheimer comenta:

O nome do deputado Marco Peixoto (PP) foi aprovado, hoje à tarde, na Assembléia Legislativa, por 34 votos a 5 (cinco deputados do PT), para ocupar a vaga de João Luiz Vargas no Tribunal de Contas do Estado. Peixoto passará a receber R$ 22 mil por mês pelo resto da vida. O deputado do PP é um homem de sorte. Recentemente, como mostraram gravações das investigações sobre fraudes no Rio Grande do Sul, ganhou também um livro, cadernos e uma ordem de comendador. Na conversa reproduzida acima, Peixoto conversa com o ex-diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Antônio Dorneu Maciel sobre um desses prêmios. Maciel diz a Peixoto que “na próxima semana ele vai ganhar um livro, pois o pessoal está muito contente com ele”. Até hoje o deputado não informou o nome nem o teor da referida obra.

E eu também:
Dizem as más línguas que o livro que o fazendeiro-engenheiro-empreiteiro-deputado-conselheiro do Tribunal-do-Faz-de-Contas ganhou por seus préstimos ao atual governo do Estado foi esse:

Que ele teria aceitado, afirmando ser seu "livro de cabeceira", seu favorito, lido e relido ao longo dos anos...

Brinquei com a expressão "botaram o gato para cuidar dos bifes", em referência à essa nomeação, o Kayser achou outra:

Cobra (ou tucano) no ninho...

O texto e a foto abaixo foram extraídos do blog O Partisan.
Sem comentários.

Jobim condecora Serra com a "ordem do mérito da defesa"

Segundo notícia da Agência Brasil, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, condecorou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), com a medalha da Ordem do Mérito da Defesa.
Faltou esclarecer qual foi a contribuição relevante do governador tucano para defesa do país?
O Ministro Nelson Jobim vem liderando os esforços para privatização do sistema aeroportuário nacional. Seria a homenagem prestada por Jobim motivada pelo seu saudosismo do pensamento neoliberal do tucanato?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Psicólogos destroçam empregado dos Civita.


Quando o trabalho de alguém é falar ou escrever, e esse alguém é empregado de uma empresa, a fala e a escrita desse empregado, só podem ser, a fala e a escrita da empresa.
O texto abaixo foi extraído do blog do Altamiro Borges:


Na sua edição de 18 de novembro, a revista Veja acionou seu pitbul para atacar a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que ocorrerá de 14 a 17 de dezembro. O panfleto da famíglia Civita nem sequer se dignou a informar aos seus leitores sobre o significado desta iniciativa. O silêncio da mídia sobre a Confecom é repugnante. Ao invés de informar, a revista preferiu rosnar e ninguém melhor (ou pior) do que o pitbul amestrado para isto. Basta lhe dar um osso!

No artigo “Porky’s contra a liberdade”, o colunista cometeu novamente seus exageros raivosos. “Um das propostas encaminhadas à Confecom pelo Conselho Federal de Psicologia é proibir a propaganda com pessoas de cabelos alisados”, ironizou. Ventríloquo de FHC, ele repetiu a besteira reacionária do “subperonismo lulista” para atacar a conferência, que só teria o apoio da “CUT, Abragay [haja preconceito!] e do Conselho Federal de Psicologia”. Ele também destila seu ódio tacanho contra Franklin Martins e Dilma Rousseff.

“Interpretação desonesta”

As asneiras preconceituosas e reacionárias do pitbul da Veja desta vez, porém, não ficaram sem resposta. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nota criticando o texto. Só faltou solicitar a imediata internação deste sujeito patético. Reproduzo abaixo a nota:

Apesar de lamentável, não causa surpresa a interpretação de Diogo Mainardi sobre os temas apresentados pelo Conselho Federal de Psicologia para debate na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, publicada na coluna de Mainardi na edição 2139 da revista Veja.

O CFP reafirma suas propostas, que têm como eixo a necessidade de controle público sobre os meios de comunicação, entendido não como censura, como sugere Mainardi, mas como a existência de mecanismos para que a sociedade tenha incidência sobre como a mídia, importante elemento na formação das subjetividades das pessoas na contemporaneidade, produz e reproduz idéias, comportamentos e visões de mundo.

No texto que recebe a interpretação distorcida de Mainardi, o CFP aponta o papel dos meios de comunicação no reforço de um padrão estético único, que busca anular as variedades de formas de ser, de parecer, delimitando as características físicas reconhecidas como legítimas. Padrões de beleza inalcançáveis geram conflitos, sofrimentos, baixa auto-estima, transtornos de toda ordem.

No que se refere à proposta do CFP para a discussão das relações entre mídia e trânsito, de fato o CFP questiona a ode da publicidade à velocidade, comprovadamente relacionada ao problema dos acidentes e mortes no trânsito. Também propõe que se debata o papel da mídia na construção social do predomínio do transporte individual sobre o coletivo – mais ambientalmente sustentável, mais viável para as grandes cidades, como é amplamente sabido. Infelizmente, o recorte escolhido pelo colunista apenas ironiza esta importante discussão, que ao cabo questiona o fato de a publicidade no Brasil ser auto-regulada, sem que haja qualquer mecanismo de participação da sociedade neste tema que a concerne.

Não fosse a conhecida má vontade do colunista com qualquer movimento social, seria possível achar que houve dificuldades de interpretação. Mas não nos iludiremos a este ponto.

Críticas às propostas podem ser feitas e são bem vindas. Interpretações desonestas que visam a confundir os leitores só refletem a qualidade do jornalismo da grande mídia brasileira. Não era de se esperar outra reação de Mainardi e de Veja à Confecom.

"Essas coisas não fazem mal; e, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo"?

Não foi Kátia Abreu, nem Ronaldo Caiado o ente que proferiu esse "escarro". O autor da frase foi o presidente do CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), o bioquímico Walter Colli.
O contexto: O CTNBio "votará na quinta-feira (10/12) o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais."
Resumindo: Não estamos nem aí para o que pode ocorrer com a saúde humana e o meio ambiente.
O tráfico de sementes estrangeiras, o plantio criminoso de variedades de soja transgênica pela quadrilha de fazendeiros do Rio Grande do Sul, garantiu o plantio e a comercialização de OGMs. Num segundo momento, o governo acuado, liberou a pesquisa e a produção do produto traficado. Agora, pelos números que, desde já são apresentados, essa comissão vai liberar as empresas do "agribusinees" dos dispendiosos testes feitos por empresas contratadas par afirmar que não há problema algum com o produto.
Na prática, só vai poupar recursos às transnacionais do agronegócio.
E tínhamos, ainda que remotas, esperanças de que essa comissão realizasse um trabalho sério, no sentido de preservar a BIOSSEGURANÇA, e não a BIOEXPLORAÇÃO FINANCEIRA.
"Essas coisas não fazem mal, e se fizerem, ninguém vai saber..."
Ótimo parecer técnico. De um saber teórico incomparável.
Finalmente estão deixando explícito a que vieram, quais interesses defendem, e em detrimento do quê.

Abaixo texto do Diário Gauche, no qual Cristóvão Feil alerta contra os desmandos da turminha da "BIOSSEGURANÇA":

Mudança desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de riscos

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) votará na quinta-feira (10/12) o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais. A mudança desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de riscos e de apresentar planos de monitoramento pós-liberação comercial de transgênicos no país. A informação é do jornal Valor, de hoje.
A nova regra deve "anistiar" os 25 produtos transgênicos (plantas, vacinas e enzimas) que já obtiveram aprovação para comercialização e beneficiará 11 pedidos que estão sob análise do colegiado, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A alteração na Resolução Normativa nº 5, em vigor desde março de 2008, dependerá do voto de 14 dos 27 membros titulares da CTNBio. O grupo favorável à mudança somaria 16 votos.
A medida também beneficiará diretamente a indústria alimentícia brasileira. Dirigentes da associação do setor (Abia) escreveram ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, para reivindicar o fim do monitoramento e ameaçaram derrubar a exigência na Justiça.
O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, confirma a proposta de alteração na regra.
"Essas coisas não fazem mal. E, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo. O argumento jurídico que se coloca é que monitorar só se justificaria se houvesse dúvida na análise de risco. Se o produto é idêntico ao convencional, não há razão para monitorar", explica.
Colli, que está em seu segundo mandato à frente da comissão, diz que o fim do monitoramento não causará problemas à população. "O monitoramento humano e animal foi uma esparrela, uma bobagem que fizemos. Cedemos pelo cansaço. Agora, a indústria alimentícia está sujeita a uma ação jurídica do Ministério Público por uma regra inepta da CTNBio. Cometemos um erro e quero corrigir isso", afirma.

O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, ligou o botão "fodam-se". Caso contrário, como se poderia interpretar a frase "essas coisas não fazem mal; e, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo"?
Observem a gravidade do que está dizendo essa autoridade pública brasileira.
Walter Colli (foto) - velho amigo dos produtores de transgênicos - está falando do alimento nosso de cada dia, de comida cujo conteúdo se desconhece, tanto pode alimentar como pode matar, de forma silenciosa, a medio e longo prazo. No entanto, a autoridade pública lava as mãos e fecha os olhos para o risco que todos os brasileiros estão correndo ao colocar o alimento na boca.
Isso é muito grave!
Em tempo: Onde estão as marcações e a rotulagem dos alimentos que contém substâncias provenientes de OGMs?

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Estupro da Folha é outro tiro no pé

*Neste sábado, dia 5, às 10 horas, o Movimento dos Sem Mídia (MSM) fará uma manifestação em frente ao prédio da Folha de S.Paulo (Rua Barão de Limeira, 425, centro da capital paulista), para protestar contra a publicação de um artigo leviano e irresponsável que acusou o presidente Lula de tentar “subjugar sexualmente” um jovem nos anos 1980. O artigo de uma página inteira, de autoria do ex-petista Cesar Benjamin, atual colunista da Folha, “foi forjado no ódio, na inveja e na covardia e é um estupro ao jornalismo”, afirma Eduardo Guimarães, presidente do MSM.
Sobre o artigo de Cesar Benjamin, que “estuprou” sua própria biografia de profundo conhecedor do Brasil e de intelectual brilhante, muitos já se pronunciaram criticamente – prefiro silenciar na tristeza por mais este ato instintivo e rancoroso. Sugiro apenas a leitura da resposta ponderada e firme do jornalista Gilberto Maringoni, publicada na Carta Maior. Membro do PSOL e crítico de esquerda do governo Lula, ele não poupou críticas ao texto do “Cesinha”, que estaria fazendo o jogo da direita brasileira às vésperas da sucessão presidencial. “Fico envergonhado com o papel que ele está desempenhando. Seu passado não merece isso. Mas a História irá julgá-lo”.


“Um horror” dos herdeiros de Frias


Já com relação ao jornal da famíglia Frias, a publicação do artigo sem qualquer apuração prévia ou rigor jornalístico liquida qualquer ilusão sobre o ecletismo da Folha. Após usar um ex-petista para desferir ataques pessoais ao presidente da República, ela mesma confessou sua leviandade, mas sem fazer autocrítica pública – talvez temendo processos jurídicos. Militantes que estiveram presos com Lula nos cárceres da ditadura, entre abril e maio de 1980, negaram taxativamente a história bizarra. Vale registrar a resposta íntegra de José Maria de Almeida, presidente do PSTU e outro crítico do governo Lula, que qualificou a insinuação de “baixaria”.

O reconhecimento cabal do “estupro” perpetrado pela Folha, porém, ocorreu com a entrevista de João Batista dos Santos, o ex-militante do Movimento pela Emancipação do Proletariado (MEP) que teria sido o alvo da “investida” de Lula na cela. Ele considerou “um horror” o artigo, disse que isso nunca ocorreu e lamentou a publicação do texto sem ouvir os envolvidos no caso. Por ironia da história, Santos trabalhou numa granja da famíglia Frias em São José dos Campos, no interior paulista, na década de 1990. Para ele, se Octavio Frias de Oliveira, o barão da Folha, estivesse vivo (ele faleceu em 2007), “esteve artigo não teria sido publicado”.


Credibilidade e tiragem em queda


Depois de cunhar a expressão “ditabranda” para se referir aos trágicos anos da ditadura militar e de publicar uma “ficha policial” falsa contra a ministra Dilma Rousseff, a Folha dá outro tiro no pé. A publicação do asqueroso artigo fere a pouca credibilidade que ainda resta a este veículo e poderá resultar em novas quedas da sua tiragem. Quando da “ditabranda”, o jornal perdeu mais de 3 mil assinantes, segundo fontes da própria empresa. Já no caso da falsa ficha policial, o jornal foi forçado a reconhecer timidamente o erro, temendo a abertura de um processo criminal.

Entre outros fatores, a perda de credibilidade do jornal da famíglia Frias ajuda a explicar a brutal queda da sua tiragem nos últimos anos. Segundo levantamento do IVC (Instituto Verificador de Circulação), a Folha é hoje o vigésimo quarto jornal em vendas avulsas no país, ficando atrás do Estadão (19º lugar) e de O Globo (15º lugar). Entre janeiro e setembro de 2009, ela vendeu em média 21.849 exemplares nas bancas. Uma tiragem pífia se comparada aos 489 mil exemplares vendidos em suas edições dominicais em outubro de 1996. Atualmente, o jornal só se sustenta graças à publicidade e à venda de assinaturas, que atinge basicamente a chamada classe média.

Com os “estupros” que a Folha insiste em praticar, a tendência é que a sua tiragem despenque ainda mais. O ato organizado pelo MSM poderá servir como mais uma pá de cal neste jornal leviano e golpista, que agride constantemente a democracia e a ética jornalística.


* Do Blog do Altamiro Borges

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"Vote num careca e ganhe dois".

Se o "imprensalão" está realmente certo, e qualquer imagem fala por si mesma, o que dizer da imagem e áudio abaixo?



Se Serra e Arruda, além das carecas e das práticas, tiverem os advogados em comum, dirão que o calor, o frio, ou o tempo em que o vídeo permaneceu na rede alteraram o áudio...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Escândalo Demo-Tucano, é usado pelo PIG para atacar Lula.

Pode parecer improvável, delírio, o título desse post, mas é o que vem sendo feito, de forma categórica e persistente, pelos mais diversos veículos da grande mídia corporativa brasileira.
O destaque do Jornal Nacional de ontem, foi a declaração do Presidente Lula, referindo-se ao mensalão Demo-Tucano, de que as "imagens não falam por si". Só isso. Essa úncia frase, arrancada de seu democrático sentido, transformada na defesa, por parte do Presidente da República, de um flagrante corrupto e sua quadrilha.
Não preciso explicar o que disse o Presidente, a entrevista está mais do que clara, e só quem viu pelo PIG, não entendeu:



Mas assim divulgou o PIG, na voz de um incansável detrator de qualquer movimento ou partido de esquerda, de um dos mais faosos comentaristas de uma afiliada da Rede Globo que considera a Ditadura Militar, melhor que o Estado de Direito:



A midiocracia brasileira não perde uma. Seus aliados roubam, mas eles jogam tudo no colo de seus adversários. São muito "profissionais".

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

América Latina repudia o golpismo.


Do blog Diário Gauche, de Cristóvão Feil.


Governos latino-americanos não reconhecem eleições em Honduras

Governos latino-americanos se manifestaram ontem contrários à legitimidade das eleições que ocorreram neste final de semana em Honduras. Além do Brasil, os governos do Paraguai, Chile e Equador afirmaram não reconhecer o pleito. Já os Estados Unidos, Colômbia e Peru querem que as eleições sejam reconhecidas.
Cinco meses após dar um golpe de Estado no presidente eleito Manuel Zelaya, o golpista Roberto Micheletti realizou eleições em Honduras, conforme estava previsto pela Constituição do país. O pleito foi vencido pelo candidato conservador Porfírio Lobo, aliado dos golpistas. Cerca de 49% dos eleitores hondurenhos não compareceram para votar, segundo avaliação de emissoras de rádio de Honduras. A informação é da Agência Chasque.
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O governo do presidente Lula - e o próprio - ratificou ontem que não reconhece como legítimas as eleições em Honduras. Tudo não passou de uma farsa, apoiada pelos Estados Unidos e aliados de ocasião.
Ponto para Lula, ponto para a democracia na América Latina.
Que Barack Obama saiba que o estatuto da democracia tem caráter inegociável.

Nota do blogueiro: A posição entreguista-subalterna da Rede Globo, fica evidente ao noticiar o reconhecimento de Obama ao governo eleito sob condições controladas por golpistas, como se aquilo fosse um atestado de legitimidade desse, o que deveria ser imediatamente acatado por toda a comunidade internacional.
Na edição de ontem do Jornal Nacional, mostraram apenas o Presidente Lula, contrário ao reconhecimento de tal governo. O texto de Feil, acima, mostra que não é exatamente assim.

A reforma agrária dos DEMOS.

A Senadora e presidente da CNA (Confederação Brasileira de Agropecuária) Katia Abreu (DEM TO), comprova de forma muito prática, o que seu partido quer dizer quando apóia a reforma agrária, por outros emios e com outro modelo, senão o do MST-PT.
Nunca foi explicado que modelo seria esse, apenas foi dito, reiterado, panfleteado, anunciado, que os DEMOs apoiam uma reforma argária diferente. Pois bem, O site COnversa Afiada de Paulo henrique Amorim, apresenta a todos "O modelo de reforma agrária DEMO-TUCANO":

Pequeno proprietário acusa Kátia Abreu. Senador diz: É de estarrecer!


A senadora e a Veja: é de estarrecer !

A propósito de uma reportagem que Leandro Fortes publicou na Carta Capital, o Conversa Afiada publicou o seguinte post: Kátia, que é inimiga do MST e quer derrubar governadora, compra terra no grito e não planta nada
“Kátia, que é inimiga do MST e quer derrubar governadora compra terra no grito e não planta nada”.
Ontem, por telefone, Paulo Henrique Amorim entrevistou o pequeno proprietário rural Juarez Vieira Reis, de Campos Limpos, Tocantins.
Juarez reafirmou que a união do poder Executivo e do Judiciário de Tocantins o obrigou a abandonar as terras em que vivia com a família desde 1955, sem receber um tostão.
O beneficiário da intervenção foi a então deputada e presidente da associação rural de Tocantins, a hoje senadora Kátia Abreu, que tenta prender o João Pedro Stédile e depor a governadora do Pará.
A Senadora se apropriou das terras, embora tenha ido à casa de Juarez e prometido que não faria nada para prejudicar a família.
Juarez venceu em todas as etapas do Judiciário, mas não consegue reaver as terras.
Ele demonstrou que os documentos que atestavam a sua propriedade – o usucapião – eram legítimos.
A certa altura, uma autoridade disse que ele tinha tomado aquelas terras e Juarez respondeu: “nunca vi pobre tomar terra de rico”.
Enquanto isso, a Senadora não planta no local um pé de feijão.
Juarez calcula que a Senadora, com a desapropriação ilegal, tenha se apossado de 3 mil hectares de terra, num platô da Serra Geral.
Juarez mencionou que, no último sábado, conversou com o Senador João Ribeiro, do PR de Tocantins, e denunciou a injustiça de que é vítima.
Paulo Henrique Amorim conversou ontem à noite com o senador João Ribeiro, por telefone.
Ribeiro confirmou que esteve com Juarez numa solenidade entrega de 100 títulos, em companhia do Senador Eliomar Quintanilha, hoje Secretário de Educação de Tocantins, e José Augusto Pugliesi. Presidente do Instituto de Terra do Tocantins.
Que, de fato, conversou com Juarez.
“Um homem simples”, disse o Senador.
“É uma história de estarrecer !”, disse João Ribeiro.
“Foi um processo brutal (de desapropriação)”, disse.
O Senador anunciou que vai conversar com o Governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) para apurar como foi essa desapropriação das terras de Juarez e ver o que é possível fazer, dentro da Lei.
“Precisamos ver se a terra é ou era dela. É uma história de estarrecer. E ela (Senadora Kátia) não produziu nada: um pé de feijão !”, concluiu o Senador João Ribeiro.

Ouça o relato do Sr. Juarez

Nota do blogueiro: "Eu volto com tempo pra conversar com vocês. Se me vender eu compro, e se não vender eu tiro a terra de vocês", a frase de Kátia Abreu. no espantoso relato do pequeno agricultor Juarez Vieira reis, antecedeu a expulsão desse, de sua pequena gleba por jagunços, em carros particulares da então Deputada, hoje Senadora.

Fica deveras evidente o modelo DEMO-TUCANO de reforma agrária: "Se vender eu compro, se não vender eu tomo".

RBS faz apologia da última ditadura.

O inacreditável vídeo abaixo, é um trecho da edição do último dia 30, do Jornal do Almoço, apresentado pela RBS TV de Florianópolis.
Digo RBS, e não cito o nome de seu comentarista por uma razão muito simples. Em uma empresa privada, os empregados tem de cumprir as ordens do patrão, sem contestar, sem contrapor-se em público, deve defender os interesses da empresa que lhe paga o salário.
Comentaristas, apresentadores e "reporteiros", não se atreveriam a tecer comentários contrários à linha editorial da empresa e política dos proprietários. Portanto os absurdos que foram expelidos pelo comentarista, é a opinião da RBS, que como muito bem ressaltou Marco Weissheimer, nasceu e cresceu apoiando a ditadura. E mais, cresceu pelo apoio dado pela ditadura.
Dessa forma, lambendo coturnos, é possível andar pela madrugada, durante os anos de chumbo, ouvindo radinhos, em Porto Alegre, Florianópolis e em qualquer lugar.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O cuidado do PIG com os mensaleiros do DEMO

Perdi as contas de quantas vezes ouvi as palavras "suposto", "não confirmado", "possível" e outras do gênero, na cobertura que o PIG está, a muito custo e lágrimas, fazendo do Mensalão do DEMO.
O cuidado que não tiveram com o caso de 2005, no qual eram categóricos, taxativos e diretos ao afirmar a existência de esquemas e sub-equemas de corrupção envolvendo petistas e aliados, como mostra foto abaixo:
Esse mesmo jornal fez de tudo para esconder o "mensalão do DEMO". E diante das imagens, como a que é exibida logo abaixo, apressam-se em enunciar:"suposto", "não confirmado", "possível"...


O velho dois pesos, duas medidas do PIG.
Ah,será que alguém vai mencionar que Arruda seria vice do Serra, em provável chapa Demo-Tucana, para as eleições do ano que vem? Vou esperar sentado...

"No, we can`t".

Nada mudou. As relações entre os Latinos e nossos "ermanos" do norte, continuam sendo as mesmas: Tudo anda de acordo com a música que emana da orquestra da Quarta Frota e do interesse das corporações que governam os Estados Unidos, independente de quem seja o pseudo-governante.
O golpismo, em favor desses interesses, ainda é a palavra de ordem para seu quintal.
Obama não mostra a que veio, exceto para ganhar um Nobel, por sei lá o quê.
Deram outro golpe em Honduras.
O primeiro, expulsou, sob a mira de fuzis, um presidente de pijamas.
O segundo, estabeleceu um governico, que passou a ser chamado pelo PIG de "Interino".
O terceiro, praticamente aprisionou o presidente legítimo, após o seu retorno.
E o capítulo final do "Modern coup d'Etat", onde o golpe não é golpe. A eleição, em pleito ilegítimo, sob a pressão de cotrunos, por parte da elite que ainda não fugiu da ilha, de um aristocrata, latifundiário.
No Globão só faltou a afirmação: "Se até o Obama reconhece, quem é esse mecânico para não reconhecer..."
Entrevistaram apenas o Presidente Lula, contrário ao reconhecimento do títere das corporações estadunidenses.
Do outro lado, Uribe (que reconheceria o governo de Adolf Hittler em Honduras sem pensar duas vezes), e outro papagaio inexpressivo.
Parecia que só o Lula, por birra, não queria reconhecer o "governo democraticamente eleito".
O texto abaixo foi postado no blog do sociólogo Cristóvão Feil, o Diário Gauche:
Obama negociou com a cabeça de Zelaya


Venceu a política do fato consumado ou do golpe consumado da direita, com o carimbo da Casa Branca


Acho que esse é o recado que a situação de Honduras envia para toda a região. E isso não é visão de brasileiro, ou de sul-americano.
É um legítimo representante da diplomacia americana que expressou a decepção com a nova equipe da Casa Branca.
Robert White foi embaixador americano em vários postos. Entre março de 1980 e março de 1981, serviu em El Salvador. Tempos difíceis. Era o começo da sangrenta guerra civil que durou 12 anos.
Na época, criticou a ultra direita e denunciou militares e grupos paramilitares de estavam cometendo atrocidades. Claro, foi chamado de volta assim que Ronald Reagan assumiu a presidência.
O ex-embaixador é presidente do Centro de Política Internacional e escreveu um artigo sobre a situação de Honduras que começa com a seguinte frase:
“Agora é possível reconstruir, com um bom grau de precisão, como a administração Obama transformou um triunfo diplomático iminente em uma derrota negociada”.
Ele deixa claro que os Estados Unidos trocaram o apoio que vinham dando a volta da ordem democrática, em Honduras, pela aprovação de duas indicações para o corpo diplomático (uma delas o futuro embaixador no Brasil) que a direita radical estava bloqueando no Congresso.
E o que é pior, ele descreve, para quem ainda não tinha percebido, como o Departamento de Estado enganou Manuel Zelaya, fazendo o presidente crer que havia realmente um acordo com os golpistas liderados por Roberto Micheleti.
Zelaya acreditou que os Estados Unidos zelariam pelo cumprimento do acordo. Pura ficção. Os gringos, mais espertos, deixaram a linguagem do acordo vaga o suficiente para permitir que nunca fosse levado a cabo.
O ex-embaixador conclui: “O resultado desta diplomacia cínica e amadora não poderia ser pior”.Mas é o último parágrafo do artigo do diplomata americano que mostra para onde vai a relação dos Estados Unidos com o resto do hemisfério, que tanto acreditou nas promessas de mudança do candidato democrata:
“É triste contemplar como a administração Obama se atrapalhou com um desafio para o qual tinha o apoio de todo o hemisfério. Não é a toa que o Presidente Lula acusou o Presidente Obama de estar revertendo a promessa de uma nova relação com a América Latina”.
Eu só acrescentaria um dado a mais. Durante a campanha eleitoral, já havia sinais de que os novos ares nem sempre se traduziriam em novas práticas.
O candidato Obama publicou um documento traçando as linhas mestras da política para a América Latina que adotaria, caso fosse eleito.
E um dos parágrafos dava apoio à operação do exército da Colômbia em território equatoriano, em março de 2008. A plataforma de Obama não levou em conta o repúdio unânime da região à operação militar colombiana.
E agiu agora, mais uma vez, sem dar a menor pelota para a unidade diplomática contra o golpe de Estado que se formou na OEA. Ou seja, não foi uma grande surpresa.
Texto (menos os títulos) da jornalista Heloísa Vilella, do R7.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um dia a banca quebra...

Clique na imagem para ler o texto: Desanda mais uma fraude neoliberal, do Diário Gauche.

Panfletos apócrifos


É comum, especialmente em cidades interioranas, em anos eleitorais ou mesmo "em tempos de paz", a distribuição de panfletinhos anônimos, com palavreado de baixo calão e acusações, geralmente de conteúdo sexual a figuras de expressão política na "paróquia".
Lembro-me de alguns, que circulavam pela madrugada, postos por debaixo das portas, em caixas de correios, grudados em postes, jogados sobre os muros, onde pessoas destacadas, ou que tinham alguma intenção de disputar algum posto público, apareciam em fotomontagens grosseiras, entre diversos órgãos sexuais, acusados de promiscuidade, pedofilia e uma série de absurdos, obviamente, sem nenhum fundamento ou evidência.

Causavam um certo furor, no dia da distribuição, e pautava "conversas de buteco" por alguns dias, mas nunca surtiam o efeito esperado por seus "autores".

Lembrei-me desse panfletos, ao ler no blog o Escrevinhador, de Rodrigo Vianna, que mais um panfleto desse tipo foi elaborado, mas dessa vez assinado, exposto de forma meio discreta, no corpo de um texto, de três páginas, que atacava o filme "Lula, Filho do Brasil".

Uma acusação leve, pouca coisa, mais ou menos isso:

O Presidente da República teria "currado" um prisioneiro, durante o período em que esteve preso pela última ditadura.

Assim, de forma discreta, ouvindo, e em seguida publicando um relato que foi imediatamente desmentido, como relata o texto abaixo, que o Jornalão da família Frias, Folha de São Paulo, atingiu o nível de um daqueles panfletinhos, de papel A 4, jogado sobre os muros, ou enfiado debaixo das portas.

Pensando melhor, ao chamar o regime de seus parceiros de "Ditabranda", criar uma falsa ficha policial da Ministra Dilma Roussef, entre outras "manifestações criativas", já não havia chegado a esse nível?

Abaixo o texto do Escrevinhador:

Esgoto escorre nas páginas do jornal de "Otavinho"; outro que usa diminutivo, "Cesinha", ajudou a fazer o serviço

Por coincidência, o artigo em que "Cesinha" (agora compreendo o diminutivo que ele carrega há tanto tempo no nome) conta essa história sobre Lula foi publicado (advinhem?) justamente na "Folha".
Hum...
Há duas semanas, publiquei aqui um texto em que perguntava por que o filho de FHC apareceu só agora - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/teorias-por-que-fhc-reconheceu-o-filho-so-agora.
Levantei algumas hipóteses. A terceira era: 3) Fator denúncias contra o PT. Essa é a teoria já exposta no blog do Eduardo Guimarães - http://edu.guim.blog.uol.com.br/. A idéia é que a (ex) grande imprensa já teria na mão dossiês contra Dilma. Revelar, agora, o filho fora do casamento de FHC seria uma forma de mostrar "isenção". Na hora que aparecesse denúncia contra Dilma, ninguém poderia acusar a mídia de perseguir o PT. A diferença é que Dilma é candidata em 2010, e FHC só teve o filho revelado 8 anos depois de sair do poder.
Errei num detalhe: o foco não era Dilma, mas Lula mesmo.
A história sobre o filho de FHC foi uma espécie de antídoto preventivo. Ao chamar Lula de "molestador sexual", usando (corajosamente, característica dos Frias) um terceiro pra fazer o ataque, a "Folha" não pode ser acusada de "parcialidade", afinal publicou também a informação sobre o tucano.
Hum...
Detalhe: o filho de FHC existe. Mora no exterior. A revista "Caros Amigos" contou há dez anos a história completa.
Já a história do "Cesinha" é só uma história. Onde está o rapaz que teria sido molestado por Lula em 1980? Vocês acham que esse rapaz (ou um rapaz qualquer que cumpra o papel) vai aparecer nas páginas da "Folha" ou da "Veja"? Ah, a campanha de 2010 será linda.
Outro detalhe: a "Folha" ignorou a informação publicada semana passada, por Cláudio Humberto, de que FHC teria tido um outro filho fora do casamento, com uma empregada da família - http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/claudio-humberto-fhc-teve-outro-filho-por-fora-com-a-empregada-esse-ele-reconheceu.
Mas a "Folha" abriu hoje três páginas para falar (mal) do filme sobre Lula: "O Filho do Brasil" (FHC, parece, também ele é um especialista em "filhos do Brasil").
Quem conhece um pouco como funciona o jornalismo sabe que o objetivo das três páginas era dar "peso" para a informação que apareceu ali pelo meio do artigo de "Cesinha". Nada mais interessava aos Frias, só a informação sobre o Lula "molestador".
Ora, uma informação dessas (se verdadeira) mereceria manchete, não acham? Por que foi publicada desse jeito, no meio de um artigo?
Porque uma manchete deixaria tudo muito explícito. O artigo na "Folha" é só parte do script, tenham certeza...
De outro lado, uma informação dessas, se falsa, deveria ir parar no lixo, no esgoto...
Bem, na verdade, foi o que aconteceu. Há algum tempo é esgoto jornalístico o que corre pelas páginas do jornal da família Frias. Nessa vala mal-cheirosa cabem: ficha falsa de ministra, editorial louvando a "ditabranda", ataques descabidos a professores respeitáveis (Benevides e Comparato) que criticaram a "ditabrabanda" da "Folha".
Último detalhe: na edição desta sexta-feira, a "Folha" simplesmente "escondeu" a notícia sobre denúncia do Ministério Público Federal. Os procuradores Weichert e Favero querem que Paulo Maluf, Romeu Tuma e outras autoridades da época da ditadura sejam responsabilizados pelo crime de ocultação de cadáver - http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=23189. A notícia (no jornal) apareceu "perdida" lá pela página 13, sem destaque nenhum, ao lado de um anúncio de turismo...
A "Folha" esquece os crimes da ditadura da qual foi parceira. Crimes concretos, abomináveis. Há mortos, desaparecidos. Há impunidade daqueles que foram sócios da "Folha" no apoio à ditadura.
A "Folha" não abre espaço para que Ivan Seixar publique as cartas contando o que aconteceu com o pai dele na OBAN (Operação Bandeirante) durante a ditadura - http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/por-que-a-folha-nao-publica-cartas-de-ivan-seixas.
Mas a "Folha" abre espaço para o "Cesinha" fazer o serviço sujo.
A "Folha" já abriu manchete para o sequestro (de Delfim) que não houve (o objetivo da matéria era atingir Dilma, lembram?). Agora, abre discretamente espaço para o "ataque sexual" que não houve.
Sobre os crimes de verdade, sobre os mortos e desaparecidos, sobre os torturadores, nenhum pio. Até porque a "Folha" teria que explicar porque os carros do jornal eram sempre vistos em frente à OBAN (centro de torturas em São Paulo).
Curiosamente, o "Cesinha" conta no tal artigo desta sexta-feira que escapou de ser abusado sexualmente por presos comuns quando esteve preso durante a ditadura. Ainda bem. O "Cesinha" foi vítima dos crimes abomináveis cometidos naquela época: ficou preso, incomunicável. Era um jovem de 16/17 anos...
Mas tantos anos depois, "Cesinha", você foi usado (e abusado) pela mesma elite que apoiou a ditadura. E, dessa vez, parece que você gostou.
===
P.S.:
PAULO DE TARSO DESMENTE "CESINHA"
Uma das pessoas que teriam "testemunhado", em 1994, a tal conversa (em que Lula teria narrado o episódio do "abuso") é Paulo de Tarso Venceslau. Ele foi militante do PT, rompeu com o partido, e tem críticas pesadíssimas ao setor que ainda hoje domina as principais instâncias partidárias. Veja aqui um exemplo das denúncias que Paulo de Tarso fez ao PT - http://www.terra.com.br/istoe/politica/144430.htm
Pois bem, a "Folha" não "lembrou" de ouvir o Paulo de Tarso sobre o caso do "abuso".
Ele, que teria todos os motivos para "bater" no PT e em Lula, acaba de divulgar uma nota, em que repudia e desmente o artiguinho do "Cesinha".
A nota está aqui, no site do Azenha - http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/a-nota-de-paulo-de-tarso/.
Depois dessa, alguém acha que há motivo pra seguir assinando um jornal como a "Folha"?
Acho que a "Folha" será "currada" pelos leitores.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Botaram o "gato" para cuidar do bife...

O Deputado Estadual Marco Antonio Lopes Peixoto foi sabatinado pela base do governo Yeda, hoje, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, para assumir a vaga no Tribunal de Contas do Estado, aberta pela "merecida aposentadoria" do presidente do conselho, João Luiz Vargas. Os dois deputados petistas presentes puseram o indivíduo em diversas "saias justas", das quais não soube se desvencilhar, como será mostrado abaixo.
O Deputado é conhecido por apoiar toda e qualquer medida impopular, a favor do governo direitoso da ocasião, como no caso do voto de minerva, em favor do tarifaço "Riggotiano". Além disso, foi alvo de diversas ações por mal uso do dinheiro público, como no famoso caso da verba assistencial (felizmente extinta), desviada da União das Associações de Bairros de Santiago, seu "curral eleitoral". Conduta ilibada, pelo visto, não é mais pré-requisito para uma vaga no TCE. Claro, ainda falta a apreciação dessa indicação Yedista no plenário, mas par auqem engavetou sem análise alguma, um processo de impedimento, aprovar uma indicação ao TCE, vai ser "moleza".
Abaixo, o apoio dado pelo Blog RS Urgente, à formação desse "futuro novo quadro" do TCE, dando algumas lições sobre conduta ética de um agente público, noções que fizeram falta ao Deputado hoje, e certamente vão fazer falta, durante seu provável mandato:

Versinhos para o novo conselheiro
Nov 26th, 2009 by Marco Aurélio Weissheimer.

Encontramos na internet um jeito bem bacana de ajudar o deputado Marco Peixoto. Como ele deve assumir a vaga de João Luiz Vargas no Tribunal de Contas do Estado e, hoje, quando foi sabatinado, não soube dizer quais são os princípios básicos que regem a administração pública, achamos que é dever de todo o cidadão gaúcho ajudar o nobre deputado a aprender. Aí estão, em forma de versinhos - que é para facilitar a fixação - , os tais princípios da administração pública. Tomamos o cuidado de não ficar só nos cinco principais, afinal, para um homem como Peixoto, que tem mais de 20 anos de experiência como deputado, certamente todo princípio é bem-vindo. E licenciosamente, oferecemos ainda comentários práticos sobre a aplicação destes princípios.
Acompanhe:

LEGALIDADE

Reforça a “regra de ouro”
da Administração.
A vontade está na lei.
Não cabe mais discussão.

Simples, quando a lei exige conduta ilibada para um cargo, o sujeito não pode ser ladrão.

SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

A finalidade pública
é a que será perseguida,
tendo em vista o bem comum
que se deve dar guarida.

Não pode contratar a empresa do Lair para fazer segurança na CEEE só porque é do Lair, o serviço tem que ser comprovadamente bom

IMPESSOALIDADE
Admite dois enfoques:
impede discriminar
a bem do interesse público
sem querer prejudicar.
Desvincula toda a ação
estatal do agente público,
sendo a realização
pura e institucional.

Se a governadora precisa melhorar a imagem e o partido dela contrata marketeiros, eles não podem influenciar na agenda do governo
ESPECIALIDADE

O dito interesse público
para que seja alcançado
urge a especialização
e a descentralização.

Se a Fundae não sabe fazer exames para a carteira de motorista, não pode subcontratar a Fatec para fazer o serviço
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU VERACIDADE

Há presunção de certeza
e de legitimidade.
Admite-se que prove
qualquer ilegalidade.
Mas se o cara confessa que violou o sistema integrado de consultas da secretaria de Segurança, não precisa outra prova para saber que ele agiu errado. Rua!
CONTROLE (OU TUTELA)

Controla a Administração
pessoa especializada,
garantindo objetivos
que para os quais foi criada.
Quem quer ser conselheiro do Tribunal de Contas, tem que conhecer os princípios da administração pública
HIERARQUIA

São organizados os órgãos
pela Administração
em obediência à lei
em plena coordenação.

Na Secretaria de Segurança, o chefe de gabinete, só por ser amigo do chefe de gabinete da governadora, não pode mandar mais do que o secretário.

PUBLICIDADE

Pela Administração,
Observado o sigilo,
ampla é a divulgação,
de todo ato praticado.
No Portal da Transparência, tem que aparecer as diárias da Walna, digo, de qualquer funcionário que viajou às custas do Estado
MORALIDADE ADMINISTRATIVA

Em consonância com a lei
mas ofensivo à moral,
aos bons costumes, eu sei.
É ofensa e isso é mal.

Comprar pufes para a casa da governadora pode até ser legal, mas é flagrantemente imoral

RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE

Princípios que se completa
me impõem limitações
à discricionalidade,
equilibrando as ações.
Não é razoável manter escolas de lata e, ao mesmo tempo, isentar impostos de grandes empresas.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO

Os fundamentos de fato
e de direito também,
devem ser os indicados,
isso é o que convém.

Ao empreiteiro amigo, não é dado o direito de fazer mal feita a estrada para depois ganhar mais dinheiro com o recapeamento

PRINCÍPIO DA EFICÁCIA

Da atuação do agente público
espera-se o de melhor,
visando bons resultado
se eficiência maior

Se não pagarmos nem luz, nem água e nem a escola das crianças, sobre mais dinheiro no fim do mês, mas a geladeira fica inútil, a casa suja e os filhos ignorantes. Mesmo assim, há quem se iluda com o déficit zero

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

A atividade estatal
deve à lei e ao direito
obediência total,
independente do pleito

Nem se o pedido vier do José Otávio ou da Yeda.

É um princípio: não me aproprio do que não é meu. Então, faça-se o registro: os versinhos estão no site Gosto de Ler e são de autoria de Marco Chagas. Na esperança de ter colaborado. (Maneco)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Serra cai e Dilma sobe ao lado do PMDB, diz pesquisa CNT-Sensus

Aposto um café como o Zé Pedágio não será candidato. Vai preferir "Sum Paulo" à nada.

Texto da Agência Reuters:
Por Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato mais cotado do PSDB para disputar as eleições do ano que vem, José Serra, vem caindo nas pesquisas de intenção de voto, mostrou nesta segunda-feira sondagem do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte.
Dois possíveis fatores explicariam esse movimento, de acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade: a recusa de Serra em lançar-se oficialmente à sucessão de 2010 e o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com altos índices de rejeição.
"Há uma tendência de queda", disse a jornalistas nesta segunda-feira Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus.
Candidata do governo, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, avança. Há duas razões apontadas para isso: o acordo de aliança com o PMDB de Michel Temer, que deu a ela exposição maciça na mídia e a colocou mais ao centro do espectro ideológico, e o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo com Temer daria viés mais centrista à candidatura.
Na principal lista apresentada ao entrevistado na pesquisa de novembro, Serra ficou com 31,8 por cento e Dilma com 21,7 por cento. Ciro Gomes (PSB-CE) aparece com 17,5 por cento e Marina Silva (PV-AC) com 5,9 por cento. Não há lista comparável com essa em apurações anteriores.
"Serra perdeu 15 pontos percentuais nos últimos 12 meses", sustentou Guedes referindo-se ao patamar conquistado pelo pré-candidato em dezembro de 2008.
Naquele período, o tucano possuía 46,5 por cento, enquanto Dilma tinha 10,5 por cento. Neste cenário, constava, além de Serra e Dilma, a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL), que não deve se lançar à sucessão. Como o quadro de candidatos mudou, não há como fazer uma comparação entre os números das duas pesquisas.
Os outros cenários apurados na sondagem deste mês mostram que a presença de Ciro no páreo ajuda a provocar um segundo turno e, conforme analistas do levantamento, tiraria mais votos de Serra que da ministra.
Continua aqui.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Heil Yeda!

**Geheime Staatspolizei


*Adão Paiani

A Gestapo, ou Geheime Staatspolizei, foi criada em 1933, por Hermann Göering, e originalmente era apenas um departamento da polícia prussiana. Seus membros, inicialmente, eram recrutados dentro da própria estrutura policial, que se tornou sinônimo de polícia política e representou bem todo o arbítrio nazista.
Seus primeiros alvos eram todos que se contrapunham ao nascente governo de Hitler. Comunistas, socialistas, anarquistas, liberais; depois católicos, protestantes, maçons e judeus. Ao fim, tornou-se o grande instrumento de dominação e terror sobre a Europa ocupada pelos nazistas.
Note-se que o início das atividades dessa polícia política nada tinha de ilegal; ao contrário; era plenamente justificada e legitimada pelo ordenamento jurídico alemão. Atuava, então, dentro de um governo eleito democraticamente; muito embora já demonstrasse claramente suas intenções despóticas.
Governos autoritários, em quaisquer momentos históricos, ou onde se encontrem; sempre se parecem. Uma das principais características que os irmanam é a utilização tanto das estruturas jurídicas e legais quanto das forças de segurança para ameaçar, perseguir e silenciar seus adversários.
Mas não o fazem sozinhos. Contam, sempre, com o silêncio conivente de parcela da população, que não se preocupa com isso até que o problema, devidamente armado e violento, venha a bater em sua porta. E quando isso ocorre, é tarde demais para uma reação incruenta; porque aí a democracia já sucumbiu. E então anarquistas, liberais e comunistas, dentre outros, podem experimentar a traumática, e curiosa, experiência de se unir na cadeia.
A notícia de que oito integrantes da Federação Anarquista Gaúcha foram indiciados por crimes contra a honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando; e que outros tantos dirigentes de entidades sindicais e movimentos sociais o virão a ser nos próximos dias; em razão das denúncias que fazem das ilegalidades praticadas pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sob o comando de Yeda Rorato Crusius; após inquérito policial concluído em tempo recorde, é o mais grave atentado já praticado contra uma associação política no Rio Grande e no Brasil, desde a redemocratização do país.
Nem o regime militar, em seu declínio, a partir de 1979, não tinha mais força e coragem para praticar atos de tamanha insanidade, a exemplo deste.
Sintomaticamente, o citado inquérito policial foi concluído justamente por uma Distrital, a 17ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, que se tornou conhecida por acumular em suas dependências milhares e milhares de inquéritos inconclusos, sob a alegação de falta de estrutura operacional. Dentre as características desta Distrital, está a de situar-se ao lado do prédio da Secretaria de Segurança Pública do Estado; hoje comandada por um General da Reserva do Exército Brasileiro; e ter-se especializado em instaurar inquéritos contra adversários políticos da Governadora do Estado e de agentes do seu Governo; dentre esses este articulista, que igualmente tem lá contra si ao menos dois inquéritos em andamento, por razões políticas.
Além de todas as acusações não respondidas que pesam sobre sua gestão, Yeda Rorato Crusius deve agora também ser responsabilizada por esse odioso, brutal, covarde e autoritário atentado à liberdade de expressão, manifestação e direito de associação, todos constitucionalmente previstos e base fundamental de qualquer democracia que como tal queira ser reconhecida.
Qualquer governante minimamente comprometido com o juramento que fez ao ser empossado no cargo; de defender e garantir a democracia que permitiu sua eleição; embora se julgando ofendido pessoalmente pelas manifestações de contrariedade do povo; deve ter a grandeza de não utilizar-se de instrumentos, mesmo que legais, para silenciar os que lhes são contrários.
A isso se chama postura de Estadista; ou seja, a capacidade de colocar-se acima de questões menores, incompatíveis com a posição que ocupa; e entender a crítica mais dura como um direito dos cidadãos que lhe delegaram o poder que exerce.
Como desconhece o que significa ser uma Estadista, e tal tem demonstrado desde o momento que colocou seus pés no Palácio Piratini; no maior erro político já cometido na história do Rio Grande; Yeda Rorato Crusius dá mais uma clara demonstração de desrespeito à democracia, à liberdade e à cidadania.
A partir desse momento, todos nós, que denunciamos os abusos praticados por um governo democraticamente eleito; tal qual o de Adolf Hitler, em 1933; e que se transformou, dia-a-dia, em agente de espoliação, apropriação indébita e aparelhamento do Estado em benefício de uma camarilha, e agora algoz de seus cidadãos; estamos sujeitos à ação de sua polícia política.
Ou denunciamos já esse estado de coisas, suplantando quaisquer diferenças de caráter partidário ou ideológico, unindo todas as forças que defendem a liberdade nesse Estado; apelando inclusive para organismos internacionais, para que nos ajudem na denúncia e resistência a esses descalabros; ou seremos cúmplices do assassínio da nossa democracia.
E nem poderemos alegar, então, que o tiro foi pelas costas. Porque todos nós temos absoluta clareza e visão do que está acontecendo no Rio Grande.
Só nos resta partir das palavras para a ação. Só nos falta, verdadeiramente, reagir.
*Advogado
**Do Blog O Partisan.

O PT acordou:

Claro que isso não estará na pauta do Jornal Nacional.

A participação mais intensa do Estado em setores estratégicos poderá chegar às comunicações. O assunto estará em pauta, entre 1º e 3 de dezembro, quando o governo vai promover a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) em Brasília. O PT já aprovou resolução, defendendo a "revisão do arcabouço legal" do setor que o partido define como "anacrônico e autoritário".

Organizado em torno de normas como o Código Brasileiro de Telecomunicações (1962) e a Lei Geral de Telecomunicações (1997), "o arcabouço legal brasileiro privilegia grupos comerciais, em detrimento dos interesses da população". Esse modelo, segundo o PT, permite a "uns poucos grupos empresariais - muitas vezes associados a fortes conglomerados estrangeiros - exercer controle quase absoluto sobre a produção e veiculação de conteúdos informativos e culturais".

O partido vê "monopólios" e "desvios do sistema atual", dizendo que é "preciso intervir". "O PT lutará para que as demais ações estatais nessa área promovam a pluralidade e a diversidade, o controle público e social dos meios e o fortalecimento da comunicação púbica, estatal, comunitária e sem finalidade lucrativa", diz o texto, aprovado em 17 de outubro. "Mais do que combater os monopólios e todos os desvios do sistema atual, é preciso intervir para que eles não se repitam ou se acentuem nesse novo cenário tecnológico - que em poucos anos superará completamente o antigo modelo."

Com as mudanças provocadas por tecnologias digitais, o PT vê risco de o modelo ficar "mais concentrado e excludente". "A definição de um marco regulatório democrático estará no centro de nossa estratégia, tratando a comunicação como área de interesse público, criando instrumentos de controle público e social", diz a resolução.

O PT quer estabelecer "atribuições e limites para cada elo da indústria de comunicação". Defende intervencionismo na produção de conteúdo, ao propor "políticas, normas e meios para assegurar pluralidade e diversidade de conteúdos". E pede revisão nas concessões de emissoras de rádio e TV. A informação é do Estadão.

Nota do blogueiro:

Uma das maiores vítimas, no espectro político, desses anacronismos autoritários foi o próprio PT, desde sua criação, quando era achincalhado por conta dos símbolos (a bandeira vermelha e a estrela de cinco pontas, equivocada e imbecilmente associada ao burocratismo do Leste Europeu, regimes que encontravam contraponto até mesmo no estatuto do Partido), passando pelas manobras midiáticas efetuadas para eleger o ARENISTA Collor de Melo, para impedir a vitória petista, com outra vítima desses anacronismos, Leonel Brizola nos anos seguintes, além dos escândalos fabricados e factóides elevados à categoria de "furacões políticos", durante o governo Lula.

Durante os últimos sete anos, o PT vinha deixando esse debate de lado, interessado em sobreviver aos anacronismos de seu próprio governo, à política de alianças e é claro, às manobras das famíglias midiáticas.

Temos eormes problemas nessa área, e a concentração de mídias em poucos grupos, como acertadamente elencou o partido é um deles. Resta saber o que fará depois da CONFECOM, quais as "respostas" que terão da mídia oligárquica, e se essa posição, sobrevive às novas investidas anacrônicas e autoritárias.
Para recordar: Um dos mais belos momentos da televisão brasileira: O direito de resposta de um eterno perseguido pela "imprensa livre":

Em "Sum Paulo"...

Charge do Bessinha.
O José serra, corta, perfura, afunda, derruba, quebra, e ainda cobra pedágios. Depois vai vender tudo mesmo.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Do Blog Classe Média Way Of Life:

Dica nº 036:


Clique na imagem para ler o texto.

Denunciar formação de quadrilha, pode acarretar em acusação de...formação de quadrilha?


Não, eu definitivamente não bebi nada hoje, nem fumei coisas estragadas. O título retrata exatamente o que ocorre na província de São Pedro. A FAG (Federação Anarquista Gaúcha) teve sua sede invadida, materias apreendidos e militantes presos, por ordem de sua majestade, a Governador Ré Yeda Crussius.
Segundo o jornal tucano Folha de São Paulo, a polícia civil do Estado, indiciou oito membros da Federação por crime contra honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando.
A quadrilha que manda no Estado, tenta incriminar um dos diversos grupos que a denuncia.
Só vendo:

Polícia Civil indicia oito por campanha contra Yeda

A Polícia Civil concluiu na última sexta-feira o inquérito que investigava a veiculação de campanha publicitária caluniosa contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).

Oito integrantes da FAG (Federação Anarquista Gaúcha), que publicou cartazes publicitários com conteúdo considerado criminoso pela polícia, foram indiciados por crime contra honra, incitação ao crime e formação de quadrilha ou bando.

CPI no RS faz acareação entre ex-presidente do Detran e secretário da Administração
Gravações mostram aproximação de secretário gaúcho com investigado por fraude
Governistas rejeitam convocação de autoridades na CPI da Corrupção do RS
Yeda Crusius nomeia desembargador após lobby, diz PF

Segundo o delegado André Mocciaro, titular da 17 ª Delegacia de Polícia, a liberdade de expressão e o direito de reunião, constitucionalmente assegurados, assim como a internet, espaço mundial para livres manifestações, não podem servir de escudos e meios para prática de crimes.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, sendo apreendidos diversos materiais, inclusive as matrizes do material investigado, computadores, bem como foram adotadas providências quanto ao conteúdo publicado na internet.

Segundo a polícia, também foram ouvidos cerca de 20 representantes de diversas entidades que deflagraram neste ano campanha publicitária ofensiva contra a governadora.

sábado, 14 de novembro de 2009

Rede Globo em franca campanha eleitoral

A incareditável "reporcagem" do Jornal Nacional do dia 13/11/09, em que o casal apresentador desse afirma que o Presidente Lula e a Ministra Dilma Roussef deram entrevistas contraditórias, foi destroçada por um símples vídeo do youtube:
Confira abaixo:

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobre muros e muros.

O Muro de Berlim – Mais um mito da Guerra
-Fria Dentro de poucas semanas é de esperar que muitos dos meios de comunicação ocidentais virem as suas máquinas de propaganda para comemorar o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, no dia 9 de Novembro de 1989. Serão exibidos todos os clichés da Guerra-Fria sobre O Mundo Livre vs a Tirania Comunista e será repetido o conto simples de como apareceu o muro: Em 1961, Berlim Leste, comunista, construiu um muro para impedir que os seus cidadãos oprimidos fugissem para Berlim Oeste e para a liberdade. Porquê? Porque os comunas não gostam que as pessoas sejam livres, conheçam a "verdade". Que outra razão poderia haver? Primeiro que tudo, antes de o muro ser construído havia milhares de alemães de Leste que passavam para ocidente para ir trabalhar todos os dias e depois regressavam a Leste ao fim da tarde. Portanto, não estavam obviamente a ser presos no leste contra a sua vontade. O muro foi construído principalmente por duas razões:
1- O ocidente estava a prejudicar o Leste com uma vigorosa campanha de recrutamento de profissionais e trabalhadores especializados da Alemanha de Leste, que tinham sido educados à custa do governo comunista. Isto acabou por levar a uma grave crise de mão-de-obra e de produção no Leste. Referindo-se claramente a isto, o New York Times noticiou em 1963: "Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste".
2- Durante os anos 50, os guerreiros-frios americanos na Alemanha Ocidental instituíram uma campanha feroz de sabotagem e subversão contra a Alemanha de Leste destinada a fazer descarrilar a maquinaria económica e administrativa deste país. A CIA e outros serviços americanos de informações e militares recrutaram, equiparam, treinaram e financiaram grupos e indivíduos activistas alemães, do ocidente e do leste, para efectuarem acções que percorressem o espectro desde o terrorismo até à delinquência juvenil, tudo o que tornasse difícil a vida do povo da Alemanha de Leste e enfraquecesse o seu apoio ao governo, tudo o que denegrisse os comunas.
Foi um empreendimento fantástico. Os Estados Unidos e os seus agentes utilizaram explosivos, incêndios, curto-circuitos, e outros métodos para danificar centrais eléctricas, estaleiros, canais, docas, edifícios públicos, bombas de gasolina, transportes públicos, pontes, etc, fizeram descarrilar comboios de carga, ferindo gravemente trabalhadores; queimaram 12 carruagens de um comboio de carga e destruíram tubagem de ar comprimido de outros; utilizaram ácidos para danificar maquinaria fabril vital; puseram areia na turbina duma fábrica, fazendo-a paralisar; deitaram fogo a uma fábrica de telhas; promoveram greves de zelo em fábricas; mataram 7 000 vacas duma fábrica cooperativa de lacticínios através de envenenamento; acrescentaram sabão ao leite em pó destinado às escolas da Alemanha de Leste; estavam na posse, quando foram presos, duma grande quantidade do veneno cantárida que se destinava à produção de cigarros envenenados para matar importantes alemães de Leste; lançaram bombas de mau cheiro para interromper reuniões políticas; tentaram interromper o Festival Mundial da Juventude em Berlim Leste enviando convites falsificados, promessas falsas de alojamento e pensão grátis, notícias falsas de cancelamento, etc; efectuaram ataques aos participantes com explosivos, bombas incendiárias e equipamento de furar pneus; forjaram e distribuíram grande quantidade de senhas alimentares falsas para provocar a confusão, a escassez e a revolta, enviaram falsos avisos de impostos e outras orientações do governo e documentos para provocar a desorganização e a ineficácia na indústria e nos sindicatos… tudo isto e muito mais.
Durante os anos 50, os alemães de Leste e a União Soviética apresentaram queixas, repetidas vezes, aos antigos aliados dos soviéticos no ocidente e às Nações Unidas sobre actividades específicas de sabotagem e de espionagem e exigiram o encerramento dos gabinetes na Alemanha Ocidental que acusavam de serem responsáveis, e de que forneceram nomes e moradas. As suas queixas caíram em saco roto. Inevitavelmente, os alemães de Leste começaram a dificultar a entrada no país aos que provinham do ocidente. Não nos esqueçamos que a Europa de Leste se tornou comunista por causa de Hitler que, com a aprovação do ocidente, utilizou-a como a via rápida para chegar à União Soviética e varrer o bolchevismo para sempre. Depois da guerra, os soviéticos decidiram fechar essa via rápida. Em 1999, o USA Today noticiava: "Quando caiu o Muro de Berlim, os alemães de Leste imaginaram uma vida de liberdade em que os bens de consumo fossem abundantes e terminassem as dificuldades. Dez anos depois, uns espantosos 51% dizem que eram mais felizes com o comunismo".
Mais ou menos na mesma época, nasceu um novo provérbio russo: "Tudo o que os comunistas disseram sobre o comunismo era mentira, mas tudo o que disseram sobre o capitalismo era verdade".



Nota do blogueiro: O texto, extraído do sítio resistir.info, é do Historiador americano William Blum e mostra algo diferente do que vimos pelas telas da mídia corporativa brasileira, que tenta desesperadamente reescrever a História de acordos com os interesses de seus anunciantes e correligionários (há muito tempo a mídia brasileira tornou-se partido político).
No Jornal Nacional de hoje, vimos a cobertura dos festejos pela queda do Muro de Berlin, na qual o pelêgo papista polonês Lech Walessa iniciou uma efadonha brincadeira com dominós gigantes, simbolizando a queda do muro. Entrevistas com professores de história que sinceramente desconheço, mesmo sendo do meio, nas quais mencionavam o "fim da possibilidade de ideias serem incutidos à força nos seres humanos", que surgiu com a queda do Muro (A Iugoslávia, o Afeganistão e o Iraque devem concordar com isso). Nenhuma posição em defesa dos "perversos comunistas", estabelecendo, talvez até mesmo sem querer, uma relação direta com a Era em que vivemos, no Pós-Muro: A era do consenso. Algo como o descrito por Francis Fukuyama, em artigo, que depois virou livro, no qual anunciava o fim da História, a vitória de uma ideologia sobre as demais, a submissão do homem ao produto, a "coisificação" definitiva. A era do "Deus Mercado" e sua máxima sagrada: Consumam.
Não havia um contraponto na matéria Global (tudo era festa), da mesma forma como querem ocultar o contraponto ao destrutivo modelo tenazmente defendido pelo conglomerado. Criticam com muita força, ásperas palavras e imagens cuidadosamente editadas o totalitarismo comunista, e nem se preocupam em enviar para a Sibéria alguém que pense de outra forma, pois midiaticamente, graças a esses meios, elas não existem.
Com a queda do Muro não temos mais uma referência, mesmo que desvirtuada, de contraponto ao sistema de consumo de massa que tornou-se "O Mundo Real", e do qual não há alternativas possíveis, visto que essas foram enterradas sob os destroços desse, pelo menos, não uma referência tão visível, que evitasse a instauração de uma tirania mundial disfarçada, por parte do "outro lado".
Abaixo, o "control c, control v" do texto publicado no excelente blog Abundacanalha, sobre outro tipo de hipocrisia, envolvendo muros, à qual aplica-se a charge acima:
Sobre muros
A guerra fria acabou? Contraditoriamente, talvez a festa que a grande mídia internacional fará hoje para comemorar seu fim, com a queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1983, prove exatamente o contrário. Velhos clichês estarão de volta, embalados em belas imagens. Lembrarão que os maus comunas do lado de lá impediam seu povo de usufruir as maravilhas do mundo capitalista. Mas há vozes dissonantes, que não serão convidadas para os canapés, provando que o Fla x Flu resiste ao tempo. O historiador americano William Blum é uma delas, em artigo traduzido recentemente no Resistir cita um jornal vermelhíssimo de 1963 que aponta uma justa motivação:
"Berlim Oeste ressentiu-se economicamente do muro com a perda de cerca de 60 mil trabalhadores especializados que saíam diariamente das suas casas em Berlim Leste para os seus locais de trabalho em Berlim Oeste"
O jornal é um tal de New York Times, que assim relatou o incômodo de um estado que investia pesadamente em educação e via surgir uma crise com a perda de seu investimento.
Mas claro, há sempre o “mas”. O muro também servia para impedir que os comunistas fossem ao outro lado comer criancinhas. Temos que lembrar.
Particularmente, continuo achando muita hipocrisia comemorar a queda de um muro quando o mundo, dito “livre”, construiu tantas muralhas nesses últimos anos:
Muro construído pelo Egito na fronteira com Gaza.

Muro construído pelos EUA na fronteira com o México. Mais ótimas fotos aqui.

Muro construído pela prefeitura do Rio de Janeiro na favela Dona Marta.