terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dilma calou a Globo.

Eles ainda acham que ela é um poste. Se deram mal.
Disseram que ela mudou o visual e a forma de falar, portar-se para ser eleita, porque ela mostra uma coisa e é outra.
A resposta foi de dar pena dos apresentadores.
Invocaram José Dirceu, reiteradas vezes.
Ressucitaram o mensalão (será que vão perguntar das "extrepolias"do outro careca pro careca que entrevistarão hoje?)
Tentaram montar a equipe do governo Dilma.
E Dilma teve de ensinar-lhes que política é diferente de futebol (percebe-se pela torcida, que a globo não os difere).
"Azeitaram" o factóide serrista do dossiê.
Foi uma espécie de inquisição, na qual faltaram os gritos de herege e a fogueira.
Buenas, vendo os vídeos abaixo, eu me corrijo, faltaram apenas os gritos.
E Dilma saiu-se muito bem.
Mostrou que não é poste. Deu um banho de economia nos "especialistas" (qualquer um que trabalhe pra Globo é mostrado como especialista, especialmente em economia). Mostrou que tem uma história, vivência política e condições para conduzir o país.
"Deu de relho".
E calou a Globo.



Serra projeta três mandatos consecutivos.

Serra já está "batendo biela". Acha vai ser presidente, e vai governar até 2020.
Só se for com o "apoio" desses senhores.
Informação do premiado blog, Cloaca News:

Acarajé de Varginha


Julgávamos tratar-se de notícia falsa, difundida na rede com tom de verdade por uma central de boatos que se instalou pelo país. Nossos dois repórteres debruçaram-se até mesmo sobre a página eletrônica do portal Estadão, onde o fabuloso compromisso do tucano Zé Chirico ganhou espetacular manchete. Incrível: a promessa é verdadeira, ainda que o candidato do PSDB à presidência necessite de três mandatos consecutivos para cumpri-la. A imagem acima, igualmente, é veraz. Não acredita em ET? Clique aqui e confira.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A última esperança de Serra: O golpe.

“Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango era a idéia da república sindicalista. Quem estava por dentro sabia que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer. Mas, eles (do PT) fizeram agora a verdadeira república sindicalista. Mas, não é pra fazer socialismo, estatismo, nada disso. É para curtir, e é uma máquina poderosa, que conta com internet etc”. Frase proferida pelo presidenciável em evento, à portas fechadas com militares, no Clube da Aeronáutica no Rio de Janeiro.
Posso ser taxado de paranóico, mas a meu ver, a frase tem um sentido de apelo, uma invocação ao "espírito de 64".
É a última esperança de José Serra. O golpe.

O texto abaixo foi extraído do blog Contexto Livre:

Rio de Janeiro – Protagonista do primeiro encontro de um candidato a presidente com oficiais das Forças Armadas nesta campanha, José Serra (PSDB) foi recebido sem muito entusiasmo pelos militares que compareceram ao Clube da Aeronáutica na tarde de sexta-feira (27). A palestra, a primeira de uma série que terá também as candidatas Marina Silva (PV) e Dilma Rousseff (PT), foi assistida por cerca de 200 pessoas, plateia que sequer conseguiu encher a sala reservada ao evento, e foi fechada à imprensa a pedido do candidato. Além de pouco público, também chamou a atenção na palestra a presença de muitos oficiais da reserva, alguns com clara posição antipetista, e a ausência dos atuais comandantes das três forças.

Descontraído, o ex-governador jogou para a plateia quando lembrou os temores militares frente ao governo de João Goulart e acusou o PT de ter formado “uma república de sindicalistas”. O tucano também manifestou posição contrária ao Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH) e ao que qualificou como “tentativa de controle da imprensa” por parte do governo petista. Serra criticou ainda a política externa brasileira e citou a “quebra do sigilo fiscal de pessoas próximas na Receita Federal”.

“O PNDH cria uma espécie de tribunal que iria permanentemente julgar a imprensa, para efeito desse controle. Há, além do mais, por parte do governo uma ofensiva econômica em relação à imprensa”

Serra, que no passado foi perseguido político e exilado pela ditadura militar, não hesitou em condenar aqueles que pregam punição para os crimes de tortura cometido pelos militares: “Reabrir a questão da anistia para mim é um equívoco porque a anistia valeu pra todos e ao meu ver não é algo que deveria ser reaberto. Uma coisa é ter conhecimento do que aconteceu etc. Outra é a reabertura dos processos que, aliás, pegaria gente dos dois lados. Permanentemente se procura reabrir essa questão, inclusive em nível ministerial, no atual governo”, disse.

O poder do atual governo, segundo o candidato do PSDB, se dá “através da internet e da máquina sindical”. Nesse momento, Serra chegou a citar o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart em 1964: “Em 64, uma grande motivação para a derrubada do Jango era a idéia da república sindicalista. Quem estava por dentro sabia que isso não tinha a menor possibilidade de acontecer. Mas, eles (do PT) fizeram agora a verdadeira república sindicalista. Mas, não é pra fazer socialismo, estatismo, nada disso. É para curtir, e é uma máquina poderosa, que conta com internet etc”.

A política de direitos humanos do governo Lula foi o principal alvo do tucano, que chegou a afirmar que o PNDH “criminaliza quem não defende o aborto”, para em seguida acrescentar: “Nesse mesmo programa de direitos humanos, passa-se por cima da ordem jurídica do país, por exemplo, no caso das invasões. O PNDH prevê que as invasões não poderão ser enfrentadas mediante ordem judicial e cria uma instância intermediária, um fórum para decidir se tal invasão é correta etc. Isso viola o direito de propriedade”.

Serra voltou a criticar o “conferencismo” do atual governo e a se queixar da “pressão” sobre a mídia: “Outro aspecto é o controle da imprensa, que se dá através de congressos e de conferências, mas, na prática, prevê o controle e o monitoramento da imprensa. Inclusive na área propriamente de direitos humanos, direitos civis etc., o PNDH cria uma espécie de tribunal que iria permanentemente julgar a imprensa, para efeito desse controle. Há, além do mais, por parte do governo uma ofensiva econômica em relação à imprensa”, disse.

“São mais um ’saludo a la bandera’ em relação ao qual nós não temos interesse nenhum. Para não falar, como no caso da Bolívia, de uma espécie de cumplicidade com um governo que é cúmplice do contrabando de drogas para o Brasil”

Vizinhos incômodos

O tucano também aproveitou um velho ícone do imaginário militar de direita para criticar a política externa do governo Lula ao apontar que o Brasil reconheceu, “de maneira injustificada”, a China como economia de mercado. “A implicação prática disso é que nós não podemos adotar medidas de defesa comercial com a rapidez que seria possível caso não tivéssemos feito esse reconhecimento a troco de nada. Em matéria externa, nós não tivemos agressividade econômica, mas tivemos, sim, atividade política equivocada, dando trela para ditadores da pior espécie, como o ditador do Irã, inclusive armando uma encrenca diplomática para o Brasil inteiramente desnecessária”.

A relação com os vizinhos latino-americanos também foi atacada por Serra. “Relações boas com Venezuela, Equador, Bolívia etc., tudo bem. Com Cuba, também. Eu sou partidário que os Estados Unidos levantem o cerco econômico a Cuba. Isso, aliás, ajudaria o processo cubano a caminhar para a democracia. Mas o fato é que são parcerias e coalizões antinorteamericanas que, na verdade, são mais um ’saludo a la bandera’ em relação ao qual nós não temos interesse nenhum. Para não falar, como no caso da Bolívia, de uma espécie de cumplicidade com um governo que é cúmplice do contrabando de drogas para o Brasil”, acusou.

Além de reiterar a insinuação de cumplicidade do governo brasileiro com o narcotráfico, Serra voltou a insinuar que o PT faz corpo-mole em relação às Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (Farc). “Eu li a declaração do comandante do Exército na Amazônia dizendo que tropas da Farc entraram no Brasil, por questões logísticas deles e também para o narcotráfico. Nossas fronteiras não estão sendo guardadas como deveriam ser”, disse.

“O que mais me incomoda na biografia da Dilma é atribuírem a ela coisas que ela não fez (…) Conheço gente que fez a luta armada – não conheci muitos, foram alguns – e que hoje estão com uma posição política correta e trabalhando direito”

Os vizinhos mais pobres foram alvo de outras queixas do tucano, que lembrou que uma cidade fronteiriça boliviana, à época em que era ministro da Saúde, tinha 75% das pessoas com dengue.

Serra também citou o pré-sal. “A fronteira marítima merece atenção especial por causa das riquezas do subsolo referentes ao petróleo. Nós temos que ocupar nossas fronteiras. A tecnologia é muito importante e envolve as três armas. Quero criar uma guarda nacional especifica para trabalho de fronteira, não conflitante com o trabalho das Forças Armadas, e para florestas e meio ambiente”, prometeu.

Passado de Dilma

Parte da platéia da palestra de José Serra no Clube da Aeronáutica não escondeu o seu antipetismo. Uma questão elaborada pelos coronéis Ozires Labatu e Ernani Almeida indagou ao tucano: “Por que os condutores de sua campanha se eximem de abrir a biografia da senhora Dilma e de expor as verdadeiras intenções do PT?”

Serra respondeu que “essa questão biográfica é uma questão mais complicada” e saiu pela tangente: “Eu não acho que deva ser a campanha de quem discute o passado, a vida de cada um. O que mais me incomoda na biografia da Dilma é atribuírem a ela coisas que ela não fez. Isso me aflige mais do que a questão do passado político. Conheço gente que fez a luta armada – não conheci muitos, foram alguns – e que hoje estão com uma posição política correta e trabalhando direito”, disse.

Em outra questão, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Batista repreendeu Serra por “cometer os mesmos erros de Geraldo Alckmin na campanha passada”. O militar disse que Serra não explora “conquistas tucanas como o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal e as privatizações bem-sucedidas” e indagou: “Por que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não se engaja em sua campanha como faz o Lula com a Dilma?”.

Em sua resposta, Serra disse que as conquistas citadas pelo tenente-brigadeiro são “temas que não emocionam a população” e que “a internet é usada para a propagação da mentira”. Sobre o ex-presidente, o tucano foi evasivo: “Quanto à participação do Fernando Henrique, ele tem plena liberdade para isso. Mas eles quiseram transformar a eleição na comparação entre dois governos e eleição não é isso. A meu ver, levar para esse tipo de comparação não é bom”.
 
Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual

Fidel Castro: “Cheguei a estar morto, mas ressuscitei”

Do site da Agência Carta Maior

Em entrevista exclusiva ao jornal La Jornada (a primeira concedida a um veículo impresso desde que uma diverticulite obrigou seu afastamento da liderança do governo cubano), Fidel Castro fala sobre o que aconteceu, diz que esteve à beira da morte, mas ressuscitou. E fala de seus planos para o futuro: "Não quero estar ausente nestes dias. O mundo está na fase mais interessante e perigosa de sua existência e eu estou bastante comprometido com o que está acontecendo. Ainda tenho muitas coisas para fazer".

Carmen Lira Saade - La Jornada

Havana – Ele esteve quatro anos debatendo-se entre a vida e a morte. Um entra e sai da sala de cirurgia, entubado, recebendo alimentos através de veias e cateteres e com perdas freqüentes de consciência. Minha enfermidade não é nenhum segredo de Estado, teria dito pouco antes que ela se tornasse crise e o obrigasse a fazer o que tinha que fazer: delegar suas funções como presidente do Conselho de Estado e, conseqüentemente, como comandante em chefe das forças armadas de Cuba. Não posso seguir mais, admitiu então - segundo revela nesta sua primeira entrevista a uma publicação impressa estrangeira desde então. Fez a transmissão do cargo e entregou-se aos médicos.

A comoção sacudiu a nação inteira, aos amigos de outras partes, despertou esperanças revanchistas em seus detratores e colocou em estado de alerta o poderoso vizinho do Norte. Era o dia 31 de julho de 2006 quando foi divulgada, de modo oficial, a carta de renúncia do líder máximo da Revolução Cubana. O que seu inimigo mais feroz (bloqueios, guerras, atentados) não conseguiu em 50 anos foi alcançado por uma enfermidade sobre a qual ninguém sabia nada e se especulava tudo. Uma enfermidade que para o regime, quisesse ou não, iria se converter em um segredo de Estado.

(Penso em Raúl, no Raúl Castro daqueles momentos. Não era apenas o pacote que lhe tinham confiado há muito tempo; era a delicada saúde de sua companheira Vilma Espin – que pouco depois faleceria vítima de câncer – e a muito provável desaparição de seu irmão mais velho e chefe único nos âmbitos militar, político e familiar”.

Hoje faz 40 dias que Fidel Castro reapareceu em público de maneira definitiva, ao menos sem perigo aparente de recaída. Em um clima tranquilo e dando a entender que a tempestade passou, o homem mais importante da Revolução Cubana ressurge orgulhoso e com vitalidade, ainda que não domine totalmente os movimentos de suas pernas.

Durante as quase cinco horas que durou a entrevista ao La Jornada – incluindo o almoço – Fidel aborda os mais diversos temas, ainda que mostre uma obsessão por alguns em particular. Permite perguntas sobre tudo – ainda que quem mais interrogue seja ele – e repassa pela primeira vez e com dolorosa franqueza alguns momentos da crise de saúde que sofreu nos últimos quatro anos. Cheguei a estar morto, revela com uma tranqüilidade assombrosa. Não menciona pelo nome a diverticulite da qual padeceu nem se refere às hemorragias que levaram os especialistas de sua equipe médica a intervir em muitas ocasiões, sempre com risco de perder a vida. Mas no que ele se estende é no relato do sofrimento vivido. E não mostra inibição alguma em qualificar a dolorosa etapa como um calvário.

Eu já não aspirava a viver, nem muito menos...Perguntei-me várias vezes se essa gente (seus médicos) iriam deixar-me viver nestas condições ou iriam permitir que eu morresse. E sobrevivi, mas em condições físicas muito ruins. Cheguei a pesar cinqüenta e poucos quilos. Sessenta e seis quilos, precisa Dália, sua inseparável companheira que assiste a conversa. Só ela, dois de seus médicos e dois de seus colaboradores mais próximos estão presentes.

- Imagine: um tipo da minha estatura pesando 66 quilos. Hoje já estou entre 85 e 86 quilos e esta manhã consegui dar 600 passos sozinho, sem muleta nem ajuda.

Quero dizer-te que estás diante de uma espécie de ressuscitado, afirma com certo orgulho. Sabe que, além da magnífica equipe médica que o assistiu durante todos estes anos, que pôs à prova a qualidade da medicina cubana, contou muito a sua vontade e essa disciplina de aço que se impõe sempre que se empenha em algo.

Não cometo nunca mais a mínima violação – assegura. Tornei-me médico com a cooperação dos médicos. Com eles discuto, pergunto (pergunta muito), aprendo (e obedece)...Conhece muito bem as razões de seus acidentes e quedas, ainda que insista que não necessariamente umas levem às outras. A primeira fez foi porque não fez o aquecimento devido, antes de jogar basquete. Depois veio o de Santa Clara: Fidel descia da estátua do Che, onde havia presidido uma homenagem, e caiu de cabeça. Aí influiu também, afirma, que aqueles que deveriam cuidar dele também estão ficando velhos, perdem habilidades e não conseguiram cuidar direito. A seguir veio a queda de Holguín. Todos esses acidentes ocorreram antes que a outra enfermidade se tornasse crítica e o deixasse por longo tempo no hospital.

- Estendido naquela cama, só olhava ao meu redor, ignorante de todos esses aparatos. Não sabia quanto tempo ia durar esse tormento e a única esperança que alimentava é que o mundo parasse para que eu não perdesse nada. Mas ressuscitei, disse satisfeito.

- E quando ressuscitou, comandante, o que encontrou? – perguntei

- Um mundo de loucos...Um mundo que aparece todos os dias na televisão, nos jornais, e que não há quem entenda, mas que eu não queria perder por nada deste mundo – sorri, divertido.

Com uma energia surpreendente em um ser humano que acabou de levantar-se da tumba, como ele mesmo diz, e com a mesmíssima curiosidade intelectual de antes, Fidel Castro vai se atualizando. Aqueles que o conhecem bem dizem que não há um projeto, colossal ou milimétrico, no qual ele não se empenhe com uma paixão encarniçada, em especial se em situação de adversidade, como era o caso. Nunca, então, parece de melhor humor. Alguém que pretende conhecê-lo bem resumiu: “as coisas devem andar muito mal, porque você está radiante”.

A tarefa de acúmulo informativo cotidiano deste sobrevivente começa desde que ele acorda. Com uma velocidade de leitura, cujo método ninguém conhece, devora livros, lê entre 200 e 300 notas informativas por dia, está debruçado sobre as novas tecnologias da comunicação, e fascina com o Wikileaks, a garganta profunda da internet, famosa pela revelação da existência de 90 mil documentos militares sobre o Afeganistão, nos quais esse novo internauta já está trabalhando.

Você se dá conta, companheira, do que isso significa? – pergunta-me. A Internet colocou em nossas mãos a possibilidade de nos comunicarmos com o mundo. Não contávamos com nada disso antes – comenta, ao mesmo tempo em que se deleita vendo e selecionando informes e textos baixados da rede, que tem sobre a mesa do escritório: um pequeno móvel, demasiado pequeno para o tamanho (mesmo que diminuído pela enfermidade) de seu ocupante.

Acabaram-se os segredo, ou ao menos parece isso. Estamos diante de um jornalismo de investigação de alta tecnologia, como o chama o New York Times, e ao alcance de todo o mundo. Estamos diante da arma mais poderosa que já existiu, que é a comunicação – resume. O poder da comunicação tem estado, e está, nas mãos do império e de ambiciosos grupos privados que fazem uso e abuso dele. Por isso os meios de comunicação fabricaram o poder que hoje ostentam.

Escuto-o e penso em Chomsky: qualquer das fraudes que o Império tente executar deve contar antes com o apoio dos meios de comunicação, principalmente jornais e televisão, e hoje, naturalmente, com todos os instrumentos que a Internet oferece. São os meios que, antes de qualquer ação, criam o consenso. Preparam a cama, diríamos...Formatam o teatro de operações. No entanto, diz Fidel, ainda que pretendessem manter intacto esse poder, não conseguiram. E estão perdendo-o dia a dia. Enquanto outros, muitos, muitíssimos, emergem a cada momento...

Faz-se necessário, então, um reconhecimento aos esforços de alguns sites e meios, além do Wikileaks: pelo lado latinoamericano, a Telesur da Venezuela, a televisão cultural da Argentina, o Canal Encontro, e todos aqueles meios, públicos ou privados, que enfrentam poderosos consórcios particulares da região e transnacionais da informação, da cultura e do entretenimento.

Informes sobre a manipulação dos grupos empresariais locais ou regionais poderosos, seus complôs para introduzir ou eliminar governos ou personagens da política, ou sobre a tirania que o império exerce, através das transnacionais, estão agora ao alcance de todos os mortais.

Mas não em Cuba, que dispõe apenas de uma entrada de Internet para todo o país, comparável a que o Hotel Hilton ou o Sheraton têm. Essa é a razão por que conectar-se em Cuba é desesperador. A navegação é como se fosse em câmara lenta.

Por que isso ocorre? - pergunto.

- Pela rotunda negativa dos Estados Unidos em nos dar acesso à Internet na ilha, através de um dos cabos submarinos de fibra ótica que passam próximo às costas. Cuba se vê obrigada, em troca, a baixar o sinal de um satélite, o que encarece muito mais o serviço do que o governo cubano pode pagar, e impede que se disponha de uma banda maior, que permita dar acesso a muito mais usuários e na velocidade que é normal em todo o mundo, com a banda larga.

Por essas razões o governo cubano dá prioridade para conectar-se não a quem pode pagar pelo custo do serviço, mas para quem mais necessita, como médicos, acadêmicos, jornalistas, professores, quadros do governo e clubes de internet de uso social. Não se pode fazer mais.

Penso nos descomunais esforços do site cubano Cubadebate para alimentar seu conteúdo e levar ao exterior a informação sobre o país, nas condições existentes. Mas, segundo Fidel, Cuba em breve poderá solucionar esta situação.

Ele se refere à conclusão das obras de cabo submarino que se estende do porto de La Guaira, na Venezuela, até as proximidades de Santiago de Cuba. Com estas obras, levadas adiante pelo governo Hugo Chávez, a ilha poderá dispor de banda larga e de possibilidades de conceder uma grande ampliação do serviço.

- Muitas vezes se acusa Cuba e em particular a você de manter uma posição antiestadunidense rigorosa; chegaram até a acusá-lo de ter ódio dessa nação - digo-lhe.

— Não é nada disso – esclarece: Por que odiar os Estados Unidos, se é apenas um produto da história?

Mas, com efeito, há uns 40 dias, apenas, quando ainda não tinha terminado de ressucitar, ocupou-se – para variar -, em suas novas Reflexiones, de seu poderoso vizinho.

“É que comecei a ver muito claramente os problemas da tirania mundial crescente – e se apresentou à luz de toda a informação que tinha, a iminência de um ataque nuclear que desataria a conflagração mundial".

Mas não podia sair a falar, a fazer o que está fazendo agora, indica-me. Apenas podia escrever com certa fluidez, pois não só teve que aprender a caminhar, mas também, em seus 84 anos, teve de voltar a aprender a escrever.

“Saí do hospital, fui para casa, mas caminhei, excedi-me. Depois tive de fazer reabilitação dos pés, para então conseguir começar a escrever de novo. O salto qualitativo se deu quando pude dominar todos os elementos que me permitiam tornar possível tudo o que estou fazendo agora. Mas posso e devo melhorar... Posso chegar a caminhar bem. Hoje, já te disse, caminhei 600 passos só, sem bengala, sem nada; e devo conciliar isso com o que subo e desço, com as horas que durmo, com o trabalho".

- O que há por trás desse frenesi no trabalho? O que mais que, depois de uma reabilitação pode conduzi-lo a uma recaída?

Fidel se concentra, fecha os olhos como para começar a dormir, mas não... volta à carga: "não quero estar ausente nestes dias. O mundo está numa fase mais interessante e perigosa de sua existência e eu estou bastante comprometido com o que venha a acontecer. Tenho coisas a fazer, ainda".

- Como o quê?

– Como a conformação de todo um movimento antiguerra nuclear – é a o que vem se dedicando desde a sua reaparição.

Criar uma força de persuasão internacional, para evitar que essa ameaça global se concretize representa um rumo, e Fidel nunca pôde resistir aos rumos.

“No princípio pensei que o ataque nuclear iria se dar sobre a Coréia do Norte, mas logo retifiquei, porque a China vetaria isso no Conselho de Segurança [da ONU]...

Mas o do Irã ninguém o fará, porque não há veto nem chinês nem russo. Depois veio a resolução (das Nações Unidas), e embora Brasil, Turquia e Líbano tenham votado, o Líbano não o fez e então se tomou a decisão.

Fidel convoca cientistas, economistas, comunicadores, etc, a que dêem sua opinião sobre qual pode ser o mecanismo mediante o qual se vai desatar o horror, e a forma que se pode evitá-lo. Até a exercícios de ficção científica os conduziu.

“Pensem, pensem!, anima as discussões. “Raciocinem, imaginem”, exclama o entusiasta professor em que se converteu, nestes dias.

Nem todo mundo compreendeu sua inquietude. Não são poucos os que viram catastrofismo e até delírio em sua nova campanha. A tudo isso tinha de acrescentar o temor que assaltava a muitos, de que sua saúde sofra uma recaída.

Fidel não pára, e ninguém é capaz de sequer freá-lo. Ele necessita, o mais rápido possível, CONVENCER, para assim DETER a conflagração nuclear que –insiste– ameaça com o desaparecimento de uma boa parte da humanidade. Teremos que mobilizar o mundo para persuadir Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, para que ele evite a guerra nuclear. Ele é o único que pode, ou não, impedir o botão de ser apertado.

Com os dados que ele já detém como um expert e os documentos que avalizam o que diz, Fidel questiona e faz uma exposição arrepiante:

– Tu sabes o poder nuclear que alguns países do mundo têm, na atualidade, em comparação com a época de Hiroshima e Nagazaki?

Quatrocentas e setenta mil vezes o poder explosivo que qualquer dessas bombas que os Estados Unidos jogou sobre essas duas cidades japonesas tinha. Quatrocentas e setenta mil vezes mais! Sublinha, escandalizado.

Essa é a potência de cada uma das mais de 20 mil armas nucleares que – se calcula – há hoje em dia no mundo.

Com muito menos do que essa potência – com tão só 100 – já se pode produzir um inverno nuclear que obscureça o mundo em sua totalidade.

Esta barbaridade pode se produzir em uma questão de dias; para sermos mais precisos, no próximo 9 de setembro, que é quando vencem os 90 dias concedidos pelo Conselho de Segurança da ONU para que se comece a inspeção dos barcos do Irã.

– Acredita que os iranianos vão retroceder? O que imagina? Homens valentes, religiosos que vêem na morte quase um prêmio...Bem, os iranianos não vão ceder, isso é certo. Vão ceder aos ianques? E o que ocorrerá se nem um nem outro ceder? E isto pode ocorrer no próximo 9 de setembro.

Um minuto depois da explosão, mais da metade dos seres humanos terão morrido, a poeira e a fumaça dos continentes em chamas derrotarão a luz solar e as trevas absolutas voltarão a reinar no mundo, escreveu Gabriel García Máquez por ocasião do 41 aniversário de Hiroshima. Um inverno de chuvas alaranjadas e furacões gelados inverterão o tempo dos oceanos e voltarão o curso dos rios, cujas espécies terão morrido de sede em águas ardentes...A era do rock e dos corações transplantados estará de volta a sua infância glacial...

Tradução: Katarina Peixoto

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BICICLETARSO


Pedalando rumo à vitória no 1º turno, como conta Júlio Garcia, em seu blog.

TARSO 42%, FOGAÇA 27% e YEDA 14%


Porto Alegre/RS - Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (27) indica a ampliação da vantagem de Tarso Genro sobre o segundo colocado. O candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande aparece com 42% das intenções de voto, 15 pontos a frente de José Fogaça, que tem 27%. Yeda Crusius tem 14%. Este é o primeiro levantamento realizado após o início do horário eleitoral e acentua a curva ascendente de Tarso, já verificada em sondagens anteriores.

Em julho, Tarso tinha 35%. No início de agosto, subiu três pontos, indo a 38%, e agora cresce quatro pontos, chegando a 42%. Fogaça continua parado com os mesmos 27% nas três pesquisas.

Yeda Crusius (PSDB) começou com 15% em julho, subiu um ponto no início de agosto (16%) e agora oscilou dois pontos para baixo (14%). Em quarto lugar, aparece Pedro Ruas (PSOL), com 1%. Os demais candidatos foram citados, mas não atingiram 1% das intenções de voto.

A pesquisa, encomendada por jornal Folha de S.Paulo e Grupo RBS, foi realizada entre os dias 23 e 24 de agosto, com 1.225 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na modalidade de voto espontânea, o índice de indecisos chega a 47%. Tarso também aparece à frente, com 25% das citações, seguido de Fogaça, com 12% e Yeda, com 10%.

A candidata do PSDB é a que tem o maior índice de rejeição entre os entrevistados, com 47% das citações, seguida de Fogaça, com 16%, e Tarso, com 13%. A rejeição da governadora se concentra entre os moradores da Capital e da Região Metropolitana, com 50%.

A preferência do eleitorado pelo candidato do PT aumenta quanto maior é o nível educacional: entre aqueles com Ensino Fundamental, 38% afirmaram votar em Tarso. Entre aqueles com nível médio, o índice sobre para 43% e, entre os do Ensino Superior, sobe para 51%. Fogaça recebe mais votos entre os mais jovens, com 33% das intenções e entre aqueles com Ensino Médio (28%).

Em um eventual segundo turno, se a disputa para governador ficasse entre Tarso e Fogaça, 50% votariam no petista e 38% no peemedebista.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O carnê do baú terá seu merecido fim, esse ano.

Um dos maiores símbolos do "miserê" brasileiro, o famigerado "carnê do baú", chega ao fim de sua existência. Após 50 anos transferindo renda (das camadas populares para os bolsos de seu idealizador), o carnê perde a razão da sua existência: A economia estável, permite que o cidadão pague suas parcelas, deixando de engordar o "Patrão" com seus meios-carnês pagos, que não davam direito a nada.
Segundo o documentário "Muito Além do Cidadão Kane" (Beyond Citizen Kane, Simon Hartog, 1993), o inadimplemento era a maior fonte de lucros do homem do baú.
Explico: Compro meu carnê, com a promessa de, caso não for premiado, terei todo o valor pago devolvido em mercadorias ao final desse. O cenário inflacionado da economia fazia com que grande parte dos adquirentes, não conseguisse paga-lo até o fim. Esse era o maior lucro de Sílvio Santos com esse esquema.
Além disso, a expansão do crédito, tornou os bens de consumo (imóveis e automóveis em destaque), que antes só poderiam ser alcançados nos sorteios, acessíveis a boa parte da população, como mostra o texto abaixo, extraído do excelente blog Os Amigos do Presidente Lula:


Oferta maciça de crédito que está permitindo à população satisfazer todas as suas necessidades, faz Silvio Santos acabar com o carnê do Baú
 
Um dos maiores símbolos do sonho de consumo dos brasileiros acabará até o fim do ano. O grupo Silvio Santos decidiu deixar de vender o carnê do Baú da Felicidade, que dá a seus portadores a oportunidade de concorrer mensalmente a prêmios — entre eles, a casa própria. A justificativa é simples: diante da oferta maciça de crédito no país, que está permitindo à população satisfazer todas as suas necessidades, incluindo a compra de um imóvel, o carnê deixou de seduzir a clientela.


Há mais de 50 anos no mercado, o Baú da Felicidade ficou conhecido pela população porque tinha como “garoto-propaganda” o apresentador Silvio Santos, que começou a montar seu império como camelô. Hoje, são 35 empresas com faturamento anual próximo de R$ 5 bilhões. Os carnês sempre foram apresentados como uma forma de poupança que garantia ao detentor, ao fim do pagamento, a possibilidade de levar uma série de mercadorias para casa, sobretudo eletrodomésticos.

Aposta em lojas

Diante da nova realidade econômica do país, o grupo SS mudou a estratégia do Baú da Felicidade. Em 2006, passou a apostar em lojas de varejo com a marca Baú. Hoje, são 127 pontos de venda em todo o país, que passaram a competir com grandes lojas de departamento, oferecendo produtos para o lar por meio de crediário. Em 2009, Silvio Santos chegou a cogitar a compra da rede Ponto Frio para aumentar o negócio, mas acabou sendo atropelado por Abílio Diniz, do Pão de Açúcar, que também levaria o controle das Casas Bahia.

Apesar dos quase três anos em que o grupo SS vem tocando o processo de encerramento dos carnês do Baú, ainda são realizadas cerca de três mil trocas mensais por produtos nas lojas da rede.CB

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ele ainda não fala inglês...

...as os "ingleses", não param de falar nele.
Ele ainda não fala inglês, mas agora, os"ingleses"estão devendo pra nós.
Ele não fala inglês, mas enfrentou de pé a crise que os "ingleses" criaram.
Ele ainda não fala inglês, mas nos deixa em condições de dizer "no" para eles.
Acabou nosso complexo de vira-latas.
O histórico discuso abaixo, foi extraído do Blog Tijolaço, do Deputado Federal Brizola Neto:



Por Brizola Neto

Desculpem a demora em postar, mas precisava acabar de editar um trecho do discurso feito por Lula ontem em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Creio que o trecho que selecionei é um dos grandes momentos da história das lutas sociais do povo brasileiro. Curiosamente, foi pronunciado no dia de aniversário da morte de Vargas, o primeiro governante brasileiro que passou a considerar o povo brasileiro personagem de nossa História. O discurso de Lula mostra que, 56 anos depois, o povo brasileiro está às portas de ser, definitiva e irrevogavelmente, protagonista da História brasileira.

Assista o vídeo e divulgue. É uma lição para todos nós, uma fogueira em nossos corações, um desempenar de nossas colunas vertebrais, Um levantar de rosto, confiante, seguro, daqueles que portam uma certeza invencível, uma convicção invulnerável, uma esperança que não se apagará.

Viva o povo brasileiro

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O ministério de José Serra.

Ainda bem que ele não vai se eleger.
Do blog do Professor Hariovaldo Almeida Prado:



Como a vitória agora é questão de dias, é hora de começarmos a analisar o futuro ministério de salvação nacional do governo Serra. Alguns nomes já estão certos, outros ainda são dúvidas. É importante que cada um de nós dê sua opinião sobre eles ou indique substitutos. Vamos conhecê-los:


Relações Exteriores: Fernando Henrique Cardoso;

Defesa: Nelson Jobim;

Justiça: Gilmar Mendes;

Banco Central: Salvatore Cacciola

Comunicações: Ali Kamel;

Saúde: Cacá Rosset;

Economia: (Serra está em dúvidas entre Sardenberg e Leitão)

Segundo sugestões dos homens bons que frequentam este sítio noticioso, poderemos ter também as seguintes pessoas nos ministérios indicados:

Minas e Energia: David Zylbersteyn

Pró-Álcool: Lucia Hipolitro.

Cultura: Arnaldo Jabor

O IBGE será gerido pelo Datafolha.

Trabalho: Chiquinho Scarpa

Turismo: Maitê Proença

Ministério do Acarajé: Cira de Itapuã

Ministério da Juventude: Soninha

Instituto Federal de Reeducação Social Henning Boilesen: Jair Bosolnaro

Previdência Social: Georgina de Freitas

Igualdade Racial: Demétrio Magnoli

Reforma Agrária e Agricultura Familiar: Kátia Abreu

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres: Rogéria

Articulação Política: Índio da Costa

Esportes: Ricardo Teixeira

A chefia da Casa Civil ficará com a Condoleesa Rice, pois é assunto muito sério pra ser tratado por brasileiros.

O Instituto Rio Branco passará a se chamar Ronald Reagan Institute.

Diário Oficial será substituído pela Folha de São Paulo.

Esse blogueiro acredita que ainda faltou o Daniel Dantas na presidência do BNDES, afinal desses recursos ele entende.
Para o anunciado "Ministério da Segurança", fica a sugestão do Coronel Mendes.

Terrorismo eleitoral

O texto abaixo, extraído do Blog Diário Gauche, do sociólogo Cristóvão Feil, mostra a nova estratégia da direita midiática para as eleições: Dilma já ganhou, agora vai fazer maldades.
Na próxima capa "Dilma anunciará" o clássico confisco de poupanças, atribuído, durante a campanha de 1989 ao candidato Lula, posto em prática por seu adversário (eleito) Collor de Melo.
Não tem como dizer que ela perderá, mas podem lhe atribuir maldades tucanas.
Para a Folha, Dilma está eleita e até já promove arrocho fiscal


Começou a temporada de terrorismo eleitoral do PIG

A intenção - algo esquizofrênica - é apostar no terrorismo acenando com hipóteses de ações futuras de um possível governo de Dilma. O objetivo é frear a corrida lulo-dilmista à vitória no primeiro turno, quem sabe apostar num segundo turno, talvez também reprimir impulsos generosos dos doadores de campanha (um indicador eleitoral que compete com as sondagens dos institutos especializados).

De qualquer forma, o PIG mostra toda a sua desesperança e passa a apelar para os expedientes mais irracionais e rebaixados.

Cuidado, a partir de agora, tudo é possível em se tratando do Partido da Imprensa Golpista.

O fac-símile acima é da capa do diário Folha de S. Paulo, edição de hoje.

Atualização: Dilma responde à afirmação da Folha de São Paulo, texto extraído do blog Os Amigos do Presidente Lula:

Em coletiva à imprensa, no SENAI em São Paulo, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou que não autoriza "nenhuma avaliação sobre ajuste fiscal" em 2011. "Não tem discussão na campanha. Como discutir qualquer questão dessa antes da eleição?", disse Dilma.O jornal Folha de São Pualo estampou hoje manchete de capa afirmando; "Dilma quer ajuste fiscal no início de eventual governo"

Dilma disse que a situação econômica do País não é a mesma de 2002. "O Brasil tem dívida líquida diminuindo e as taxas de juros têm condições de chegar a níveis internacionais". Dilma aposta que a principal discussão após o ano eleitoral será o desenvolvimento.

Nesta segunda-feira (23), Dilma cumpriu sua primeira agenda pública com o candidato do PSB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf. Eles visitaram o SENAI, no bairro do Brás. Nas dependências da escola técnica, Dilma posou para fotos com o torno mecânico usado em 1963 por Lula, ex-aluno da escola. Houve gritos de "Cuidado com o dedo!" quando a ministra se aproximou da máquina. Dilma conheceu ainda um jogo de xadrez feito pelos alunos e destacou as peças rei e rainha.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vídeo desmonta o personagem "Zé".

O personagem "Zé", interpretado pelo ator-candidato José Serra, criado para popularizar o impopular (lembram do "Geraldo"), foi destroçado pelo vídeo abaixo, extraído do blog Seja Dita a Verdade:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística."

O texto abaixo, extraído do site da Agência Carta Maior, faz uma interessante análise sobre os assassínios de indivíduos, usados pela mídia corporativa na defesa de bandeiras de ações anti-sociais, policialescas e anti-pobres, ou na defesa de guerras, massacres promovidos por potências que precisam expandir seus capitais, mantendo o sistema em funcionamento.
Pode parecer paradoxal, mas a cobertura de um caso de assassínio, pode (e nesse caso é) ser uma justificativa para um massacre, para milhares de assassinatos "úteis" e extremamente lucrativos.
A mídia corporativa tenta, incessantemente disfarçar a ânsia belicista e conquistadora dos países capitalistas centrais na forma de combates em defesa dos direitos humanos, da liberdade e da "modo de vida ocidental". Nenhum dos parceiros nesse negócio quesitona os interesses econômico-estratégicos de uma invasão ao Irã, da mesma forma que não questionam, de forma séria, a invasão do Iraque (Onde estão as armas de destruição em massa? E as relações iraquianas com os pequenos exércitos, denominados terroristas? Os direitos humanos e a liberdade prevalescem hoje, no Iraque livre? Para todos?) ou do Afeganistão.
Bombardeiam-nos com imagens de enforcamentos, apedrejamentos, prisões, sem levar em consideração que isso é uma questão iraniana, a ser resolvida pelos iranianos.
Quando o capital precisa de "ânimo", achamos os bichos-papões que precisam levar chumbo.


Será que Stalin tinha razão?

Nada mais justos do que os protestos internacionais no caso da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento. O caso não é único. No Iraque, um país sob ocupação dos EUA, foram assassinadas (“assassinatos pela honra”), somente em Bagda, 133 mulheres em 2007. Devemos olhar para outros registros também. Calcula-se que a invasão dos EUA já deixou mais de um milhão de iraquianos mortos. Em que termos deve ser colocado o debate sobre direitos humanos? Será preciso dar razão a Stalin quando disse que “a morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística”? O artigo é de Reginaldo Nasser.

Reginaldo Nasser (*)

O caso da iraniana, Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, tem despertado a atenção da mídia internacional e já causou protestos em vários países. Nada mais justo! Mãe de duas crianças, já recebeu 99 chibatadas por ter mantido um “relacionamento ilícito” com um homem acusado de assassinar seu marido. Além disso, há indícios de que tenha sido torturada. O Irã é um dos paises onde mais têm ocorrido execuções (388) no mundo com um aumento significativo após a fraude eleitoral, mas não é caso único. Segundo estimativas da Anistia Internacional aproximadamente 714 pessoas foram executadas em 2009. (Iraque, 120; Arábia Saudita, 69; EUA, 52; Yemen, 30. A China não fornece nenhum tipo de informação, provavelmente foram milhares). Houve repercussão? Ou o problema maior é o apedrejamento num pais inimigo?

No Iraque, um país sob ocupação dos EUA, foram assassinadas (“assassinatos pela honra”), somente em Bagda, 133 mulheres em 2007. Mas, devemos olhar para outros registros também. Numa pesquisa realizada pelo conceituado jornal médico The Lancet, estima-se que mais de 600 mil iraquianos foram mortos como resultado da invasão dos EUA até 2006. Calcula-se que já está em torno de mais de um milhão de Iraquianos mortos de acordo com a Opinion Research Business (conceituada agência britânica de pesquisa). A grande imprensa não deu o devido destaque, mas há uma discussão no Congresso dos EUA sobre a possibilidade de cortar a ajuda humanitária às vítimas civis de ataques das forças americanas.

Nesse mês de agosto, em que o tema dos Direitos Humanos passou a ser ventilado por todos, inclusive pelo Jornal Nacional que questionou a candidata do PT, deveríamos aproveitar a ocasião das “celebrações” e relembrar o que aconteceu há exatamente 65 anos para podermos compreender como as potências mundiais se preocupam com os direitos humanos.

O então presidente dos EUA Harry Truman foi um dos maiores entusiastas da Declaração Universal dos Direitos humanos aprovada na ONU em Dezembro de 1948. (Será preciso lembrar a condição de desrespeito aos direitos humanos dos negros nos EUA?) Isso mesmo, 3 anos após ( Agosto de 1945) ter autorizado o lançamento das bombas nucleares que causou a morte imediata de 200 mil pessoas e aproximadamente 100 mil feridos com o objetivo “humanitário” de "salvar milhões de vidas", proporcionando um fim rápido para a guerra.

Para além das questões morais envolvidas, foi necessário o ataque nuclear? O Japão já havia sido derrotado militarmente. Contra a defesa área e marítima japonesa praticamente aniquiladas, os bombardeiros dos EUA promoviam uma verdadeira devastação em suas cidades. Na noite de 10 março de 1945, uma onda de 300 bombardeiros americanos atingiu Tóquio, matando 100 mil pessoas e queimando 35 % das residências. Um milhão de moradores foram desalojados. A comida tinha-se tornado tão escassa que a maioria dos japoneses sobreviviam com uma dieta de fome. No dia 23 de maio ocorreu a maior incursão aérea da Guerra do Pacífico, quando foram lançadas 10 mil toneladas de bombas incendiárias em Tóquio e outras grandes cidades (veja esse relato no Filme: A Nevoa da Guerra).

De acordo com comandante da força aérea americana, LeMay, o objetivo dos bombardeiros americanos era conduzir os japoneses “de volta à idade da pedra". Mas o mesmo general disse que "A bomba atômica não tinha nada a ver com o fim da guerra." Hoje, há farta documentação mostrando que os japoneses, em meados de abril de 1945, estavam oferecendo termos de rendição praticamente idênticos aqueles que foram aceito pelos norte-americanos em setembro (ver a excelente pesquisa histórica sobre essa questão no The Journal of Historical Review, May-June 1997, Vol. 16, No.3).

Em que termos deve ser colocado o debate sobre direitos humanos? Se a tortura e a pena de morte devem ser repudiadas, independentemente das circunstâncias, a questão dos meios e sua efetividade são irrelevantes? Por que condenar a tortura e silenciar sobre atos de “guerra”? Por exemplo, os bombardeios, que se sabe previamente que causam dano à vida humana, dado o seu alto poder destrutivo, são justificáveis para a segurança e a defesa nacional? Para o mainstream as operações militares, em que morrem ou resultam feridos civis, não podem ser qualificados imediatamente como crimes, sempre que seu objetivo não seja infligir “deliberadamente” o individuo indefeso.

Será preciso dar razão a Stalin quando disse que “A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística”?

(*) Professor de Relações Internacionais da PUC-SP

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Finalmente uma criação de José Serra.

Ele afirma ser o "Pai dos Genéricos", cria de Jamil Haddad, durante o governo Itamar Franco.
Também afirma ser o Pai do Programa de combate a AIDS, criado por Adib Jatene e Lair Guerra.
Da mesma forma, jura de pé junto que criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e o Seguro Desemprego, criados por Jorge Uequed (PMDB-RS).
Agora ele pode vangloriar-se de ser o "Pai da Favela de Plástico". Essa é realmente cria dele.
Serra não entra em favelas, manda fazer uma em estúdio, para desfilar seu novo personagem, o candidato "Zé".



Vídeo extraído do blog Tijolaço, do Deputado Federal Brizola Neto.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

No dia da eleição, título e documento com foto.

O TSE e a mídia corporativa não estão mencionando o fato de que esse ano, será obrigatório apresentar o título de eleitor acompanhado de documento com foto, aos mesários, no dia de eleição.
Esse blog acompanha o movimento expontâneo, a campanha cidadã de informação lançada por Emir Sader em seu blog, do qual extraí o texto abaixo:

Campanha cidadã de informação dos eleitores
Por Emir Sader

Quando o quadro eleitoral vai ganhando um formato que dificilmente parece poder ser alterado significativamente, o único fator que pode alterá-lo vêm, não da esfera das opiniões dos cidadãos, mas de uma lei absurda, aprovada e sancionada, que obriga os eleitores, para poderem votar, portar um outro documento, com foto. Independentemente da intenção de evitar os votos fraudados, a decisão é sumamente discriminatória, afetando diretamente a milhões e milhões de eleitores mais pobres, que não dispõem da informação e/ou de documento com foto ou de possibilidade de se deslocar de novo até suas casas para poder retornar a tempo de votar.

A falta de campanha maciça de informação por parte das autoridades responsáveis pelo processo eleitoral só agrava a situação, revelando má fé ou falta de consciência das conseqüências da lei e dos danos que ela pode causar no exercício do direito de voto por milhões de cidadãos brasileiros.

Na primeira eleição de Evo Morales, na Bolívia, centenas de milhares de pessoas não puderam votar por uma decisão de que os que não tinham votado na eleição municipal anterior, teriam que se reinscrever. A informação circulou pouco e justamente eleitores pobres, do Evo, não puderam exercer seu direito de voto. Felizmente a maioria obtida pelo Evo foi suficiente para que triunfasse com a maior votação que um presidente havia obtido, mas o MAS deixou de eleger a governadores e a uma bancada parlamentar maior por essa circunstância.

No Brasil, até hoje ainda há setores significativos da população – basicamente mais pobres, grande parte deles vivendo no campo – que querem votar no candidato do Lula, mas que só agora, lentamente, vão canalizando esse voto para a candidata do Lula, Dilma. Podemos imaginar a dificuldade para que esses setores possam ser informados da necessidade de portar documento com foto para votar. Muitos sequer têm esse documento, seja por falta de recursos para tirá-lo, seja por falta de consciência da importância e falta de tempo de providenciá-lo.

A imprensa, alinhada maciçamente com o candidato da direita e consciente de que os setores mais diretamente afetados são bastiões de voto do governo e da Dilma, nem tocam no tema, em atitude que revela, mais uma vez, como não apenas informam mal e errado a população, como também desinformam pelo silêncio.

Não podemos contar com esses meios. Temos que organizar, desde já, uma ampla campanha cidadã de massas para fazer chegar essa informação a todos os eleitores, de que necessitam indispensavelmente levar um documento com foto para poder votar. É responsabilidade da imprensa pública, de todas as organizações democráticas e populares, de todas as candidaturas desse campo e de toda a militância, organizar formas de difusão ampla dessa informação, com criatividade e com eficácia, para evitar que uma determinação absurda e a irresponsabilidade dos setores que deveriam encarregar-se da informação do eleitorado, falseiem a vontade dos eleitores brasileiros.

(Aproveito para reiterar-lhes a informação que o contacto comigo também pode ser feito pelo twitter: http://www.twittter.com/emirsader)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

JN e IBOPE apontam vitória no 1º turno.

Dobraram-se.
Vale a pena ver a cara do apresentador afirmando que se a eleição fosse hoje, Dilma seria eleita no 1º turno.
A diferença entre os dois é de 11 pontos.
Considerando o histórico do IBOPE e da Globo, deve ser de uns 15 ou mais.
Vai ser uma lavada...

Alckmin virou Geraldo, Serra vira "Zé".

Em ano eleitoral não existem elites, as classes sociais desaparecem, milionários são "gente do povo", todos escondem suas mansões, o hectare de terra passa a valer R$ 7,64, todos "trabalham pelo trabalhador", especialmente os patrões, latifundiários da UDR (União Democrática Ruralista) falam em reforma agrária,

"Bourbons" tornam-se "Silvas", "Alckmins" tornam-se "Geraldos", e "José Serra" torna-se "".
No jingle da campanha serrista, o nome José Serra, altamente associado com o elitismo brasileiro, e substituído pelo coloquial "ZÉ".

O texto abaixo, do cineasta gaúcho Jorge Furtado, analisa a estratégia tucana, que já demonstrou, em 2006, ser muito eficaz:

Crise de identidade.

O jingle do candidato José Serra acumula as funções de tentativa de fraude e admissão de derrota.


Fraude porque mente (insistentemente) ao dizer que José Serra é o candidato da continuidade e não da oposição. O jingle mais do que sugere, afirma que Serra - subitamente transformado em Zé - é o cidadão de origem humilde que “foi a luta e venceu”, como o Lula, e por isso é o melhor candidato para o “Brasil seguir em frente”.

Nos últimos sete anos e meio, a oposição - e sua imprensa – referiu-se ao Lula como ignorante, analfabeto, bêbado, estuprador de meninos, mentiroso, ladrão e assassino. Hoje, faltando dois meses para a eleição, Lula ocupa o primeiro verso do jingle do candidato desta mesma oposição. “Era brincadeirinha, nós também adoramos o Lula! Apedeuta era elogio, quer dizer ‘fofinho’!”

Admissão de derrota porque nunca em toda a história deste país (ou de qualquer outro, que eu saiba) se ouviu um jingle de um candidato de oposição que incluísse o nome do titular do cargo ao qual este candidato faz oposição. É como se o hino do Flamengo incluísse o nome do Vasco.

O jingle da oposição investe na ignorância e/ou desatenção do eleitor, uma aposta que se tornou um padrão. Não tem dado muito certo. Depois de sete anos e meio de ataques imponderados ao presidente e ao seu governo, os demotucanos chegam à eleição com um jingle em que o refrão grita, com todas as letras, o nome de Lula da Silva, mas não o nome do seu próprio candidato, José Serra.

Quando Lula da Silva sair
É o Zé que eu quero lá
Com Zé Serra eu sei que anda
É o Zé que eu quero lá

José Serra é um brasileiro
Tão guerreiro quanto eu
É um Zé que batalhou
Estudou, foi à luta e venceu

Zé é bom e eu já conheço
Eu já sei quem ele é
Pro Brasil seguir em frente
Sai o Silva e entra o Zé

José Serra foi Ministro
Deputado e Senador
Esse Zé já foi Prefeito
Zé já foi Governador

Tá testado e aprovado
Por tudo que ele já fez
Sempre teve do meu lado
Eu quero Zé Serra dessa vez
(refrão)

Quando Lula da Silva sair
É o Zé que eu quero lá
Com Zé Serra eu sei que anda
É o Zé que eu quero lá

Quando Lula da Silva sair
É o Zé que eu quero lá
Agora é Serra Presidente do Brasil

Notas do blogueiro:
Se alguém estiver interessado em comprar terras no estado de Tocantins, essa senhora pode vender 100 hectares a R$ 764,00, é só falar com essa senhora.
Aos interessados, esse é o link para ouvir o Jingle do "Zé".
Esse, para ouvir o jingle que deu a vitória ao picolé de chuchu, digo, ao "Geraldo" em 2006 (o quê, ele não venceu? E estão usando a mesma estratégia?).
O interessante do jingle do "Zé", é que vai servir para colar de vez, todos os apelidos que Paulo Henrique Amorim e outros blogueiros puseram nele: Zé Pedágio, Zé Alagão, Zé Ladeira, Zé Apagão...
"Zé". Queria saber quanto estão pagando a esses marqueteiros...

A comparação que apavora os tucanos.

Essa comparação, simples na forma, mas rica no conteudo, foi feita pela "TV Vermelho".
Tremei tucanos, comparam os oito anos de FHC com os quase oito de Lula.
Tudo o que Serra quer evitar.
Tudo o que o P.I.G. quer esconder:

Lula, agradece o apoio e chama blogueiros para a campanha.



Porque FHC não faz o mesmo, e pede apoio a José Serra?

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Datafolha joga Serra aos leões.

Todos os demais institutos de pesquisa já pontavam uma crescente vantagem da petista Dilma Roussef sobre o tucano José Serra, menos o Data-da-Folha, como diria Paulo Henrique Amorim. Hoje tiveram de jogar a toalha. Os últimos pilares da candidatura Serra caíram.
A folha desistiu de mantê-lo à frente, manipulando suas pesquisas e trabalhando suas margens de erro.
Devem ter percebido que José Serra não tem propósito.
Não tem proposta.
Não tem razão de ser.
Nem sua candidatura.
Serra foi defenestrado.
Jogado aos leões.
Vai ter de se virar sem "pesquisas carinhosas".
Vai ser no primeiro turno.
E de lavada.

Do G1:

Datafolha mostra Dilma com 41% e Serra com 33%

Marina aparece com 10%. Margem de erro é de dois pontos percentuais.
Na pesquisa anterior, em julho, Dilma estava com 36% e Serra com 37%.

Pesquisa Datafolha para presidente da República divulgada neste sexta-feira (13) mostra os candidatos Dilma Rousseff (PT) com 41% e José Serra (PSDB) com 33% das intenções de voto. Marina Silva (PV) aparece em terceiro lugar com 10%.

Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Serra pode ter entre 31% e 35% e Dilma, entre 39% e 43%, e Marina, entre 8% e 12%.

O Datafolha realizou 10.856 entrevistas em 382 municípios. O levantamento foi encomendado pelo jornal “Folha de S.Paulo” e pela TV Globo e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número 22734/2010.

Em maio, Dilma Rousseff tinha 36% das intenções de voto. Foi a 37%, na virada de junho para julho. Em julho, voltou a 36% e agora tem 41%.

José Serra tinha 36% em maio. Na virada de junho para julho, foi a 39%. Em julho, 37% e agora, em agosto, tem 33%.

Marina Silva, do PV, tinha 10% em maio, depois, 9%. Em julho, foi a 10% e agora se manteve em 10%.

Os outros candidatos não chegaram a 1% cada. Brancos e nulos somaram 5% e os que não sabem, 9%. Segundo o Datafolha, excluindo-se os indecisos, brancos e nulos - e considerando apenas os votos válidos, Dilma Rousseff estaria hoje a três pontos percentuais de uma possível vitória no primeiro turno.

Segundo turno

A simulação de segundo turno efetuada pelo Datafolha aponta Dilma com 49% e Serra com 41%. Os indecisos são 5%, e outros 5% votariam em branco ou anulariam o voto.

Avaliação do governo

De acordo com a pesquisa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado como ótimo/bom por 77% dos entrevistados; como regular por 18%; e como ruim/péssimo por 4%.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Globonews: "Derrota acachapante de Serra no primeiro turno."

Os entrevistados do programa Entre Aspas, da Globonews, do último dia 05, esculacharam com a candidatura de José Serra.
Uma pena que o canal aberto não apresente algo assim:



Uma síntese grosseira:
- O povo gosta do governo;
- 80% da população quer a continuidade desse;
- Serra não tem projeto nem proposta. Está perdido como "cachorro em dia de mudança";
- Ele diz uma coisa, os fatos provam que é só discurso vazio;
- Diz que vai continuar com as políticas do Governo Lula, mas "no varejo", critica a tudo;
- O PT tem idéias e símbolos para defender numa campanha, nas ruas, o PSDB não tem nada;
- É uma "campanha (a do PSDB) sem rumo e sem estratégia";
- "A eleição caminha para uma decisão no primeiro turno. É muito provável que a candidata do governo abra 15 a 20 pontos percentuais até o fim de agosto, início de setembro";
- "Seria uma derrota acachapante, humilhante para a candidatura Serra, já no primeiro turno...por conta da conversão do ótimo e bom do governo Lula, em votos para Dilma";
- "Quem avalia como ótimo ou bom, não é esquizofrênico (alô Montenegro), não vai votar no candidato da oposição, vai de governo".

Já que Serra afirma ter criado o seguro desemprego, é melhor que encaminhe a papelada.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Serra confirma: Levará o modelo de pedágios tucano-paulista para todo o Brasil.

Os pedágios mais caros do país, serão os pedágios de todo o país (no vídeo abaixo, aproximadamente aos 9 minutos e 40 segundos)
José Serra afirma que levará o modelo tucano-paulista (de quem mais oferece ao Estado, sem interessar o que vai sobrar pros pagadores) à todo o Brasil.
Pedágios a cada 40 km, com média de R$ 13,10.
Teríamos de nos preparar para vender o carro ao completar uma viagem longa.
Mas isso se a Globo ganhar a eleição para o Serra.
E ela está tentando.

Compare.

Conversa de compadres...



...com a inquisição:



A entrevista de hoje, mais um bate-papo com o candidato José Serra, foi conduzida de uma maneira totalmente diferente da anterior, com Dilma Roussef. Não houveram interrupções, desmentidos e descortesia por parte dos apresentadores, como no exemplo da última.
Tudo foi relativamente suavizado.
A questão das alianças, mencionada nas duas entrevistas, serviu como meio de atacar ao PT. Na primeira entrevista, com Dilma, os apresentadores fixaram nominalmente figuras como Jader Barbalho, Sarney, Collor de Melo, no leque de aliznças petista. Na segunda mencionaram o PTB e apenas Roberto Jeferson, como envolvidos no "mensalão petista", nem uma vírgula sobre Joaquim Roriz, Eduardo Azeredo (mentor tucano do mensalão).
Não esperava nada diferente da emissora que referiu-se à uma manifestação pela aberura política como sendo uma celebração religiosa, pelo aniversário de São Paulo, que organizou um debate em horário de fim de noitada, em um dia de semana, fazendo uma edição tendenciosa desse, em horário nobre no dia seguinte.
A experiência da Rede Globo em manipulações eleitorais, apenas encontra "novos velhos" nomes, mas continua evidente, visível, cara-de-pau.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Serra mente.

No sonolento debate ocorrido na Rede Bandeirantes, no último dia 05, José Serra afirmou que o Governo Federal cortou verbas e financiamentos a associações de apoio à portadores de deficiências (como as APAES).
A Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down, publicou nota repudiando as declarações do tucano. O conteúdo dessa, vai além da contestação da "informação", repassada pelo candidato e critica sua postura segregacionista e preconceituosa "Manifestamos a nossa indignaçao e repudiamos as declarações do senhor José Serra, no debate realizado no dia 5 de agosto de 2010, por contrariar todos os avanços duramente conquistados por entidades, pessoas com deficiência e familiares, ao questionar e instigar contra o direito à educação inclusiva garantido por Lei."
Serra é contra a inclusão de pessoas portadoras de deficiências.
Crianças com deficiências não podem ser integradas as demais?
Serra mente sobre o corte de recursos federais, e não fala sobre os cortes promovidos por seu partido, como expõe o blog Cloaca News, no texto abaixo:


CRUELDADE TUCANA: ALCKMIN CORTOU RECURSOS PARA APAES EM SÃO PAULO 

Instituições privadas sem fins lucrativos – como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) – que oferecem atendimento educacional especializado para alunos tiveram recursos cortados durante a gestão do tucano Alckmin no governo de São Paulo (2003-2006).


Mais de R$ 12 milhões previstos, entre 2004 e 2006, não foram aplicados em educação a alunos com deficiência e foi descumprida a meta de ampliar o número de atendimentos em 18% - 42.863 crianças deixaram de obter benefício. Nos Orçamentos de 2003 a 2006 a previsão de atendimento era para 239.925 crianças. O governo estadual, no entanto, cumpriu apenas 197.062.

A gestão Alckmin caminhou no sentido contrário à política de inclusão do governo federal, que aumentou o repasse de recursos federais destinados a melhorar as condições das instituições especializadas em alunos com deficiência. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou a contar em dobro as matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um na escola regular e outro em instituições de atendimento educacional especializado.

Este ano, o valor total repassado por meio do Fundeb ao atendimento educacional especializado em instituições privadas será de R$ 293.241.435,86. Em 2009, foram encaminhados R$ 282.271.920,02. O número de matrículas atuais nessas unidades conveniadas é de 126.895.

Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envia recursos às instituições filantrópicas para merenda, livro e aqueles originários do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nos últimos três anos, foram repassados R$ 53.641.014,94 destinados a essas ações. 

sábado, 7 de agosto de 2010

O sul de Serra, agora é o sul de Dilma.

Serra vai ganhar em algum lugar? (só no P.I.G.).
No Rio Grande do Sul, já ficou pra trás.
Serra perdeu seis pontos, Dilma ganhou cinco.
E o "palanque" dele, a atual governadora Yeda Crussius, beeeem atrás na corrida ao Piratini.

E isso, segundo o "insuspeito" IBOPE, que repete o mesmo resultado da pesquisa anterior a nível nacional, mesmo com essas diferenças, gritantes, a nível regional.

Texto extraído do blog RS Urgente, de Marco Aurélio Weissheimer:

Tarso segue na frente. Dilma ultrapassa Serra no RS


Pesquisa Ibope/RBS feita entre os dias 3 e 5 de agosto, e divulgada na tarde deste sábado (7), restrita ao Rio Grande do Sul, apontou como um de seus principais resultados a ultrapassagem de Dilma Rousseff sobre José Serra naquele que era considerado um dos redutos intocáveis da candidatura tucana. Os números do Ibope são os seguintes (a pesquisa anterior foi realizada em julho)

Dilma (PT): 42% (na pesquisa anterior tinha 37%)
Serra (PSDB): 40% (tinha 46%)
Marina (PV): 5%

Em todas as pesquisas anteriores ela aparecia atrás de Serra, e o Sul vinha sendo considerado como uma espécie de última trincheira tucana.


Governador:
Tarso Genro (PT): 37% (39% na anterior)
José Fogaça (PMDB): 31% (29% na anterior)
Yeda Crusius (PSDB): 11% (15% na anterior)
Pedro Ruas (PSol): 1%
Carlos Scheneider (PMN): 1%

Rejeição dos candidatos:
Yeda (PSDB): 41%
Tarso (PT): 10%
Fogaça (PMDB): 5%

Os índices de Tarso e Fogaça variaram dentro da margem de erro da pesquisa Ibope (3%). Já a queda de Yeda, de 4 pontos, ultrapassou essa margem. Segundo o Ibope,Tarso Genro tem seu melhor desempenho na faixa de 30 a 39 anos — com 42%, contra 29% do peemedebista e 10% de Yeda. Por gênero, Fogaça consegue o melhor resultado entre os homens, com 34% contra 37% do petista. Entre as mulheres, Tarso é o preferido por 38% do eleitorado, enquanto Fogaça tem 28% das intenções de voto.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pesquisa CNT-Sensus aponta grande vantagem de Dilma.


Só com muita Globo, Veja e Folha para o Zé Pedágio continuar "respirando".
O Data Folha ainda é um instituto de pesquisas?
A expontânea do Sensus, mostra Dilma com 30,4 e Serra com 20,2. Lula, mesmo não sendo candidato tem 5%. Seria absurdo somar o percentual de Lula com o de Dilma?
Ou haverá uma grande migração dos votos de Lula para Serra?
Dilma 35,4 e Serra 20,2, ou esqueci de mencionar o percentual de votos de FHC?
O texto abaixo foi extraído do site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, e ironiza dos que ainda discursam pelo empate técnico, ou 0 x 0, e mais abaixo, a reação de José Serra à pesquisa Sensus:

0×0: Sensus dá Dilma 10 pontos à frente. Primeiro turno!

Como dizia Eliane Cantanhêde, está 0×0.
Saiu no portal Terra:

CNT/Sensus: Dilma lidera pesquisa com 41,6%; Serra tem 31,6%
Laryssa Borges
Direto de Brasília

Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou nesta quinta-feira (5) liderança da petista Dilma Rousseff na corrida presidencial. Ela registra 41,6% da preferência do eleitorado, ao passo que o tucano José Serra, seu principal adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, tem 31,6%. A ex-ministra Marina Silva (PV), por sua vez, aparece com 8,5% dos votos, conforme o levantamento.

Na simulação espontânea, quando o entrevistado aponta seu candidato a presidente sem ter acesso a uma lista com possíveis candidatos, Dilma Rousseff também ocupa a posição dianteira, com 30,4%. Neste cenário, José Serra tem 20,2% e Marina Silva outros 5,0%. José Maria Eymael (PSDC) tem 3,0%. Votos brancos e nulos são 3,8%. Eleitores indecisos são 27,9%. Apesar de não poder concorrer, o presidente Lula foi citado por 5,0% dos entrevistados.

Em um eventual segundo turno, Dilma Rousseff venceria o tucano José Serra por 48,3% contra 36,6%. Neste contexto, os votos brancos e nulos chegam a 5,7%. Os eleitores indecisos são 9,6%.

A reação de José Serra, ele não está nada bem:

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Queimando o filme.

O comitê eleitoral do presidenciável José Serra que "queimar o filme" dos candidatos a governador, deputados e senadores nos estados, que, de acordo com o folha.com, estão deixando o candidato de fora de seu material de campanha.
Segundo a folha, o comitê fará material padrão, com a foto de Serra e um espaço para a foto de quem tiver coragem, digo, do aliado.
Dizem as más línguas que a foto a ser utilizada será essa:

O jornal A Hora do Povo, vai além e desnuda o sentimento dos tucanos nos estados, estampando em sua capa (print screen abaixo), que "Ninguém quer aparecer ao lado do morto".
Enquanto petistas e aliados celebram e até disputam o apoio de Dilma Roussef, sua presença em seus eventos e o mínimo espaço para uma "pose", os aliados de Serra o vêem como cachorro sarnento, querem distância, nada de fotos. O nome aparece nos materiais de campanha por força da lei eleitoral.
A "nau" tucana virou canoa, bote, jangada...


Aécio Neves e os demo-tucanos mineiros já pularam fora, não querem "queimar o filme". Arthur-bato-no-presidente-Virgílio também. 12 estados fazem o mesmo, até mesmo os governados por tucanos.
Só estamos apreensivos pelo slogan do novo material de campanha. Acredito que será: "O Brazil (clique aqui para saber o porque do "Z") pode mais. Serra 2014".