segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A rebelião egípcia...

...por um jornalista e blogueiro egípcio.

Texto extraído da Agência Carta Maior:


Jornalista e blogueiro egípcio fala sobre rebelião
Hossam el-Hamalawy é um jornalista e blogueiro do site 3arabawy. Mark LeVine, professor da Universidade da Califórnia, conseguiu contactar Hossam por meio do Skype e conseguiu um informe em primeiro mão sobre os eventos que estão ocorrendo no Egito. Hossam destaca o papel que a juventude e o movimento sindical estão desempenhando nos protestos contra a ditadura egípcia e prevê momentos difíceis nas relações com os EUA. "Qualquer governo realmente limpo que chegue ao poder na região, entrará em um conflito aberto com os EUA, porque proporá uma redistribuição racional da riqueza e terminará com o apoio a Israel e a outras ditaduras".
Hossam el-Hamalawy é um jornalista e blogueiro do site 3arabawy. Mark LeVine, professor da Universidade da Califórnia, conseguiu contactar Hossam por meio do Skype e conseguiu um informe em primeiro mão sobre os eventos que estão ocorrendo no Egito.

Por que foi necessária uma revolução na Tunísia para tirar os egípcios das ruas em uma quantidade sem precedentes?

No Egito dizemos que a Tunísia foi mais um catalisador que um instigador, porque as condições objetivas para um levantamento existiam no país e durante os últimos anos a revolta estava no ar. Já tivemos duas mini-intifadas, ou “mini-Tunísia” em 2008. A primeira foi um levantamento em abril de 2008 em Mahalla, seguido por outro em Borollos, no norte do país.

As revoluções não surgem do nada. Não temos mecanicamente uma amanhã no Egito porque ontem ocorreu uma na Tunísia. Não é possível isolar esses protestos dos quatro últimos anos de greves de trabalhadores no Egito ou de eventos internacionais como a intifada al-Aqsa e a invasão do Iraque pelos EUA. A eclosão da intifada al-Aqsa foi especialmente importante porque nos anos 80 e 90 o ativismo nas ruas havia sido efetivamente impedido pelo governo como parte da luta contra insurgentes islâmicos. Só seguiu existindo nos campus universitários ou nas centrais dos partidos. Mas quando estourou a intifada em 2000 e a Al Jazeera começou a transmitir suas imagens, isso inspirou a nossa juventude a tomar as ruas, da mesma maneira que hoje a Tunísia nos inspira.

Como se desenvolvem os protestos?

É muito cedo para dizer como se desenvolveram. É um milagre que continuaram ontem depois da meia noite, apesar do medo e da repressão. A situação chegou a um ponto em que todos estão fartos, seriamente fartos. E mesmo que as forças de segurança consigam aplastar os protestos hoje não poderão aplastar os que ocorrerão na próxima semana, no próximo mês ou, mais adiante, durante este ano. Definitivamente há uma mudança no grau de coragem do povo. O Estado usou a desculpa do combate ao terrorismo nos anos 90 para acabar com todo tipo de dissenso no país, um truque utilizado por todos os governos, incluindo os EUA. Mas uma vez que a oposição formal a um regime passa das armas a protestos massivos, é muito difícil enfrentar esse tipo de dissenso. Pode-se planejar a liquidação de um grupo de terroristas que combate nos canaviais. Mas o que vão fazer diante de milhares de manifestantes nas ruas? Não podem matar a todos. Nem sequer podem garantir que os soldados o façam, que disparem contra os pobres.

Qual a relação entre eventos regionais e locais neste país?

É preciso entender que o regional é local no Egito. No ano de 2000, os protestos não começaram como protestos contra o regime, mas sim contra Israel e em apoio aos palestinos. O mesmo ocorreu com a invasão dos EUA no Iraque três anos depois. Mas uma vez que se sai para as ruas e se enfrenta a violência do regime, a pessoa começa a se fazer perguntas: por que Mubarak envia soldados para enfrentar os manifestantes ao invés de enfrentar Israel? Por que exporta cimento para Israel, que o utiliza na construção de assentamentos, ao invés de ajudar os palestinos. Por que a política é tão brutal conosco quando só tratamos de expressar nossa solidariedade com os palestinos de maneira pacífica? E assim os problemas regionais como Israel e Iraque passaram a ser temas locais. E, em poucos instantes, os manifestantes que cantavam slogans em favor dos palestinos começaram ma fazê-lo contra Mubarak. O momento decisivo em termos de protestos foi em 2004, quando o dissenso se tornou interior.

Na Tunísia, os sindicatos desempenharam um papel crucial na revolução, já que sua ampla e disciplinada organização assegurou que os protestos não fossem sufocados facilmente. Qual o papel do movimento dos trabalhadores do Egito no atual levantamento?

O movimento sindical egípcio foi bastante atacado nos anos oitenta e noventa pela polícia, que utilizou munição de guerra contra grevistas pacíficos em 1989 durante greves nas plantas siderúrgicas e, em 1994, nas greves das fábricas têxteis. Mas, desde dezembro de 2006, nosso país vive continuamente as maiores e mais sustentadas ondas de ações grevistas desde 1946, detonadas por greves na indústria têxtil na cidade de Mahalla, no delta do Nilo, centro da maior força laboral do Oriente Médio, com mais de 28 mil trabalhadores. Começou por temas trabalhistas, mas se estendeu a todos os setores da sociedade com exceção da polícia e das forças armadas.

Como resultado dessas greves, conseguimos obter dois sindicatos independentes, os primeiros de sua classe desde 1957, o dos cobradores de contribuições de bens imóveis, que inclui mais de 40 mil funcionários públicos e o dos técnicos de saúde, mais de 30 mil dos quais lançaram mês passado um sindicato independente daqueles controladas pelo Estado.

Mas é verdade que há uma diferença importante entre nós e a Tunísia. Ainda que fosse uma ditadura, a Tunísia tinha uma federação sindical semi-independente. Mesmo que sua direção colaborasse com o regime, os seus membros eram sindicalistas militantes. De modo que, quando chegou a hora das greves gerais, os sindicatos puderam se somar. Mas aqui no Egito tempos um vazio que pretendemos preencher rapidamente. Os sindicalistas independentes foram alvo de uma caça ás bruxas desde que trataram de se estabelecer; já há processos iniciados contra eles pelos sindicatos estatais e respaldados pelo Estado, mas eles seguem se fortalecendo apesar das continuadas tentativas de silenciá-los.

É certo que, nos últimos dias, a repressão foi dirigida contra os manifestantes nas ruas, que não são necessariamente sindicalistas. Esses protestos reuniram um amplo espectro de egípcios, incluindo filhos e filhas da elite. De modo que temos uma combinação de pobres e jovens das cidades junto com a classe média e os filhos filhas da elite. Penso que Mubarak conseguiu agrupar todos os setores da sociedade com exceção de seu círculo íntimo de cúmplices.

A revolução tunisiana foi descrita como fortemente liderada pela juventude e dependente para seu êxito da tecnologia das redes sociais como Facebook e Twitter. E agora as pessoas se concentram em torno da juventude no Egito como um catalisador importante. Trata-se de uma “intifada juvenil” e ele poderia ocorrer sem o Facebook e outras novas tecnologias midiáticas?

Sim, é uma intifada juvenil na rua. A internet desempenha um papel na difusão da palavra e das imagens do que ocorre no terreno. Não utilizamos a internet para nos organizar. A utilizamos para divulgar o que estamos fazendo nas ruas com a esperança de que outros participem da ação.

Como deve ter ouvido, nos EUA, o apresentador de programas de entrevistas Glenn Beck atacou uma acadêmica, Frances Fox Piven, por um artigo que ela escreveu chamando os desempregados a realizar protestos massivos por postos de trabalho. Ela recebeu inclusive ameaças de morte, algumas de pessoas sem trabalho que parecem mais felizes fantasiando sobre usar uma de suas numerosas armas do que lutando realmente por seus direitos. É surpreendente pensar no papel crucial dos sindicatos no mundo árabe atual, tendo em conta as mais de duas décadas de regimes neoliberais em toda a região, cujo objetivo primordial é destruir a solidariedade da classe trabalhadora. Por que os sindicatos seguiram sendo tão importantes?

Os sindicatos sempre são o remédio mágico contra qualquer ditadura. Olhe a Polônia, a Coréia do Sul, a América Latina ou a Tunísia. Os sindicatos sempre foram úteis para a mobilização das massas. Faz falta uma greve geral para derrotar uma ditadura, e hoje não há nada melhor que um sindicato independente para fazê-lo.

Há um programa ideológico mais amplo por trás dos protestos, ou o objetivo é mesmo livrar-se de Mubarak?

Cada um tem suas razões para sair às ruas, mas eu suponho que se nosso levante tiver êxito e derrubarmos Mubarak aparecerão divisões. Os pobres querem impulsionar a revolução para uma posição muito mais radical, impulsionar a redistribuição radical da riqueza e combater a corrupção, enquanto que os chamados reformistas querem colocar freios, pressionar mais ou menos por mudanças “desde cima” e limitar um pouco os poderes, mas mantendo alguma essência do Estado atual.

Qual é o papel da Irmandade Muçulmana e como influencia o cenário atual o fato de ter permanecido até aqui distante dos atuais protestos?

A Irmandade sofreu divisões desde a eclosão da intifada al-Aqsa. Sua participação no Movimento de Solidariedade à Palestina quando se enfrentou com o regime foi desastrosa. Basicamente, cada vez que seus dirigentes chegam a um compromisso com o regime, especialmente os acólitos do atual guia supremo, desmoralizam seus quadros da base. Conheço pessoalmente vários jovens que abandonaram o grupo. Alguns deles se uniram a outros grupos, outros seguem independentes. A medida que cresce o atual movimento de rua e os militantes da base participam, haverá mais divisões porque a direção superior não pode justificar por que não toma parte desse novo levante.

[N.T. Nesta segunda-feira (31), a Irmandade Muçulmana divulgou um comunicado rejeitando o novo governo e pedindo que prossigam as manifestações para a queda do regime do presidente Hosni Mubarak]

Qual o papel dos EUA neste conflito? Como as pessoas na rua avaliam suas posições?

Mubarak é o segundo maior beneficiário da ajuda externa dos EUA, depois de Israel. Ele é conhecido como o capanga dos EUA na região; é um dos instrumentos da política externa dos EUA, que implementa seu programa de segurança para Israel e assegura o fluxo sem problemas do petróleo enquanto mantem os palestinos confinados. De modo que não é nenhum segredo que esta ditadura goza do respaldo de governos dos EUA desde o primeiro dia, inclusive durante a enganosa retórica em favor da democracia protagonizada por Bush. Por isso, não há surpresa diante das risíveis declarações de Clinton, que mais ou menos defendiam o regime de Mubarak, já que um dos pilares da política externa dos EUA é manter regimes estáveis a custa da liberdade e dos direitos civis.

Não esperamos nada de Obama, a quem com sideramos um grande hipócrita. Mas esperamos que o povo estadunidense – sindicatos, associações de professores, uniões estudantis, grupos de ativistas – se pronunciem em nosso apoio. O que queremos é que o governo dos EUA se mantenha completamente fora do assunto. Não queremos nenhum tipo de apoio, simplesmente que corte imediatamente a ajuda a Mubarak e retire o apoio a ele, e também que se retire de todas as bases do Oriente Médio e deixe de apoiar o Estado de Israel.

Em última instância fará tudo o que for preciso para se proteger. De repente, pode adotar a retórica mais anti-americana que se possa imaginar se isso puder ajudar a salvar sua pele. No final das contas, está comprometido com seus próprios interesses e se avaliar que perderá o apoio dos EUA, se voltará em outra direção. A realidade é que, qualquer governo realmente limpo que chegue ao poder na região, entrará em um conflito aberto com os EUA, porque proporá uma redistribuição racional da riqueza e terminará com o apoio a Israel e a outras ditaduras. De modo que não esperamos nenhuma ajuda dos EUA. Só que nos deixem em paz.

(*) Mark LeVine é professor de história na universidade da Califórnia Irvine e pesquisador visitante sênior no Centro de Estudos do Oriente Médio na Universidade Lund, na Suécia. Seus livros mais recentes são
Heavy Metal Islam (Random House) e Impossible Peace: Israel/Palestine Since 1989 (Zed Books).

Nota do blogueiro: Mais informações sobre a rebelião no Egito podem ser lidas aqui, em inglês.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Elite paulista não quer casa de pobre em seu caminho...

"Zelites" não querem pobres por perto. Atrapalham as vistas
de seus terraços.
Elite paulista protocola ação contra a construção de casas para moradores de favelas.
Elas atrapalham sua vista.
E seus deslocamentos.
Deveriam ser removidos?

O texto abaixo foi extraído do Blog Os Amigos do Presidente Lula:

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Elite Branca tenta barrar construção de moradias populares e obra em favela


Insatisfeitos com as obras de urbanização da favela do Real Parque (zona oeste de São Paulo), moradores da elite paulistana de nove condomínios de alto padrão da região acionaram o Ministério Público para que a construção de moradias populares executada pela prefeitura seja paralisada.

Em documento entregue ao Ministério Público no início deste mês, os moradores de condomínios de luxo alegaram que as obras da prefeitura começaram sem a conclusão de estudos de impacto ambiental e de trânsito na região por causa do núcleo habitacional.

Além disso, eles reclamam que a Secretaria Municipal de Habitação alterou o projeto inicial e ampliou a área ocupada hoje pela favela em 40% -ficou 14.524 m2 maior, dizem.

Atualmente, a favela do Real Parque tem cerca de 6.000 moradores. O objetivo da prefeitura é que todos eles passem a ocupar os 1.135 imóveis que estão sendo construídos no bairro.

A obra, que começou em outubro do ano passado, está orçada R$ 140,8 milhões. A previsão é que seja concluída em abril de 2013, segundo a prefeitura.

O secretário de Habitação, Ricardo Pereira Leite, disse à coluna Mônica Bergamo que a política de habitação "não é de higienização, aquela de levar os moradores das favelas para a periferia".

Diante das reclamações, moradores da favela dizem que estão sendo discriminados e que já chegaram a ouvir pedidos de que as lavanderias dos apartamentos não fiquem de frente para os vizinhos de luxo.

"Eles acham que somos menos do que eles, por isso não nos querem como vizinhos", afirmou a dona de casa Josefa Alves, 38, que há 20 anos vive na região.

"Convivo com eles há 15 anos. O problema é como a prefeitura tem conduzido a discussão" , disse o administrador Luiz Neto, morador de um dos prédios de luxo.

"O projeto não está bom nem para nós nem para eles", acrescentou Neto, que disse ter sido avisado das mudanças no projeto original por uma funcionária de sua casa que mora na favela.O Ministério Público informou que ainda está analisando a documentação apresentada pelos condomínios.Informações da Folha.

Como as religiões enfrentam suas crises...

...tentando apagar a História.

O grupo fundamentalista Católico Apostólico Romano denominado "Legionários de Cristo" (interessante a escolha do nome "legionários"), sofre intervenção do comando romano da igreja.
Seu fundador, um padre mexicano chamado Marcial Maciel, foi acusado de, por décadas abusar sexualmente de menores, inclusive de seus seis filhos, segundo comentários da imprensa internacional. Esse religioso estava prestes a ser beatificado, ou canonizado pelo comando romano do papa João Paulo II (o anti-comunista), pelo conjunto de sua obra: fundar uma seita tão reacionária quanto a máxima liderança desse grupo.
Um pedófilo que funda um grupo de ultra-direita pode ser considerado "modelo e guia da juventude", nas palavras do "infalível" líder romano, que o protegia e admirava, juntamente com cardeais da Cúria vaticana "por sua capacidade de mobilização e porque lhes aportava bastante dinheiro..."
A forma de punir ou prevenir esses crimes é interessante: Proibem e exibição de fotos de seu "santo" junto do "infalível" e da cúpula crápula que o vangloriava e nomeia um interventor junto à seita (de onde vem esse interventor?). Apagar a História em nome dos dogmas dos infalíveis e da manutenção desse grupo remanescente dos "cézares". Impedir que a população veja o que realmente são santos.

O texto abaixo foi extraído do blog contexto Livre.

Papa manda "apagar" da história um pedófilo de batina



Fotos como esta estão proibidas nos seminários católicos
O Vaticano determinou que os seminários e outras instalações católicas no mundo eliminem as fotografias, pinturas e outras recordações do padre Marcial Marcel, condenado por vários crimes de pedofilia e pai de vários filhos em diferentes países. Ele havia sido considerado pelo Papa João Paulo II um "modelo e guia da juventude", e chegou a ser cogitada sua canonização. Maciel morreu há dois anos, aos 88 de idade, depois de expulso de suas funções pelo Vaticano e enviado de volta a seu México natal.
Sua congregação, os "Legionários de Cristo", entretanto, não foi punida pelos crimes do fundador. Juan G. Bedoya, em matéria para "El País" de 24 e 25 de dezembro de 2010, afirma: "Protegido por João Paulo II e admirado por cardeais da Cúria vaticana por sua capacidade de mobilização e porque lhes aportava bastante dinheiro, o fundador legionário foi expulso de Roma a caminho de seu México natal tão logo tomou posse o sucessor do Papa polonês, Bento XVI. Foi o único castigo que recebeu em vida o carismático fundador".
O comissário pontifício que assinou o decreto punitivo proibe que os seguidores de Maciel festejem as datas de seu nascimento, batismo, ordenação sacerdotal. Somente a data de sua morte, o 30 de janeiro de 2008, será "dia dedicado à oração". Entre as fotos agora proibidas estão especialmente aquelas em que Maciel aparece ao lado do Papa anterior, sempre recebendo gestos de afeição. Também estão proibidas as referências públicas ao padre-fundador, que não pode mais ser chamado de "nosso Pai", como ocorria, mas apenas citado como "fundador da Legião de Cristo". Os escritos de Maciel não mais estarão à venda.
Apesar de tudo, reconhece-se a "liberdade pessoal" daqueles que queiram conservar "de maneira privada alguma fotografia do fundador, ler seus escritos ou escutar suas conferências gravadas".
A congregação reúne dezenas de milhares de fiéis pelo mundo, inclusive 800 padres, 61 dos quais ordenados na Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma, no Natal passado.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bancada do latifúndio e da monocultura de exportação ganha mais congressistas.


As árvores ao fundo ocupam o espaço de uns bons quilos de soja.
Rabelo quer dar um jeitinho nisso.

Do texto abaixo, extraído do Blog do Miro, esse blogueiro discorda de duas coisas:
1ª chamar essa "bancada" de ruralista (que seria um artista que pinta temas rurais), em vez de utilizar os termos mais adequados ao que representam: Bancada do latifúndio e da monocultura de exportação.
2ª a não inclusão, na lista de parlamentares da "bancada ruralista" de parlamentares de "esquerda", alinhados com esse grupo, como o deputado "comunista" de São Paulo, Aldo Rabelo e o petista gaúcho Paulo Pimenta, esse pela ferrenha defesa da liberação do plantio de cultivares clandestinas, contrabandeadas e plantadas contra a lei, por uma quadrilha de "ruralistas" (os transgênicos) e aquele pela defesa da "flexibilização" da legislação ambiental, que a deixará tão flexível que em breve soja será considerada "mata ciliar", ou reserva de "preservação temporária".
No demais, esses "representantes do povo" (do povo das Hilluxes), fortaleceram-se e devem continuar agindo em bando, em favor dos seus e contra os outros 185 milhões de brasileiros.

Bancada ruralista ganha força no Congresso

Reproduzo matéria publicada no sítio do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap):

A bancada ruralista, uma das mais eficientes do Congresso, cresceu nas eleições de 2010 e terá sua capacidade de atuação ampliada nas discussões, articulações e negociações de políticas públicas do setor no âmbito do Poder Legislativo.

Levantamento realizado pelo Diap aponta a reeleição ou eleição de 159 parlamentares que deverão priorizar, a partir de 2011, a agenda do setor rural.

Dos 159 parlamentares ruralistas, 91 são deputados reeleitos e 50 deputados novos. Para fechar a conta, há ainda 18 senadores, sendo dez atuais com mandato até 2015, seis novos e dois reeleitos que cumprirão mandato até 2019.

Na atual legislatura, o Diap identifica 120 parlamentares atuantes na defesa da agenda ruralista, apenas três a mais que a quantidade da legislatura passada, que contava com 117 representares do setor empresarial rural.

O Departamento classifica como integrante da bancada ruralista aquele parlamentar que, mesmo não sendo proprietário rural ou da área de agronegócios, assume sem constrangimento a defesa dos pleitos da bancada, não apenas em plenários e nas comissões, mas em entrevistas à imprensa e nas manifestações de plenário.

Enquadra-se nessa classificação o deputado reeleito Ônix Lorenzoni (DEM-RS), que mesmo não sendo dono de propriedade rural, atua e defende o setor rural na Comissão de Agricultura, principal colegiado da Câmara para onde convergem as demandas do setor rural. Além de Ônix, outros 21 deputados reeleitos integram atualmente a comissão permanente.

De composição pluripartidária, a bancada tem sido um exemplo de grupo de interesse e de pressão bem sucedido. O perdão de dívida é pauta constante dos ruralistas. Sempre que existe uma matéria relevante para votar, a bancada exige o perdão ou renegociação de dívidas, sob pena de votar contra o governo.

Em geral, os governos cedem no que é possível e não foi diferente no governo Lula. Em junho de 2005, por exemplo, os ruralistas emperraram a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2006. A bancada venceu a queda de braço com a base do governo numa negociação que perdurou duas semanas.

No topo da agenda atual da bancada ruralista estão as alterações do Código Florestal Brasileiro e a revisão dos índices de produtividade adotadas na reforma agrária.

A prioridade da frente inclui, ainda, temas espinhosos como mudanças na legislação trabalhista, fundiária, tributária, indigenista e quilombola, bem como a defesa de alterações na legislação ambiental e social que alegam indispensável à preservação da produtividade e a competitividade do setor.

A bancada ruralista também deve concentrar esforços para tratar de questões ligadas à limitação de compra de terras por estrangeiros, a ampliação de infra-estrutura e de logística, criação de unidades de conservação e de mudanças climáticas, bem como discussões sobre novas fontes de energia renovável.

A bancada ruralista na Câmara dos Deputados ganhou novos adeptos influentes no setor como o arrozeiro Paulo Cezar Quartiero (DEM-RR), porta-voz e defensor dos agricultores na demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol.

Outro nome bastante comemorado entre os novos ruralistas é o do deputado federal eleito Irajá Abreu (DEM-TO), filho da presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e senadora ruralista reeleita, Kátia Abreu (DEM-TO).

Entre os líderes ruralistas reeleitos, destaque para o deputado Homero Pereira (PR/MT), que liderou em 2005 o "tratoraço" e o locaute ruralista que fechou rodovias país afora em maio de 2006. O parlamentar é presidente da Federação Estadual de Agricultura de Mato Grosso.

Por gênero, a bancada ruralista é majoritariamente masculina. Apenas cinco mulheres freqüentam esse seleto grupo. São elas as novas deputadas federais Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha do ex-senador e ex-governador do DF, Joaquim Roriz, e Iracema Portela (PP-PI), esposa do deputado federal e senador eleito Ciro Nogueira (PP). Completam o grupo as senadoras reeleitas Kátia Abreu (DEM-TO) e Lúcia Vânia (PSDB-GO).

No Senado, a força do agronegócio será ainda maior na próxima legislatura com a chegada dos ex-governadores Blairo Maggi (PR-MT), Ivo Cassol (PP-RO), Luiz Henrique (PMDB-SC), Marcelo Miranda (PMDB-TO). Vai se juntar ao grupo o atual deputado federal, eleito para seu primeiro mandato de senador por Alagoas, Benedito de Lira (PP).

Por partido e região

Nas eleições de 2010, mantendo o resultado de outros pleitos, o PMDB elegeu a maior quantidade de ruralistas, 36 parlamentares, seguido do DEM e do PP, empatados com 24 representantes. O PSDB está com 22 ruralistas. O PR, 15, o PTB, 10, e o PDT nove ruralistas.

Outros seis partidos também integram a elite ruralista com deputados eleitos ou reeleitos. O PPS com seis, o PSC com cinco, o PSB com quatro, o PMN dois, o PRB e o PTdoB com um deputado cada.

Um dado bastante interessante na bancada ruralista é o fato de que tanto na Câmara quanto no Senado a região Nordeste lidera o ranking de parlamentares ruralistas. Dos 141 deputados ruralistas, 48 são da região nordeste, e destes, 17 são da Bahia. No Senado, dos 18 ruralistas, sete são da região nordeste e dois deles do estado de Alagoas.

A região Sudeste possui a segunda maior bancada ruralista na Câmara, com 37 parlamentares. Já no Senado, a região que agrupa o maior colégio eleitoral do país não possui nenhum senador ruralista.

A região Sul, que ocupa na Câmara a terceira maior bancada ruralista, ficou com a última posição no Senado, apenas dois representantes. Entre eles, o senador Cassildo Maldaner (PMDB-SC), 1º suplente do senador eleito governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM). Maldener será efetivado no mandato e permanecerá no cargo até 2015.

A 54ª legislatura será marcada pela aplicação plena da fidelidade partidária com o mandato parlamentar pertencendo ao partido e não mais ao deputado ou senador eleito.

Mesmo assim, por conta do reforço dos novos ruralistas sufragados nas urnas, da unidade de atuação e da agenda propositiva, a bancada ruralista tem grande potencial para continuar influente em relação às propostas voltadas para o agronegócio nacional e para o mercado externo.

Bancada ruralista na Câmara dos Deputados

Abelardo Lupion (DEM/PR) - Reeleito
Ademir Camilo (PDT/MG) - Reeleito
Aelton Freitas (PSDB/MG) - Reeleito
Afonso Hamm (PP/RS) - Reeleito
Alex Canziani (PTB/PR) - Reeleito
Alexandre Silveira (PPS/MG) - Reeleito
Alfredo Kaefer (PSDB/PR) - Reeleito
Aline Correa (PP/SP) - Reeleita
Almeida Lima (PMDB/SE) - Novo
Anibal Gomes (PMDB/CE) - Reeleito
Antônio Andrade (PMDB/MG) - Reeleito
Antonio Imbassahy (PSDB/BA) - Novo
Aracely de Paula (PR/MG) - Reeleito
Arnaldo Jardim (PPS/SP) - Reeleito
Arnon Bezerra (PTB/CE) - Reeleito
Arthur Lira (PP/AL) - Novo
Arthur Maia (PMDB/BA) - Novo
Asdrubal Bentes (PMDB/PA) - Reeleito
Átila Lira (PSB/PI) - Reeleito
Augusto Coutinho (DEM/PE) - Novo
Bernardo Santana (PR/MG) - Novo
Betinho Rosado (DEM/RN) - Reeleito
Bilac Pinto (PR/MG) - Reeleito
Carlaile Pedrosa (PSDB/MG) - Novo
Carlos Alberto Leréia (PSDB/GO) - Reeleito
Carlos Bezerra (PMDB/MT) - Reeleito
Carlos Melles (DEM/MG) - Reeleito
Cesar Halim (PPS/TO) - Novo
Cezar Silvestri (PPS/PR) - Reeleito
Diego Andrade (PR/MG) - Novo
Dilceu Sperafico (PP/PR) - Reeleito
Dimas Fabiano (PP/MG) - Novo
Domingos Sávio (PSDB/MG) - Novo
Dona Iris (PMDB/GO) - Reeleita
Duarte Nogueira (PSDB/SP) - Reeleito
Edinho Araújo (PMDB/SP) - Novo
Edinho Bez (PMDB/SC) - Reeleito
Edmar Arruda (PSC/PR) - Novo
Eduardo Gomes (PSDB/TO) - Reeleito
Eliene Lima (PP/MT) - Reeleito
Espiridião Amin (PP/SC) - Novo
Fábio Souto (DEM/BA) - Reeleito
Felix Jr. (PDT/BA) - Novo
Fernando Torres (DEM/BA) - Novo
Genecias (PMDB/CE) - Novo
Genecias Mateus (PMDB/CE) - Novo
Geraldo Thadeu (PPS/MG) - Reeleito
Giovani Cherini (PDT/RS) - Novo
Giovanni Queiroz (PDT/PA) - Reeleito
Giroto (PMDB/MS) - Reeleito
Gonzaga Patriota (PSB/PE) - Reeleito
Hauly (PSDB/PR) - Reeleito
Hélio Santos (PSDB/MA) - Reeleito
Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) - Reeleito
Heuler Cruvinel (DEM/GO) - Novo
Homero Pereira (PR/MT) - Reeleito
Inocêncio Oliveira (PR/PE) - Reeleito
Iracema Portela (PP/PI) - Nova
Irajá Abreu (DEM/TO) - Reeleito
Jaqueline Roriz (PMN/DF) - Nova
João Campos (PSDB/GO) - Reeleito
João Carlos Bacelar (PR/BA) - Reeleito
João Lyra (PTB/AL) - Novo
João Magalhães (PMDB/MG) - Reeleito
João Maia (PR/RN) - Reeleito
Joaquim Beltrão (PMDB/AL) - Reeleito
Johnathan de Jesus (PRB/RR) - Novo
José Carlos Araújo (PDT/BA) - Reeleito
José Linhares (PP/CE) - Reeleito
José Nunes (DEM/BA) - Novo
José Rocha (DEM/BA) - Reeleito
Josue Bengtson (PTB/PA) - Novo
Jovair Arantes (PTB/GO) - Reeleito
Júlio Campos (DEM/MT) - Novo
Júlio Cesar (DEM/PI) - Reeleito
Julio Semeghini (PSDB/SP) - Reeleito
Junior Coimbra (PMDB/TO) - Novo
Junji Abe (DEM/SP) - Novo
Lael Varella (DEM/MG) - Reeleito
Laurez Moreira (PSB/TO) - Novo
Lázaro Botelho (PP/TO) - Reeleito
Leandro Vilela (PMDB/GO) - Reeleito
Leonardo Quintão (PMDB/MG) - Reeleito
Leopoldo Meyer (PSB/PR) - Novo
Lira Maia (DEM/PA) - Reeleito
Lourival Mendes (PTdoB/MA) - Reeleito
Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA) - Novo
Luiz Argôlo (PP/BA) - Novo
Luiz Carlos Heinze (PP/RS) - Reeleito
Luiz Fernando Farias (PP/MG) - Reeleito
Mandetta (DEM/MS) - Novo
Marcio Bittar (PSC/AC) - Novo
Marçal Filho (PMDB/MS) - Reeleito
Marcelo Castro (PMDB/PI) - Reeleito
Marcio Reinaldo (PP/MG) - Reeleito
Marcos Medrado (PDT/BA) - Novo
Marcos Montes (DEM/MG) - Reeleito
Mário de Oliveira (PSC/MG) - Reeleito
Mário Negromonte (PP/BA) - Reeleito
Mauro Benevides (PMDB/CE) - Reeleito
Milton Monti (PR/SP) - Reeleito
Moacir Micheletto (PMDB/PR) - Reeleito
Moreira Mendes (PPS/RO) - Reeleito
Nelson Marchezan Júnior (PSDB/RS) - Novo
Nelson Marquezelli (PTB/SP) - Reeleito
Nelson Meurer (PP/PR) - Reeleito
Nelson Padovani (PSC/PR) - Novo
Newton Cardoso (PMDB/MG) - Reeleito
Onyx Lorenzoni (DEM/RS) - Reeleito
Oziel Oliveira (PDT/BA) - Novo
Paulo Cesar Quartiero (DEM/RR) - Novo
Paulo Magalhães (DEM/BA) - Reeleito
Paulo Piaui (PMDB/MG) - Reeleito
Pedro Fernandes (PTB/MA) - Reeleito
Pedro Novais (PMDB/MA) - Reeleito
Raimundão (PMDB/CE) - Novo
Raimundo Matos (PSDB/CE) - Reeleito
Raul Lima (PP/RR) - Novo
Reinaldo Azambuja (PSDB/MS) - Novo
Renato Molling (PP/RS) - Reeleito
Renzo Braz (PP/MG) - Novo
Roberto Balestra (PP/GO) - Reeleito
Roberto Britto (PP/BA) - Reeleito
Rodrigo de Castro (PSDB/MG) - Reeleito
Rodrigo Garcia (DEM/SP) - Novo
Ronaldo Benedet (PMDB/SC) - Novo
Ronaldo Caiado (DEM/GO) - Reeleito
Sandro Mabel (PR/GO) - Reeleito
Saraiva Felipe (PMDB/MG) - Reeleito
Sérgio Brito (PSC/BA) - Reeleito
Sérgio Guerra (PSDB/PE) - Novo
Sérgio Moraes (PTB/RS) - Reeleito
Vaz de Lima (PSDB/SP) - Novo
Vicente Arruda (PR/CE) - Reeleito
Vilson Covatti (PP/RS) - Reeleito
Walter Tosta (PMN/MG) - Novo
Wellington Fagundes (PR/MT) - Reeleito
Wellington Roberto (PR/PB) - Reeleito
Zé Silva (PDT/MG) - Novo
Zé Vieira (PR/MA) - Reeleito
Zenaldo Coutinho (PSDB/PA) - Reeleito

Bancada ruralista no Senado Federal

Álvaro Dias (PSDB/PR) - Atual - mandato até 2015
Benedito de Lira (PP/AL) - Novo - mandato até 2019
Blairo Maggi (PR/MT) - Novo - mandato até 2019
Cassildo Maldaner (PMDB/SC) - Atual - mandato até 2015
Eunício Oliveira (PMDB/CE) - Novo - mandato até 2019
Garibaldi Alves (PMDB/RN) - Atual - mandato até 2015
Ivo Cassol (PP/RO) - Novo - mandato até 2019
Jayme Campos (DEM/MT) - Atual - mandato até 2015
João Durval (PDT/BA) - Atual - mandato até 2015
João Vicente Claudino (PTB/PI) - Atual - mandato até 2015
José Sarney (PMDB/AP) - Atual - mandato até 2015
Kátia Abreu (DEM/TO) - Atual - mandato até 2015
Lúcia Vânia (PSDB/GO) - Reeleita - mandato até 2019
Marcelo Miranda (PMDB/TO) - Novo - mandato até 2019
Mário Couto (PSDB/PA) - Atual - mandato até 2015
Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR) - Atual - mandato até 2015
Renan Calheiros (PMDB/AL) - Reeleito - mandato até 2019
Vital do Rêgo Filho (PMDB/PB) - Novo - mandato até 2019

Folha de São Paulo introduziu ovos na carne suína.

É sério, leia o texto abaixo, extraído do Blog Cloaca News:

FOLHA DE S.PAULO CONSEGUE DESBANCAR ZERO HORA

.
Após o gozo pleno de merecido recesso bloguense, eis que nos deparamos, ontem, 11, com esta maravilha do jornalismo hodierno. Graças aos ilustradíssimos profissionais da modelar gazeta paulistana, ficamos sabendo que a laboriosa comunidade científica germânica encontrou “produtos à base de frango” entranhados nos lombinhos dos leitões. Ao memo tempo, soubemos do descontentamento das galinhas poedeiras com a desditosa notícia.
Como se pode ver, não há substâncias mais tóxicas para a sociedade que a estupidez, a burrice e o analfabetismo funcional de certos conglomerados mafiomidiáticos, se levarmos em conta que o governo tucano paulista comprou milhares de assinaturas de tal diário para “instruir” os estudantes da rede pública.
Por sua vez, o tabloide do Grupo RBS, tradicional veiculador de patacoadas, promete dar o troco já em sua próxima edição, retomando para si o galardão de Campeão da Ignorância.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Falha de São Paulo enfrenta os defensores da liberdade de empresa.

Do Blog do Miro:

http://desculpeanossafalha.com.br/

 
Por Altamiro Borges

A brutal perseguição imposta ao blog satírico Falha de S. Paulo, que foi censurado, processado e ainda corre risco de pagar multa, está dando uma baita dor de cabeça à famiglia Frias. Agora é a própria ombudsman da Folha, Suzana Singer, que reconhece que a empresa deu um tiro no pé. No artigo intitulado “David e Golias” – será que ela ainda acha que o jornal em que trabalha é tão forte assim? –, a conclusão é taxativa: “O processo da Folha contra a ‘Falha’ prejudica mais o jornal do que o blog humorístico”.

Para quem não conhece a história, o blog foi criado em setembro passado pelos irmãos Lino e Mário Bocchini. O primeiro até já trabalhou num dos jornais do Grupo Folha e tem um vasto currículo na chamada grande imprensa. Críticos da postura direitista do jornal, que durante a campanha presidencial virou palanque eleitoral do demotucano José Serra, eles resolveram fazer um sítio com sátiras hilárias e irreverentes às capas, reportagens, colunistas e chefões da empresa jornalística.

Guerrilha virtual foi decisiva

A famiglia Frias, que adora posar de guardiã da liberdade de expressão, perdeu o senso de humor e partiu para a retaliação mais violenta. Alegou que o uso do nome Falha, inclusive com um logotipo similar, confundia os leitores. Em outubro, uma liminar da Justiça tirou o blog do ar. O processo será julgado em primeira instância e a empresa ainda exige indenização dos seus criadores. A vida deles virou um inferno jurídico, com altos custos financeiros e muito dispêndio de tempo e energia.

Mas a prepotente Folha não esperava a atitude corajosa dos irmãos Bocchini, que resolveram resistir ao ex-poderoso Golias. Eles mantiveram a blog, agora com o nome “Desculpe a nossa Falha” e partiram para a guerrilha virtual. A família Frias também não contava com a força da internet, que difundiu a denúncia. De todos os cantos, surgiram manifestações de apoio ao blog. Julian Assange, vítima de perseguição devido as revelações do WikiLeaks, usou o rival Estadão para criticar a Folha. O Financial Times afirmou que sua “reputação desandou” e até a ONG Repórteres Sem Fronteiras, ligada aos barões da mídia, condenou a Folha.

A derrota do “gigante malvado”

Diante da inusitada reação, finalmente a ombudsman da Folha decidiu registrar o episódio – que o jornal omitia dos seus leitores. Fiel à empresa que paga seu salário, Suzana crítica o blog – “que fazia paródias – grosseiras – das notícias e insultava jornalistas, sempre na tentativa de mostrar que a Folha protegia José Serra”. Mas, numa atitude digna, ela reconhece: o jornal perdeu a batalha. “Um micaço. A definição, dada pelo humorista Claudio Manoel, do extinto "Casseta & Planeta", é perfeita para definir o processo que a Folha decidiu mover contra o blog "Falha de S. Paulo”.

Para ela, o fator decisivo nesta batalha foi a globosfera. “Os irmãos Lino e Mario Ito Bocchini conseguiram montar uma guerrilha poderosa na internet. Tanto barulho só se justifica porque a ‘Falha’ conseguiu convencer uma parte da opinião pública de que o processo é uma tentativa de censura. A Folha discorda... Nessa batalha de David contra Golias, o papel do gigante malvado coube à Folha, que teve sua imagem muito mais prejudicada do que se tivesse simplesmente ignorado as pedrinhas dos irmãos blogueiros”. É bom o ex-poderoso Golias recuar rapidamente, porque novas “pedrinhas” ainda serão lançadas contra a censura

domingo, 9 de janeiro de 2011

Folha de São Paulo quer levar Dilma à fogueira.

Do Blog Vi o Mundo, do jornalista Carlos Azenha:

Folha tira Bíblia e crucifixo do gabinete de Dilma

Da Folha de S. Paulo, com chamada na capa (Dilma impõe rapidez, troca móveis e tira Bíblia da mesa):
Bíblia e crucifixo são retirados do gabinete de Dilma no Planalto
DE BRASÍLIA
Em sua primeira semana, Dilma Rousseff fez mudanças em seu gabinete. Substituiu um computador por um laptop e retirou a Bíblia da mesa e o crucifixo da parede.
Durante a campanha eleitoral, a então candidata se declarou católica e foi atacada pelos adversários sob a acusação de ter mudado suas posições religiosas.
A presidente também trocou móveis para deixar o ambiente “mais confortável”. Os estofados coral, usados no Palácio do Catete no governo Vargas, foram substituídos por poltronas e um sofá da linha Navona, do arquiteto Sergio Rodrigues.
Dilma começou a trabalhar às 9h30. O primeiro compromisso é com Helena Chagas (Comunicação Social) para se informar; a seguir, com o chefe de gabinete, Gilles Azevedo; depois com Antonio Palocci (Casa Civil).
A presidente não tolera atrasos. Pede objetividade e não gosta de expressões como “eu acho”. Apesar do estilo rígido, um interlocutor que acompanhou os primeiros dias de Lula no poder diz que a sensação é de que Dilma está “mais à vontade”.
No período inicial, uma semelhança entre eles: Lula priorizou a agenda interna. Dilma faz o mesmo ao ter o trabalho dominado por reuniões com ministros.
Abaixo, de acordo com a Maria Frô, a resposta da ministra Helena Chagas no twitter:



República "Carola" da Folha/Serra.

Nota do blogueiro: Não seria motivo para alarde a simples retirada de dois objetos do gabinete presidencial (dentre tantos que foram substituídos). Mas esses dois, tem um potencial destrutivo imenso, e foram utilizados como "munição eleitoral" pelo candidato derrotado, o tucano-carola-de-ocasião José Serra: o suposto ateísmo da então candidata, Dilma Roussef.
Uma eleição que se encaminhou para uma disputa obscurantista de quem seria mais "carola", como se fé importasse em algo para a condução da política pública, sendo pré-requisito para a disputa de cargos públicos.
Um excelente candidato, por ser ateu, seria derrotado por entusiastas e fanáticos, defensores de valores religiosos ao Estado, uma verdadeira ameaça à conquista que pôs fim à perseguição institucional religiosa: a separação entre os interesses públicos (o Estado) e os interesses das igrejas, o Estado Laico.
A Folha de São Paulo, tenta enviar a Presidente à fogueira da "inquisição moral", para onde são enviados todos os que não seguem o padrão carola de pensamento e vida.

Kayser sobre Ronaldinho...


Do Blog do Kayser:

Personalidade do Ano



Os Negociadores

Pelo menos, depois de passar a perna nos nossos espertos dirigentes, o Assis não dançou um Kidiaba. Ainda não...

Nota do blogueiro: Obrigado Flamengo!
O problema Moreiras agora está na Gávea.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Os exércitos da Coca-Cola.

E afirmam que a Venezuela tem um regime ditatorial.
Extraído do Blog do Miro:

A militarização da Coca-Cola na Colômbia



Em 21 de dezembro passado, a Polícia Nacional da Colômbia invadiu violentamente as instalações de engarrafamento da Coca-Cola em Medellín. Utilizou tanques blindados, escudos e armas, e disparou gases químicos para intimidar os subcontratados que estavam em greve. A ocupação foi solicitada pela direção da multinacional. O conflito foi militarizado e os trabalhadores foram obrigados a suspender a greve e a aceitar o compromisso verbal da empresa de resolver o impasse.

Lideranças grevistas foram demitidas. Durante vários dias, a polícia permaneceu dentro da fábrica da Coca-Cola, 24 horas por dia, aterrorizando os trabalhadores. A estreita relação da multinacional com o governo entreguista da Colômbia não causa estranheza. Não é a primeira vez que a Polícia Nacional é acionada para reprimir, coagir e aterrorizar os trabalhadores que reclamam o respeito pelos seus direitos.

A Coca-Cola inclusive se jacta diante dos seus acionistas por usar o terror para obter maior lucratividade em seus negócios no país. A relação com as Forças Armadas é descarada. Nâo é para menos que a multinacional realizou a sua assembléia anual de acionistas, em fevereiro passado, no Forte Militar de Tolemaida (Centro Nacional de Treino Cenae), no município de Melgar Tolima. Tolemaida é uma das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia.

Como afirma um documento do sindicato operário, "agora as instalações da Coca-Cola não são só fábricas de engarrafamento, mas também quartéis da polícia...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Medicina para que, se temos "desencapetamentos"?

Abaixo o arrepiante quadro dos, definidos por Nietzche como "pobres de espírito", que definham levando carregando doações aos seus templos, endereçadas a um ser invisível, onipotente e onisciente que não vive sem uma graninha, em troca de uma cura milagrosa, que de tão milagrosa, nunca ocorre.
Em nome da fé cega, esses caminhantes entregam-se aos lucrativos devaneios dos administradores dessas máquinas arrecadadoras (e ainda isentas da cobrança de impostos).
No lugar de um plano de saúde (já que esses promovem o sucateamento do sistema público), o pagamento de dízimos, no lugar de um check-up, um "desencapetamento", um "passe", uma "benção", um "saravá", uma "macumba", um "mizifio" qualquer.
O texto abaixo foi extraído do Blog Contexto Livre:

Cerca de 100 mil brasileiros buscam a cura na religião

Há quase 100 mil pessoas no Brasil que, quando ficam doentes, não procuram um posto médico, nem clínica, nem hospital.
Preferem se entregar a religiosos que oram ou rezam por sua cura, ou a curandeiros que dizem receber espíritos pra operar milagres e restaurar a saúde dos que acreditam.
Segundo a pesquisa "Um Panorama da Saúde no Brasil - acesso e utilização dos serviços, condições de saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008", divulgada neste 31 de março pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde, 97 mil brasileiros costumam procurar seu "serviço de saúde" em cultos religiosos quando precisam de atendimento.
Obviamente, este não foi o dado destacado pelos divulgadores oficiais, até porque o número de pessoas envolvidas nesta observação é muito pequeno se comparado com o universo de 139,9 milhões que costumam buscar outro tipo de serviço de saúde.
Mas não deixa de ser curioso perceber este número tão expressivo, em termos absolutos, daqueles que costumam, exclusivamente, preferir receber uma oração ou mandinga espiritual do que procurar um profissional. E esse número ficaria ainda maior se incluísse aqueles que declararam que costumam buscar outro tipo de atendimento profissional, mas que não deixam de ir também nos cultos de curas.
A tabela que traz a informação religiosa, intitulada "Características de saúde dos moradores - Tabela 2.9: Pessoas que normalmente procuravam o mesmo serviço de saúde quando precisavam de atendimento de saúde, por tipo de serviço normalmente procurado, segundo os grupos de idade, o sexo e as classes de rendimento mensal domiciliar per capita - Brasil - 2008", chama de "outros" a opção dos 97 mil brasileiros.
Mas, nas explicações finais do relatório, o texto dá um detalhamento maior ao tópico, deixando clara a que tipo de escolha se refere: "outro tipo de serviço (curandeiro, centro espírita etc.) – quando a pessoa tem o hábito de procurar o mesmo serviço que presta atendimento de saúde informal (culto religioso voltado para a cura divina, terreiro de umbanda, centro espírita, pajelança, curandeiro, rezadeira, curiosa, benzedor, pai de santo, entidade espírita, pessoa que presta alguma atividade de atenção à saúde sem ter formação profissional nesta área etc.)".
O relatório ressalta que está excluída desta opção "o serviço prestado por profissional de saúde que atende em consultório, clínica ou posto de saúde mantido por culto religioso". Dos que buscam culto religioso ou curandeiro, 50 mil são mulheres, sendo 26 mil com mais de 40 anos.
Quando considerado ambos os sexos, 45 mil têm mais de 40 anos e 60 mil tem rendimento menor que um salário mínimo. Os outros serviços de saúde relacionados na pesquisa, e o número de pessoas que buscam neles o atendimento, são: Posto ou centro de saúde (79.422.000, o mais procurado), Consultório particular (26.851.000), Ambulatório de hospital (17.073.000), Pronto-socorro ou emergência (7.088.000), Ambulatório ou consultório de clínica (5.877.000), Farmácia (2.148.000), Ambulatório ou consultório de empresa ou sindicato (1.008.000) e Agente comunitário de saúde (320.000).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Dilma "enquadra" o general do "fato histórico".

Do Blog Diário Gauche, do sociólogo Cristóvão Feil:

Dilma manda chamar general e pede explicações sobre "fato histórico"


Gorila quis banalizar violações aos direitos humanos durante ditadura civil-militar

As manifestações do novo chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, general José Elito Siqueira (na foto com Dilma), criaram mal-estar ontem, no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff chamou Elito em seu gabinete na noite de ontem para pedir explicações. A informação é da Folha.

No dia de sua posse, Elito Siqueira se posicionou contra a criação da Comissão da Verdade e disse que os desaparecidos políticos são um "fato histórico" do qual "nós não temos que nos envergonhar ou vangloriar".

Segundo o projeto enviado pelo governo, a Comissão da Verdade terá a "finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos" durante a ditadura.

Durante o dia, a presidente fez chegar ao general sua insatisfação com as declarações, já que o governo Lula enviou no ano passado projeto de lei ao Congresso Nacional em apoio ao órgão.

A mídia apurou que Elito disse a Dilma que foi "mal compreendido" pelos jornalistas durante a entrevista e que as reportagens não retrataram o que ele disse.

Dilma não gostou da manifestação do general que é claramente contrária à posição de seu governo e do antecessor. Dilma era ministra da Casa Civil quando o projeto de lei da Comissão da Verdade foi formatado.

O vice-presidente Michel Temer minimizou os comentários de Elito. Questionado se não era contraditório a presidente, torturada durante a ditadura, ter como subordinado próximo um general contrário a investigações sobre episódios de tortura no regime militar, Temer disse que a pergunta deveria ser feita à própria presidente.

"Acho que é a opinião dele, né? Não vou me manifestar a respeito da opinião dele", disse o vice de Dilma.

O ministro Nelson Jobim (Defesa), sem se referir especificamente ao general, limitou-se a dizer que a posição do governo é pela criação da Comissão da Verdade, nos termos do projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso em maio passado.

A nova ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou, via assessoria, que seu posicionamento sobre o assunto é público e foi exposto em seu discurso de posse, anteontem.

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O episódio demonstra uma diferença qualitativa entre o estilo político do ex-presidente Lula - excessivamente conciliador - e a presidenta Dilma, especialmente no tema da memória histórica da ditadura civil-militar de 1964-85.

Um dos grandes passivos do governo Lula foi essa renitência em não revolver o nosso passado ditatorial e repressivo, ao contrário dos governos democráticos do Uruguai, Argentina e Chile. A situação é agravada pela escolha, por Lula, de um ministro protofascista e americanófilo como Nelson Jobim na pasta da Defesa. A manutenção de Jobim (ou JohnBin) é um dos mistérios do novo governo Dilma Rousseff. De qualquer forma, o gesto pronto e decidido da presidenta na noite de ontem é um indicativo de indisposição para com os subordinados de Jobim (ou JohnBin).

Só por isso, já valeu o meu voto em 3 de outubro último.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

dsfsdfdsfdsfdsfsdf

Do site da Globo:
dsfsdfdsfdsfdsfsdf?

O que o redator queria escrever com as letras "fds"? Se a nota fosse sobre Lula, Dilma ou outro petista eu saberia...
Print extraído do perfil do Facebook do São Borjense Eduardo Martinez (O Carteiro do Poeta).

Algum tempo depois: