quarta-feira, 31 de março de 2010

Eles querem a volta da "Educação Moral e Cívica"...

Um dos maiores atentados cometidos pela última ditadura (1964-1985), sem dúvida, foi a degradação dos currículos escolares e universitários.
Os "acordos" MEC-USAID, a reforma universitária (Lei nº. 5.540/68), que desfiguraram o ensino no país, formando duas categorias de escolas, as tecnicistas, para os filhos dos operários, que aprenderiam a serm operários, e as científicas, para os filhos da elite, que os levariam até a universidade.
Nessa linha, e com o famoso lema da "segurança nacional" e do enfrentamento da "ameaça vermelha", disciplinas humanas foram varridas dos currículos escolares e dos cursos superiores. Sociologia e Filosofia, báscias para a formação de qualquer senso crítico, foram substituídas por Educação Moral e Cívica, no ensino fundamental (ensinava a cantar o Hino Nacional e a vangloriar os "Grandes Heróis da pátria"), OSPB (Organização Social e Política Brasileira), para o ensino médio (repetia as mesmas coisas, mas com um viés mais institucional, voltado a formar indivíduos seguidores da ordem estabelecidas), e a famosa EPB, Estudo dos Problemas Brasileiros, para o ensino superior (os problemas eram todos vermelhos). Disciplinas´de viés tecnicista e sem nenhum aprofundamento teórico-crítico.
A própria História, praticamente fundida à Geografia, mutilada de toda a teoria (porque era coisa de comunista), foi deixada de lado, como uma opção de seunda ou terceira categoria.
A prevalacência do técnico sobre o humano.
não causa-me estranhesa, ler a matéria do panfleto-político e ideológico chamado VEJA, na qual indiscriminadamente ataca o retorno das disciplinas de Sociologia e Filosofia aos currículos escolares de forma obrigatória, sob argumentação que relembra o tom de "caça às bruxas", instalado após o glpe de 64, classificando a decisão de ideológica e pouco prática.
O próprio título da matéria, remete a velha discussão entre os valores das humanas, frente as disciplinas técnicas ("Agora obrigatórias no ensino médio brasileiro, as aulas de sociologia e filosofia abusam de conceitos rasos e tom panfletário. Matemática que é bom..."), obviamente, posicionando-se ideológicamente a favor de um campo, o técnico: "e a matemática que é bom".
Sempre amparada por especialistas, de especialidades duvidosas (incluíndo comentaristas do panfleto-revista), a matéria é baseada na crença liberal, de que a educação deve ser conduzida por técnicos, para formar técnicos.
A quem assusta tanto um cidadão pensante?
Estudantes questionadores?
A mim não.
Mas à Veja...
Abaixo o texto a que me refiro:
Sob o domínio da ideologia
Marcelo Bortoloti
Veja - 29/03/2010
Ideologia na cartilha
Agora obrigatórias no ensino médio brasileiro, as aulas de sociologia e filosofia abusam de conceitos rasos e tom panfletário. Matemática que é bom...
Os 8 milhões de estudantes brasileiros matriculados no ensino médio passaram a receber neste ano aulas de sociologia e filosofia - disciplinas que, por lei, se tornaram obrigatórias em escolas públicas e particulares. Com base nas diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação, cada estado fez o seu currículo, no qual a maioria dos colégios privados também se espelha em algum grau. A leitura atenta desse material traz à luz um festival de conceitos simplificados e de velhos chavões de esquerda que, os especialistas concordam, estão longe de se prestar ao essencial numa sala de aula: expandir o horizonte dos alunos. Não faltam exemplos de obscurantismo. Para se ter uma ideia, no Acre uma das metas do currículo de sociologia é ensinar os estudantes a produzir regimentos internos para sindicatos de trabalhadores - verdadeiro absurdo. Um dos explícitos objetivos das aulas em Goiás, por sua vez, é incrustar no aluno a ideia de que "a constante diminuição de cargos em empresas do mundo capitalista é um fator estrutural do sistema econômico" (visão pedestre que desconsidera o fato de que esse mesmo regime resultou em mais e melhores empregos no curso da história). Sem dar às questões a complexidade que elas merecem, as aulas abrangem de tudo: no Espírito Santo, por exemplo, a filosofia abarca da culinária capixaba aos ritmos indígenas. Conclui o sociólogo Simon Schwartzman: "Tratadas com superficialidade e viés ideológico, essas disciplinas só tendem a estreitar, no lugar de ampliar, a visão de mundo".

O viés presente nas aulas de sociologia e filosofia tem suas raízes fincadas nas faculdades de ciências sociais - de onde saíram, ou a que ainda pertencem, os professores responsáveis pela confecção dos atuais currículos. Desde a década de 70, quando se firmaram como trincheiras de combate à ditadura militar nas universidades, tais cursos se ancoram no ideário marxista, à revelia da própria implosão do comunismo no mundo - e estão cada vez mais distantes do rigor e da complexidade do pensamento do alemão Karl Marx (1818-1883). Diz a doutora em ciências sociais Eunice Durham, da Universidade de São Paulo: "Boa parte dessas faculdades propaga apenas panfletos pseudomarxistas repletos de clichês e generalizações, sem se dar sequer ao trabalho de consultar o original". Isso se reflete agora, e de forma acentuada, nos currículos escolares de sociologia e filosofia, criticados até mesmo por quem participou da feitura deles. À frente da equipe que compôs os do Rio de Janeiro, a educadora Teresa Pontual, subsecretária estadual de Educação, chega a reconhecer: "Se criássemos diretrizes distantes demais da realidade dos professores, eles simplesmente não as aplicariam na sala de aula - fomos apenas realistas".

Sob a influência francesa, a sociologia e a filosofia começaram a ganhar espaço no ensino médio brasileiro no fim do século XIX, até se tornarem obrigatórias, ainda que com pequenas interrupções, entre 1925 e 1971. Seu retorno definitivo ao currículo, sacramentado por uma lei aprovada no Congresso dois anos atrás para entrar em vigor justamente agora, era um pleito antigo dos sindicatos dos profissionais dessas áreas. Em 2001, projeto de lei com o mesmo propósito havia passado pelo Congresso, só que acabou vetado pelo então presidente (e sociólogo) Fernando Henrique Cardoso. À época, um parecer do MEC afirmava que os gastos para os estados seriam altos demais e que não havia no país professores em número suficiente para atender à nova demanda. Desta vez, o próprio ministro Fernando Haddad, filósofo de formação, empenhou-se para aprovar o texto. Daqui para a frente, de acordo com um levantamento do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, serão recrutados mais 20 000 professores no país inteiro. Trata-se de algo temerário, segundo alerta o sociólogo Bolívar Lamounier: "Não há tanta gente qualificada para desempenhar tal função no Brasil". A experiência recente das próprias escolas já sinaliza isso. "Está sendo duríssimo achar professores dessas áreas que sejam desprovidos da visão ideológica", conta Sílvio Barini, diretor do São Domingos, colégio particular de São Paulo.

Ao obrigar as escolas a ensinar sociologia e filosofia a todos os alunos, o Brasil se junta à maioria dos países da América Latina - e se distancia dos mais avançados em sala de aula, que oferecem essas disciplinas apenas como eletivas. Deixá-las de fora da grade fixa é uma decisão que se baseia no que a experiência já provou. Resume o economista Claudio de Moura Castro, articulista de VEJA e especialista em educação: "Os países mais desenvolvidos já entenderam há muito tempo que é absolutamente irreal esperar que todos os estudantes de ensino médio alcancem a complexidade mínima dos temas da sociologia ou da filosofia - ainda mais num país em que os alunos acumulam tantas deficiências básicas, como o Brasil". Em outros países da América Latina, esse tipo de iniciativa também costuma resvalar em aulas contaminadas pela ideologia de esquerda, preponderante nas escolas. Não será desse jeito que o Brasil dará o necessário passo rumo à excelência.

Lula desmonta o P.I.G.

P.I.G = Partido da Imprensa Golpista.
Foram sete anos de agressões sistemáticas, mostrando o que convinha, escondendo o que convinha. O Partido da Imprensa Golpista golpeou o Governo Lula com tanta força, com tanta gana, que em certos momentos, tínhamos a impressão de que o próximo movimento era o apoia a uma quartelada, como a do 1º de abril de 1964.
Isso sem contar as armações que o impediram de ser presidente, desde a primeira candidatura, em 1989.
Em fim de mandato, um desabafo. em fim de mandato, um recado, nada sutil, mas muito verdadeiro, do Presidente Lula, ao P.I.G.
No vídeo abaixo:
"Eles sabem que o Brasil mudou de patamar."

segunda-feira, 29 de março de 2010

Programas de inclusão de Zé Pedágio.


"Cuidadores voluntários"

Governo Serra não cumpre a Lei.
A reportagem abaixo, extraída do "Jornal da Tarde", mostra a "sensibilidade, o compromisso com a educação, a legalidade e o caráter social do Governo Demo-Tucano de José Serra, no Estado de São Paulo.
Pais de filhos portadores de deficiência tem de acompanhar seus filhos à escola, pois essas não estão preparadas para recebê-los.
Dentro da velha ótica tucana de "xoques de jestã", o governo de Zé Pedágio desampara, justamente os alunos que mais precisam da estrutura do Estado para ter acesso à educação.
A simples idéia de destacar um dos pais para acompanhar o filho deficiente à escola é patética na essência, uma mostra de que esse governo surfa em nuvens cor de rosa, alheio à vida urbana moderna.
Normalmete, ambos os pais trabalham, é uma parte do sacriício necessário para sobreviver em cidades como São Paulo, onde somente o custo de transporte consome cerca de 15 a 20% da renda de um trabalhador. Ter uma criança, portadora de deficiência, requer uma logística mais sofisticada, para proporcionar um mínimo de conforto e diginidade a alguém que nãopode fazer tudo sozinho. Isso demanda gastos maiores.
E o presidenciável José Serra quer que um dos pais estreja de prontidão, como um funcionário da escola, para realizar a tarefa que o estado deveria manter?
Onde Serra anda aplicando o dinheiro do Fundeb?

Segue reportagem do Jornal da Tarde:


Fábio Mazzitelli,

Mariana Lenharo

As escolas estaduais paulistas estão pedindo aos pais de estudantes com deficiência física que fiquem com os filhos na classe durante o período de aula. A presença de um familiar na escola é colocada por diretores dos colégios públicos como condição para acolher esses alunos, em geral cadeirantes com limitações motoras graves, diante da falta de estrutura para abrigá-los no ensino regular. A inclusão desses estudantes é garantida por lei.
O aposentado Helton Messias, de 64 anos, foi à Justiça. Pai de Matheus, 6 anos, ele se recusou a seguir a orientação da direção do colégio estadual e entrou com uma ação pedindo adaptações que tornem a escola mais acessível e indenizações por danos moral (R$ 300 mil) e material (R$ 10 mil).
Matriculado no 1º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Marina Cintra, na Consolação, região central da capital, Matheus ainda não foi à aula neste ano. Tem mielomeningoncele, lesão congênita da medula espinhal que causa problema neurológico incurável. É cadeirante e tem que usar fralda, pois não tem controle sobre o esvaziamento da bexiga. Precisa de uma carteira adaptada para ele e de um cuidador.
“Não tem cabimento acompanhá-lo na escola. Entrei com ação de obrigação de fazer contra o governo. É direito dele”, diz o pai. “Isso é importante porque, além de beneficiar meu filho, pode dar abertura a outras crianças na mesma situação”, afirma Messias.
Alguns pais aceitam acompanhar o filho, mas a prática tem gerado confusão entre os papéis que cabem ao colégio e à família. “Como estou lá o dia todo, podiam me pagar para fazer isso”, diz Maria de Fátima Lima, mãe de uma estudante cadeirante de 14 anos.
A falta de funcionários é uma das hipóteses para o problema. “A escola está desamparada de serviços de apoio para acolher as crianças com deficiência. Não sou a favor, mas a escola não vê outra saída”, analisa Darcy Raiça, coordenadora do curso de Educação Inclusiva da PUC. “O pai não deve ficar na classe. Isso pode comprometer o trabalho do professor e o desempenho do aluno.”
Segundo a Secretaria Estadual da Educação, a prática de pedir aos pais para que acompanhem o filho com deficiência durante o período de aula ocorre como “parceria” porque não existe a função de cuidador no quadro de funcionários das escolas estaduais.).
O QUE DIZ A LEI
A matrícula de estudantes com necessidades especiais na rede regular de ensino é um direito garantido pela Lei das Diretrizes e Bases da educação brasileira
Em 2008, foi elaborada a política nacional de educação especial, que prevê o cuidador, e publicado decreto federal que abriu caminho para a ampliação do atendimento educacional especializado na rede pública, criando repasses dobrados do Fundeb para alunos que recebem esse atendimento.

Sobre grilheiros e comparsas.

Reportagem mostrada pela Rede Record, mostra a forma como a promiscuidade público-privada, faz mandatários, que fazem redes de televisão, que por sua vez faz mandatários, num eterno ciclo de putaria institucional, onde um lava as costas do outro, enquanto os favores perduram.
A Rede Globo, tomou posse, cercou e proibiu o acesso a um terreno público, em área nobre da cidade de São paulo, adjunta aos seus estúdios.
Os invasores fincaram seus palanques, sob olhares coniventes de sucessivos governos demo-tucanos, e utilizaram a bel prazer, como uma extensão de seus domínios territoriais, construindo pistas para cooper de seus funcionários, e, como mostra a reportagem, proibindo o acesso de seus proprietários: O povo de São Paulo.
11 anos de posse irregular, quando a bosta bateu no ventilador, costuraram um convênio de emergência com o tucano de plantão, o presidenciável José Serra, para celebrar um convênio de emergência, antes que a questão ganhasse um vulto maior.
Prontamente atendidos, vão construir uma "escola global", com grade curricular elaborada por profissionais, pasmem, da Globo.
Ah, já ia esquecendo: O nome da escola será: Roberto Marinho.
Desse jeito, até eu tenho "IBOPE", ou "Datafolha" o suficiente para concorrer a qualquer coisa.
O vídeo-denúncia de Rede Record, pode ser visto abaixo:

quinta-feira, 25 de março de 2010

"Salário PSDB".

Nota publicada no site Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, evidenciando a política tucana de arroxo salarial, imposta aos funcionários públicos de São Paulo:

"No último dia 18 de março (quinta-feira), o SINDPD foi informado por meio do Seprosp que a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), embora participante e fiadora do acordo salarial fechado no dia 9 de março, afirmou unilateralmente que não iria conceder o aumento salarial fixado em acordo coletivo para os funcionários da empresa.
O motivo, segundo o presidente da Prodesp, Mário Manuel Seabra Bandeira, seria a expressa deliberação baixada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Aloísio Nunes, por meio da Circular CPS nº 01/2009. Na nota, Aloísio determina que todos os órgãos públicos, devem promover o arrocho irrestrito ao salário dos servidores.
Esta deliberação já havia sido denunciada pelo presidente do SINDPD, Antonio Neto, em seu blog, no início deste ano. A norma, intitulada de política salarial para o Estado de São Paulo, foi divulgada no dia 17 de novembro para nortear as negociações coletivas com os sindicatos correspondentes de cada categoria dos servidores públicos estaduais no ano de 2010.
Segundo denunciou Antonio Neto, “os “parâmetros” de negociação estabelecidos pelo governo Serra, dita que ‘o somatório das despesas decorrentes da correção salarial e da majoração do valor global dos benefícios não poderá ultrapassar o impacto correspondente à aplicação, na folha de pagamentos total (salários, benefícios e encargos), do índice de variação do IPC-FIPE acumulado no período relativo aos doze meses anteriores à vigência do Acordo Coletivo’”.A circular restritiva determina ainda que “fica vedada a criação de benefícios, por liberalidade, bem como a majoração ou expansão dos previstos na legislação trabalhista”.
Aloísio Nunes orienta seus secretários a conduzir as negociações salariais com o objetivo de “reduzir, de forma progressiva até sua completa extinção, eventual garantia do nível de emprego constante de Norma Coletiva”. Além disso, seus subalternos devem “suprimir, ou alternativamente congelar, as vantagens atribuídas exclusivamente em função do tempo de serviço prestado na entidade, tais como Adicional por Tempo de Serviço, Anuênio, Triênio e outras congêneres”.
“É necessário por um fim nesta política violenta, recessiva e sem cabimento do governo de São Paulo. Literalmente a circular determina que os órgãos públicos são obrigados a não conceder aumentos reais de salários para os servidores, além de tentar cortar brutalmente todo e qualquer benefício conquistado pelos trabalhadores no processo democrático de mobilização implementado pelos sindicatos”, denuncia Neto."

Nota do blogueiro: A ìntegra do Ofício da Casa Civil Serrista, pode ser vista aqui.
O P.I.G vai ter de esconder mais greves.
Professores, policiais, profissionais de processamento de dados.
São Paulo vai parar. Mas no P.I.G, ninguém vai ver.
O mais incrível é ver funcionários públicos defendendo essa canalha.
Queres "vale-rosca" ao invés de refeição.
Fim da garantia de emprego.
Subtração de direitos trabalhistas.
Vote 45.

Escolas de SP são orientadas a se calar sobre greve

Pelo menos 77 escolas estaduais da zona leste de São Paulo foram orientadas a não dar informações para a imprensa sobre a greve dos professores. A iniciativa partiu da Diretoria de Ensino da Região Leste 3, em comunicado enviado por e-mail aos diretores das escolas no início do mês. A região leste 3 compreende os distritos de Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, José Bonifácio, Lajeado e São Rafael.
No texto, a diretoria afirma que, por causa da paralisação, que teve início no dia 8, "a imprensa está entrando em contato diretamente com as escolas solicitando dados e entrevista." E pede: "solicitamos ao diretor de escola para não atender a esta solicitação." O comunicado ainda orienta como proceder em relação ao envio de informações sobre a greve para o governo, detalhando dias e turnos em que os professores estiveram ausentes.
Em nota divulgada ontem, o governo afirmou que a orientação da diretoria regional "é para que os pedidos de jornalistas às escolas sejam encaminhados à assessoria de imprensa da Secretaria da Educação". O texto ainda afirma que o setor deve fornecer informações e entrevistas solicitadas por jornalistas, já que "o trabalho da assessoria de imprensa é uma praxe em instituições públicas e privadas". Para o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), a medida "fere a liberdade de expressão".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nota do blogueiro: Claro, a Dilma é ameaça a Liberdade de Imprensa. Cadê o "clubinho do Millenium"?

quarta-feira, 24 de março de 2010

PT de Santiago.


Recebi o e-mail abaixo, da Comissão Executiva do Partido dos Trabalhadores de Santiago, minha cidade natal, situada na fronteira-oeste do Rio Grande do Sul, e um conhecido "feudo" da direita oligárquica dos pampas.

Os "heróis da resistência", à ditadura do latifúndio, renovaram a direção partidária, a Comissão Executiva e o diretório, do qual tenho orgulho de ter participado, ao lado de figuras históricas da região.

Também puseram seu novo Blog no ar, que pode ser acessado clicando aqui:


"Olá, companheiros e companheiras.


Este é o novo e-mail oficial do PT - Partido dos Trabalhadores de Santiago. O endereço fica disponível a todos que quiserem entrar em contato com o Partido Através da Internet.

Também aproveitamos para divulgar nosso blog, com noticias do PT santiaguense e artigos Propõem que reflexões sobre a vida de Todos nós, brasileiros. O endereço é http://ptsantiagors.blogspot.com/

Desta forma, buscamos estreitar os laços com uma comunidade, utilizando esta nova Ferramenta, é que a Rede Mundial de Computadores.

Desde já, agradecemos pela atenção e pedimos que ajudem na divulgação de nosso blog e e-mail.


Saudação a todos.


Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores de Santiago / RS"



Esse humilde portal está a disposição dessa militância aguerrida de Santiago.
Abraços a todos.

Onde está o "Café Millenium" agora?

Precisamos de mais um encontro dos paladinos da "liberdade de imprensa", convocada em caráter extraordinário e de emergência.
Um atentado ao direito de livre manifestação, à liberdade de expressão acaba de ocorrer no Estado do Rio Grande do Sul, onde está o grupo Millenium?
Corram até a "chefatura", liguem os holofotes, convoquem os "defensores da liberdade" a enfrentar esse mal.
Abaixo o texto, extraído do blog Cloaca News:




Na tarde de ontem, terça-feira, por ordem do Desembargador Marco Aurélio dos Santos Caminha, juiz do TRE-RS, foi cumprido um “mandado de busca e apreensão” nas dependências das sedes municipal e estadual do Partido dos Trabalhadores, bem como no gabinete da Bancada do PT na Câmara Municipal de Porto Alegre. Expedido em caráter liminar, para atender ao choramingo do PMDB local, o documento ordenou o recolhimento sumário de todos os exemplares remanescentes de um Boletim Informativo do PT porto-alegrense, publicado e distribuído há duas semanas. A publicação, que você pode ler na íntegra aqui, reproduziu as denúncias da Polícia Federal e do Ministério Público de que um esquema criminoso instalara-se na Secretaria Municipal de Saúde, desviando cerca de 10 milhões de reais do Programa Saúde da Família na capital gaúcha.
A ordem do magistrado não esclarece os motivos que o levaram à tresloucada decisão de vilipendiar a liberdade de expressão.

domingo, 21 de março de 2010

A credibilidade do IBOPE.

" Sobe Serra, sobe."


É sabido que pesquisas de opinião só revelam aquilo que quem pagou mais quer que revele, mas raras vezes vimos uma sucessão de opiniões tresloucadas como as do Presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, sobre os cenários para a sucessão presidencial desse ano, parecia torcida.
Essas opiniões, avaliam pesquisas, e induzem muita gente a crer nelas. Imaginem, o presidente do IBOPE, afirma, de forma categórica, que um candidato vai atingir tantos por cento da preferência do eleitorado, um ano antes da eleição. Deve ser um gênio. Tem até máquina do tempo. Seus métodos de pesquisa são infalíveis. Ou estamos falando de um bufão, que diz o que pensa, e deixa que os otários creiam ser ciência.
Abaixo, e em ordem cronológica, alguns dos "non senses" de Montenegro:
28 de abril de 2009, Coluna "Coisas da Política, do Jornal do Brasil": “Tudo indica que Dilma Rousseff chegará ao final da campanha com cerca de 15% a 17% dos votos. O favorito continua sendo o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). E, se ninguém mais se projetar, é grande o risco de a eleição ser decidida no primeiro turno. O Ciro Gomes (PSB), por exemplo, sai com 14%, mas pode acabar com 6%, 5%, 4%.”
29 de abril de 2009, Blog do ricardo kotscho: “Dilma deve, num primeiro momento, manter os mesmos índices anteriores. A transferência de votos do presidente Lula para ela chegará mais adiante a um patamar de 15%. A partir daí, será difícil conquistar cada ponto a mais.”
Julho de 2009: “As pesquisas mostram que ela já é conhecida de cerca de 80% do eleitorado. Serra é conhecido de 90% e tem manifestações de votos próximas de 40%. Dilma, com 80% de conhecimento, só tem 16% das pessoas dispostas a elegê-la. Acho que a ministra, sim, está chegando ao teto. Vamos olhar a rejeição à Dilma: bateu em 32,4%. É muito alto. Maior do que a do Aécio e a do Serra.”

Agosto de 2009, entrevista para o Panfleto-Revista Veja: "A Dilma, em qualquer situação, teria 1% dos votos. Com o apoio de Lula, seu índice sobe para esse patamar já demonstrado pelas pesquisas, entre 15% e 20%. Esse talvez seja o teto dela. A transferência de votos ocorre apenas no eleitorado mais humilde. Mas isso não vai decidir a eleição. Foi-se o tempo em que um líder muito popular elegia um poste. Isso acontecia quando não havia reeleição. Os eleitores achavam que quatro anos era pouco e queriam mais. Aí votavam em quem o governante bem avaliado indicava, esperando mais quatro anos de sucesso.

Faltando um ano para as eleições, o governador de São Paulo, José Serra, lidera as pesquisas. Ele tem cerca de 40% das intenções de voto. Em 1998, também faltando um ano para a eleição, o líder de então, Fernando Henrique Cardoso, ganhou. Em 2002, também um ano antes, Lula liderava – e venceu. O mesmo aconteceu em 2006. Isso, claro, não é uma regra, mas certamente uma tendência. Um candidato que foi deputado constituinte, senador, ministro duas vezes, prefeito da maior cidade do país e governador do maior colégio eleitoral é naturalmente favorito."
19 de março de 2010, site do IG (depois da divulgação dessa pesquisa): “Eu não acredito que disse aquilo. Deve haver algum engano. Numa eleição polarizada, com praticamente dois candidatos apenas, como é que eu poderia achar que a Dilma pararia em 20%? Até o Alckmin teve 40% contra o Lula...”
Ou Montenegro falava por si, e não em nome da instituição (mas sempre levando consigo o "presidente do IBOPE"), situação em que, para manter sua credibilidade o IBOPE deveria mandá-lo "fazer pesquisas", ou falando e nome do Instituto, estava falando o que ordenaram seus patrões: o Baronato midiático, seus apoiadores e financiadores.
Que crédito podemos dar a essa(s) instituição(ões)?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Agora Serra é algum tipo de "Messias"...

...Segundo Gustavo Fruet, do PSDB, ao comentar o primeiro, leve aceno, de Zé Pedágio, de que concorrerá à presidência:
“O momento da escolha do anúncio foi bíblico. Tudo tem seu momento certo.”
Tem doido pra tudo.
Vão anunciar Serra como o próximo mesias.
Só assim para reagir às sucessivas quedas, nas intenções de voto.

Reporcagens eleitoreiras do PIG

"Caiu a casa da revista-panfleto Óia"!

Do sítio Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim:


O Conversa Afiada reproduz e-mail do MPF:
19/03/10 – Documentação do inquérito do mensalão sobre Funaro não trazinformações sobre tesoureiro do PT
O corretor Lúcio Funaro responde em São Paulo a processo por formaçãode quadrilha e lavagem de dinheiro
O corretor Lúcio Bolonha Funaro responde a ação penal2008.61.81.007930-6, na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo,especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
A denúncia que gerou a ação penal foi oferecida pelo Ministério PúblicoFederal em São Paulo, em junho de 2008. Lucio Bolonha Funaro e JoséCarlos Batista respondem pelos crimes de quadrilha e por 33 infrações aartigos da Lei n. 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), em razão de fatosapurados nos autos da ação penal 470 (Mensalão), que tramita no SupremoTribunal Federal.
Os documentos recebidos da Procuradoria Geral da República, queembasaram a denúncia, oferecida pela procuradora da República AnamaraOsório Silva, em São Paulo, demonstram que, através da GaranhunsEmpreendimentos, empresa de Funaro e Batista, se garantia a dissimulaçãoda origem e do destino de valores que iam da SMP&B ao antigo PartidoLiberal. As transferências chegaram ao valor aproximado de R$ 6,5milhões.
São sobre essas operações de lavagem de dinheiro que trata o processo,que tramita normalmente perante à 2ª Vara Federal. A última movimentaçãoprocessual constante é de fevereiro de 2010.
O MPF em São Paulo não pode confirmar se o depoimento de Funaro,concedido em Brasília, se deu sob o instituto da “delação premiada”.De toda forma, o MPF não revela informações, nem o teor dessesdepoimentos, em respeito à legislação pertinente.
Entretanto, tanto na documentação remetida pela PGR à São Paulo, queembasou a denúncia, quanto na própria acusação formal remetida à Justiçapelo MPF-SP, em resposta a inúmeros questionamentos da imprensa, énecessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente daCooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) JoãoVaccari Neto, atualmente tesoureiro do Partido dos Trabalhadores.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

quarta-feira, 17 de março de 2010

José Serra reage às últimas pesquisas...



Pobre do Góllum...

...A coisa tá ficando feia pra ele.

PT 34% PSDB 10%, segundo pesquisa IBOPE.


Lembrando que ninguém vota com um disco do IBOPE debaixo do braço, vamos analisar (se é que precisa), os números da pesquisa espontânea, além de outros dados, evidenciados por ela.

Lula, do PT, é disparado o mais lembrado, e o preferido, na pesquisa espontânea, com 20% das intenções de voto, seguido pela Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, também do PT, com 14%. Em terceiro aparece a figura do Governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, com 10%.

Soma PT com PT e temos 34% das intenções de voto.

Mas fica mais interessante ainda, quando vemos novos recordes de populardade do Presidente Lula, e o fato de que 53% dos entrevistados votariam no(a) candidato(a) indicado por ele.

Mais interessante ainda, é que 42% dos entrevistados não sabem quem é o(a) candidato(a) apoiado (a) pelo Presidente.

Soma-se isso, ao fato de que o Governador, e candidato-que-não-é-candidato, perder pontos na pesquisa "induzida", tendo a diferença que o separa da Ministra reduzida de 13 para 5% e temos um quadro, no qual Serra deve concorrer mesmo, ao Governo de São Paulo.

Reitero que não dou crédito à pesquisas de opinião, encomendadas por empresas que visam lucros, a outras empresas que visam lucros, e que podem acabar lucrando mais ou menos com um candidato específico, mas desenha-se uma tendência: Serra atingiu seu teto, só tende a decrescer. Dilma tem muito a crescer ainda.

terça-feira, 16 de março de 2010

Diário Gauche: Criança não pode ser alvo da publicidade para o consumismo

Por Frei Betto
Publicado no blog Diário Gauche, do sociólogo Cristóvão Feil.
Criança e consumo
A capital paulista sedia, de hoje [16/3] a quinta-feira, no Itaú Cultural, o 3º Fórum Internacional Criança e Consumo, uma iniciativa do Instituto Alana. Especialistas no tema debaterão como prevenir e reduzir os efeitos da publicidade de produtos e serviços destinados a crianças e adolescentes.
A população com idade inferior a 12 anos é hipervulnerável à comunicação mercadológica devido ao mimetismo próprio da infância, à falta de discernimento, à afirmação da personalidade, à dificuldade de distinguir desejo e necessidade. "Formar cidadãos ou consumistas?", eis a questão.
Nessa cultura hedonista, em que os valores sonegados da subjetividade são pretensamente substituídos pelo valor agregado da posse de bens e serviços, crianças e jovens se veem ameaçados pela incidência alarmante da obesidade precoce, da violência (inclusive nas escolas), da sexualidade irresponsável, do consumo de drogas, do estresse familiar e da degradação das relações sociais.
Com a laicização crescente da sociedade ocidental, que, com razão, repudia o fundamentalismo religioso, a moral perde seu anteparo na vivência da fé, as ideologias altruístas, em crise, cedem lugar ao individualismo egocêntrico e a tecnociência aprimora meios de relacionamento virtual em detrimento da alteridade real e da inter-relação comunitária e coletiva.
Vivemos, como Sócrates, na terceira margem do rio: os deuses do Olimpo já não oferecem parâmetros éticos e a razão depara-se com a própria insuficiência diante da avassaladora pressão mercantilizadora de todas as dimensões da existência. Onde, nos mais jovens, o idealismo, a abnegação, a ânsia pelo transcendente, o sonho de mudar o mundo?
Na contramão da tendência imperante, o projeto do Instituto Alana disponibiliza instrumentos de apoio e informações sobre direitos do consumidor nas relações de mercado que envolvam crianças e adolescentes.
Produz e distribui conhecimento acerca do impacto do consumismo na formação desse público, fomenta a reflexão a respeito da influência da mídia e da comunicação mercadológica na vida, nos hábitos e nos valores de pessoas em idade de formação.
O projeto Criança e Consumo engloba três áreas: jurídico-institucional, comunicação e eventos, pesquisa e educação.
A área jurídico-institucional recebe denúncias de práticas de comunicação mercadológica -principalmente publicidade veiculada em TV, internet e revistas- consideradas abusivas. Em contato com as empresas responsáveis pela peça publicitária, faz-se notificação para que cesse a veiculação do apelo comercial. A área de comunicação e eventos promove debates e seminários para discutir e divulgar essas questões.
A de educação e pesquisa estuda de maneira multidisciplinar a temática e põe no site http://www.blogger.com/www.criancaeconsumo.org.br bibliografia sobre o tema.
A partir dessas iniciativas, o projeto contribui para a formação de uma consciência crítica e cidadã sobre os aspectos negativos da mercantilização da infância e da juventude. No início de março, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sinalizou que as novas regras sobre publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis, a serem divulgadas, não oferecerão proteção especial ao público infantil.
A partir dessas iniciativas, o projeto contribui para a formação de uma consciência crítica e cidadã sobre os aspectos negativos da mercantilização da infância e da juventude. No início de março, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sinalizou que as novas regras sobre publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis, a serem divulgadas, não oferecerão proteção especial ao público infantil.
Segundo ela, isso significa o poder público negligenciar os direitos da crianças e adolescentes, declinando-os em favor de interesses privados. Crianças não podem ser tratadas como consumidores comuns. Merecem tratamento diferenciado. É preciso levar em conta o trabalho da força-tarefa criada em 2009 pelo Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, voltado à proteção de consumidores hipervulneráveis. Essa força-tarefa conta com a participação do Instituto Alana, do grupo de comunicação social do Ministério Público Federal, da Anvisa e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.
Induzir a criança ao consumismo precoce é inflar o desejo na direção de ambições desmedidas. E, quanto maior o anseio, mais profundo o buraco no coração e, portanto, a frustração e os sintomas depressivos. Perversa intuição profissional faz com que o traficante de drogas conheça bem essa patologia e dela saiba tirar proveito.
Artigo de Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, assessor de movimentos sociais e escritor. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004). Publicado hoje na Folha.




Nota do blogueiro: O vídeo acima foi extraído do filme "Super Size Me", de Morgan Spurlok. Mostra crianças, em idade escolar, em sua maioria acima do peso, repetindo cantigas relacionadas à indústria do Fast Food, utilizadas e comerciais de rádio e tv, direcionadas á esse público.

O resultado é mostrado no próprio documentário: Crianças levadas por esse tipo de comercial, convencendo aos pais, à levá-los a esses "centros de engorda", causando os mais diversos males à saúde desses.

A simples menção à regulamentação e controle desse tipo de comercial leva a indústria da propaganda e seus maiores aliados, a grande mídia, a levantarem-se em palavras de ordem, contestando o que chamam de censura. Iniciam campanhas homéricas de convencimento, utilizando-se do velho chavão de que "anuncia-se, mas a escolha é de quem vê".

Como se uma criança nessa idade tivesse consciência e conhecimento do que está por trás das musiquinhas, palhaços, anúncios coloridos e toda a estrutura do "entretenimento infantil", a serviço do consumo.

Indo mais a fundo, e explorando uma gama maior de tipos de comerciais e anúncios dirigidos às crianças, temos o documentário brasileiro "A criança é a alma do negócio", de Estela Renner, aprofunda mais essa discussão, mostrando que a indústria, soube aproveitar-se, e muito, da fragilidade desse público.

O documentário de Renner pode ser baixado aqui: http://www.baixarfilmesgratis.net/download/download-crianca-a-alma-do-negocio-dublado/

O de Spurlok, aqui: http://baixafilmes.org/download-super-size-me-a-dieta-do-palhaco/

quinta-feira, 11 de março de 2010

Se fosse uma estrela, sairia no JN...

Depois do sucesso dos livros pornográficos para crianças de 6ª série, o pré-candidato-que-não-é-candidato José Serra, inova na propaganda eleitoral, adquire livros de História com a capa ilustrada por um grande tucano, em primeiro plano.
Moderna propaganda eleitoral "discreta" (só faltava conter a expressão "PSDB, a favor do Brazil").
Dirão: "É apenas uma ilustração, uma ave."
Agora imaginem o "rumor" que causaria um livro didático, também de História, distribuído pelo MEC, com uma estrela vermelha, em qualquer posição na capa?
Com certeza seria capa do panfleto-revista VEJA. Alvo de um espirituoso comentário de Diogo Mainardi, com um belo editorial da Folha de São Paulo, destacando que nos tempos da "Ditabranda" isso não aconteceria.
Teria reportagens de vários minutos no "horário nobre" da Globo, com muitas entrevistas à oposicionistas, e seria alvo de investigação do TSE.
Mas como é um mero tucano...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Inauguração de maquete?

Playmobil foi inaugurado hoje, pelo presidenciável José Serra.

Tá valendo qualquer coisa. Inaugurar um "playmobil" (tudo bem, é velho, mas tem gente que ainda lembra), em frente às "isentas" câmeras do PIG.

Claro, o ponto mais esperado pela tucanalha paulista, ilustrado na foto acima, era a escolha do ponto do pedágio.

Até o Presidente Lula teve de rir.

Na próxima ele disputa o Miss Brasil.

Bateu o desespero.

Nem o PIG salva...

Bye-Bye Serra 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Vice de Serra?

Vote num paulista e leve dois?
Quem sabe Serra adota o "novo jeito de governar".
Tentou compor com o moderno e eficiente (segundo o panfleto-revista Veja) da foto abaixo , mas a vaca foi pro brejo:


Troque o "moderno pelo novo", afinal, essa conseguiu barrar as investigações, com sua poderosa base aliada, e continua em liberdade. Não foi caçada (o pedido de impedimento foi arquivado por tucanos).

Ainda é um bom quadro, para Demos e Tucanos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Charge do Bessinha

Millenium?

A queda, nas vendas

É a quinta ou sexta "edição" da mesma cena do filme A Queda, mas essa merece post:

"The Board" da revista Veja reunida:

Dois símbolos da liberdade de imprensa do "Milenium".

Do RS URGENTE:

Marcelo Rech e o “símbolo da luta pela liberdade de imprensa”



A cultura a e tradição gaúcha, como diria a secretária Mônica Leal, estiveram representadas no seminário promovido pelo Instituto Millenium em São Paulo, que denunciou a iminência de um “regime stalinista” no Brasil caso Dilma Rousseff vença as eleições presidenciais. Assistir ao festival de delírios que misturou empregados de grandes empresas de comunicação, dirigentes da Opus Dei e intelectuais orgânicos da extrema-direita custou 500 reais. O Rio Grande do Sul esteve representado pela dupla Denis Rosenfield e Marcelo Rech. O diretor da RBS saudou o empresário venezuelano Marcel Granier, presidente da RCTV, como uma espécie de símbolo da luta pela liberdade de imprensa.

Como Marcelo Rech acha que todo mundo é idiota, cabe lembrar quem é o seu campeão de liberdade. Granier foi um dos articuladores do golpe de Estado contra o presidente Hugo Chávez em 2002. O vídeo acima mostra Granier sendo desmascarado durante uma entrevista coletiva, onde uma jornalista pergunta a ele o que estava fazendo no Palácio de Miraflores no dia do golpe abraçando alegremente os golpistas. O “símbolo da luta pela liberdade de imprensa” repreende a jornalista dizendo que ela não devia falar coisas que não conhecia. Ah? E eis que as imagens do golpe mostram o alegre Granier, defensor da liberdade, comemorando, em Miraflores, a derrubada de um presidente constitucional. Mas é claro, ele não estava lá…

Seguindo a tradição da empresa da qual virou executivo, Marcelo Rech passa a tratar golpe militar e liberdade como sinônimos.

Nota do blogueiro: Essa é a democracia defendida pela "turma do Bial". Se te agradas, afagas, se te contraria, fuzila, não serve, não presta, não é democrático.
O texto abaixo mostra o que entendem por "Liberdade de Imprensa", e porque se levantam de forma tão raivosa quando alguém sugere controles sociais do conteúdo exibido:

Band e Boris Casoy vencem ação judicial após comentário sobre garis

Do Terra:

"A Justiça concedeu vitória à Band e Boris Casoy na ação indenizatória aberta contra a emissora e o jornalista. A disputa judicial foi iniciada após o jornalista esbravejar contra os limpadores de ruas. "Que m... Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho", disse o apresentador do Jornal da Band no dia 31 de dezembro. As informações são da coluna Outro Canal, do jornal Folha de S.Paulo.

O áudio foi ao ar devido à uma falha técnica da equipe de sonoplastia. Enquanto a vinheta do noticiário rodava, anunciando o intervalo comercial, as falas de Casoy vazaram ao vivo, gerando o constrangimento."

Abaixo, o vídeo onde a Liberdade de Imprensa é democraticamente exercida por Boris CCCCasoy:


terça-feira, 2 de março de 2010

A mídia evidencia seu golpismo.

Diariamente vemos deformações de fatos tornando-se realidade através dos olhos eletrônicos globais, repetidos pelos panfletos semanais, que alguns ainda chamam revistas, e esculpidos nos nos blocos dos diários.
Esses fatos deformados, mostrados por uma única lógica (aquela que transforma liberdade em mercado e democracia em liberalismo), ou até mesmo inventados nas mentes dos mordomos (diretores) das 12 famílias, geralmente eram mascarados, expostos como "a verdade", fruto de um país que possui imprensa livre (para faze o quê?), como a expressão da vontade ou do pensamento "nacional" e dos interesses do povo.
Nunca como sendo a vontade, o pensamento e a defesa dos interesses econômicos e políticos do próprio "patriarca", da família, da empresa.
Até hoje.
Abaixo o post do Cloaca News, sobre a má notícia, que a RBS noticiou, e mais abaixo, matéria da Agência Carta Maior, falando sobre a escolha da "mídiarquia" brasileira:


Destacado para o sistema de rádio-escuta deste Cloaca News, nosso estimado leitor Cláudio E. nos envia seu relatório das emissões de ontem, segunda-feira..Eu juro que ouvi. Eram aproximadamente 8:15h (01/03), no programa Gáucha Atualidade, com o "anchorman" André Machado, juntamente com as inolvidáveis Abelhinha e a futura senadora do PP, Ana Amélia. Eis senão quando, André abre o programa assim:
Bom dia, etc. (…) Começamos o programa com uma série de más notícias: assassinato do Eliseu, terremoto no Chile e PESQUISA DO DATAFOLHA…

Grande mídia organiza campanha contra candidatura de Dilma

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.
Bia Barbosa para a agência Carta Maior.

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.

Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.

A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.

“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.

A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.

“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.

O tal ataque

Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.

“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.

“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.

O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.

Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.

“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.

O “risco Dilma”

Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.

Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.

Hora de reagir

E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque. “Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.

“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.

“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.

Nota do blogueiro: Vale a pena ressaltar o caráter da frase proferida pelo "Eu sou a verdadeira esquerda", Arnaldo Jabor: "A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo."
Já tentaram por fim à essas idéias antes, camarada Jabor. Muita gente foi presa, torturada, assassinada e "desaparecida", por seres e entidades, que como tu, queriam fazer o mesmo: Varrer essa raça da face do plantea, encontrar uma "Solução Final" para o Comunismo/Socialismo.
Não será apenas uma "eleição peblicitária", como afirmam alguns setores, mas sim uma disputa entre o campo dos que podem pagar R$ 500,00 para ouvir alguém dizer que democracia é liberalismo, e os que não podem, porque essa é a "paga do mês".
Os donos do país estão tremendo, e apelando.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Democracia = Economica de Mercado?

A cena da foto de Kevin Carter(acima) é aceitvel para os liberais, questionar o direito à propriedade não.

Só há uma forma de não ser taxado de autoritário, ditador ou qualquer coisa assim, nos dias de hoje: Defender a propriedade privada como pilar básico de qualquer sociedade. á economia de mercado como, simplesmente economia, a meritocracia e as liberdades individuais.

Democracia é votar em algum direitoso, jogado às câmeras das entidades midiáticas pelas entidades classistas a que representam. Assim temos latifundiários, com plataformas de manutenção do status de sua classe, sendo eleitos por quem tem um casebre, à beira de um barranco, provavelmente expulso do campo, pelos homens que querem esse representante eleito. Exercido seu direito democrático, volta ao barraco e fica quatro anos olhando novelas (seu segundo direito democrático).

A liberdades individuais suplantam todas as liberdades coletivas, o direito à informação fica na limitação do que a imprensa, comprometida com o modelo social vigente, quer que seja visto, lido ou ouvido. Qualquer questionamento à esse modelo de mídia é taxado, de imediato, de "chavismo", que hoje é sinônimo de ditatorial.

A propriedade privada é condição pétrea para se ter liberdade, claro, para quem a tem, os demais, entregam sua liberdade ao relógio ponto do proprietário, mas, claro, questionar isso é "chavismo".

Democracia tornou-se sinônimo de propriedade privada, de economia de mercado, de globalização. Qualquer ajuste que possa se fazer, ou pretender fazer à democracia representativa, como aprofundamento dessa, através da participação popular, é visto como um movimento "Soviético".

Nem mesmo a propriedade dos modernos escravocratas pode ser questionada, é uma afronta ao Estado Democrático de Direito, mas não uma afronta ao direto dos "neo-cativos". Não é a toa que o PFL hoje se denomina Democratas.

Qualquer discurso que fuja a essas linhas, de imediato é rotulado de ditatorial, "cubano", chavista, terrorista... Nada pode suplantar o Fim da História, declarado por Fukuyama, perpetrado pelos defensores da liberdade, da democracia, da propriedade privada, do mercado, de Gotham City e do Castelo de Greyskull...Desculpem-me, exagerei na fantasia, embora não tanto quanto as figuras comentadas o texto abaixo:


O novo Cansei: um instituto que oferece
a democracia que o dinheiro pode comprar

O Conversa Afiada publica e-mail enviada pelo amigo navegante Stanley Burburinho (quem será esse paladino da luta contra a corrupção ?):
Todos os negritos são meus – Stanley:
“DEBATE ABERTO
Instituto Millenium: toda a democracia que o dinheiro pode comprar!
Seminário sobre liberdade de expressão reunirá em São Paulo a nata da plutocracia. O interessante é que o Instituto que o promove tem o mesmo nome de uma conceituada casa de prazeres
Gilberto Maringoni
Acabou o carnaval, mas a festa continua. Vem aí, gente, o Fórum Democracia e liberdade de expressão, promovido pelo Instituto Millenium . O acontecimento será no dia 1º de março, no Hotel Golden Tulip, na capital paulista. A inscrição é uma pechincha: R$ 500 por cabeça.
A lista de palestrantes é de primeira. Lá estarão o dr. Roberto Civita (Abril), o ministro Hélio Costa (Globo), Marcel Granier (dono da RCTV, famosa por tramar e propagar o golpe de 2002 na Venezuela), Demétrio Magnoli (venerando Libelu de direita, que está decidindo se o melhor é ser contra a política de cotas ou contra a política de quotas), Denis Rosenfield (entidade do folclore gaúcho que ainda não tomou conhecimento do fim da Guerra Fria), Arnaldo Jabor (o espirituoso), Carlos Alberto Di Franco (dirigente da organização democrática Opus Dei), Marcelo Madureira (humorista neocon), Reinaldo Azevedo (claro!), Roberto Romano (ético ao quadrado) e os modernos deputados Fernando Gabeira e Miro Teixeira.Intelectuais de programaO Instituto Millenium veio para ficar. Foi fundado em 2005, no Rio de Janeiro. Não se sabe se tem algo a ver com o conceituado Café Millenium, estabelecimento classe A, onde gente de primeira ia buscar diversões, digamos, adultas até ju lho de 2007, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O Café Millenium não escondia seu negócio. O slogan era “Sua noite de primeiro mundo”. Com belíssimas garotas a excitar a imaginação e a ação de senhores de fino trato, vendia o que anunciava. Deve-se à fúria moralizante do prefeito Gilberto Kassab – um “Jânio sem alcool”, na genial definição de Xico Sá – o fechamento desta e de outras instituições semelhantes, nos tempos em que as enchentes não eram preocupação de um alcaide movido a reeleição.
No site do Instituto Millenium não há nenhuma informação sobre o paradeiro do Café. Os proprietários devem ter feito alguns arranjos aqui e ali, para não dar muito na vista e resolveram tocar o pau. Para manter o embalo dia e noite, aparentemente já contrataram alguns intelectuais de programa, vários articulistas que não estão no mapa, inúmeros jornalistas de vida fácil e go-go-oldies. Discrição total. O distinto senhor ou senhora comprometida pode ir sem medo, que é todo mundo limpinho, o ambiente está aparelhado para experiências das mais exóticas. Há estacionamento e os acompanhantes falam inglês e são educados.
O tal do fórum, máximo do prazer será a atração deste início de março, o Fórum Democracia e liberdade de expressão. Entre os apoiadores do evento, sempre segundo o site do Millenium, estão a Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), entidades que envolvem a Globo, o SBT, a Record, a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo, a RBS e outras empresas que decidiram boicotar a I Conferência Nacional de Comunicação, numa demonstração de forte apreço pela democracia. Figura lá, além do Instituto Liberal, um sensacional Movimento Endireita Brasil (MEB), cujo nome diz tudo.
A Carta de Princípios do Café, digo Instituto, é das mais edulcoradas. Entre tantos pontos, está lá: “promover a democracia, a economia de mercado, o estado de direito e a liberdade”. Assim, o mercado, quase como sinônimo de democracia. Mais adiante são enunciados seus valores e princípios: “o direito de propriedade, as liberdades individuais, a livre iniciativa, a afirmação do individualismo, a meritocracia, a transparência, a eficiência, a democracia representativa e a igualdade perante a lei”. Jóia! Vamos todos aderir!Entre os conselheiros “de governança” e mantenedores está a fina flor da sociedade brasileira. Entre outros, figuram João Roberto Marinho (vice-presidente das Organizações Globo), Jorge Gerdau Johannpeter, Roberto Civita (Abril) e Washington Olivetto (presidente da W/Brasil). Já no Conselho Editorial está o sempre alerta Eurípedes Alcântara (diretor da redação de Veja) e no Conselho de Fundadores e de Curadores está ninguém menos que Pedro Bial, o grande com andante do programa cultural Big Brother Brasil, um modelo do que se pode fazer com a liberdade de expressão às mancheias. Coroando tudo está o Gestor do Fundo Patrimonial, Dr. Armínio Fraga, que dispensa maiores apresentações.
Com o empenho do Café, digo do Instituto Millenium, a democracia e a liberdade de expressão passam a ser mais valorizadas no Brasil. Por baixo, por baixo, a valorização deve ser de 500% em fundos off shore.
Todos dia 1º. de março ao Millenium, gente. A sua noite – ou dia – de primeiro mundo!
Em tempo: Não se sabe ainda se os antigos proprietários do Café Millenium entrarão na Justiça contra os mantenedores do Instituto Millenium. A ação se daria não apenas por plágio, mas por comprometer o bom nome do Café em uma possível volta ao mercado.
Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez” (Editora Fundação Perseu Abramo).
http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4546&alterarHomeAtual=1