terça-feira, 29 de setembro de 2009
Nadie debe obediencia a un gobierno usurpador...
domingo, 27 de setembro de 2009
PSDB, a favor do BRAZIL?
Sabemos que a índole desse partido, é de entregar o patrimônio público a conglomerados estrangeiros.
Sabemos que no exterior, em especial em países de língua inglesa, se escreve Brasil com Z.
Irônico esse "ato falho", não?
Seria um prenúncio?
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Pedra cantada
Jabor afirma que o golpe em Honduras foi "Democrático".
O homem que já afirmou ser a "verdadeira esquerda", nas capas da revista-panfleto Veja, escancara o pensamento retrógado que seus empregadores difundem em seus jornalões. "Golpe Democrático" é um verdadeiro insulto à língua, e a inteligência do gado que o assiste. Reforça o imaginário que querem construir, de que algumas ditaduras de direita são melhores, "são das boas", "são do bem", como a ditabranda da Folha de São Paulo.
Ao mesmo tempo em que faz esse desastroso comentário, Jabor insiste em afirmar ser ditatorial um governo que exerce suas funções consultando a população. Segue a cartilha global de desqualificação de Chavez, Morales, Ortega, Lula e as demais lideranças de esquerda da América Latina.
A Globo está, como sempre esteve, em campanha aberta contra governos progressistas, até porque, progresso para eles, é a "monocultura" da informação, ou da formação.
Abaixo o abjeto discurso político de Arnaldo Jabor, o homem que já afirmou ser a verdadeira esquerda do Brasil:
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Só a Globo reconhece o Governo Golpista de Honduras.
Uma oposição sem lastro
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
E agora José?
Momento histórico
sábado, 19 de setembro de 2009
"Agora o governo (tucano de São Paulo) vai colher o que plantou."
O"agora o governo vai colher o que plantou" é emblemático, não só referindo-se aos fatos de 2006, mas ao fato de que muita gente vai ver o filme, conhecer o "modo tucano de governar", e imaginar como seria um "Salve ainda mais geral", com José Serra na presidência.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Nota do MST sobre CPI protocolada no Congresso Nacional
Denunciamos que a CPI contra o MST é uma represália às nossas lutas e à bandeira da revisão dos índices de produtividade. Para isso, foi criado um instrumento político e ideológico para os setores mais conservadores do país contra o nosso movimento. Essa é a terceira CPI instalada no Congresso Nacional contra o MST nos últimos cinco anos. Além disso, alertamos que será utilizada para atingir os setores mais comprometidos com os interesses populares no governo federal.
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS), líderes da bancada ruralista no Congresso Nacional, não admitem que seja cumprida a Constituição Federal de 1988 e a Lei Agrária, de fevereiro de 1993, assinada pelo presidente Itamar Franco, que determina que "os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados, periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional".
Os parâmetros vigentes para as desapropriações de áreas rurais têm como base dados do censo agrário de 1975. Em 30 anos, a agricultura passou por mudanças tecnológicas e químicas que aumentaram a produtividade média por hectare. Por que o agronegócio tem tanto medo da mudança nos índices?
A atualização dos índices de produtividade da terra significa nada mais do que cumprir a Constituição Federal, que protege justamente aqueles que de fato são produtores rurais. Os proprietários rurais que produzem acima da média por região e respeitam a legislação trabalhista e ambiental não poderão ser desapropriados, assim como os pequenos e médios proprietários que possuem menos de 500 hectares, como determina a Constituição.
A revisão terá um peso pequeno para a Reforma Agrária. A Constituição determina que, além da produtividade, sejam desapropriadas também áreas que não cumprem a legislação trabalhista e ambiental, o que vem sendo descumprido pelo Estado brasileiro. Mesmo assim, o latifúndio e o agronegócio não admitem essa mudança.
Os setores mais conservadores da sociedade não admitem a existência de um movimento popular com legitimidade na sociedade, que organiza trabalhadores rurais para a luta pela Reforma Agrária e contra a pobreza no campo. Em 25 anos, tentaram destruir o nosso movimento por meio da violência de grupos armados contratados por latifundiários, da perseguição dos órgãos repressores do Estado e de setores do Poder Judiciário, da criminalização pela mídia burguesa e até mesmo com CPIs.
Apesar disso, resistimos e vamos continuar a organizar os trabalhadores pobres do campo para a luta pela Reforma Agrária, um novo modelo agrícola, direitos sociais e transformações estruturais no país que criem condições para o desenvolvimento nacional com justiça social.
Secretaria Nacional do MST
Extraído do blog Diário Gauche.
Nota do blogueiro: Quem tem medo de ter de produzir? Simples: Aquele que não produz. É fácil receber grandes extensões de terra, arrendar a maior parte, e ficar de posse de alguma, para utilizar o financiamento subisiado do governo, para comprar caminhonetões.
Por isso esse povo não quer rever os índices. Que poderão ser estabelecidos para muito abaixo do que a tecnologia do "agrobusiness" é capaz de produzir. Mas, que pode comprometer a exploração imobiliária. Fazer com que seres que nunca viram grama, trabalhem na terra que exploram.
Duas classes da mesma categoria.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Debaixo da "cola de um cachorro"
Marolinha sim!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Bisonhada
Uma rápida pesquisa no Google, ou em algum dicionário, mostraria ao funcionário de Zero Hora que “impeachment” é uma palavra (e uma invenção) de origem inglesa e não francesa.
Hilário, de fato. O chargista, não a charge.
domingo, 13 de setembro de 2009
11 de Setembro, para não esquecer do Chile.
No 29º aniversário do golpe de estado, patrocinado pela CIA, que culminou com a morte do Presidente democraticamente eleito, Salvador Allende, e na instauração de um dos regimes ditatoriais mais cruéis da América Latina, data que coincidiu com o primeiro aniversário do ataque ao Wolrd Trade Center e ao Pentágono, nos Estados Unidos, um chileno, residente na Inglaterra, faz uma comparação entre as duas datas.
Algo que nunca foi mostrado pela mídia corporativa, porque sem dúvida, levaria qualquer um a rever o conceito de terrorismo, condenando atos que foram apoiados pelos barões da imprensa, por nossas elites e pelos que sofreram o 11 de setembro, no ano de 2001.
No 36º aniversário do 11 de Setembro, de 1973, convém que essa comparação seja mostrada. 3000 pessoas morreram no 11 de setembro de 2001, 30.000 no de 1973.
Serra assina manifesto de apoio a ré Yeda Crusius
A cleptotucana Yeda Crusius treinando para viver em sua futura morada.
Comentário da Tia Carmela: Isso de solidariedade nunca foi o forte do Zezinho. Quando era criança, lá na Móoca, quando algum coleguinha levava uma coça por ter feito arte, ele sempre saía cantarolando: “bem-feito! bem-feito!”.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
11 de Setembro
Sobre imagens
Poucos argumentos políticos poderiam ser tão inconsistentes quanto o do progressista Otomar Vivian, chefe da Casa Civil do novo jeito de governar, a fim de desqualificar o acolhimento do pedido de impeachment da governadora tucana Yeda Crusius pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), protocolado na Casa pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais:
- "O prejuízo é enorme à imagem do Rio Grande do Sul, não só nacionamente como internacionalmente. Temos tratativas com organismos internacionais, inclusive com o próprio Banco Mundial, já com negociações andando. Isso naturalmente gera uma relação com o Estado que todos vão começar a reexaminar até muitos investimentos".
Ele mais ou menos quis dizer que Ivar Pavan, um agente público com responsabilidades perante a Constituição Federal, antes de obedecer ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) - que determina que cabe aos presidentes dos Poderes Legislativos estaduais examinar as condições mínimas de admissibilidade dos pedidos de cassação a eles dirigidos -, deveria ter pensado na imagem pública que o RS tem diante de investidores privados em potencial.
Disso se segue que, mesmo que estivesse o deputado petista diante das maiores evidências possíveis de corrupção, deveria, antes, ter priorizado a "imagem" do estado, seja lá o que isso signifique para um investidor.
A pergunta é inevitável:
De que imagem falas, cara-pálida?
Como diz o vulgo, o filme do estado está queimado. Ou torrado, como preferirem.
O escândalo do Detran ocorreu no primeiro ano de governo de Yeda Crusius, que não conversou mais com seu vice desde a primeira semana em que foi de mala e cuia para o Palácio Piratini, onde desfraldou uma bandeira de cabeça para baixo quando tomou posse, logo depois tomado por amigos imaginários, fantasmas e bebês japoneses.
Recentemente, depoimentos lidos em Plenário pela presidente da CPI da Corrupção dão conta que a troca da Fatec pela Fundae como prestadora de serviços ao Detran - fato que deu origem a uma reorganização no esquema criminoso montado a partir da autarquia, uma vez que Ferst estaria sendo "pouco profissional", donde a necessidade de o escantear - foi autorizada pessoalmente por Yeda Crusius, e que a própria governadora teria dividido os valores da propina em uma planilha.
A governadora é alvo de uma ação civil pública de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal, de uma CPI, pela Assembleia, e de um processo de impeachment, movido pelos servidores públicos gaúchos e aceito pelo presidente do Poder Legislativo.
Crianças são alfabetizadas em escolas de lata e o estado tem o maior número de óbitos no Brasil por conta da gripe causada pelo vírus Inluenza A H1N1, sendo que o país é o líder mundial em mortes pela referida gripe.
Agentes públicos sob suas ordens diretas executam deprimentes movimentos corporais de forma ritmada em locais públicos, ameaçam e chantageiam presidentes de autarquias e devassam vidas públicas através de escutas e de investigações documentais sem autorização judicial.
A polícia militar, sob seu comando, espanca mulheres e crianças ligadas a movimentos sociais, assassina pelas costas um trabalhador rural e reprime com violência ativistas políticos ligados aos movimentos bancário e estudantil.
O custo de seu propalado déficit zero é a ausência total de investimentos públicos e uma dívida em dólares de 30 anos com um organismo internacional, e tudo isso para comprar um avião capaz de conter seu ego, embora falte gasolina para viaturas da polícia Civil e da Brigada Militar.
Com que imagem, mesmo, Otomar Vivian está preocupado? Que imagem ele quer preservar?
Otomar Vivian, muito pelo contrário, deveria mesmo era se preocupar com a imagem de quem pretende vir para cá. Sua resposta a esses investidores deveria já estar na ponta da língua:
- "Procurem um estado onde o chefe do Poder Executivo não seja réu".
Simples assim.
Argentina enfrenta a imprensa golpista.
A concentração de diversos meios à um mesmo grupo, pode ter um fim no País, rádio, jornais, revistas impressas, televisão, internet e demais mídias eletrônicas poderão ser segmentadas entre grupos menores, e sob um maior controle social.
A reação ocoree como de praxe: Alguém que mexa com os barões midiáticos, leva chumbo.
Uma operação de fiscalização da equivalente Argentina à Receita Federal realizada no jornal Clarín, foi traduzida pela mídia corporativa como um "ataque à liberdade de expressão" (vídeo abaixo). O combate a sonegação fiscal, à burla da legislação trabalhista, a investigação do Estado aos crimes dos oligarcas da mídia, é interpretado , pela própria mídia, como uma afronta à liberdade de expressão.
Leia mais no Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorin
Abaixo a reação da "hermana Globo", contra o "ataque dos Kirchner a liberdade de expressão":
Invasão ao Clarín é considerada ataque a liberdade de expressão na Argentina
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Estados Unidos fascistas: Já chegamos lá?
Sara Robinson - Blog For Our Future
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Oliver Stone filma uma Nova América.
O próprio Hugo Chavez estava presente no Festival, e também foi muito aplaudido, juntamente com o diretor Stone.
O filme repete a fórmula de "Comandante", em diversas entrevistas com vários líderes da América Latina, como Cristina Kirchner, Evo Morales, Fernando Lugo, Raul Castro e o Presidente Lula. Stone tenta mostrar uma América Latina real, muito diferente da retratada pelos periódicos estadunidenses e pelos discursos ensandecidos de alguns de seus líderes.
Uma América Latina que mostra que "Sim, é possível mudar o curso da história", como afirma Chávez.
Abaixo, trailer do filme "South Of The Border":
Cada um conta o que quer contar
**Muitos leitores devem ter notado que a TV Globo passou as duas últimas semanas celebrando o aniversário de 40 anos do Jornal Nacional. Desde a sua criação, o telejornal global é, de longe, a principal fonte de informação de milhões de brasileiros.
Bonner e Fátima Bernardes fizeram questão de nos lembrar das tantas glórias conquistadas pelo JN e pelo jornalismo da emissora. Matérias intermináveis - intermináveis mesmo, de quase 15 minutos - exaltaram os feitos do telejornal. Os mais antigos repórteres (os que certamente melhor cumprem ordens do patrão) foram chamados à bancada e, ao vivo, recordaram as coberturas dos fatos que marcaram a história recente do país.
Telespectadores desavisados, desconhecedores de episódios importantes da vida nacional, talvez até tenham ficado com lágrimas nos olhos.
É fato incontestável que o Jornal Nacional consolidou-se desde a década de 1970 (estreou em 1969) como símbolo do poder das Organizações Globo. Com uma estrutura quatro, cinco ou seis vezes maior do que os telejornais de suas concorrentes, ainda hoje bota medo na maioria dos políticos, que temem ser alvos de abordagens, digamos, pouco simpáticas. Quando as menções são positivas, aí é só festa. Dá até pra pensar em vôos mais altos. Símbolo maior desse poder é o fato de seu lobista-chefe ser chamado de "senador" nos corredores do Congresso Nacional. Sem nunca ter sido candidato nem eleito para cargo algum, desfruta de poderes que nenhum parlamentar possui.
O JN tem todo o direito de comemorar o que bem entender. Aliás, a Globo é perita em se auto-promover. Já fez isso em diversas ocasiões e continua a fazer com competência, posando de defensora da cultura nacional e da liberdade de expressão, além da já manjada face "solidária" que os Crianças Esperanças da vida buscam construir.
O perigo iminente disso tudo é que, em um país pouco conhecedor da biografia de seus meios de comunicação, corre-se o risco de reescrever a história. O temor não se faz em vão: como historiadores cansam de afirmar, a memória coletiva muitas vezes é fruto do legado dos mais fortes.
Mas voltemos ao nosso tema. Como era previsível, o JN tratou de lembrar das tantas ocasiões nas quais noticiou fatos da vida política, econômica, cultural e esportiva do país.
Esqueceu-se, no entanto - e ao acaso isso não pode ser creditado -, de recordar os momentos em que o telejornal global foi ele mesmo sujeito da história.
Ficou de fora da retrospectiva, por exemplo, que o surgimento e fortalecimento da TV Globo deu-se a partir de um acordo ilegal com o grupo estrangeiro Time-Life, que foi inclusive objeto de CPI no Congresso Nacional.
Esqueceram de dizer que a emissora foi criada e se fortaleceu com o apoio decisivo dos sucessivos governos militares. E que seu jornalismo, em especial o JN, ignorou solenemente as torturas, os desaparecimentos e as mortes dos que lutavam contra a ditadura, como se não tivessem acontecido.
O resgate histórico deixou de lado a tentativa de ignorar o movimento pelas eleições diretas nos primeiros anos da década de 1980, assim como a participação da emissora na tentativa mal sucedida de fraude nas eleições para o governo do Rio de Janeiro, com o objetivo de evitar a posse de Leonel Brizola.
A memória seletiva igualmente deu conta de apagar a participação decisiva do JN na eleição de Fernando Collor em 1989, quando a emissora editou de forma canalha o último debate entre Collor e Lula, além de utilizar contra o candidato petista as acusações lunáticas de sua ex-mulher e o seqüestro do empresário Abílio Diniz.
Nos anos seguintes, de forma nem um pouco sutil, foi linha de frente na consolidação da idéia - hoje comprovadamente furada - de que o neoliberalismo e a privatização de empresas estatais eram o único caminho a seguir, impulsionando a eleição e reeleição de FHC à Presidência.
Há ainda uma série infindável de episódios mais recentes que poderiam ser acrescentados à lista, como a cobertura favorável ao tucano Alckmin nas últimas eleições presidenciais. Ao contrário de outras tentativas, a tática não deu certo, graças à multiplicação das fontes de informação e, quem sabe, ao aumento da consciência política das classes menos favorecidas.
Fato é que, ao longo de toda a sua história, a Globo consolidou-se como os olhos e ouvidos da atrasada elite brasileira, cerrando fileiras contra movimentos sociais e quaisquer políticas distributivas. Em Brasília, seu "senador" é sempre recebido com afagos. Tapetes vermelhos se estendem aos seus pés. E assim, políticas que visam democratizar as comunicações do país são enterradas antes mesmo de nascerem.
É normal, compreensível até, que o JN tente recontar a sua própria história. O que não pode acontecer é que a história não contada por ele seja esquecida por nós.
A bosta da Veja falando do "papel higiênico Granma".
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
O Blog da Dilma pede o seu voto
sábado, 5 de setembro de 2009
Filme Germano-Brasileiro mostra a reação de um candidato ao perder uma eleição.
Vídeo extraído do blog do Joel Bueno.
Alguém pensou em fazer essa pergunta?
E cá estava eu, na minha famosa e luxuosa laje de Pinheiros, revendo a imprensa nacional dos últimos dias e fui assaltado (diferentemente de tantos moradores dos Jardins) por uma dúvida!
Folheei e refolheei os jornais em papel jornal. Olhei para os digitais, nada. Ninguém. NINGUÉM mesmo, fez a pergunta mais básica nesses últimos dias, para a pessoa que mais precisa responder a tal pergunta. Então, aqui mesmo, nesse vibrante órgão da nova mídia, aqui vai:
- Governador Serra! Qual é a sua proposta para a exploração e o uso dos recursos do petróleo das novas áreas do chamado pré-sal?
Enquanto aguardo a resposta, com o pezinho aqui batendo impaciente, vamos nós, juntos, pensar um pouco no assunto.
Gente, COMO ninguém foi ali no Palácio dos Bandeirantes com um gravadorzinho ou um bloquinho na mão, perguntar ao sujeito hoje com maiores possibilidades de mudar de palácio no ano que vem sobre o que ele faria com o futuro do nosso país, caso os eleitores deem a ele essa missão?
Não importa se o cara se declara como candidato ou não. Que eu saiba, em cada pesquisa feita e refeita, o governador Serra aparece lá na frente. Aparecem ainda a Dilma, o Ciro Gomes, o Aécio, humm, quem mais? A Marina? O PSOL? Esses são os caras e é com eles que precisamos contar, a não ser que o excesso de sol aqui na minha laje me afete mais ainda os miolos e eu também resolva tirar o país do abismo em que o Lula nos colocou (segundo as viúvas do FHC).
Bom, o PSOL é tão contra tudo que deve ser contra a privatização e a estatização de tudo que se move. Aliás, eles são contra tudo que se move, e a Marina, que acredita na burrice suprema do tal criacionismo, não pode acreditar em petróleo, que teria se formado há milhões de anos, portanto, antes do mundo evangélico ter sequer surgido. Quem sobra?
O Aécio Neves é um gato, me garante a Zélia, a única mulher que manda em mim quando vem aqui dar um jeito na Guernica que é a minha casa depois de uma semana inteira das festas e recepções na Mansão Carneiro da Cunha. Mas gato não fala, aliás, não faz nada e eu não creio que esse gato aí esteja seriamente pensando em concorrer no ano que vem. Além de gato, o rapaz é moço, tem tempo pra pensar, aprender, quem sabe até aprender a falar. Vamos ver.
A Dilma, bom, acho podemos tranquilamente ser a favor ou contra do que ela pensa, uma vez que todos ficamos sabendo na apresentação da proposta do governo para o pré-sal na última segunda-feira. Faltou alguém. Ah, já sei.
Governador José Serra! O que afinal o senhor faria ou fará, na Presidência do país, caso chegue lá, com os recursos que podem redefinir o nosso futuro?
Porque o Brasil pegou jeito nos últimos cinco anos, estimados leitores, por incrível que pareça para a minha geração, que tinha se convencido que isso aqui nunca ia dar certo. Coisas criadas e planejadas gerações atrás, por brasileiros com visão de futuro, agora viraram presente e surpreendem o mundo. NENHUM país criou um sistema formado por álcool, motores flex e postos de combustível com várias escolhas. Apenas e apenas aqui a gasolina é combustível alternativo e andamos por nossas próprias pernas e octanagem, ora vejam. Nossa energia é hidrelétrica, e o atual governo nos protegeu da chance de apagões e a gente pode se ligar pra valer. Na última quarta-feira a Embraer completou 40 anos, e um vôo meu na semana que vem, com a holandesíssima KLM vai ser num jato brasileiro.
E a Petrobras, que quase virou Petrobrax no tempo do FHC, lembram? Pois é simplesmente a quarta maior empresa das Américas, sendo que nessas Américas estão os Estados Unidos da América. Sabem o que isso significa?
Num cenário desses, o pré-sal é um elemento novo e perturbador. Sabe quando você planejou, poupou, investiu e a sua vida está indo bem, as coisas funcionando a contento e existe um futuro, e aí você descobre que um tio desconhecido morreu na Venezuela deixando uma fortuna todinha pra você? Sua cabeça vira uma bagunça maior do que aqui em casa após finais de semana de festividades. Seus valores são sacudidos, seus planos passam a parecer leves demais, sua mulher começa a olhar pra loja da H Stern com outros olhos. O que você faz numa hora dessas define o sujeito que você é, e o que você e sua família vão ser.
E é nesse momento que o Brasil se encontra.
E não sei por vocês, mas baseado na experiência que eu vivi, de ter o PSDB gerenciando as nossas grandes propriedades, não sei o que esperar de uma administração desses recursos por um eventual governo José Serra.
Quando teve o poder, o PSDB foi medroso na hora de lidar com outros países e corporações. Temos celular, mas pagamos caríssimo pra usar. As estradas de SP são ótimas, e igualmente caríssimas. Alguém negociou com muito bom coração pelos sentimentos deles, não os nossos. A privatização sob o comando do PSDB foi o calcanhar de aquiles daqueles governos (e isso sem contar duas quebras e idas ao FMI, aquela paridade maluca com o dólar e o apagão). Por que eu deveria me sentir tranquilo com o que eles venham a fazer com o pré-sal?
Um grande país se faz com riquezas, com um povo unido, e muita atitude. Eu gosto da atitude do governo Lula, todos sabem. Gostei quando ele disse que a plataforma P-51 ia ser fabricada no Brasil, um bilhão de dólares, empregos e tecnologia vindo pra cá e não Cingapura, lembram? Essa atitude nos trouxe uma enorme indústria naval e o pré-sal. Qual vai ser a nossa atitude diante dessa inesperada riqueza que não é deixada por um tio misterioso, mas resultado de muito investimento, pesquisa e estratégia que somente uma empresa estatal pode realizar?
Ah, ponto importante. Manter a Petrobras sob controle parcial do estado foi uma ótima, excelente, escolha. A Argentina privatizou a YPF e não tem mais nada. Nada. E se alguém ainda tem dúvidas, o presidente Lula pode demitir o presidente do BB e fazer os juros baixarem e o crédito crescer. Alguém prefere o país sem isso?
Mudar as regras para o pré-sal foi um enorme acerto. O governo sentiu que podia peitar as corporações e o fez. Foi corajoso e eu gosto disso. O governo FHC tirava os sapatos pra entrar nos Estados Unidos, e isso me irritava. Quem tira sapatos enfrenta petroleiras internacionais pelo bem do país?
O governador Serra demonstrou bem mais coragem do que o presidente FHC ao fazer a lei dos genéricos e a lei anti-fumo aqui em São Paulo, mas não sei, quero ver e quero que ele me diga, nos diga, o que faria, ou não pode ser presidente. Se ele ainda não sabe o que pensa, não pode ser presidente. Mas ele sabe e nos deve essa informação. Até agora disse apenas que quer mais tempo. Mais tempo para quê? Para lobbies e interesses derrubarem um bom plano? Precisamos implantar essas leis já, precisamos controlar essas riquezas firmemente, e protegê-las dos políticos para que tenham os fins que o Lula descreveu: educação, pesquisa e ciência, redução da pobreza. Queriam um país decente? Aí está a proposta e o caminho.
Governador José Serra: o que o senhor acha disso?