quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Islâmicos também querem bancada.

Insatisfeitos com a ordem estabelecida, com o Estado Laico, e com a representatividade política dos cristãos, os islâmicos também querem mandar, impôr seus dogmas às escolas, obter regalias financeiras, construir monumentos sem sentido, com dinheiro público...

Texto extraído do Blog do Paulo Lopes:


Brasileiros discutem na internet criação de um partido islâmico




O blog da SIM (Sociedade Islâmica do Maranhão) revela estar havendo entre as comunidades de muçulmanos um debate para a criação do PIB (Partido Islâmico Brasileiro). No blog há, inclusive, o que seria a bandeira de um Brasil de Maomé: uma lua crescente com uma estrela (símbolo do Islã) no lugar da inscrição positivista “ordem e progresso” e do Cruzeiro do Sul (que pode ser tomado como uma referência ao cristianismo).



O autor do post que apresentou uma proposta para a doutrina do partido se manteve no anonimato, identificando com o nome da sociedade, embora em alguns trechos escreva na primeira pessoa. É de se supor que seja um diretor da SIM.

Ele afirmou que o lema do PIB é "Islã, Propriedade e Família". O que lembra a TFP (Tradição, Família e Propriedade), uma organização católica de ultradireita.

O autor do post, contudo, ressaltou que o PIB vai combater “as doutrinas socialista e fascista”. “Queremos apresentar uma alternativa concreta ao povo brasileiro, a qual não é capitalista, nem comunista, não é liberal nem socialista, mas é única e exclusivamente ISLÂMICA”, escreveu.

O autor reconheceu que ainda é cedo para iniciar uma campanha para o recolhimento das 450 mil assinaturas para a criação do partido, conforme exige da legislação. Por isso, o “momento é para a construção [informal] de diretórios municipais e estaduais e depois o diretório nacional”.

Ele sugeriu colocar o nome do partido em “banho-maria”, de modo que possa ser mudado, se preciso, para torná-lo mais digerível, conforme ficou subentendido no blog.

Disse que o partido islâmico vai ter de enfrentar uma grande oposição porque “o Islã propõe uma total inversão da maioria dos valores cultuados pela sociedade brasileira”.

Como exemplos, mencionou que o islamismo não admite a cobrança de juros e a comercialização de bebidas alcoólicas. Por isso, disse, bancos e setor de bebidas estão entre os principais “inimigos” do Islã.

Ele reconheceu que, se fosse criado agora, o partido islâmico não teria condições de enfrentar os conflitos desencadeados pela sua proposta de “inversão dos valores” dos brasileiros.



Escreveu que a estratégia agora é a de “acúmulo de forças”, o que inclui, já nas próximas eleições, apoiar candidatos a vereador e a prefeito de partidos que “sejam aprovados pelo movimento [dos muçulmanos]”.

O autor revelou que se tornou muçulmano há dois anos e que participou da criação em 2005 do PSOL, partido que, segundo ele, se desviou de seus objetivos.

“Quando me reverti ao Islã, abandonei esta militância por acreditar que não há alternativa para o futuro da humanidade nas propostas defendidas por socialistas, capitalistas, fascistas, comunistas e outros istas”, disse. "O futuro e a libertação da barbárie passam, inequivocamente, PELO ISLÃ!”

Não há dados oficiais sobre quantos brasileiros são muçulmanos. A estimativa de suas lideranças varia muito, vai de 200 mil a mais de um 1 milhão de fiéis.

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