Não foi Kátia Abreu, nem Ronaldo Caiado o ente que proferiu esse "escarro". O autor da frase foi o presidente do CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), o bioquímico Walter Colli.
O contexto: O CTNBio "votará na quinta-feira (10/12) o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais."
Resumindo: Não estamos nem aí para o que pode ocorrer com a saúde humana e o meio ambiente.
O tráfico de sementes estrangeiras, o plantio criminoso de variedades de soja transgênica pela quadrilha de fazendeiros do Rio Grande do Sul, garantiu o plantio e a comercialização de OGMs. Num segundo momento, o governo acuado, liberou a pesquisa e a produção do produto traficado. Agora, pelos números que, desde já são apresentados, essa comissão vai liberar as empresas do "agribusinees" dos dispendiosos testes feitos por empresas contratadas par afirmar que não há problema algum com o produto.
Na prática, só vai poupar recursos às transnacionais do agronegócio.
E tínhamos, ainda que remotas, esperanças de que essa comissão realizasse um trabalho sério, no sentido de preservar a BIOSSEGURANÇA, e não a BIOEXPLORAÇÃO FINANCEIRA.
"Essas coisas não fazem mal, e se fizerem, ninguém vai saber..."
Ótimo parecer técnico. De um saber teórico incomparável.
Finalmente estão deixando explícito a que vieram, quais interesses defendem, e em detrimento do quê.
Abaixo texto do Diário Gauche, no qual Cristóvão Feil alerta contra os desmandos da turminha da "BIOSSEGURANÇA":
Mudança desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de riscos
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) votará na quinta-feira (10/12) o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais. A mudança desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de riscos e de apresentar planos de monitoramento pós-liberação comercial de transgênicos no país. A informação é do jornal Valor, de hoje.
A nova regra deve "anistiar" os 25 produtos transgênicos (plantas, vacinas e enzimas) que já obtiveram aprovação para comercialização e beneficiará 11 pedidos que estão sob análise do colegiado, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A alteração na Resolução Normativa nº 5, em vigor desde março de 2008, dependerá do voto de 14 dos 27 membros titulares da CTNBio. O grupo favorável à mudança somaria 16 votos.
A medida também beneficiará diretamente a indústria alimentícia brasileira. Dirigentes da associação do setor (Abia) escreveram ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, para reivindicar o fim do monitoramento e ameaçaram derrubar a exigência na Justiça.
O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, confirma a proposta de alteração na regra.
"Essas coisas não fazem mal. E, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo. O argumento jurídico que se coloca é que monitorar só se justificaria se houvesse dúvida na análise de risco. Se o produto é idêntico ao convencional, não há razão para monitorar", explica.
Colli, que está em seu segundo mandato à frente da comissão, diz que o fim do monitoramento não causará problemas à população. "O monitoramento humano e animal foi uma esparrela, uma bobagem que fizemos. Cedemos pelo cansaço. Agora, a indústria alimentícia está sujeita a uma ação jurídica do Ministério Público por uma regra inepta da CTNBio. Cometemos um erro e quero corrigir isso", afirma.
O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, ligou o botão "fodam-se". Caso contrário, como se poderia interpretar a frase "essas coisas não fazem mal; e, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo"?
Observem a gravidade do que está dizendo essa autoridade pública brasileira.
Walter Colli (foto) - velho amigo dos produtores de transgênicos - está falando do alimento nosso de cada dia, de comida cujo conteúdo se desconhece, tanto pode alimentar como pode matar, de forma silenciosa, a medio e longo prazo. No entanto, a autoridade pública lava as mãos e fecha os olhos para o risco que todos os brasileiros estão correndo ao colocar o alimento na boca.
Isso é muito grave!
O contexto: O CTNBio "votará na quinta-feira (10/12) o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais."
Resumindo: Não estamos nem aí para o que pode ocorrer com a saúde humana e o meio ambiente.
O tráfico de sementes estrangeiras, o plantio criminoso de variedades de soja transgênica pela quadrilha de fazendeiros do Rio Grande do Sul, garantiu o plantio e a comercialização de OGMs. Num segundo momento, o governo acuado, liberou a pesquisa e a produção do produto traficado. Agora, pelos números que, desde já são apresentados, essa comissão vai liberar as empresas do "agribusinees" dos dispendiosos testes feitos por empresas contratadas par afirmar que não há problema algum com o produto.
Na prática, só vai poupar recursos às transnacionais do agronegócio.
E tínhamos, ainda que remotas, esperanças de que essa comissão realizasse um trabalho sério, no sentido de preservar a BIOSSEGURANÇA, e não a BIOEXPLORAÇÃO FINANCEIRA.
"Essas coisas não fazem mal, e se fizerem, ninguém vai saber..."
Ótimo parecer técnico. De um saber teórico incomparável.
Finalmente estão deixando explícito a que vieram, quais interesses defendem, e em detrimento do quê.
Abaixo texto do Diário Gauche, no qual Cristóvão Feil alerta contra os desmandos da turminha da "BIOSSEGURANÇA":
Mudança desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de riscos
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) votará na quinta-feira (10/12) o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais. A mudança desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de riscos e de apresentar planos de monitoramento pós-liberação comercial de transgênicos no país. A informação é do jornal Valor, de hoje.
A nova regra deve "anistiar" os 25 produtos transgênicos (plantas, vacinas e enzimas) que já obtiveram aprovação para comercialização e beneficiará 11 pedidos que estão sob análise do colegiado, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A alteração na Resolução Normativa nº 5, em vigor desde março de 2008, dependerá do voto de 14 dos 27 membros titulares da CTNBio. O grupo favorável à mudança somaria 16 votos.
A medida também beneficiará diretamente a indústria alimentícia brasileira. Dirigentes da associação do setor (Abia) escreveram ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, para reivindicar o fim do monitoramento e ameaçaram derrubar a exigência na Justiça.
O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, confirma a proposta de alteração na regra.
"Essas coisas não fazem mal. E, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo. O argumento jurídico que se coloca é que monitorar só se justificaria se houvesse dúvida na análise de risco. Se o produto é idêntico ao convencional, não há razão para monitorar", explica.
Colli, que está em seu segundo mandato à frente da comissão, diz que o fim do monitoramento não causará problemas à população. "O monitoramento humano e animal foi uma esparrela, uma bobagem que fizemos. Cedemos pelo cansaço. Agora, a indústria alimentícia está sujeita a uma ação jurídica do Ministério Público por uma regra inepta da CTNBio. Cometemos um erro e quero corrigir isso", afirma.
O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, ligou o botão "fodam-se". Caso contrário, como se poderia interpretar a frase "essas coisas não fazem mal; e, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo"?
Observem a gravidade do que está dizendo essa autoridade pública brasileira.
Walter Colli (foto) - velho amigo dos produtores de transgênicos - está falando do alimento nosso de cada dia, de comida cujo conteúdo se desconhece, tanto pode alimentar como pode matar, de forma silenciosa, a medio e longo prazo. No entanto, a autoridade pública lava as mãos e fecha os olhos para o risco que todos os brasileiros estão correndo ao colocar o alimento na boca.
Isso é muito grave!
Em tempo: Onde estão as marcações e a rotulagem dos alimentos que contém substâncias provenientes de OGMs?
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