sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Como as religiões enfrentam suas crises...

...tentando apagar a História.

O grupo fundamentalista Católico Apostólico Romano denominado "Legionários de Cristo" (interessante a escolha do nome "legionários"), sofre intervenção do comando romano da igreja.
Seu fundador, um padre mexicano chamado Marcial Maciel, foi acusado de, por décadas abusar sexualmente de menores, inclusive de seus seis filhos, segundo comentários da imprensa internacional. Esse religioso estava prestes a ser beatificado, ou canonizado pelo comando romano do papa João Paulo II (o anti-comunista), pelo conjunto de sua obra: fundar uma seita tão reacionária quanto a máxima liderança desse grupo.
Um pedófilo que funda um grupo de ultra-direita pode ser considerado "modelo e guia da juventude", nas palavras do "infalível" líder romano, que o protegia e admirava, juntamente com cardeais da Cúria vaticana "por sua capacidade de mobilização e porque lhes aportava bastante dinheiro..."
A forma de punir ou prevenir esses crimes é interessante: Proibem e exibição de fotos de seu "santo" junto do "infalível" e da cúpula crápula que o vangloriava e nomeia um interventor junto à seita (de onde vem esse interventor?). Apagar a História em nome dos dogmas dos infalíveis e da manutenção desse grupo remanescente dos "cézares". Impedir que a população veja o que realmente são santos.

O texto abaixo foi extraído do blog contexto Livre.

Papa manda "apagar" da história um pedófilo de batina



Fotos como esta estão proibidas nos seminários católicos
O Vaticano determinou que os seminários e outras instalações católicas no mundo eliminem as fotografias, pinturas e outras recordações do padre Marcial Marcel, condenado por vários crimes de pedofilia e pai de vários filhos em diferentes países. Ele havia sido considerado pelo Papa João Paulo II um "modelo e guia da juventude", e chegou a ser cogitada sua canonização. Maciel morreu há dois anos, aos 88 de idade, depois de expulso de suas funções pelo Vaticano e enviado de volta a seu México natal.
Sua congregação, os "Legionários de Cristo", entretanto, não foi punida pelos crimes do fundador. Juan G. Bedoya, em matéria para "El País" de 24 e 25 de dezembro de 2010, afirma: "Protegido por João Paulo II e admirado por cardeais da Cúria vaticana por sua capacidade de mobilização e porque lhes aportava bastante dinheiro, o fundador legionário foi expulso de Roma a caminho de seu México natal tão logo tomou posse o sucessor do Papa polonês, Bento XVI. Foi o único castigo que recebeu em vida o carismático fundador".
O comissário pontifício que assinou o decreto punitivo proibe que os seguidores de Maciel festejem as datas de seu nascimento, batismo, ordenação sacerdotal. Somente a data de sua morte, o 30 de janeiro de 2008, será "dia dedicado à oração". Entre as fotos agora proibidas estão especialmente aquelas em que Maciel aparece ao lado do Papa anterior, sempre recebendo gestos de afeição. Também estão proibidas as referências públicas ao padre-fundador, que não pode mais ser chamado de "nosso Pai", como ocorria, mas apenas citado como "fundador da Legião de Cristo". Os escritos de Maciel não mais estarão à venda.
Apesar de tudo, reconhece-se a "liberdade pessoal" daqueles que queiram conservar "de maneira privada alguma fotografia do fundador, ler seus escritos ou escutar suas conferências gravadas".
A congregação reúne dezenas de milhares de fiéis pelo mundo, inclusive 800 padres, 61 dos quais ordenados na Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma, no Natal passado.

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