domingo, 16 de outubro de 2011

Republicanos tem candidato a Faraó.

É de comum saber que a autoridade já teve sua origem vínculada à filiações e relações com figuras míticas, divindades, deuses, semideuses e outros seres invisíveis, tanto que, monarcas ainda são "ungidos" por papas, bispos ou outros empregados de instituições religiosas.
Alguns, em tempos mais remotos, auto-denominavam-se filhos de deuses, ou os próprios, como os faraós do Egito antigo.
Ainda no século XXI, entes ávidos por postos de poder, utilizam-se dessas figuras míticas para justificar a necessidade de um Estado, tê-lo como mandatário (geralmente porque de acordo com nossas leis e preceitos sociais, seria injustificável a implantação de suas políticas) como é o caso do pré-candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney.
Romney vai um pouco além, atribuíndo essa "divindade" ao papel de liderança mundial que deve ser exercido pelos Estados Unidos, mesmo atropleando instituições como a ONU e a comunidade internacional. Teremos mais um candidato teo-belicista, que, graças ao fraco governo Obama, tem chances reais de vitória.
O texto abaixo, extraído do Blog Pragmatismo Político, mostra os discursos teocráticos do aspirante a "divino governador do mundo":
Com um Obama fragilizado, as portas do império novamente abrem-se para o que há de mais conservador

Impulsionado pelas pesquisas de intenção de voto, que o colocam à frente do presidente Barack Obama, o pré-candidato republicano Mitt Romney desenterra os pensamentos mais retrógrados. Em ato na Carolina do Sul centrado em política externa, pediu um século de domínio americano, falou em ignorar instituições como a ONU se necessário e disse que Deus criou os Estados Unidos para liderarem o mundo.


- Este tem quer ser um século americano. Num século americano, a América tem a economia mais forte e o maior poder militar do mundo - afirmou Romney. - Deus não criou esse país para ser uma nação de seguidores. A América não é destinada a ser uma das várias potências globais igualmente equilibradas. A América precisa liderar o mundo, ou alguém tomará a frente.


O local escolhido para o discurso não foi por acaso. A Carolina do Sul é um dos primeiros estados a ter primárias, em janeiro, e é crucial para as pretensões de Romney. Segundo uma pesquisa da Universidade de Quinnipiac divulgada nesta semana, o ex-governador de Massachusetts continua à frente na corrida republicana, com 22% dos votos, contra 17% do empresário Herman Cain e 14% do governador do Texas, Rick Perry.


Num eventual confronto com Obama, Romney também sairia na frente. De acordo com a pesquisa, ele tem 46% das intenções de voto, quatro pontos à frente do presidente americano.


No discurso, Romney classificou os esforços de Obama para melhorar a imagem dos Estados Unidos como um "tour de desculpas" e acusou o governo de enfraquecer o papel do país.


- Ao mesmo tempo em que deveríamos trabalhar com outras nações, nós sempre nos reservamos o direito de agir sozinhos para proteger os interesses vitais do país- continuou o republicano. - Quando a América está forte, o mundo fica mais seguro.


O ato na Carolina do Sul foi interpretado como um passo de Romney para ganhar terreno em política internacional, um campo em que Obama tem mais experiência que qualquer outro candidato republicano. A campanha, no entanto, caminha mais para assuntos internos, como imigração e economia, do que externos.

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