sexta-feira, 2 de outubro de 2009

América Latina em evidência


Vislumbramos um novo contexto político para o Brasil, que passa de nação subalterna, periferia de um império, ao nível de nação importante em vários contextos da política internacional.

O discurso do Presidente Lula, ao vivo em rede nacional, após a decisão do COI, de delegar ao Brasil a organização e realização das olmpíadas de 2016, foi não só um desabafo, mas um prenúncio de uma nova era, na qual somos parte do poder decisório da política econômica mundial (G20, substituíndo o famigerado G8), força defensora dos ideais democráticos (Honduras), liderança em políticas sociais e país de primeira grandeza, nos esportes.

Foi uma vitória coletiva, de uma candidatura que "candidatura não é só nossa, mas é da América do Sul. Um continente que nunca sediou uma Olimpíada. Está na hora de corrigir isso", nas palavras do Presidente.

A América Latina em evidência, em vários cenários, pode ser uma interpretação à fala do Presidente hoje.

Ao Rio de Janeiro, e ao trabalho dos que não baixaram a cabeça às grandes potências, deixo às palavras de Paul Henrique Amorim, que comentou a vitória brasileira em seu blog:


Lula empenhou seu cacife político na campanha do Rio 2016.
Se o Rio perdesse, o PiG (*) e a elite branca, especialmente a de São Paulo, que é separatista, cairiam em cima de Lula, como se fosse um coitadinho, um operário metalúrgico que tentou ir além dos sapatos.
Lula, logo após a vitória de 66 a 32, ressaltou que o Brasil devia isso ao Rio.
Ao Rio, que já foi capital da República, que foi politicamente esvaziado, e passou a freqüentar as paginas podres do PiG (*), o Brasil devia ao Rio – disse Lula.
(Nessa hora, Lula olho no olho do repórter da Globo …)
Ninguém mais do que o Presidente Lula trabalhou para re-fazer esse mapa geopolítico.
A distorção começou com Juscelino, que tirou a capital do Rio e abriu o ciclo da inflação.
Tirou a capital do Rio para isolar a capital do povo.
Levou a indústria só para São Paulo – e botou o resto do Brasil para trabalhar para São Paulo.
Depois, o regime militar esvaziou o Rio, porque o Rio era brizolista.
E a Globo, por causa do Brizola, estigmatizou o Rio e transformou o Rio numa Medelín.
Acabou hoje a minoridade política do Rio.
Como disse o Presidente Lula, em lágrimas, esse é o atestado de cidadania do Brasil.
É a prova de que o mundo reconhece que o Brasil chegou lá.
E que o Rio é o Rio.
Capital do Brasil !
Paulo Henrique Amorim

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