domingo, 15 de janeiro de 2012

Hora de taxarmos as máquinas arrecadatórias "divinas"

Indignados" concentrados na praça de São Pedro
por LusaOntem
Manifestantes de vários países juntaram-se na praça de São Pedro Fotografia © Stringer/Reuters
Algumas dezenas de "indignados" de vários países europeus, como Espanha e França, manifestaram-se hoje na praça de São Pedro, no Vaticano, gritando frases contra a Igreja católica e o Papa, testemunhou um fotojornalista da agência noticiosa France Press.
"Igreja corrupta", "Papa criminoso", "Liberdade" e "Não à violência" foram algumas das frases entoadas pelos manifestantes, que se concentraram numa zona da praça que fica em frente das janelas dos aposentos de Bento XVI.

"O Vaticano deve pagar os impostos como todo o mundo" gritaram ainda os manifestantes, numa referência às exceções fiscais que beneficiam os imóveis da Santa Sé em redor do Vaticano.
Alguns dos ativistas chegaram a montar tendas na praça de São Pedro e um dos manifestantes subiu à árvore de Natal que está no centro do recinto.

Elementos da polícia acabaram por controlar a ação de protesto, com registo de alguns momentos de tensão, e três jovens foram detidos para identificação.

Esta manifestação ocorreu algumas horas depois do primeiro-ministro italiano, Mario Monti, ter sido recebido pelo Papa Bento XVI no Vaticano.

Durante o encontro, o pontífice afirmou que a situação social "difícil" e "quase insolúvel" de Itália torna necessário um compromisso para a recuperação da economia do país.

Esta foi a primeira vez, desde que assumiu o novo governo italiano em novembro, que Mario Monti, um católico praticante, foi recebido em audiência pelo sumo pontífice.

Nota blogueiro: Uma justa manifestação, infelizmente, limitada à reinvindicação de taxação dos imóveis dessa igreja fora do Vaticano.
Devemos iniciar movimentos, no sentido de taxar os bilhões arrecadados por empresas religiosas, seus bens, móveis e imóveis, como os de qualquer pessoa, física ou jurídica.
Iniciativas como o uso do débito automático de dízimos, a venda de produtos "afastadores de demônios" e toda a sorte de tranquieras mostram o real objetivo dessas companhias, arrecadação, lucro, como o de qualquer empresa, com a benevolência estatal de não cobrar um centavo de impostos sobre esses montantes.
Seriam recursos adicionais, voltados à educação, saúde, segurança e obras estatais, bem como ao financiamento do bem-estar social.
Religiões tentam por a mão em recursos públicos, como do FGTS, para ampliar suas atividades. Devemos refutar essas idéias, e trabalhar pela taxação de seus enormes lucros.

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