O fenômeno "voto útil" manteve candidato tucano, José Serra por muito tempo a frente da petista Dilma Roussef, enquanto a exposição midiática, o Governo do Estado de São Paulo (eu vi propagandas institucionais da Sabesp pelos cinco estados que passei, disseram que até no Acre passava) e a tardia identificação da candidata do Presidente Lula o puseram na condição de favorito, ou de acordo com alguns, de presidente eleito, mesmo sem eleição.
"A pesquisa das pesquisas" exposta no gráfico acima, uma compilação de dados de diferentes pesquisas, realizadas no ano de 2010, com candidaturas já consolidadas e a identificação de quem é quem, mostra que essa liderança era tão frágil como o próprio candidato: Serra mantém-se estável (na verdade desde 2002) na preferência dos entrevistados, enquanto Dilma, mostra franca ascenção.
E o fenômeno do voto útil? O grande aliado de José Serra agora é seu maior adversário, podendo definir a eleição primeiro turno.
O gráfico e o texto abaixo forma extraídos do blog Diário Gauche, do sociólogo Cristóvão Feil:
Serra tem desempenho estável, mas insuficiente
O gráfico na ilustração acima é irrespondível. Não se trata de uma pesquisa eleitoral singular e pontual. As duas curvas (em azul e vermelho) indicam a tendência das preferências populares captadas por uma série estatística que contempla um conjunto de pesquisas de distintos institutos especializados.
O candidato da direita, Serra (em vermelho), mostra-se estável na média de 36 pontos. A candidata de Lula, Dilma Rousseff, mostra uma subida inexorável, de 25 pontos a 41 pontos, com tendência de alta. Caso se confirme, pode ganhar no primeiro turno. A série mostra somente números de pesquisas realizadas em 2010, se considerasse sondagens anteriores, quando Dilma começou com a minguada preferência de 4% dos entrevistados, a curva do gráfico acima seria bem mais acentuada, em favor da candidata lulista.
Os números acima foram atualizados até 25 de julho (você pode continuar a tabela em casa, no seu computador, basta migrar os dados para uma tabela excel e continuar alimentando-a com os resultados das pesquisas que são divulgados periodicamente na mídia). A ótima iniciativa é do Doxa, Laboratório de Pesquisa em Comunicação Política e Opinião Pública (do Iuperj), recentemente incorporado à Universidade Estadual do Rio de Janeiro, sob a orientação do professor e pesquisador Marcus Figueiredo.
Acima, fac-símile parcial da página 11, revista CartaCapital (edição 607), em coluna assinada pelo jornalista Maurício Dias. O texto acima é deste blog DG.
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