sábado, 15 de novembro de 2008

Magistério em greve por tempo indeterminado



Governo Yeda já sinaliza com punições e retaliações

Mais de dez mil educadores, reunidos na tarde de ontem, em assembléia no Gigantinho, decidiram por ampla maioria pela greve geral por prazo indeterminado. A medida foi tomada por conta da intransigência do governo Yeda na condução da imlantação do piso nacional da categoria, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Lula.

Yeda e sua secretária de contenção de "despesas educacionais' Marisa Abreu, encaminharam um projeto para a Assembléia Legislativa do Estado, afirmando que "piso não é piso", ou seja, pode-se equiparar o piso dos professores da província ao nacional (R$ 950,00) mas não quer que sejam calculados em cima desse piso as demais vantagens da categoria.
Se aprovado o projeto do "piso que não é piso", não haverá nenhuma vantagem aos educadores do Estado.

O Governo Yeda já sinalizou retaliações e punições, como corte do ponto dos funcionários paralisados e com a substituição desses, desrespeitando a Lei de greve e estabelecendo um perigoso conflito com a categoria, que promete "engrossar" o movimento pelo interior da Província.

Abaixo manifesto do CPERS Sindicato, publicado em seu site:
Reunidos em assembléia geral na tarde desta sexta-feira 14, no Gigantinho, em Porto Alegre, os trabalhadores em educação decidiram entrar em greve. A assembléia reuniu aproximadamente dez mil educadores, que, por ampla maioria, votaram pelo início imediato da paralisação para barrar os ataques do governo à educação e aos educadores.
A categoria exige a retirada imediata da Assembléia Legislativa do projeto que cria um piso regional que descaracteriza a lei federal que criou o Piso Salarial Nacional e ainda ameaça os planos de carreira dos professores e funcionários.
O projeto de R$ 950,00 proposto pelo governo não é básico, pois considera todas as vantagens da carreira. Já o piso nacional, em janeiro de 2010, terá que ser aplicado como básico da carreira, incidindo sobre ele todas as vantagens. Após a assembléia, os educadores realizaram uma caminhada até o Palácio Piratini, onde entregaram um documento comunicando a decisão da assembléia geral e exigindo a retirada do projeto que se encontra na Assembléia Legislativa.
O sentimento de força e unidade contagiou a todos que estiveram na atividade. O apoio manifestado pela população fez aumentar a energia e a disposição de luta de todos que participaram das atividades.
Agora é hora de paralisar todas as escolas no Estado e forçar o governo e a Assembléia Legislativa nenhum projeto que ataque à escola pública e os educadores. Cada região estará organizando o seu comando de greve, procure seu Núcleo e participe da luta

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