sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Sobre terrorismo.


Vendo as imagens da "Solução Final" israelense, recordo-me de uma frase que li em algum lugar, há muito tempo.

"Terroristas são como grandes exércitos chamam os pequenos"

Evoco tal frase, que adotei como conceito de "terrorismo" (uma pequena estrutura paramilitar em conflito com uma grande estrutura militar), no momento em que o conceitos como democracia, liberdade, livre escolha, soberania e autodeterminação são destroçados pelos mísseis de fragmentação, bombas de alta precisão (aquelas que massacram mais) e novas formas de inflingir sofrimento físico aos sobreviventes dos reides como as novas bombas de tungstênio, que estão sendo despejadas sobre o povo palestino.

Essas armas estão sendo utilizadas, supostamente em resposta aos foguetes caseiros, praticamente rojões que militantes palestinos disparam sobre cidades do sul de Israel. Tais rojões as vezes danificam o asfalto, algumas paredes, fazem barulho mas raramente causam vítimas. As armas utilizadas por Israel varrem cidades do mapa, destroçam qualquer estrutura civil ou militar, aniquilam centenas de palestinos com poucos disparos.

Essa "igualdade" de condições de enfrentamento é sistematicamente ressaltada pelos grandes meios de comunicação em massa, como foi evidenciado pelo texto publicado abaixo.

O compromisso desses veículos com um único lado de um conflito que tem origens que remontam a milhares de anos, e que são mostrados como se tivesse iniciado com um "rojão palestino" é um insulto a inteligência ou até mesmo a paciência de quem os assiste.

Esse apelo ao senso comum, a necessidade de equiparar o maior exército de ocupação do mundo aos "estilingues" palestinos, tem por objetivo mascarar os objetivos da aliança anglo-israelense: a manutenção dos partidos de direita e de extrema-direita no poder em Israel (conhecidos como os que mais matam palestinos), nas eleições que se aproximam, e enfraquecer o governo democraticamente eleito do Hamas, na Faixa de Gaza. Na esperança de levar de volta o corrupto Fatah ao poder no que sobrar da faixa de Gaza.

Os alvos israelenses são estruturas civis, ministérios, escolas universidades. Visam destruir toda e qualquer forma de uma possível organização civil dos palestinos, com argumentos que beiram a demência. A universidade Islâmica, bombardeada na semana passada seria um centro de disseminação de idéias "terroristas", unicamente por ser islâmica. Com base nessa linha de raciocínio, seria de se esperar que um universidade católica, pregasse o extermínio em fogueiras de hereges, pagãos, ateus e a quem se contrapor a Igreja.

Esses argumentos são reiterados nos "jornalões", que tentam passar uma idéia de guerra entre dosi países, quando na verdade o que está ocorrendo, é um massacre, a tentativa de destruir o que resta de uma nação, que que ha mais de 50 anos, não tem mais pátria, não tem mais um país, não estão amparados por ninguém, não tem nenhuma garantia de sobrevida.

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