terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Aquecimento global pode ser irreversível


Rajesh Mirchandani
De Los Angeles para a BBC News

Uma equipe de cientistas especializados em meio ambiente nos Estados Unidos fez um alerta de que muitos dos efeitos das mudanças climáticas podem ser irreversíveis.

Em artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, os cientistas afirmam que as temperaturas na Terra podem se manter altas por até mil anos, mesmo se as emissões de gás carbônico (CO2) fossem eliminadas hoje.

Segundo os pesquisadores, se o nível de CO2 na atmosfera continuar a subir, vai chover menos em áreas que já são secas no sul da Europa, na América do Norte e em partes da Ásia e da Austrália.

Eles também afirmam que, atualmente, os oceanos estão desacelerando o aquecimento global ao absorver calor, mas que em algum momento vão liberar este calor de volta à atmosfera.

Mudanças nos EUA
A divulgação das conclusões dos ambientalistas coincide com o pedido feito pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que a Agência Americana de Proteção Ambiental reveja as regras de emissão de gás carbônico por veículos de passageiros.

Vários Estados americanos, liderados pela Califórnia, querem introduzir leis para obrigar as montadoras a melhorar drasticamente a eficiência do uso de combustíveis.

A medida encontrou oposição de vários setores, que argumentam que essa decisão poderia derrubar a demanda por novos carros neste período de recessão.

Os cientistas envolvidos na nova pesquisa dizem que políticos precisam agir imediatamente para contrabalançar os danos já provocados ao meio ambiente.

Texto extraído do site da BBC.
Nota do blogueiro: Tivemos várias chances de "frear" a destruição do planeta, mas infelizmente, usar papel de folha dupla no banheiro, beber coca-cola em garrafas plásticas, deixando o recipiente para o meio ambiente "digerir", cantar pneus, trocar de telefone uma vez por mês, dentre outros fatores, foi mais importante, confortável.

Há 40 anos o homem chegava à Lua, será que noso nível tecnológico não nos permitia desenvolver combustíveis menos destrutivos? Materiais mais duráveis? Recicláveis?

Mas não se trata de uma questão de tecnologia, e sim de escolha. Preferimos o "usa e descarta, tem muito mais de onde veio esse". Nossos "líderes", não vislumbrar o desenvolvimento sustentável, mas sustentam o consumismo, que transforma seres humanos em uma outra espécie: Consumidores, com o claro objetivo de "desenvolver" a conta bancária dos donos desse circo.

O capitalismo selvagem está esgotando suas fontes, imagino o que vai acontecer a nossa bela civilização, quando o "bate-estacas" fizer o som característico de um canudinho, quando o líquido chega a seu fim.

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