70% apóiam o impeachment da Governadora Yeda
Entre os que dizem que há corrupção, 55% acham que Yeda é muito responsável pelos casos, 88% defendem CPI e 70%, o impeachment
Deu na Folha de hoje (um jornal sabidamente serrista):
A 19 meses do final de seu mandato, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), não conseguiu desvincular a imagem de seu governo das denúncias de irregularidades que pipocam desde seu primeiro ano de mandato. Pesquisa Datafolha mostra que mais da metade dos gaúchos (57%) acredita na existência de casos de corrupção no governo.
Yeda amarga ainda a pior avaliação de sua administração - 51% acham seu governo péssimo ou ruim. O índice de ótimo e bom ficou em 15%.
A pesquisa, realizada entre os dias 26 e 28 de maio, revela que, entre aqueles que acreditam haver casos de corrupção no governo, 70% defendem o impeachment de Yeda. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Em maio, a crise no Estado foi aprofundada por novas denúncias de caixa dois durante a campanha eleitoral tucana de 2006. Yeda classificou como "requentadas" as acusações publicadas pela revista "Veja".
"A pesquisa é sempre influenciada pelo noticiário mais recente, mas não deixa de ser a percepção que a população tem do governo", diz o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.
Em comparação com a última pesquisa Datafolha realizada no Estado, entre 16 e 19 de março, os números apontam que o índice ruim ou péssimo do governo tucano oscilou dois pontos, dentro da margem de erro, de 49% para 51%.
A nota média da administração de Yeda caiu de 4,3 em março para 4 em maio.
Também entre os 57% daqueles que afirmaram acreditar em corrupção no governo, 55% dizem que a tucana tem muita responsabilidade nos casos. Já 88% são favoráveis a abertura de uma CPI para apurar se a governadora está envolvida nos casos de corrupção.
Apesar de ter melhor avaliação entre pessoas com nível superior e com renda maior do que cinco a dez salários mínimos, Yeda não tem aprovação em nenhuma faixa. Ou seja, em todos os cortes pesquisados o índice de ruim e péssimo é maior que o de ótimo e bom.
Segundo Paulino, ela é a única governadora reprovada por mais da metade da população do respectivo Estado entre todos os governadores avaliados pelo Datafolha até hoje, considerando gestões atuais e passadas. Quem mais se aproximou dessa taxa, segundo ele, foi o então governador de Santa Catarina, Paulo Afonso (PMDB), com 48% de ruim e péssimo, em dezembro de 1998.
Os atritos do governo tucano começaram mesmo antes da posse. Entre os principais inimigos de Yeda está o vice-governador, Paulo Feijó (DEM).
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Como se pode notar, o governador Serra continua no firme propósito de derrubar a sua colega e companheira, Yeda Rorato Crusius. São os métodos tucanos (algo florentinos) nas relações internas de camaradagem e companheirismo.
O lento e constante sangramento do governo Yeda não interessa ao projeto eleitoral de Serra. Deixa-o com o flanco sulino em situação frágil, passível das piores acusações: corrupção geral, nulidade administrativa, irresponsabilidade gerencial, desagregação política, e sistemática incapacidade de coesão e diálogo interno, entre outros múltiplos problemas e omissões.
Acima, fac-símile parcial da capa do jornal paulistano Folha de S. Paulo, edição de hoje.
Nota do blogueiro: Fica Yeda, Fica. Mostre ao Brasil o modo tucano de governar.
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