Um dos tantos blogs que os celetistas da Editora Abril mantém (talvez porque a edição impressa já esteja necessitando da pá de cal), publica uma "reporcagem" deveras interessante: O Jornal Granma, órgão oficial de imprensa do Estado cubano, estaria sendo utilizado pela população para a "higiene anal".
O subtítulo da reporcagem é o que mais chama a atenção, nessa nova tentativa de empocalhar o governo cubano: "IMPRENSA MARROM". Faltou especificar a quem melhor se adapta a expressão: Se ao jornal que está ficando marrom após ser lido, ou para a revista, que vai pra gráfica marrom, e fedendo à fezes tucanas, direitistas, entreguistas, fascistas, racistas, mirando e disparando para um lado só, escondendo entre a meleca de suas páginas, toda a porcaria que seus anunciantes e beneméritos fazem Brasil a dentro e a fora.
É nauseante ver que, em pleno século XXI, um órgão de propaganda direitista ainda não tenha "saído do armário", e evidenciado seu papel de eterno crítico das esquerdas, e eterno lambedor de botas (eu disse botas) da direita.
Entrevistam um pseudo jornalista cubano chamado YPF, ou ZYK, ou JFK, ou PPS, ou JJJ, KKK, ou sei lá, como forma de autenticar um conto cretino, saído da cabeça de algum de seus celetistas, que acabara de limpar-se com a revista e não gostou do papel, como forma de explorar o gosto pela leitura de uma nação que não tem analfabetos.
Os argumentos utilizados para desqualificar o governo cubano vão desde o fato de não faltar leite às crianças de até sete anos de idade, mas não ter disponível à todos, coisa abominável, que deixaria os donos dos grandes revistões nacionais sem leitinho, até o pseudo fiasco das economias comunistas. Ora, a culpa das crises que batem à porta do Capital internaciional, vem de Cuba? Da Venezuela? Do governo de esquerda da Espanha? Da Bolívia? Nãó é culpa do MST. É claro.
Nunca a crise vai ser creditada ao falido sistema adorado, idolatrado e canonizado pela Veja. Em meio à crise, criada, incubada e parida nos EUA, a veja publica uma escabrosa capa, com a figura do Tio Sam, apontado o dedo e afirmando que "eu salvei você". Do que? Da merda que fizeram em casa, e que a Veja deu um jeitinho de limpar por aqui.
Para uma empresa privada, que é sustentada pelo Estado, sua posição anti-estado, anti-socialista é meio confusa. Detestam a intervenção do Estado, mas adoram seus milhões.
Imprensa marrom, é um adjetivo que cabe direitinho para uma revista especializada em limpar a sujeira do "norte", em limpar cagadas de tucanos, e viver dos ralos do Estado de São Paulo.
Se um dia tivéssemos uma imprensa séria, talvez a discussão seria posta em outros níveis: Críticas da "imprensa marrom à imprensa vermelha". Debates entre a imprensa do Estado, do público, que mente em favor do público, e a imprensa corporativa, privada, que mente e distorce tudo em favor dos interesses dos poucos, que podem pagar um anúncio em suas páginas. Tudo limpo, às claras, cada lado defendendo seu ponto, sem as ridículas máscaras da insenção e da imparcialidade (palavras que na verdade, não tem significado algum).
Mas como não temos imprensa séria, como eles ainda não "saíram do armário", continuamos a receber suas "matérias estatológicas", factóides e reporcagens, com se fosse um órgão comprometido com a verdade.
Agora, se a Veja está tão preocupada com a "bunda suja dos cubanos", poderia enviar vários carregamentos de sua revista, pagos pelo José Serra, para esse nobre fim. Mas aposto, que até para isso, os cubanos vão preferir o Granma, que não sai sujo da gráfica.
Um comentário:
A Veja é uma bosta mesmo...
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