"Governo interino", "governo de fato", "coalizão que governa Honduras", tudo eufemismo para o velho golpe de estado, praticado pelos membros da elite econômica local, com a "imprensa livre" e os saudosistas da inquisição, utilizando-se do exército como sua "escadinha". Sem citar no suporte das elites estrangeiras, sempre prontas a enviar alguns dólares para pagar uma pseudo-greve, alguns assassinatos, a compra de "otoridades", e financiar o que podemos chamar de "elitaço" (golpe das elites).
Isso foi o que ocorreu em Honduras, mesmo que os jabores, leitões e outros bichos acreditem que se tenha criado um novo tipo de "democracia", com o "golpe legal" ou o "golpe democrático".
A mídia oligárquica, saudosa dos "elitaços" só fala em negociações, no absurdo da posição brasileira de permitir que o Presidente de Honduras retorne ao país, afirma que o governo não possui alternativas, ignora a comunidade internacional que condena com veemência o golpe (com exceção dos bushistas remanescentes no governo Obama), alguns já falam em "saída honrosa" e em entregar Zelaya aos golpistas.
Emissoras de rádio e tv foram fechadas, com destaque muito menor do que o que obteve a não renovação da conceção da RCTV da venezuela. Mas não é golpe.
Os direitos civis foram "suspensos". Mas não é golpe.
Ignoraram tratados e leis internacionais, utilizando-se de armas químicas contra a representação de uma nação soberana. Mas não é golpe, não são terroristas.
Prendem diariamente, e de forma arbitrária seus opositores. Mas não é golpe.
Viram as costas aos organismos internacionais, expulsando membros desses. Mas não é golpe.
Ou melhor, é um golpe, mas não é golpe.
Só a mídia brasileria reconhece essa excrescência.
Utilizam até a constituição Hondurenha para tentar justificar o injustificável, mas nunca vão mostrar esse trecho:
ARTICULO 3.- Nadie debe obediencia a un gobierno usurpador ni a quienes asuman funciones o empleos públicos por la fuerza de las armas o usando medios o procedimientos que quebranten o desconozcan lo que esta Constitución y las leyes establecen. Los actos verificados por tales autoridades son nulos. el pueblo tiene derecho a recurrir a la insurrección en defensa del orden constitucional.
*Charge do kayser
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