No mesmo dia em que o torcedor Paulo Santana afirma, em sua coluna no Jornal Zero Hora, que o governo Yeda é um ótmio governo, e seria "melhor" se não fosse tão perseguido. No mesmo dia em que o amigo de fé-irmão-camarada de Yeda, o relator da CPI da corrupção tenta impedir o acesso da comissão às provas da roubalheira do Detran, o Diário-Quase-Oficial do governo tucano-guasca realiza uma enquete, na qual pergunta:
Quem cometeu o maior equívoco no episódio da Fazenda Southal, quando morreu um agricultor: a BM ou o MST?
Com uma simples questão, aparentemente uma pesquisa de opinião, o diário-quase-oficial-do-governo-Yeda estabeleceu uma falsa situação de igualdade entre um grupo fortemente armado e um grupo comprovadamente desarmado, ao mesmo tempo em que classifica o assassíno de um militante como um equívoco.
Os dois grupos cometeram "equívocos". Foi sentenciado pelo "jornal". Falta avaliar corretamente quem cometeu o "mais maior de grande" deles.
Ah, e diga-se de passagem, um agricultor morreu. Morreu? Vamos ver mais de perto:
Não sei quanto à vocês, meus caros cinco leitores, mas essa não parece ser a foto de alguém que tenha morrido, mas sim de alguém que foi exterminado, com um disparo de arma de grosso calibre, efetuado a queima-roupa e pelas costas.
Quanto ao "equívoco", não há equívoco algum, quando forças de segurança, estão prestes a por em prática um ordem de desocupação, utilizando armamento letal, e um de seus comandantes executa, um trabalhador. Há um homicído, covarde, sem dar a mínima chance de defesa à vítima, e praticado por um agente do Estado, à comando, de outros agentes do Estado, subordinados diretamente à Governadora.
Quanto a questão da culpa, estão tentando eximir um governo em decomposição de suas responsabilidades nesse caso. ZH conhece bem seus elitores mais assíduos, conhece o tipo de reação que vai desencadear com esse tipo de manipulação factual. E obtém êxito entre os agroboys que emitem suas opiniões fascistas na sua página. De avaliações "nota 10", (3º comentário da página) para o assassinato, até o clamor por uma "DITADURA MILITAR DEMOCRÁTICA", (13º comentário dessa página).
ZH cumpriu seu objetivo com louvor: Nivelou assassino e vítima, jogou a culpa em cima do morto e seu grupo, eximiu o governo Yeda de responsabilidades e expôs a realidade do racismo, sectarismo e fascismo de seus leitores.
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