A greve acabou.
Nas assembléias realizadas hoje em todo o país, os bancários aprovaram aproposta feita pela Fenaban na madrugada passada, e em sua maioria, decidiram acabar com a greve, que em alguns estados foi deflagrada já no dia 30 de setembro.
Os demais estados entraram em greve no dia 8 de outubro, após advertência dos bancários, em paralização de 24 horas, os banqueiros não cederam e a greve por prazo indeterminado foi deflagrada em todo o país.
A mídia não mostrou quase nada do que aconteceu. Várias cidades sem serviços bancários, nas capitais os piquetes mobilizaram milhares de trabalhadores, Helicópteros foram usados na madrugada para desviar dos piquetes e levar trabalhadores sob assédio ao trabalho, em São Paulo, no Paraná e em outros estados. Mas estranhamente pouca gente soube disso. Será que é coincidência o fato de o "Jornal Nacional" ser patrocinado por bancos?
O judiciário foi outro empecilho ao movimento, sendo favorável aos famigerados Interditos Proibitórios, que impedem o direito constitucional de organização e greve. Contra tudo isso e a intransigência dos banqueiros, que postergavam as negociações dia após dia, na tentativa de acabar com o movimento por via judicial, os trabalhadores foram vitoriosos.
A proposta não contempla as reivindicações dos trabalhadores, mas não ficou apenas na reposição da inflação como foi oferecido. Várias cláusulas continuam sendo discutidas em mesas temáticas entre os trabalhadores e os patrões, podendo resultar em mais avanços.
Não há outra forma de manter e conquistar direitos, senão pela organização dos trabalhadores, essa greve que só apareceu na grande mídia quando trabalhadores em manifestação foram covardemente espancados pela Tropa de Choque da Brigada Militar em Porto Alegre, mas que foi um inegável avanço na luta dos trabalhadores por melhores condiçoes de vida.
Parabéns a todos os bancários pela vitória.
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