A decisão absurda do governo do Estado do Rio Grande do sul, juntamente com alguns membros do Ministério Público Estadual (leia-se Gilberto Thumbs), de fechar as escolas itinerantes do MST, pode ser classificada, no mínimo, como autoritária, temerária e burra.
Autoritária, pois é uma decisão tomada por um governo contrário à existêcia do MST, juntamente por um grupo de promotores, embasados pela mesma visão política, que se utiliza de jargões da guerra fria para varrer os "inimigos da propriedade privada", mandá-los para a Sibéria.
Temerária por ser ilegal, irracional, destemperada e provocativa. O Estado, que deveria zelar pelo bem estar de seus cidadãos, priva alguns do direito à educação que satisfaz suas necessidades, enquanto grupo, entidade social organizada, para, na melhor das hipóteses, lancá-los no espaço comum construído pela incompetência de um governo: Salas de aula superlotadas, deficientes de profissionais, de verbas, de estrutura e com uma linha ideológica, "policiada", no sentido de taxá-los como bandidos, baderneiros e foras-da-lei.
Burra, simplesmente por tal desatino onerar ainda mais os combalidos cofres do Estado, ou melhor, dos municípios, que arcam com a maior parte do custo do transporte escolar, ainda mias com esse acréscimo repentino de alunos.
E isso quem diz não é a esquerda, não é a oposição do governo Yeda Rorato Crussius, mas sim um prefeito pertencente à um partido de sua base de sustentação, e crítico do MST, o prefeito de São Gabriel, Rossano Gonçalves, conforme artigo de Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS URGENTE: "O prefeito de São Gabriel, Rossano Gonçalves (PDT), notório crítico dos sem terra, declarou que prefere que as escolas itinerantes atendam as crianças do município. As Escolas itinerantes custam R$16 mil ao Governo do Estado. No caso de São Gabriel, o município precisaria desembolsar R$ 48 mil em transporte escolar para atender as crianças."
"Déficit zero", desde que não comprometa sua "guerra fria".
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