A abjeta declaração acima, foi proferida pelo Governador de Roraima José de Anchieta Júnior, do PSDB (e poderia ser diferente?) referindo-se à reserva indígena Raposa Serra do Sol, e aos índios. O teor racista da frase deveria ser motivo para enquadramento desse indivíduo no artigo 5º da constituição: "a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;"
Ao negar a possibilidade de organização e sobrevivência de um povo, com base no fato de que não haverá o contato com outro gênero étnico, subentende-se que trata-se de uma etnia inferior, dependente do progresso da outra. Ou utilizando-se da terminologia comum a esses "pensadores", uma sub-raça.
Esse tipo de afirmação só pode partir de uma classe de indivíduos, que acreditam que a única forma de vida conhecida, e possível aos seres humanos é a do Consumidor, esse indivíduo que tem um trabalho que detesta, mais contas a pagar do que receitas, vive pendurado na tv para assisitir às últimas mentiras, e cujo único objetivo de vida é o acúmulo de cacarecos eletrônicos.
Do tipo de ente, que vê como progresso, a devastação provocada pelo agronegócio, pela monocultura de exportação, que traz dividendos a uma reduzida parcela da população, e provavelmente à ele próprio. O tipo de ser que acredita não existir vida fora do mercado.
Ontem, ao comentar a destruição de suas instalações, durante sua saída das terras indígenas, o latifundiário Paulo Cezar Quartiero, afirmou "O que ficar nós vamos derrubar ou colocar fogo para colaborar com a cultura indígena. Índio não gosta de viver em palhoça?". Hoje encontrou respaldo no governador "parceiro".
A raivosa declaração do tucano, só podem ser motivo de condenação e de ações que visem a reparação do dano causado, o da classificação como subtipo, de várias etnias, como justificativa para a manutenção de uma ilegalidade, o uso indiscriminado da reserva por posseiros, que obviamente trazia dividendos eleitorais ao governador.
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