quinta-feira, 12 de março de 2009

The Economist reconhece que as privatizações da era FHC‏ foram um equívoco.

Transcrevo abaixo, o e-mail que recebi de Flávio José Pastoriz, membro da Comissão Executiva da Federação dos Bancários do Rio Grande do
Sul.

10/03/09 - 15:26

Matéria da revista inglesa The Economist publicada na semana passada reconhece o equívoco de um dos principais pilares do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB): a venda indiscriminada de empresas e bancos estatais. No texto, a publicação afirma que até há pouco tempo no Brasil, acreditava-se que um fatores prejudiciais à economia brasileira seria a influência estatal no setor financeiro. Segundo a revista, entretanto, esse controle estatal é o que dá hoje ao País uma situação favorável perante os demais países e, diante da crise mundial, confere uma “situação favorável incomum ao Brasil".

A matéria se refere à manutenção da gestão estatal, por parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), instituições financeiras líderes de empréstimos para empresas e que FHC tentou, sem sucesso, privatizar.

"Outros países estão tentando descobrir como alavancar bancos e direcionar o crédito para as necessidades identificadas. Isso é algo que o Brasil faz, inclusive quando não era 'moda'. Nos bancos privados, as exigências de depósitos e garantias para financiamentos os impediram de correr os riscos financeiros que acabaram por derrubar bancos na Europa e nos Estados Unidos. Até agora, o crédito do Brasil foi 'mordiscado', mas não 'triturado', destacou o texto.

A matéria também sustenta que, na comparação com seu passado recente e na comparação com outros países, a economia do Brasil está em boa forma. "O FMI prevê que somente os países em desenvolvimento na Ásia, África e Oriente Médio terão melhores resultados em 2009. Em comparação com o contexto anterior, no qual o Brasil sofria uma parada cardíaca a cada estresse de outras economias, isso é impressionante", diz o texto.

O texto aponta ainda que as razões para a melhoria do crescimento do País estão fortemente atreladas à melhoria do nível da dívida do setor público, que foi um ponto fraco e agora se mantém abaixo dos 40% do PIB, e a outros fatores. "Os empréstimos em moeda estrangeira foram trocados principalmente por títulos em reais. Além disso, o País acumulou US$ 200 milhões em reservas internacionais para defender o real; seu déficit em conta corrente é pequeno e, o mais importante, a crise não está aumentando a inflação. Isso permite que o Banco Central reduza a taxa básica de juros da economia, permitindo um custo mais barato para a dívida pública. É a primeira vez que o Brasil adota uma política monetária anticíclica", afirma o texto.

Nota do blogueiro: Os privatecas do governo anterior só não venderam a mãe, porque não era patrimônio público. O objetivo era "exugar a máquina pública, acabar com a capacidade de investimento do Estado, deixando toda a iniciativa, o controle do sistema produtivo, nas mãos dos mesmos que quebraram a economia mundial, e que, agora, pedem "arrego" para o mesmo Estado que sonhavam destruir.

"Çabios çeres pençantes."

2 comentários:

Anônimo disse...

Puxa...eu assino essa revista e não consigo achar este artigo!!

poderia me ajudar me dando referencias do autor, pagina...

Unknown disse...

Infelizmente não Leonardo. Como deixo explícito no início do post, recebi o texto via e-mail (citei a fonte).
Mas como dizia, infelizmente não tenho como te dizer qual a página, autor, edição da revista pois não tenho condições financeiras de assinar uma revista tão cara, depois do que o governo tucano fez com minha categoria profissional. E para saber disso, não precisa de uma "The Economist", basta um contra-cheque.
Abraços