quinta-feira, 16 de setembro de 2010

De verdadeiro no P.I.G., só o resultado dessa enquete.

Enquanto acompanho o #MeEntrevistaFolha no twitter.
Do Blog Diário Gauche:

Nem os leitores de O Globo acreditam em O Globo.

A suspeita sobre a mídia brasileira tende a se alastrar mais e mais


O jornal da família Marinho fez uma enquete para saber a opinião dos seus leitores sobre a isenção/neutralidade/imparcialidade da mídia brasuca acerca da cobertura da presente corrida eleitoral à presidência.

Vejam o resultado acima (pescado em O Globo): 52,39% acham que a mídia favorece mais o José Serra, não por acaso o queridinho de O Globo e dos demais grandes e médios jornais, tevês e rádios deste imenso Brasil.

O interessante é que essa gente não engana mais ninguém. Ao contrário, paira uma suspeita permanente, uma nuvem sombria carregada de interrogações e/ou indiferença, sobre a cobertura diária da mídia brasileira. Haja vista que não colou nenhuma das invectivas e factoides manipulados pela chamada grande imprensa durante os últimos sete anos e meio contra o governo Lula. E não colou somente porque Lula é um teflon, como o carimbam seus detratores, mesmo porque o grande ascenso da popularidade do presidente foi ocorrendo lentamente para se cristalizar de 2007 em diante. Mas mesmo antes de 2007, nada do que foi usinado pela mídia obteve acolhimento da população. O único êxito parcial (e provisório) deles foi o segundo turno em 2006. Sem mencionar a brutal queda das audiências de televisão e afundamento das tiragens dos jornais impressos. A migração dos anunciantes de serviços e mercadorias para mídias alternativas, em especial na web, é um fator que expõe com mais crueza o fenômeno da decadência da mídia tradicional. Este fato, talvez, seja o mais importante, porque deixa claro que o próprio mercado publicitário está dizendo não ao nosso carcomido baronato midiático.

Esses elementos dão bem o tom e o grau do grave isolamento social da mídia, deixando evidente que eles falam para um leitorado/eleitorado muito restrito, cada vez mais afunilado, não só em quantidade, mas sobretudo em estreiteza da visão de mundo, ineficácia ideológica, obsolescência política e um abismal atraso cultural.

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