terça-feira, 2 de setembro de 2008

Do RS URGENTE


Não sou da área


"As maiores críticas são que o eucalipto seca, que a monocultura acaba com a biodiversidade. Não sou da área, mas raciocino e busco informação. Olhando para trás, não se encontra um único vestígio de malferimento, de agressão, de prejuízo à qualidade do ambiente em face desse plantio."

A frase transcrita acima, não é de nenhum dirigente de entidade de classe de latifundiários tresloucados em busca de lucro fácil. Esse comentário "altamente especializado" foi excretado pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes.

O procurador de justiça, que agora "procura" formas de facilitar a vida dos financiadores de campanha de seus novos patrões. De forma sistemática e baseada no critério do "achismo científico" do procurador, liberam indiscriminadamente o planto de espécies alienígenas ao nosso bioma e sabidamente danosas aos recursos hídricos. Os vinte milhões de hectares agricultáveis do Estado, citados pelo secretário, estão sendo rifados entre três transnacionais do ramo do papel.

Só não entendi até agora, em que passado o "doutor eu acho" encontrou os vestígios de que fala em sua prosa. Provavelmente ele estava falando da civilização Atlante, ou na Terra do Nunca pois não há referências a nenhum projeto de florestamento forçado e intensivo como esse na História, muito menos uma séria análise sobre a mesma, que desse parecer favorável à prática.

Mas não poderia se esperar nada diferente de um secretário, escolhido por uma governadora que não sabe dizer ao certo como adquiriu sua casa.

Leia a matéria de Marco Aurélio Weissheimer, na íntegra aqui.

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