A Polícia Federal utilizou-se de grampos telefônicos para levantar evidências das atividades criminosas de Daniel Dantas. As investigações levaram a sua prisão, mas o quadrilheiro ficou poucas horas na prisão, liberado por Habeas Corpus conseguido em tempo recorde junto ao seu fiel escudeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.
Mendes considerou a prisão arbitrária (foi efetuada contra um banqueiro e amigo seu), baseadas em evidências ilegais (grampos autorizados pelo judiciário), e gravações de tentativas de suborno de delegados federais (que devem ter sido interpretadas como invasão de privacidade).
O meliante continua livre e, agora, a elite branca reacionária do país resolveu dar um jeitinho de comprovar que Dantas foi vítima de um "Estado Policialesco". A divulgação de uma conversa entre o presidente do supremo e seu amigo, o "Danieldantista" Senador Demóstenes Torres, feita pelo panfleto neoliberal denominado "Veja", e que supostamente fora gravada através de um grampo ilegal implantado pela Agência Brasileira de Investigação (ABIN), levou a queda do diretor da Agência, o delegado Paulo Lacerda.
De acordo com o Blog Diário Gauche, Lacerda é um velho desafeto de Daniel Dantas, e essa deve ter sido a principal razão de seu afastamento. Seu substituto Wilson Trezza, é um velho amigo e colaborador do banqueiro, tendo incluive participado da direção da Fundação BrTPrev (Brasil Telecom Previdência).
Fica deveras evidente, que o panfleto, que recebe milionário financiamento de Daniel Dantas mensalmente, articula junto aos seus principais lobistas a sua completa liberação, e o fim das "perseguições injustas que esse benemérito cidadão vem sofrendo de um Estado Policialesco", ainda mais agora que Dantas comanda também a Abin.
Agora só falta o panfleto "Veja" lançá-lo candidato a presidência da república em 2010. O slogan poderia ser algo como: "Que diferença vai fazer, ele já manda mesmo!"
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