quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O movimento golpista e terrorista da oposição a Morales




Volto a mencionar o discurso final do Presidente Salvador Allende, para ilustrar um fato que ocorre atualmente na Bolívia.

Allende sofreu uma grande campanha de desestabilização, que antecedeu ao golpe propriamente dito. Essa movimentação, sustentada pelo" ouro de Washington", partiu de lock-outs e greves, pagas pela elite reacionária, que pretendia manter seus privilégios a todo o custo, e em curto espaço de tempo, passaram aos atentados e ataques terroristas ao governo eleito.

Na Bolívia, um movimento semelhante é encabeçado por governadores de direita, de cinco províncias rebeldes. As ações de lock-out avançaram hoje para o estágio do terrorismo. Um gasoduto boliviano, que conduz gás natural ao Brasil e a Argentina, foi atacado e destuído pelos insurgentes.

O Governo boliviano reagiu, expulsando o embaixador estadunidense do país, classificado como "persona non grata", acusado de orquestrar os ataques.

Cito parte do discurso de Allende, pois mais uma vez, a História teima em se repetir, em atos proferidos pelos que querem manter-se indeterminadamente no poder, alterando apenas nomes, mas mantendo a mesma ideologia, que derrubou o presidente chileno, e agora volta-se contra o presidente democraticamente eleito da Bolívia:

"Dirijo-me a vocês, sobretudo à mulher simples de nossa terra, à camponesa que nos acreditou, à mãe que soube de nossa preocupação com as crianças. Dirijo-me aos profissionais da Pátria, aos profissionais patriotas que continuaram trabalhando contra a sedição auspiciada pelas associações profissionais, associações classistas que também defenderam os lucros de uma sociedade capitalista. Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram e deram sua alegria e seu espírito de luta. Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos, porque em nosso país o fascismo está há tempos presente; nos atentados terroristas, explodindo as pontes, cortando as vias férreas, destruindo os oleodutos e os gasodutos, frente ao silêncio daqueles que tinham a obrigação de agir. Estavam comprometidos."

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