quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Hamurábi tucano-guasca



Os primeiros indícios da lei de talião (do latin "talionis": semelhante, análogo, igual) está contido no Código de Hamurábi, datado do ano de 1700 a/c. Pregava a retaliação de crimes praticados com o mesmo tipo de violência cometida, o famoso "olho por olho, dente por dente".

Um código que, aos olhos do senso comum pode parecer justo, mas que só servia para punir a plebe, nunca aos senhores que praticavam crimes. Um escravo que matasse seu senhor deveria ser morto, um "Senhor" que executasse um escravo, não sofria nenhuma penalidade.

Um novo "Senhor" prega a instituição da lei de talião. Trata-se do Comandante da Guarda Pretoriana da Rainha das Pantalhas, o Coronel Paulo Mendes. Criatura que já declarou que a solução para a "bandidagem" seria a instituição do "paredão", e obviamente não estava falando de nenhuma palhaçada-global-pós-novela-das-oito, fala em extermínio.

Em recente entrevista concedida a um programa da Rádio Gaúcha, Mendes chegou a afirmar que seria favorável ao corte das mãos de "bandidos". Concepções extremamente perigosas para quem comanda o monopólio da violência na província de São Pedro, especialmente pelo fato de que o "Comandante" classifica por arruaceiros (em suma, bandidos, passíveis de tal penalidade), os movimentos sociais e todos aqueles que contestam a ordem estabelecida e o governo de "Vossa Majestade".

Leia aqui, matéria sobre o tema publicada por Marco Aurélio Weissheimer, em seu blog, o RS URGENTE.

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