segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Eu quero Tarso Presidente!

Temos um Ministro da Justiça. Não mais um defensor dos direitos das oligarquias, dos privilégios das elites, e da sua impunidade como tantos foram os que o antecederam. Tarso Genro, com suas recentes declarações está pondo pingos em vários "IS" da política nacional.


Sob a coordenação de seu Ministério, a Polícia Federal tem desmontado grandes esquemas de corrupção, expondo grandes nomes, de "grandes homens" do cenário político-econômico do Brasil. Os eternos defensores da iniciativa privada com recursos públicos. Ações que só foram sufocadas pela reação dos defensores do privilégio exclusivo das elites de pilharem o Estado, trasnformando recursos públicos em ativos de suas empresas, moeda para propinas, recursos para o aumento de seu poderio econômico e político.


A defesa ferrenha que faz do julgamento e da punição aos torturadores, estupradores e assassinos pagos pelo Estado durante a última ditadura, já fez com que generais de várias estrelas tenham assumido tais crimes, ao anunciar publicamente que a esquerda "também cometeu crimes ediondos" durante esse período, deixando de lado a velha máxima de que tais eventos sempre foram "propaganda vermelha". Eles finalmente admitiram que sequestraram, torturaram, estupraram e mataram muita gente, pela manutenção de sua ideologia.


A defesa de uma ampla reforma política, chamada por alguns de "a mãe de todas as reformas", também é um exemplo de republicanismo, de forma que , em sua tese, o Estado deveria deixar de trabalhar pelos interesses de Dantas, Nahas, Pittas e outros renomados corsários, e trabalhar pelo bem comum, através da redução das distorções proporcionadas por nosso ultrapassado sistema eleitoral.


Iniciativas que estão esbarrando na resistência de membros do próprio desarranjo de alianças do atual governo, que precisa desesperadamente contentar a todas as forças políticas envolvidas (mesmo as mais conservadoras) e não quer ascender os debates, e pode estar perdendo a maior chance da História do País de reverter as mazelas causadas por essas "forças" ao longo dos últimos 400 anos.


Quando a manifestação é pela prisão de criminosos de "colarinho branco", os refugos tucanos do STF despejam Hábeas Corpus de tendências duvidosas. Quando a manifesção é pela punição dos carniceiros do pós 64, ministros comprometidos com esses destroços de tiranos, enchem a boca para dizer que não se pode falar em "revanchismos" e que o passado deve ser esquecido.


Só vejo uma solução para resolver essa situação: Tarso Presidente. Antecipando 2010, lanço meu candidato. Deixemos que ele monte seu governo, faça suas indicações ao STF, enfrente da forma como vem enfrentando, os crimes passados e presentes das elites empedernidas, que pregam um Estado mínimo para o povo, e máximo para suas empresas, contas bancárias (especialmente as de paraísos fiscais). Estado que indireta ou diretamente acaba pagando a disseminação da propagada de seu fim, a propagação dos ideais da elite golpista na grande mídia corporativa nacional.

Por um Brasil descente, quero esse Tarso Presidente!

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