quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Dionilso Marcon denuncia: Foi uma morte planejada.



Marcon: Brigada Militar matou o homem errado em São Gabriel

Fonte: PT Sul

A Brigada Militar matou o homem errado em São Gabriel. A denúncia foi feita pelo presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, deputado Dionilso Marcon (PT), na sessão plenária desta quarta-feira (26). O parlamentar quer que a governadora Yeda Crusius e a Secretaria da Segurança Pública revelem aos gaúchos o nome do assassino de Elton Brum da Silva e também digam qual sem-terra deveria morrer no seu lugar, durante operação da BM, na Fazenda Southall, em São Grabriel, na sexta-feira (21).

Marcon também contesta informações da BM sobre a falta de experiência dos policiais que estavam no local na hora do crime. “Não houve despreparo da corporação e o tiro não foi acidental. A ação foi planejada”, afirmou o deputado, ao esclarecer que Elton era natural de Canguçu e não de São Gabriel, como reproduziu a imprensa a partir das informações da BM. “Ele foi morto por engano. O sem-terra que deveria ter sido assassinado também é negro. Há uma lista de outras pessoas para serem mortas”, advertiu Marcon, que levará as denúncias ao Ministério Público Estadual.

A demora em tornar público o nome do autor do tiro que matou Elton também indigna o deputado Raul Pont. “Não é possível ter um sistema de segurança que compactue com o assassinato”, frisou. Para ele, a cumplicidade, a omissão e a conivência da governadora Yeda Crusius com esse episódio é inaceitável.

Raul Pont contrapôs a eficiência da BM para apurar os responsáveis pela morte do soldado ocorrida em 1990 na Praça da Matriz durante confronte entre BM e sem-terra com a ineficiência para apontar o assassino do sem-terra de 44 anos. “Naquela oportunidade, a BM teve estrutura, organização e efetivo para cercar o Paço Municipal e tomar depoimentos em busca do pretenso culpado. Agora, essa mesma corporação age com um corporativismo inaceitável. Não é possível ter um sistema de segurança que compactua com o assassinato”, ressalta Pont.

Nota do blogueiro: Lembram-se dos esquadrões da morte de São Paulo e do Rio de Janeiro? Grupos de policiais, que após o trabalho, fazia hora-extra matando a sangue frio mendigos e favelados?
Pois no Rio Grande do Sul, como tudo o mais, é diferente. Policiais não precisam tirar o uniforme, muito menos usar toucas-ninja. Eles chamam o Ministério Público, que envia uma representante que tem laços com um dos "lados" do "conflito" para observar à distância "segura", membros da mídia guasca, que assistem à tudo, mas mostram o que querem, e fuzilam em plena luz do dia, com as armas, os uniformes, e toda a estrutura que o Estado fornece. Assassinam um trabalhador, pelas costas, à queima-roupa, com uma arma de grosso calibre, para quem quizer ver.
A pouco tempo Yeda Crussius, a comandante desse grupo, afirmou que o trabalho desempenhado pelo então Secretário de Segurança, tornou-se paradigma nacional. Buenas. da pra dar razão à Governadora, uma vez na vida: Graças à política de manter a Brigada "sem freio de mão", ou seja, sem controle social, agindo como agiu em São Gabriel, como um "comando da morte", pago pelo Estado, cometendo seus crimes aos olhos de todos sem nenhum tipo de retaliação, esses grupos podem dar lições aos paulistas e cariocas. Um novo paradigma para os grupos de extermíno.
"Sirvam nossas façanhas,
De modelo à toda a Terra."

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