Texto extraído do blog Tomando na Cuia, do jornalista Kiko Machado:
Posso estar enganado, mas seguidamente ouço reclames do aumento do ingresso de servidores públicos com o perfil ultraconservador e de centro-direita nas carreiras públicas de Estado. Não que isso seja novidade, no entanto, quando esse servidor público tem o poder de decidir sobre a vida, o futuro de uma pessoal ou de um grupo e toma uma decisão baseada nessa bagagem cultural, carregando preconceitos de uma elite atrasada, me faz pensar se dentro dos milhares de cargos abertos — que jaziam extintos na era FHC — pelo governo Lula, isso seria regra ou exceção. Sei que no caso da magistratura ou do MP a "origem" sempre teve peso. A fulana é filha de desembargador, o fulano é filho de juiz, o beltrano é neto do fomoso advogado, etc. Digo isso porque não me conformo com a relação que a promotora Lisiane Villagrande nutriu ao longo dos anos com os latifundiários da região de São Gabriel. As declarações sobre o “ profissionalismo” da Brigada Militar que determinou o assassinato de Elton Brum da Silva, 44 anos, me causa repulsa. Espero que além da investigação da morte de Elton, também a ação da promotora seja investigada, para o bem do MP Estadual.
Nota do blogueiro: Aproveitando o gancho, do comentário acima, vamos dissecar a situação levantada. Porquê os maiores cargos, e aqueles que podem promover ou destruir algo, o poder de julgar e determinar o que é certo ou errado estão nas mãos das elites rurais no Brasil?
Simples, eles podem pagar muito por uma exímia educação privada para seus filhos, durante o ensino básico, os melhores pré-vestibulares disponíveis, e alça-los às melhores universidades do país (sabidamente as públicas).
Logo os filhinhos do latifúndio estarão levando suas caminhonetas importadas para dentro de salas de aula, dos melhores cursos de Direito. Em seguida formam-se e passam a exercer uma função qualquer, seja privada ou, aí mora o perigo, pública.
Vamos nos concentrar na figura daquela promotorazinha, formada em direito com o dinheiro advindo dos financiamentos, com juros subsidiados pelos nossos impostos, que seu papaizinho fez, "em nome do desenvolvimento e da geração de renda e riqueza para seu país". Quando surgir um conflito, entre a classe de seu papaizinho, e de seu marido (casou-se com outro fazendeiro), e um grupo que quer o fim desses privilégios, de seus privilégios, de tudo o que fez dela o que ela é, dos privilégios que ela quer deixar para os filhos, para os netos, "numa bela história de divisão de matrículas" e multiplicação de "fazendeiros juristas".
Como vai se posicionar a promotorazinha? Qual o lado ela vai defender com "unhas e dentes públicos"?
Agora, alguém faz idéia de quantos juízes, promotores, desembargadores, ministros do Supremo Tribunal Federal, agentes jurídicos de todas as esferas, também são, fazendeiros, pecuaristas, representantes do Agronegócio?
E quantos estariam dispostos a jogar seu juramento na lata do esquecimento, para manter o quinhão, que lhes dá recursos, pagos com módicos juros de 4,5% ao ano? Ou refinanciados, a juros mais baixos ainda, ou não pagos, e conseguem mais dinheiro ainda...
Tá explicado?
Isso deveria ser investigado.
Posso estar enganado, mas seguidamente ouço reclames do aumento do ingresso de servidores públicos com o perfil ultraconservador e de centro-direita nas carreiras públicas de Estado. Não que isso seja novidade, no entanto, quando esse servidor público tem o poder de decidir sobre a vida, o futuro de uma pessoal ou de um grupo e toma uma decisão baseada nessa bagagem cultural, carregando preconceitos de uma elite atrasada, me faz pensar se dentro dos milhares de cargos abertos — que jaziam extintos na era FHC — pelo governo Lula, isso seria regra ou exceção. Sei que no caso da magistratura ou do MP a "origem" sempre teve peso. A fulana é filha de desembargador, o fulano é filho de juiz, o beltrano é neto do fomoso advogado, etc. Digo isso porque não me conformo com a relação que a promotora Lisiane Villagrande nutriu ao longo dos anos com os latifundiários da região de São Gabriel. As declarações sobre o “ profissionalismo” da Brigada Militar que determinou o assassinato de Elton Brum da Silva, 44 anos, me causa repulsa. Espero que além da investigação da morte de Elton, também a ação da promotora seja investigada, para o bem do MP Estadual.
Nota do blogueiro: Aproveitando o gancho, do comentário acima, vamos dissecar a situação levantada. Porquê os maiores cargos, e aqueles que podem promover ou destruir algo, o poder de julgar e determinar o que é certo ou errado estão nas mãos das elites rurais no Brasil?
Simples, eles podem pagar muito por uma exímia educação privada para seus filhos, durante o ensino básico, os melhores pré-vestibulares disponíveis, e alça-los às melhores universidades do país (sabidamente as públicas).
Logo os filhinhos do latifúndio estarão levando suas caminhonetas importadas para dentro de salas de aula, dos melhores cursos de Direito. Em seguida formam-se e passam a exercer uma função qualquer, seja privada ou, aí mora o perigo, pública.
Vamos nos concentrar na figura daquela promotorazinha, formada em direito com o dinheiro advindo dos financiamentos, com juros subsidiados pelos nossos impostos, que seu papaizinho fez, "em nome do desenvolvimento e da geração de renda e riqueza para seu país". Quando surgir um conflito, entre a classe de seu papaizinho, e de seu marido (casou-se com outro fazendeiro), e um grupo que quer o fim desses privilégios, de seus privilégios, de tudo o que fez dela o que ela é, dos privilégios que ela quer deixar para os filhos, para os netos, "numa bela história de divisão de matrículas" e multiplicação de "fazendeiros juristas".
Como vai se posicionar a promotorazinha? Qual o lado ela vai defender com "unhas e dentes públicos"?
Agora, alguém faz idéia de quantos juízes, promotores, desembargadores, ministros do Supremo Tribunal Federal, agentes jurídicos de todas as esferas, também são, fazendeiros, pecuaristas, representantes do Agronegócio?
E quantos estariam dispostos a jogar seu juramento na lata do esquecimento, para manter o quinhão, que lhes dá recursos, pagos com módicos juros de 4,5% ao ano? Ou refinanciados, a juros mais baixos ainda, ou não pagos, e conseguem mais dinheiro ainda...
Tá explicado?
Isso deveria ser investigado.
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