"Sua credibilidade no país , senador Pedro Simon, é porque vossa excelência diz o que precisa ser dito."
Frase do Senador Cristóvão Buarque, em defesa do Senador "Dedo-Podre" Pedro Simon, no tão comentado bate-boca no Senado Federal.
Triste papel restou à esse Senador, que, após ser demitido do Ministério da Educação, passou a algoz ressentido do Governo Lula, independentemente do que possa estar ajudando a criar (um privatizante governo tucano por exemplo), aliando-se e defendendo com entusiasmo, uma das figuras mais controversas do cenário político nacional.
Pedro Simon, famoso por ter duas visões sobre o que é ético, e de condenar nos outros, os atos que seus aliados praticam, bem à vontade, no Estado que o elegeu.
Uma pequena amostra do que defende, tão efusivamente, o ressentido Senador, posto abaixo, copiado do blog de Marcelo Duarte, "La Vieja Bruja".
Em recente discussão no senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) teria questionado o bastião da ética política guasca sobre uma suposta importação de carne defeituosa durante o governo de José Sarney (1986-1989), quando Pedro Simon foi ministro da Agricultura. "V. Exª conhece a Por do Sol? V. Exª conhece a Por do Sol?", também teria questionado Calheiros.
Pois a "Por do Sol" vem a ser a Instituição Comunitária de Crédito Portosol, criada ainda na gestão petista na capital gaúcha, hoje ONG "qualificada como OSCIP pelo Ministério da Justiça e habilitada ao Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado desde 2005", segundo nos informa o Luis Nassif Online.
Tiago Simon, filho de Pedro Simon, teria presidido a instituição entre março de 2006 e novembro de 2008. Foi na condição de representante da Prefeitura Municipal de Porto Alegre que o filho do Senador Pedro Simon participou do Conselho da Portosol, e teria sido eleito seu presidente por escolha dos demais conselheiros, ainda segundo a coluna de Nassif.
Foi o Cloaca News quem divulgou, em primeira mão, a participação de Tiago Simon na instituição de microcrédito.
Assim como, também, sua participação no governo Yeda Crusius (PSDB-RS), na condição de Diretor de Desenvolvimento Empresarial da Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do RS (SEDAI-RS). Embora seu nome aparecesse ainda hoje pela manhã no sítio da SEDAI, sua exoneração teria sido assinada em 14 de julho e publicada no Diário Oficial no último dia 30, segundo se apressou em informar o Blog do André Machado, vinculado ao Grupo RBS.
Como bem lembrou César Schirmer em comentário ao Cloaca News, convém questionar de onde o jornalista André Machado teria tirado a notícia-resposta que publicou. "O filho do Simon deu uma coletiva? Mandou um email privado? Parece que sim, e talvez o André Machado tenha se apoiado nesse "press no-release" pra escrever sua postagem. Anyway, curioso ver a resposta vir via um órgão privado de imprensa, ao invés de publicamente", afirmou Schirmer
Noves fora mais esse episódio de terceirização de direito de resposta, modalidade jornalístico-jurídica criada pelos colunistas políticos de Zero Hora, convém não perdermos de vista as intenções do Cloaca News, se La Vieja as bem interpreta:
Não há nada de errado em se trabalhar como conselheiro da Portosol ou presidi-la, e tampouco em se dirigir um dos núcleos da SEDAI. O problema consiste em, simultaneamente, (i) criticar-se o presidente do senado pela facilitação da concessão de cargos públicos a parentes e, graças a contatos com aliados políticos, (ii) empregar seu próprio filho tanto no governo gaúcho quanto na prefeitura de Porto Alegre, governos sustentados politicamente pelo PMDB, partido de Pedro Simon.
É esse Pedro Simon, o que denuncia escândalos alheios e varre para baixo do tapete as sujeiras de seus aliados, que o Brasil precisa conhecer.
Será que o ex-presidenciável Cristóvão Buarque conhece o Rio Grande do Sul? Ou as extrepulias de seus "exemplos de ética"? Ou estabeleceu um módus-operandi no qual não interessa com quem se abraça, o que interessa é atingir ao governo? Sinceramente, esperava mais do "homem da educação".
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