O nível de cinismo transbordou hoje o 12° andar do prédio da Assembléia Legislativa. Foi uma verdadeira corrida maluca para assinar o requerimento da CPI. Adversários ferrenhos da proposta saíram em desabalada carreira atrás do documento, improvisando discursos que, após uma longa amnésia, lembraram, finalmente, que é papel do Parlamento investigar os atos do Executivo. Os deputados do PMDB ganharam o troféu máximo neste quesito. Mal tinham assinado a CPI, já saíram reclamando do teor do requerimento, muito amplo, na avaliação deles. Traduzindo: queriam que a Operação Solidária fosse varrida do requerimento. Com 20 assinaturas garantidas desde ontem, a deputada Stela Farias respondeu: “se não concordam o requerimento então não assinem”. Mas eles assinaram. E irão para a CPI exercer o papel de “freio de mão”, para usar uma expressão cara ao deputado federal José Otávio Germano.
Uma segunda onda de cinismo ocorreu em um prédio ao lado da Assembléia, o Palácio Piratini no caso. Após a lamentável e catatônica entrevista de ontem do chefe da Casa Civil, José Wenzel, hoje foi a vez de sua chefe, a progenitora maior do Estado, dizer que está estarrecida diante da ação do Ministério Público Federal e que vai processar os procuradores. Desde o início da Operação Rodin e da corrente de escândalos que circula o Piratini, Yeda Crusius já ameaçou processar meio mundo. Não processou ninguém, com exceção da revista Veja. Já foi acusada, inclusive por ex-integrantes do governo, de ser chefe de uma quadrilha instalada no aparelho de Estado. Nunca reagiu a essa acusação. As reações da governadora são sempre contra autoridades e instituições que investigam as denúncias de corrupção no governo. E agora diz que não sabe do que está sendo acusada, conversa que, incrivelmente, encontra eco entre alguns jornalistas. Sabe sim. Os procuradores falaram em bom português ontem: os réus são acusados de enriquecimento ilícito, desvio de recursos públicos e desrespeito aos princípios da probidade administrativa. Estão, para falar uma linguagem mais direta, sendo acusados de roubo e desonestidade. É disso que se trata.
Texto extraído do blog RS Urgente.
Nota do blogueiro: "Sirvam nossas façanhas, de modelo à toda a terra."
Aos santiaguenses: Marco Peixoto manteve sua posição histórica, na defesa do torpe, da coorrupção e não assinou o requerimento de CPI. E ainda está de olho numa vaga no TCU.
O Rio Grande do Sul que se cuide.
Uma segunda onda de cinismo ocorreu em um prédio ao lado da Assembléia, o Palácio Piratini no caso. Após a lamentável e catatônica entrevista de ontem do chefe da Casa Civil, José Wenzel, hoje foi a vez de sua chefe, a progenitora maior do Estado, dizer que está estarrecida diante da ação do Ministério Público Federal e que vai processar os procuradores. Desde o início da Operação Rodin e da corrente de escândalos que circula o Piratini, Yeda Crusius já ameaçou processar meio mundo. Não processou ninguém, com exceção da revista Veja. Já foi acusada, inclusive por ex-integrantes do governo, de ser chefe de uma quadrilha instalada no aparelho de Estado. Nunca reagiu a essa acusação. As reações da governadora são sempre contra autoridades e instituições que investigam as denúncias de corrupção no governo. E agora diz que não sabe do que está sendo acusada, conversa que, incrivelmente, encontra eco entre alguns jornalistas. Sabe sim. Os procuradores falaram em bom português ontem: os réus são acusados de enriquecimento ilícito, desvio de recursos públicos e desrespeito aos princípios da probidade administrativa. Estão, para falar uma linguagem mais direta, sendo acusados de roubo e desonestidade. É disso que se trata.
Texto extraído do blog RS Urgente.
Nota do blogueiro: "Sirvam nossas façanhas, de modelo à toda a terra."
Aos santiaguenses: Marco Peixoto manteve sua posição histórica, na defesa do torpe, da coorrupção e não assinou o requerimento de CPI. E ainda está de olho numa vaga no TCU.
O Rio Grande do Sul que se cuide.
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