terça-feira, 8 de julho de 2008

Polícia Federal desmantela quadrilha de Daniel Dantas




Um dos principais articuladores e beneficiário da privataria tucana, levadas à cabo nos anos subsequentes a 1998, Daniel Dantas, foi preso hoje pela Polícia Federal, juntamente com Naji Nahas, Celso Pitta e mais vinte e uma pessoas acusadas de fazerem parte de uma megaquadrilha, especializada em crimes financeiros.

Dantas é dono do banco Opportunity, o mesmo banco no qual o ex-governador Antonio Britto foi trabalhar após vender a CRT para esse grupo. Junto com seu dono, foram presos membros da direção do Banco, dentre eles sua irmã Verônica, seu ex-cunhado e dirigente do Banco, Carlos Rodenburg, além do diretor Arthur de Carvalho e o presidente do grupo, Dório Ferman.

A promiscuidade entre o público e o privado, situação muito conhecida da sociedade brasileira, é mais uma vez evidenciada pela participação de ex-agentes públicos em grandes equemas de fraudes e crimes economicos, como nesse caso o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, além das articulações do grupo com o publicitário Marcos Valério, definido como o operador de um esquema de corrupção, pagamento de propinas e suposto desvio de dinheiro público, episódios que foram denominados como "mensalão".

Ao longo de mais de dois anos a Polícia Federal investigava as empresas de Dantas e Naji Nahas. Operação que teria surgido ainda das investigações sobre as atividades de Marcos Valério e o caso de espionagem, protagonizado pela Brasil Telecom (da qual Dantas possui a maior participação em suas ações), e executado pela empresa especialista em arapongagem internacional, Kroll, ainda em 2004.

Os presos são acusados de formação de quadrilha, gestão fraudulenta, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e espionagem. Além da tentativa de Dantas de subornar um delegado de polícia.

A chamada operação Satiagraha, desmonta com uma quadrilha que operava em várias esferas, utilizando-se do público para constituir-se em uma grande força política "oculta", e que deve expor ainda muitos cidadãos "proeminentes", responsáveis por enormes pilhagens ao patrimônio público, nas últimas décadas.

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