Já estava na hora de alguém interferir nas perversas políticas de governos que privilegiam os grandes conglomerados, midiáticos e transnacionais, em detrimento das políticas públicas para a educação.
Arrisco a dizer que a desestrutura do ensino, nos estados controlados pela direita, é intencional, quanto menos instruído o povo, maiores as chances de eleição e reeleição de seus correligionários e a manutenção dos privilégios das elites, por esses governos sustentadas.
Já que a palavra de ordem desse Governo é o "Ajuste Fiscal", não deveria tentar reaver os R$ 44.000.000, desviados por seus asseclas do Detran? Não! É bem mais fácil tentar vetar uma das maiores conquistas de uma categoria tão surrada por governos como o dessa Senhora, que quer "justíssimos" 143% de aumento.
Para ilustrar bem a definição de política dessa gente, uma frase da própria "Governadora" extraída da edição de hoje do "Jornal do Bispo" (Correio do Povo): "É bom para o governo que os governadores entrem com a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade, contra o novo piso do magistério) . Ela é líquida e certa, disse Yeda, sugerindo que o governo federal seria beneficiado por uma decisão judicial contrária ao piso, pois manteria o ganho político de instituí-lo sem o ônus de ser responsabilizado pela inviabilidade financeira dos estados."
Ou seja, toma-se uma medida como a da instituição do piso, unicamente para "cair nas graças do povo", de onde será que a "Governadora 143%" tirou essa idéia? De onde surgiu tal conceito? Será que faz parte do "Novo Jeito de Governar"? Política para ser vista, sem a possibilidade de implantação?
Em seu discurso, a tucana esquece de mencionar que a União vai dar suporte econômico para os Estados, até que esses consigam manter suas folhas de pagamento sozinhos. Se a governadora vai "zerar o deficit" do Estado em mais um ano (se bem que com um grande empréstimo eu também zero meu déficit), ficaria tão difícil de, recebendo socorro da União, pagar os salários do magistério?
A manifestação da presidente do Cepers, Simone Goldschmidt, foi imediata: "A declaração da governadora é incoerente, num governo que diz ter a Educação como prioridade". Ela ressalta que no Fundeb há 60% para pagar pessoal, com complemento da União, se necessário. Para Simone, "Yeda quer, mesmo, é mexer no plano de carreira dos professores; medida contra a qual, evidentemente, a categoria vai reagir".
Só tomem cuidado com essa reação, a Governadora dos 143% costuma soltar seus cães sobre quem a contradiz e ousa contestá-la. São todos desordeiros. Se forem protestar, usem capacetes!
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