quinta-feira, 24 de julho de 2008

Yeda não quer pagar o piso do magistério

A Goveradora Yeda-Quero-143%-De-Aumento-Já-Crusius, declarou que vai buscar, por via judicial, vetar a implantação do piso nacional do magistério. O estabelecimento de um piso de R$ 950.00 à uma categoria é visto pelo desgoverno do Estado como inconstitucional, uma espécie de intervenção Federal nos Estados.

Já estava na hora de alguém interferir nas perversas políticas de governos que privilegiam os grandes conglomerados, midiáticos e transnacionais, em detrimento das políticas públicas para a educação.

Arrisco a dizer que a desestrutura do ensino, nos estados controlados pela direita, é intencional, quanto menos instruído o povo, maiores as chances de eleição e reeleição de seus correligionários e a manutenção dos privilégios das elites, por esses governos sustentadas.

Já que a palavra de ordem desse Governo é o "Ajuste Fiscal", não deveria tentar reaver os R$ 44.000.000, desviados por seus asseclas do Detran? Não! É bem mais fácil tentar vetar uma das maiores conquistas de uma categoria tão surrada por governos como o dessa Senhora, que quer "justíssimos" 143% de aumento.

Para ilustrar bem a definição de política dessa gente, uma frase da própria "Governadora" extraída da edição de hoje do "Jornal do Bispo" (Correio do Povo): "É bom para o governo que os governadores entrem com a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade, contra o novo piso do magistério) . Ela é líquida e certa, disse Yeda, sugerindo que o governo federal seria beneficiado por uma decisão judicial contrária ao piso, pois manteria o ganho político de instituí-lo sem o ônus de ser responsabilizado pela inviabilidade financeira dos estados."

Ou seja, toma-se uma medida como a da instituição do piso, unicamente para "cair nas graças do povo", de onde será que a "Governadora 143%" tirou essa idéia? De onde surgiu tal conceito? Será que faz parte do "Novo Jeito de Governar"? Política para ser vista, sem a possibilidade de implantação?

Em seu discurso, a tucana esquece de mencionar que a União vai dar suporte econômico para os Estados, até que esses consigam manter suas folhas de pagamento sozinhos. Se a governadora vai "zerar o deficit" do Estado em mais um ano (se bem que com um grande empréstimo eu também zero meu déficit), ficaria tão difícil de, recebendo socorro da União, pagar os salários do magistério?

A manifestação da presidente do Cepers, Simone Goldschmidt, foi imediata: "A declaração da governadora é incoerente, num governo que diz ter a Educação como prioridade". Ela ressalta que no Fundeb há 60% para pagar pessoal, com complemento da União, se necessário. Para Simone, "Yeda quer, mesmo, é mexer no plano de carreira dos professores; medida contra a qual, evidentemente, a categoria vai reagir".


Só tomem cuidado com essa reação, a Governadora dos 143% costuma soltar seus cães sobre quem a contradiz e ousa contestá-la. São todos desordeiros. Se forem protestar, usem capacetes!




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